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16 de outubro de 2011

A Última Esperança

Série Dragões de Challon



Um amor verdadeiro...

Skena Maclain já passou por muita coisa na vida, e receia que ainda haja mais por vir.
Uma árdua batalha em Dunbar a deixou prematuramente viúva, e sua fortaleza desprotegida. 
Ela gostaria de ser tão otimista quanto seus filhos, que acreditam que um milagre se realizará para eles.
Mas a vida lhe ensinou que as corsas não são assim tão fáceis...
Até que um misterioso guerreiro é encontrado em meio a uma terrível tempestade de neve, doente e com febre.
Enquanto cuida do belo cavaleiro e o ajuda a se recuperar, Skena começa a acreditar que ele pode ser a salvação de sua pequena fortaleza... e trazer paixão à sua vida, pois ele lhe desperta um desejo há muito adormecido, um sentimento que é claramente correspondido.
Porém, os ferimentos de Noel de Servian sugerem que ele é perseguido pelo perigo, e Skena logo irá descobrir que aquele homem guarda um segredo do passado que poderá abalar a sua vida... e o seu coração!

Capítulo Um

Escócia, Dezembro 1296

A dor nas costas era pura agonia. Os músculos do lado direito avisavam de que ele havia exagerado no esforço durante o dia.
Apesar do torpor que sempre surgia logo depois da dor intensa e ardente, Noel de Servian se esforçava para permanecer ereto sobre a sela.
O vento gelado cortava como facas arremessadas contra suas costas, e cada inspiração multiplicava a dor por dez.
Tarde demais, ele percebia que devia ter ficado em Berwick até a primavera, como havia sugerido o rei Edward.
Mais importante ainda, talvez não devesse ter tomado a frente de seu pequeno grupo.
A irritação o induzira a ignorar habituais medidas de segurança e cavalgar como um louco no comando do grupo, esperando guiar seus homens até a passagem.
Removendo o capacete, ele olhou em volta e franziu a testa.
Não via suas tropas em lugar nenhum.
Era evidente que se adiantara demais.
Noel exalou com grande frustração. Carroças eram sempre muito lentas.
Ele cavalgara, impaciente para alcançar a Fortaleza Craigendan.
Seu novo lar.
Pela primeira vez em sua vida adulta, finalmente teria uma casa para chamar de sua.
Apesar da nevasca e da dor, ele sorriu ao pensar nisso.
Era um dos cavaleiros mais fiéis a Edward, mas a recompensa de Noel demorara a chegar.
Muitas batalhas. Muito sacrifício. E quase perdera a vida.
A memória buscou um fato ocorrido um ano antes, quando ainda era escudeiro do poderoso rei Edward, treinando com Julian Challon e Damian St. Giles.
Eles se orgulhavam por servir um dos mais poderosos monarcas que a Inglaterra jamais vira.
Ingênuos, não antecipavam os horrores que os aguardavam ainda na juventude, não sabiam como seria sangrenta a estrada para a paz, o objetivo eternamente fora do alcance.
A mente imatura não vislumbrara a brutalidade da guerra, nem antecipara a insaciável sede de poder de Edward, que sonhava ser rei de toda Bretanha e além.
— Preciso encontrar as malditas passagens para Glcn Shane — ele resmungou, detendo o cavalo para pegar o mapa rústico que levava em um alforje de encerado preso à cintura.
Protegendo o pergaminho com a capa, ele tentava impedir que os grandes flocos de neve o atingissem e borrassem a tinta.
— A passagem devia estar aqui.Estou bem próximo, eu sei!


Série Dragões de Challon
1 - A Feiticeira das Terras Altas
2 - Em Sua Cama
3 - A Última Esperança
4 - Redemption

4 de abril de 2010

Feiticeira Das Terras Altas

Série Dragões de Challon


Escócia, 1296

Sortilégio de amor

Na época mais sombria da Escócia,
um guerreiro inglês trajado de negro chega em busca de Tamlyn MacShane.
Abençoada com os poderes da percepção, Tamlyn previra aquele dia, em que o implacável guerreiro Julian Challon conquistaria sua terra — e seu coração.
Determinada a resistir a ele, Tamlyn luta com todas as armas que tem ao alcance... mas não há como se contrapor àquela força e sensualidade...
Cansado de batalhas sangrentas, Julian anseia por uma vida tranqüila, e o bucólico vale no coração da Escócia é o lugar ideal para reaver a paz de espírito de que ele tanto precisa.
Em seus planos, a jovem dama, moradora do castelo, deveria ser apenas uma prisioneira, mas a beleza vibrante de Tamlyn o enreda de corpo e alma... E o intrépido guerreiro corre o risco de sucumbir a um encanto que não pode ser quebrado...

