Mostrando postagens com marcador Promessas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Promessas. Mostrar todas as postagens
7 de abril de 2017
Promessas
Emily Walcott é uma jovem temperamental e com uma vontade de ferro, como filha obediente decidiu aceitar o futuro que os seus pais escolheram para ela.
A vida em Sheridan decorre tanquila, Emily passa os dias entre a ferraria dos seus pais e os livros de Veterinária, carreira à qual dedica toda sua paixão.
Charles, seu amigo de infancia e futuro marido não lhe desperta mais do que um sentimento fraternal, ao contrário de
Tom, um jovem empreendedor que chega à povoação para instalar uma ferraria, convertendo-se assim em um concorrente de seu pai e desperta nela sentimentos contraditórios. Ambos se entregam a uma feroz batalha, na qual a paixão se converterá em um abismo tão insondável como seus próprios sentimentos.
Capítulo Um
Território de Wyoming, 1888
Tom Jeffcoat mudou de posição no duro assento da carruagem, piscou duas vezes e olhou para o norte. Sob a aba do poeirento Stetson castanho, entrecerrou os olhos até distinguir o contorno impreciso da cidade. Sentiu um espasmo na boca do estômago: por fim Sheridan, no território de Wyoming! E, com um mínimo de boa sorte, um banho, uma cama de verdade e o primeiro jantar quente em dezoito dias. Estalou a língua açulando os cavalos, que aceleraram o passo.
Desde uns quilômetros de distância, o povoado era apenas um ponto na mandíbula do vale fértil e longo, mas o assentamento parecia tão belo como prometia o anúncio. Adornado de viçosa erva azul, típica da região, se amontoava no ponto em que os Big Horns se encontravam com o amplo vale de Goose Creek, onde se uniam as correntes do Big e o Little Goose. As bordas de ambos os rios estavam claramente delimitadas por uma linha ondulante de salgueiros e álamos.
Como o verão estava começando, estes últimos pulverizavam suas sementes em flocos com penugens, que pareciam flocos brancos sobre as águas. Mas eram as montanhas que contribuíam com grandeza: coroadas de neve, veladas de azul, elevavam-se como os nódulos de um punho apertado que contivesse às Rochosas no oeste.
Essas montanhas se converteram em velhas amigas de Jeffcoat, sempre sobre seu ombro esquerdo durante a longa viagem desde Rock Springs. Já as amava: as Big Horns, majestosas gigantes vestidas lá no alto, com a cortina de fundo azulada dos cedros das Rochosas e que terminavam nas ladeiras, em todos os matizes concebíveis de verde. Essas ladeiras ondulavam como uma gigantesca saia franzida e entre suas dobras aveludadas, aninhava seu novo lar: Sheridan. "Ao oeste das preocupações", proclamava o anúncio, "onde não faz calor, não há pó e as noites sempre são frescas." Bem, veremos. À medida que se aproximava da cidade, os edifícios foram tomando forma, depois uma rua... não, por Deus, ruas não!
Um tabuleiro que se estendia reto e amplo, com os nomes em pôsteres de madeira: Perkins, Whitney, Burkitt, Works, Loucks e a mais longa, Main, pela qual entrou. No coração da cidade, os rios serpenteavam juntos cortando as ruas em avenidas breves e oblíquas.
Nas laterais, viu casas, em sua maioria feitas de troncos cortados, com telhados em ângulo agudo para que a neve se deslizasse.
Muitos lotes estavam cercados por linhas demarcatórias: cercas de estacas bicudas, postes, dependências nos confins traseiros das propriedades, pomares recém plantados e sebes de flores. Ao entrar no distrito comercial, diminuiu a marcha dos cavalos para inspecionar tranquilo os arredores.
Devia haver umas cinquenta construções, as calçadas de madeira tinham a antiguidade suficiente para estarem gastas, mas não curvadas e viu uma boa quantidade de negócios estabelecidos: um hotel, açougue, barbearia, farmácia, um escritório de advogados, várias lojas, o escritório de um jornal e os inevitáveis saloons que atendiam aos vaqueiros que chegavam trazendo o gado de Bozeman Trail, no mesmo trajeto que ele acabava de percorrer.
