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30 de março de 2014

Os Pecados de uma Dama

Série Lordes Libertinos

Riordan Barrett: o último libertino.

Com seus amigos devassos sucumbindo à vida pacata, todos apostavam que o charmoso Riordan Barrett seria o próximo da lista. 

Mas ele não havia nascido para se render à falsa ideia de um final feliz. 
Além disso, toda a sociedade sabia que não havia um traço sequer de salvação em seu corpo perigo­samente sexy. 
Até que, de repente, Riordan não só recebe o título de conde, como também se torna pai de duas crianças!
Sua única experiência de vida é na arte da irresponsabilidade. 
Riordan precisa de ajuda, e não seria nenhum sacrifício con­tratar uma governanta bela e jovem. Sua fama, porém, o, precede. 
A doce e inocente Maura Caulfield parece ser a única dama de Londres a ignorar sua reputação. Mas seu desconhe­cimento não perdurará muito, pois ele mostrará a ela como o pecado pode ser divertido...

Capítulo Um


— Eu aceitarei qualquer coisa que você tiver. — Maura Harding estava sentada ereta, com mãos enluvadas e cruzadas comportadamente no colo.

Ela se esforçava para soar afável em vez de desesperada. Não estava desesperada. Maura forçou-se a acreditar na quase ficção. Se ela não acreditasse, ninguém mais acreditaria. O desespero a trans­formaria num alvo fácil. Pessoas podiam sentir desespero como cães farejavam medo.
De acordo com o pequeno relógio preso ao corpete de seu vesti­do, eram 10h30 da manhã. Ela viera direto da carruagem que trans­portava correspondência para a Agência de Encaminhamento da sra. Pendergast para Jovens Ladies de Boa Criação e precisava de um trabalho até o fim do dia. A sra. Pendergast espiou sobre a bor­da de seus óculos e hesitou.
— Eu não vejo referências aqui. — O peito volumoso da sra. Pendergast inflou em desaprovação quando ela fez o pronunciamento.
Maura respirou fundo, em silêncio repetindo o mantra que a sustentara durante a longa jornada de Exeter: em Londres haverá ajuda. Não desistiria agora simplesmente porque não tinha refe­rências. Afinal de contas, sempre soubera que esse seria um obs­táculo provável.
— É a minha primeira vez procurando uma posição, senhora.
— Primeira vez usando um nome falso, primeira vez viajando para fora de Devonshire, primeira vez sozinha... muitas primeiras vezes, sra. Pendergast, se você pudesse imaginar...
As sobrancelhas da sra. Pendergast se arquearam numa expres­são desconfiada. Ela pôs o papel escrito cuidadosamente por Maura sobre a mesa e deu-lhe um olhar intransigente.
— Eu não tenho tempo para jogos, srta. Caulfield.
O nome falso soava... bem... falso para Maura, que passara a vida inteira sendo a srta. Harding. A sra. Pendergast poderia saber? O nome soaria falso para ela? Ela desconfiava?
A sra. Pendergast levantou-se para indicar que a entrevista esta­va terminada.
— Estou muito ocupada. Tenho certeza de que você não deixou de notar a sala de espera repleta de jovens ladies com referências, todas ansiosas para trabalhar em residências familiares. Sugiro que você tente a sorte em algum outro lugar.
Isso era um desastre. Maura não podia ir embora de lá sem uma posição. Para onde mais iria? Não conhecia mais nenhuma agência de empregos. Sabia sobre esta somente porque sua preceptora a mencionara uma vez. Maura pensou rápido.
— Eu tenho algo melhor do que referências, senhora. Tenho ha­bilidades. — Maura gesticulou em direção ao papel descartado. — Sei bordar muito bem, sei cantar, dançar e falar francês. Sei até mesmo pintar aquarelas.
Maura pausou. Suas realizações não pareceram impressionar a sra. Pendergast.
Quando o argumento racional fracassava, havia sempre a súplica.
— Por favor, senhora, eu não tenho para onde ir. Deve haver algu­ma coisa que eu possa fazer. Posso ser dama de companhia para uma lady idosa, tutora particular para uma garotinha. Posso ser qualquer coisa. Deve existir uma família em Londres que precise de mim.
Não deveria ser tão difícil assim. Londres era uma cidade gran­de, com muito mais oportunidades do que aquelas oferecidas no interior de Devonshire, nos arredores de Exeter, onde todos conhe­ciam todos, uma situação que Maura vinha tentando arduamente evitar. Não queria ser conhecida, embora estivesse descobrindo que essa escolha vinha acompanhada de suas próprias consequências. Era agora oficialmente uma estranha num lugar estranho, e seu plano calculado com cuidado se achava em risco,
A súplica funcionou. A sra. Pendergast recostou-se a abriu uma gaveta da mesa.
— Eu devo ter alguma coisa. — Ela mexeu dentro da gaveta e retirou um envelope. — Não é exatamente uma situação de “família”. Nenhuma das garotas aí fora irá aceitar esta posição. Eu já enviei cinco educadoras nas últimas três semanas. Todas abandonaram o emprego.
Com aquelas palavras fatídicas, a sra. Pendergast empurrou o arquivo na direção de Maura.
— O cavalheiro é solteiro, com duas crianças cuja tutela herdou do irmão.
Maura estava ouvindo apenas parcialmente, tamanha era sua empolgação.
A senhora continuou:
— É uma situação difícil. O novo conde é um completo libertino. Passa as madrugadas fora de casa, entregando-se a só Deus sabe que tipo de prazeres, enquanto as crianças enlouquecem em casa. Então há o problema com o irmão do conde. — Ela meneou a cabe­ça em desaprovação e olhou de maneira significativa para Maura, por sobre os óculos, mais uma vez. — A maneira como ele morreu foi muito chocante e repentina. Como eu disse, é uma situação difí­cil, más se você quiser, a posição é sua.
Se ela quisesse? É claro que aceitaria. Não se achava em condi­ções de ser exigente nesse momento. Maura começava a ver como sua fuga havia sido precipitada, ainda que tivesse sido necessária.
— Está ótimo, obrigada. A senhora não vai se arrepender. — Ela teria estendido sua gratidão, mas a sra. Pendergast ergueu uma das mãos.
— Eu não irei me arrepender, mas talvez você se arrependa. Ou­viu uma palavra do que eu falei, srta. Caulfield?
— Sim, senhora.