Capítulo Um

Terras Altas da Escócia, Abril de 1296
— Senhora! O grito agudo rompeu a quietude do vale. Assustados, bandos de corvos alçaram vôo. Seus grasnidos fizeram eco ao chamado: senhora, senhora. Por um ins¬tante singular, o mundo conteve o fôlego, como se os céus tivessem se tingido de negro.
Tamlyn MacShane colhia as primeiras violetas da primavera. Endireitou-se. A ventania ergueu-se do lago, a brincar com as mechas dos cabelos cor de mel que escapavam da trança caída por suas costas. Ela afastou os cabelos da face, e seu olhar seguiu, pelo céu, a trilha em espiral dos barulhentos pássaros pretos em vôo.
Um mau presságio.
O dom paranormal de sentir as coisas e o comportamento peculiar dos pássaros trouxeram de volta fragmentos do pesadelo persistente que a acordara naquela manhã. Vago, apenas à fímbria da mente... Era algo acerca de corvos grasnando e uma tempestade a caminho. Tamlyn estremeceu.
Ao surgir no alto do pico rochoso, o garoto gritou uma vez mais:
— Senhora! Ele se aproxima!
Tamlyn sorriu para o moleque que acabara de estacar a seus pés.
— Puxa, Connor Og, recupere o fôlego antes que fique roxo como estas violetas.
— Precisa vir, minha senhora — ele disse, ofegante —, para que eles possam barrar os portões.
— Ora, quem chega que nos obriga a fechar os portões de Glenrogha?
— Ele... — Havia medo na voz do garoto. — Kinmarch está sitiada pelo rei inglês, o temível Eduardo Plantageneta.
Ergueram o estandarte do Dragão. Seu pai está morto. — Lágrimas escorregaram pela face empoeirada do jovem.
Que bobagem! Hadrian de Kinmarch morto? Com o poder de sua percepção, certamente teria pressentido.
— O lorde não morreu. Eu teria sentido aqui.—Tamlyn bateu a mão em punho no peito.
As feições do garoto relaxaram.
— A senhora sabe, foi tocada pelo sangue da deusa do monte. Mas avistaram o estandarte na estrada de Lochshane, perto dos desfiladeiros sagrados. O dragão verde sobre o campo em negro!
— O Dragão de Challon! É ele que chega?
Só poderia ser uma brincadeira. Um dragão chegando no dia de São Jorge? O sorriso de Tamlyn sumiu e, então, ela sentiu o coração disparar.
— Corra para Güenrogha, Connor Og, e não olhe para trás. Vou buscar minha montaria.


Série Dragões de Challon
1 - Feiticeira das Terras Altas
2 - Em Sua Cama
3 - A Última Esperança
4 - Redemption

Em Sua Cama

Série Dragões De Challon





Não era a primeira vez que Damian St. Giles despertava
desorientado depois de ter bebido muito, mas era a primeira vez que se encontrava acorrentado a uma cama.

Como se fosse um sonho, uma bruxa de cabelo vermelho apareceu na frente dele para oferecer uma beberagem que acalmaria sua dor... e inflamaria seu desejo.
Logo se deu conta de que aquela beleza das Highlands havia dado a ele um potente afrodisíaco e que estava completamente preparada para tomar tudo o que o corpo dele pudesse oferecer.
Lady Aithinne Ogilvie sabia o que esse homem deveria representar para ela... Era apenas um meio para conseguir um herdeiro que salvaria sua herança dos selvagens guerreiros escoceses e do cobiçoso rei Eduardo, e logo se desfaria dele.
Mas ainda assim, não podia negar a instantânea atração que sentiu pelo belo estranho, e a sensação de que, seria o prisioneiro deitado em sua cama que acabaria reivindicando o seu coração.