Estavam o Star, o Mint e a gente chamado Silver Spur, junto ao qual havia um curral com meia dúzia de alces selvagens. Uns quantos vaqueiros estavam praticando com laços e as gargalhadas dos homens mesclados com os mugidos das bestas fez Jeffcoat sorrir.
Mais adiante, passou ante outros sinais de progresso: um edifício cujas portas estavam abertas e mostravam uma bomba para incêndios, com resplandecentes braçadeiras de bronze, uma casa em que se via o seguinte anúncio: L. D. STEELE, MÉDICO, uma escola (sem dúvida, havendo uma escola iriam colonos estabelecer-se) e uma loja de arnês e sapatos a que Jeffcoat emprestou especial atenção.
Em um dado momento, chegou a um rio sem ponte, inchado com os degelos da primavera, onde um indivíduo magro, de calças aboubadas e botas ao joelho enchia de água a carruagem com um balde ao extremo de um pau comprido.
A um flanco do tambor de lata estava pintado o seguinte anúncio: Água fresca. Entrega-se todos os dias. Vinte e cinco centavos o barril, cinco barris por um dólar, Serviço de Água borbulhante de Andrew Dehart.
—Hei, olá! — gritou Jeffcoat, atirando das rédeas. O homem interrompeu a tarefa e se voltou: —Olá!
29 de outubro de 2009
Promessas
Tudo era falso naquela cerimônia de casamento.
Durante gerações, casais têm vindo a Eternyt, Massachusetts, para trocar promessas de casamento.
A lenda diz que aqueles que se unem em matrimônio na capela da cidade terão uma vida repleta de alegria. E seus habitantes fazem o possível para manter a tradição viva... Eternit... onde os sonhos podem se tornar realidade.
Promessas é a história de como tudo começou...
Em sua secreta luta para a libertação dos escravos, o fazendeiro William Powell levava uma vida cheia de perigos, onde não havia lugar para o amor.
Mas a estonteante beleza de Moira Davies alvoroçou seu coração, há muito mergulhado em uma tristeza infinita.
Capítulo Um
Eternity, Massachusetts, 1855
Eu ainda não estou convencido de que essa foi a saída mais sábia — murmurou o pastor, para seu companheiro alto, esbelto e com ombros largos, enquanto aguardavam nas sombras do cais.
— Talvez não — respondeu o amigo, com sua voz profunda e em bom tom.
— Nós não podemos nos arriscar a escondê-lo por muito mais tempo. A recompensa que Tinkham ofereceu a quem trouxesse informações sobre escravos fugitivos parece estar surtindo efeito.
O homem mais idoso concordou então ambos se mantiveram em silêncio, observando a atividade no píer, aparentemente não afetada pelos odores de peixe, cânhamo, alcatrão, água salgada e das cargas de vários portos do mundo.
Os marinheiros dirigiam-se uns aos outros nas mais diversos línguas.
Pesados barris de água, melado e cerveja cho-cavam-se à medida que eram carregados ao longo das tábuas de madeira.
Os cabos de âncora balançavam com o vento e a água batia contra o casco das chalupas.
Uma pequena multidão se aglomerava no convés da embarcação mais próxima, preparando-se para saltar em terra.
Os dois homens não demonstravam o menor interesse nos pacotes de algodão e nos caixotes de madeira, exceto num deles, próximo à embarcação da influente, notável e rica família Falconer de abolicionistas.
O pastor piscou.
— Fico assustado ao ter que concordar com você, William, mas não posso evitar o óbvio. A Lei do Escravo Fugitivo foi a pior de todas. E agora que Tinkham é delegado, temo maiores complicações.
— Ele deve ter amigos influentes. Ninguém na cidade esperava que Tinkham se tornasse delegado.
— Não mesmo. Acho que o povo ficou chocado.
— Se o norte entrar em guerra com o sul, é melhor estarmos preparados para mais hipocrisia
Assinar:
Postagens (Atom)