Ele é um homem que vive sob seu próprio código.
Deixou para trás um rastro de corações quebrados, ossos destroçados e leis violadas. Mas quando entregar seu coração à mulher adequada será com uma condição: que ela jamais rompa o seu...
Evie Washington, uma pintora que nunca teve aspirações matrimoniais, vê-se obrigada a casar quando admite ter tomado como modelo para seu último quadro o atraente reverendo Swanson, embora para isso tenha que sacrificar aquilo que mais valoriza: sua liberdade.
Para Brad Swanson ser reverendo não é mais que uma fachada, uma farsa para evitar o peso da lei.
Agora que foi condenado pelo único crime que não cometeu, se não quiser admitir sua verdadeira identidade e mudar o colarinho pela corda terá que aceitar desposar Evie.
Está claro que dividir a cama com esta rebelde beleza não deveria ser precisamente uma tortura... e poderia ser a chave para poder fazer dele um homem honesto.
Capítulo Um
Uma vez mais estava do lado errado da escopeta. Olhasse como o olhasse, pensou o reverendo Brad Swanson, estava apanhado, disso não cabia nenhuma dúvida. Tinha imaginado seu final de numerosas maneiras, ou frente a um pelotão de fuzilamento ou pendurando numa árvore ou na forca. Mas isto, bom... , olhou por trás do robusto juiz, que esperava com a Bíblia na mão até onde Asa Maclntyre aguardava de pé diante do altar coberto de cetim branco, com a escopeta nos braços, que brilhava tenuamente sob os raios do sol que entravam pelas janelas. Não, ele nunca tinha imaginado que seu final seria dessa maneira. Sacudiu a cabeça. Em realidade, aquilo excedia qualquer coisa que lhe tivesse podido passar pela imaginação. Não só porque era algo que não tinha previsto, mas sim porque essa era a primeira vez que uma mãe considerava que ele seria um marido adequado para sua filha.
—Nem te ocorra mudar de idéia - lhe advertiu Pearl em um tom de voz tão baixo que quase nem pôde ouvi-lo.
Brad olhou para o primeiro banco da igreja abarrotada, onde Pearl Washington permanecia sentada e vestida como correspondia à mãe de uma noiva. Pela maneira em que a mulher o fulminava com o olhar, por debaixo da pluma oscilante da elaborada criação que ela chamava de chapéu, e o tapinha que deu ao contorno da zarabatana que fazia passar por uma pistola e que guardava em sua bolsa, estava claro ela ainda não acreditava na outra versão da história. Sua versão.
—Não penso mudar de idéia. —”Só duvido de meu bom critério ao não fazê-lo”.
Como demônios havia acabado apanhado em algo assim?
Pearl entrecerrou os olhos, mostrando um olhar mais ameaçador que pode.
—Bom.
“Bolachas com açúcar”. Sim, isso era. Sim tinha que colocar a culpa em algo era em seu vício de bolachas com açúcar. Se Pearl e suas amigas não o tivessem convencido de trocar uísque de vez em quando em troca de uma boa porção de bolachas, ninguém teria duvidado de sua palavra quando afirmou de maneira cortante que em nenhum momento havia posto os olhos na excêntrica filha de Pearl. Mas parece o que um ministro não tivera nenhum problema em fornecer uísque às boas mulheres do povoado fazia com que fora considerado capaz de qualquer coisa. Aquilo não era mais que outro aviso de que não havia boa ação que ficasse impune.
Em resposta a sua ameaça, Brad dirigiu a Pearl um sorriso zombador que sem lugar a dúvidas faria que se zangasse ainda mais. A mulher elevou o queixo. A velha satisfação de irritar a alguém era um pequeno prazer num dia que prometia ser desastroso. Embora fingisse ser um ministro de Deus, aquilo não era mais que uma débil fachada. E, embora por dentro seguisse sendo o mesmo foragido de sempre, de algum jeito o papel de pregador ia como anel ao dedo; uma espécie de piada - entre o passado e o presente, entre a educação e o oportunismo - que não deixava de ter sua graça, apesar de que agora o havia levado a ter que casar-se com aquela moça.
A sua direita, seu padrinho de casamento, Puma McKinnely, clareou a garganta. A descendência indígena de Puma se refletia nos fortes ângulos de seu rosto e sua tez morena. Sua impaciência se mostrava no gesto do queixo que assinalava para frente da igreja. O cabelo comprido e escuro de Puma lhe roçou o ombro quando se virou para o corredor. Ao seu lado, seu primo Clint, igualmente grande, moreno e com o mesmo olhar de desaprovação no rosto, voltou-se para ele. Embora agora Clint e seu primo —que uma vez tinham sido seus implacáveis inimigos— o apoiavam de maneira simbólica, antes, quando o quadro de Evie o tinha assinalado como um dedo acusador despertando a cólera de todos, puseram-se do lado dos Washington, empurrando-o finalmente para sua destruição. Não sabia por que havia esperado outra coisa deles, mas o tinha feito. O que só servia para demonstrar que adotar uma falsa imagem de respeitabilidade lhe tinha abrandado o caráter.
Série Promessas
1 - Promessas que Unem
2 - As Promessas se Cumprem
3 - Promessas que Prevalecem
4 - Promessa Revelada
5 - Promessa Decidida
Série concluída