Capítulo Um

Noite de 1º de maio de 1296, Glen Shane, Escócia.
— Abandonando as festividades de Beltane, Damian? — perguntou Guillaume Challon.
— A fumaça do fogo… faz a minha cabeça girar.
Estou me sentindo… indisposto. — Damian St. Giles não estava mentido para seu primo.
Ele estava realmente doente.
E não era uma doença típica que podia afligir um guerreiro que levava muitos anos vivendo com uma espada na mão. Essa doença comia sua alma.
Devorava seu coração. Se tivesse nascido um homem de caráter mais fraco, ele poderia facilmente ter considerado a morte como um meio para “curar” sua doença.
Era uma pena que tivesse escrúpulos, pois a morte simplificaria a situação.
Sem se importar com a alegre celebração do Primeiro de Maio, Damian se afastou da fogueira.
Com uma mistura de emoções desencontradas, ele parou e olhou por cima do ombro para seu primo, Julian Challon. Alto, forte, cabelos pretos, um homem bonito, Challon, o temido Dragão Negro, antigo campeão do rei, era agora o novo Conde de Glenrogha, senhor desse vale e além.
Aos cinco anos de idade, Damian tinha sido enviado para servir como pajem no Castelo de Challon, na Normandia.
Três anos mais jovem, Damian adorava Challon. Mais tarde, ele ficou como escudeiro, para treinar, então como cavaleiro, pelas mãos do pai de Julian.
Com seus cabelos negros e olhos verdes, assim como os filhos de Challon, todos assumiram que Damian era outro dragão bastardo na ninhada do conde Michael.
Riquezas e glória tinham vindo para Julian, seus direitos como herdeiro de Challon. Damian realmente amava seu primo, o honrou acima de todos os outros, não teve uma única vez que sentiu ressentimento pelos elogios que Julian recebia.
Ao longo das décadas, seu vínculo só tinha reforçado.
Foi um privilégio servir Julian e estar ao seu lado na batalha, juntamente com Guillaume e Simon, os irmãos bastardos de Julian. “Os Dragões de Challon” comentavam as pessoas. Os homens os temiam.
As mulheres os desejavam.
Por várias vezes, eles tinham salvado a vida um dos outros.
Todos esses anos, ele teve orgulho de permanecer à sombra de seu primo, sem nunca ter sentido inveja.
E nunca imaginou que algo poderia se colocar entre eles.
Suspirando, ele fechou os olhos e lutou contra o desespero esmagador que o dominava. Esta situação era difícil de suportar justamente porque ele realmente gostava de seu primo. Respirou profundamente, para se fortalecer, abriu os olhos e observou.
Embora ele tentasse evitar, procurou pela multidão reunida junto à fogueira a figura de Tamlyn MacShane, a Senhora de Glenrogha.
Tamlyn...
A mulher que deveria ter sido dele.
Quando não conseguiu localizá-la, voltou a observar Julian uma vez mais, com as palavras amontoando-se em sua cabeça.
Palavras inúteis. Palavras que nunca pronunciaria. Se houvesse a mínima esperança de fazer seu primo mudar de idéia, Damian se humilharia diante de todos, se poria de joelhos diante de Julian num gesto de súplica e pediria para liberar Tamlyn de seu noivado. Ele sabia que não adiantaria nada.
Seu primo amava Tamlyn com loucura.
Sim, o rei Eduardo decretou que seu Dragão casasse com uma das filhas de Hadrian, conde de Kinmarch e Julian tinha escolhido Tamlyn.
O veredito real não tinha nada a ver com o motivo pelo qual Julian planejou fazer de Lady Tamlyn sua esposa. Seu primo se consumia por ela, ansiava possuí-la com uma necessidade impulsiva que era assustadora.
E, de uma maneira triste, Damian estava feliz por Challon. Por muito tempo, a alma de Julian tinha sofrido em tormento.
A encantadora Tamlyn tinha o poder de curá-lo, de reestruturá-lo. De salvá-lo.
Damian sabia que Julian respeitava muito o vínculo fraternal que ambos compartilhavam.
Mas nenhum homem ficaria entre Challon e sua noiva.
Ele mataria, sem vacilar, para possuir Tamlyn.


Série Dragões de Challon
1 - A Feiticeira das Terras Altas
2 - Em Sua Cama
3 - A Última Esperança
4 - Redemption