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23 de junho de 2010

Perigosa Promessa














A mão que o trouxe ao mundo pode ser uma mão assassina...


Simon de Croix foi literalmente arrancado do ventre de sua mãe. Seu pai Christian conhecido como o Açougueiro recorreu a essa medida desesperada para salvar a vida de seu filho ou para livrar-se de sua esposa e ficar com suas terras?
A mão que balança o berço pode ser uma mão assassina...
Para Clarise du Boise foi dado um ultimato. Deve infiltrar-se no castelo de Slayer e matar o famoso Açougueiro. Mas como vai fazer para matar o pai da criança de quem ela finge ser a babá, especialmente quando ele não é o guerreiro sanguinário que ela esperava encontrar?
Entre o sangue derramado, o desespero e a traição poderá surgir o amor entre um homem e uma mulher presos aos seus destinos?
Um drama profundo e comovente, cheio de intriga e suspense, fazem deste, um romance inesquecível.

Capítulo Um

York Moors, A.D - 1150
Na batalha, ele lutava como um homem possuído.
Com seus inimigos, ele era implacável. Suas atitudes numa guerra causavam calafrios em pessoas comuns. Entretanto, refletido nas profundezas cinzentas dos olhos de seu filho recém-nascido, Slayer parecia um homem comum.
Um homem profundamente humilhado.
Seu bebê tinha herdado sua cor morena e sua natureza teimosa, já que ele ainda estava vivo. Era menor que um filhote de gato, mas seu tórax elevava-se em uma respiração saudável, e suas mãos se assemelhavam a punhos de ferro. Com um choro, que fez tremer o teto, Simon anunciou seu nascimento.
Através das janelas, um trovão ecoou e um raio crepitou.
Slayer quase sorriu. Simon de La Croix seria o próximo Barão de Helmesly, não um guerreiro bastardo como seu pai.
Não um homem forçado a lutar por tudo o que tinha.
A porta se abriu de repente, surpreendendo ao bebê e fazendo com que silenciasse. Uma corrente de ar fez tremer a luz da tocha e iluminou as vestes da parteira, quando ela entrou apressadamente no quarto.
— Dê-me o bebê!— gritou a mulher.
Tentou agarrá-lo com suas mãos trêmulas.
— Devo batizá-lo agora mesmo!
Christian afastou seu filho do alcance da mulher — Já lhe disse que saia!— ele disse com sua voz mais serena.
A velha paralisou-se, seus olhos movendo-se além dele, para o corpo inanimado da esposa de Slayer. —Mãe de Deus, o que fez?— ela sussurrou.
Christian sentiu seu horror crescer, e rapidamente o reprimiu.
—O que fiz?— ele replicou. — Eu não fiz nada mais que salvar meu filho de morrer com sua mãe. Foi você quem a deixou morrer. Saia daqui, antes que eu mande encarcerá-la por assassinato!
A parteira estava chocada e deu um passo para trás. Apressadamente, juntou seus pertences: garrafas, infusões, facas e agulhas. Os objetos foram guardados dentro de uma bolsa, enquanto ela virtualmente corria. Com um olhar furtivo, partiu precipitadamente.
A porta se fechou atrás dela. No silêncio que seguiu, Christian ouviu os batimentos de seu próprio coração. Seu olhar se moveu pelo quarto, pousando-se no corpo mutilado de sua esposa, as contas do rosário apertadas, inutilmente, em sua palma, a toalha do altar sobre a cadeira.
Finalmente ele olhou para o bebê em seus braços. Simon devolveu, atentamente, seu olhar.
— Sua mãe está morta, — Christian sussurrou. —E sinto que é minha culpa.
Até a parteira chegar, o trabalho de parto tinha transcorrido normalmente.
Genrose sofria as contrações com o mesmo silêncio santo com que tinha suportado suas obrigações conjugais. Então, sutilmente, ela começou a enfraquecer como a luz agonizante de dia.
— Não há nada mais que possa fazer. _ A parteira tinha declarado. — Agora, está nas mãos de Deus.