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1 de março de 2015

Quando o Sol Brilhar








Ivan, duque de Lavenham, ao descobrir que Penélope, a bela debutante que ele pretende desposar, não o ama, é fútil, leviana e deseja apenas tornar-se uma duquesa, toma a única decisão para um homem de fibra: rompe o noivado.

Mas ela não desiste de seu intento e passa a perseguir Ivan. 
Para livrar-se da ex-noiva, o duque propõe a Lavínia, uma moça pobre e órfã, que passe por sua noiva.
Mas Ivan não imagina em que teia de intrigas ele está entrando...

Capítulo Um

Inglaterra: Londres, Istambul; Grécia 
1880
Naquela manhã, o duque de Lavenham desceu mais tarde do que o normal para o breakfast que estava preparado havia algum tempo.
Ele comparecera, na véspera, a uma festa muito animada, onde permanecera, ao contrário do que era seu costume, até o fim da mesma.
Dessa forma, quase ao clarear o dia, voltara para sua majestosa casa, na Park Lanfe, da qual se tinha uma bela vista do Hyde Park.
Entrando na sala de desjejum, um cômodo aconchegante, voltado para o gracioso e bem-cuidado jardim aos fundos da casa, e esplendorosamente iluminado pelo sol da manhã, o duque sentou-se à mesa. Suspirou ao ver a grande pilha de correspondência deixada pele sr. Morgan, seu secretário.
Eram cartas particulares que o sr. Morgan separava e deixava à disposição de Sua Alteza, assim que chegavam.
O mordomo e dois criados apressaram-se para atender o patrão. Enquanto lhe era servido o chá, sua bebida predileta pela manhã, o duque examinou rapidamente os envelopes e reconheceu a caligrafia de pelo menos, três das cartas, todas enviadas por admiradoras.
Alto, de porte atlético, cabelos negros, olhos verdes, Ivan, duque de Lavenham, era extremamente belo e, aos vinte e oito anos, estava na sua melhor forma.
Não só as mulheres, mas também os amigos de Sua Alteza, não raramente, comentavam:
— Chega a ser injusto, Ivan, um homem possuir tantos atributos! Além do mais importante título de nobreza, você tem uma imensa fortuna, e a sua aparência é a de um Apoio. Quem mais poderá competir com você?
Lisonjeado, o duque sorria e, de fato, considerava-se um homem extremamente favorecido pela sorte.
Seu pai, embora tivesse herdado o título de sétimo duque de Lavenham, herdara também dívidas e lutara com dificuldades financeiras até se casar com a filha de um conde riquíssimo.
Graças a seu talento para negócios, disposição para o trabalho e muito bom senso, o sétimo duque multiplicara a fortuna do sogro e a própria, vindo a ser, por sua vez, multimilionário.
Pouco depois de Ivan tornar-se o oitavo duque, tendo herdado propriedades e a imensa fortuna do pai, recebera também considerável soma de um de seus padrinhos.
Nessa ocasião, Ivan cansara-se de ouvir de todos os que o conheciam praticamente as mesmas palavras, ditas com assombro:
— Lavenham, você é o maior felizardo do mundo!