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9 de fevereiro de 2010

Rei Guerreiro

Série Irmãos MacEgan
Uma chantagem forçou Patrick MacEgan a se casar, mesmo que ele não aceitasse ser forçado a possuir sua esposa normanda.

Mas Isabel de Godred era tão bela quanto determinada a não se deixar dominar.
Como rainha, ela poderia ajudar a firmar uma aliança entre seu povo e o dele.
Como mulher, ela logo desejava confortá-lo.
Afinal, sozinhos, poderiam deixar de lado a guerra... e ser apenas um casal entregue ao fogo da paixão...
— Sei por que se casou comigo. Só não entendo por que não me deixa ajudá-lo.
Tenho um dever para com estas pessoas. Não posso ficar isolada em Ennisleigh.
Embora o gesto fosse apenas o apelo de uma mulher, Isabel conjurava um inegável desejo. Patrick ficava tenso com o toque dela.
Qual era o problema com ele? Ela era uma normanda!
Isabel se aproximou. O cabelo estava solto, o leve aroma do mar a impregnava. Patrick se percebeu olhando para sua boca. Macia e carnuda, os lábios o fascinavam.
Ela é sua esposa, o corpo argumentava, e uma bela mulher...
— Não quero que seja ferida — disse ele.
Mentiroso, sua consciência acusava. Não queria era ser seduzido por ela...

Capítulo Um

Inglaterra, 1170.
Toda mulher considera a idéia de roubar um cavalo e fugir no dia do casamento, não?
Isabel de Godred lutava contra a inquietação crescente dentro de si.
Era seu dever obedecer ao pai.
Compreendia isso, mesmo apertando a seda carmesim de seu vestido e olhando para os estábulos. Em seu coração, sabia que fugir era inútil.
Mesmo que conseguisse deixar as terras, o pai mandaria um exército atrás dela.
Edwin de Godred não era conhecido pela tolerância. Tudo era feito de acordo com suas ordens, e pobre de qualquer um que desobedecesse.
Talvez o casamento não seja tão ruim, uma parte dela racionalizava.
Talvez o noivo fosse um homem amável e atraente que lhe concederia a liberdade de dirigir as propriedades dele.
Isabel fechou os olhos. Não, altamente improvável.
Do contrário, o pai teria ostentado o pretendente diante dela, gabando-se da união. Ela sabia pouco sobre o noivo, salvo sua descendência irlandesa e a posição.
— Está pronta, milady? — perguntou Clair, sua criada.
Com um sorriso conspirador, ela acrescentou: — Acha que ele é bonito?
— Não. Não é. — Desdentado e velho. Assim seria a aparência do homem.
Isabel sentia o pânico fervilhando dentro do estômago, seus passos pesando feito chumbo. O impulsivo plano de fuga parecia cada vez mais atraente.
— Mas certamente...
Isabel meneou a cabeça.
— Clair, papai nem me deixou conhecer o homem durante nosso noivado. Provavelmente é um meio-demônio.
A criada fez o sinal da cruz e franziu a testa.
— Ouvi dizer que é um dos reis irlandeses. Deve ser rico além do imaginável.
— Ele não é o alto-rei. — E deveria dar graças aos santos por isso. Embora fosse governar uma tribo, ao menos não teria o fardo de reger todo um país.
Enquanto desciam a escadaria de madeira para sair da fortaleza do castelo, Isabel se perguntava como o pai tinha conseguido arranjar um noivado em tão pouco tempo. Partira para ajudar na campanha do conde de Pembroke tão somente no último verão.
— Se eu pudesse, tomaria seu lugar — refletiu Clair, com um sorriso sonhador.
— E, se eu pudesse, o daria para você. — Infelizmente, isso era impossível.
A imaginação de Isabel conjurava um monstro.
O homem devia ser insuportável para exigir tamanho sigilo.
Embora soubesse que era injusto fazer julgamento antes de conhecer seu prometido, ela não podia evitar imaginar o pior.
— Você será a senhora de seu próprio reino. — Clair suspirou. — Imagine. Você será uma rainha.
— É o que parece. — E isso lhe dava ainda mais medo do iminente casamento. O que sabia sobre ser rainha? Sabia como conduzir uma propriedade e torná-la rentável, mas isto era tudo.
Seu pai, Edwin de Godred, barão de Thomwyck, a aguardava do lado de fora da capela entre um pequeno grupo de convidados e servos.
Alto e magro, estava com a barba grisalha e o bigode bem aparados. Ele a examinou numa rápida olhada, e Isabel se sentiu como uma égua prestes a ser vendida.
Teve que resistir à vontade de exibir os dentes para inspeção.
Não, não a aborrecia partir daquele lugar.
Mas o que deveria esperar do rei irlandês? Seria gentil? Cruel? Seus nervos ficavam mais tensos.
— Ele está aqui? — perguntou ao pai, olhando para os homens esperando junto à igreja.
Edwin lhe tomou os dedos gelados, mantendo-os bem apertados enquanto a escoltava até a capela.
— Você o encontrará muito em breve. Meus homens avistaram o grupo de viagem dele algumas horas atrás.
— Preferia o ter conhecido durante nosso noivado — murmurou ela.
O pai apenas resmungou uma resposta qualquer.
Isabel estremeceu. Até ver aquele homem com os próprios olhos, não desistiria dos planos de fuga. A cada passo, ela se sentia mais sozinha.
Suas irmãs não estavam ali para lhe oferecer apoio. Edwin não permitiu a presença delas, o que a magoou mais do que ela mesma esperava.
Quando chegaram ao pátio, um homem bem vestido falava com o padre.
Possuía pouco cabelo, salvo uma franja branca como neve ao redor da cabeça.
— Aquele é ele? — perguntou ela. O pai não respondeu. Ele parecia preocupado, o olhar concentrado ao longe.
O velho engoliu em seco e esfregou as mãos na barra da túnica. Olhou ao redor como se procurasse por alguém.
Isabel fez uma oração silenciosa, as faces ardendo. Deus, por favor; salve-me deste casamento, pensou ela, mesmo com a mão do pai firme em seu pulso


Série Irmãos MacEgan
1 - Guerreiro Escravo
1.5 - The Viking's Forbidden Love-Slave
2 - Rei Guerreiro
3 - Guerreiro Guardião
4 - O Toque do Guerreiro
4.5 - A Virgem Proibida do Guerreiro
5 - Guerreiro Proibido
6 - Rendida ao Guerreiro
6.5 - Pleasured by the Viking
6.6 - Lionheart's Bride
7 - Guerreiros do Gelo (3 histórias em 1 livro)