Série Lordes Libertinos
1 - Os Desafios de Uma Dama
2 - O Amor de Uma Dama
3 - Os Pecados de uma Dama
Série Concluída

31 de dezembro de 2013

O Amor de Uma Dama

Série Lordes Libertinos

Ashton Bedevere: célebre libertino capaz de arruinar uma reputação com a mesma rapidez com que outros cavalheiros tomam uma dose de brandy. 

Depois de anos na Itália aprimorando suas habilidades na arte da sedução, Ashe está de volta aos salões da elite londrina, precedido, é claro, por uma reputação nem um pouco lisonjeira. 
Mas a morte do pai põe fim ao seu estilo de vida esbanjador. 
Para receber o que lhe é de direito, ò notório sedutor terá de fazer o impensável: casar se!
Mas que mulher sequer pensaria em se unir a um homem como ele? 
Com certeza não a adorável Genevra Ralston. 
Afinal, seria seu fim diante da alta sociedade. Ainda assim, resistir ao charme incontestável e ao toque habilidoso de Ashe sé prova uma tarefa impossível... 

Capítulo Um 

Sexo com Ashe Bedevere era um dos “grandes prazeres” da estação e não devia ser desperdiçado, o que explicava por que lady Hargrove o estava favorecendo com um esplêndido bei­cinho e uma rápida visão velada de seu busto sob um lençol cuidadosamente drapeado, na esperança de persuadi-lo a ficar.
— Certamente alguns poucos minutos não farão diferença — protestou ela com um olhar tímido, deixando que o lençol escorregasse muito provocadoramente pela curva de seu quadril.
Ashe enfiou os braços nas mangas da camisa, vestindo-se ra­pidamente. O que quer que o houvesse encantado nos atributos femininos de lady Hargrove mais cedo naquela noite, tinha eva­porado no rastro do bilhete que chegara para ele. Ele vestiu a calça e a presenteou com um sorriso pecaminoso, feito para aplacá-la.
— Minha cara, o que eu tinha em mente para nós levaria mais do que uns poucos minutos.
A promessa de prazer adiado foi suficiente. Ashe deslizou porta afora antes que ela pudesse discutir, com todos os seus pensamentos fixos em um objetivo: chegar a Bedevere, à sede da família do Conde de Audley. Não importava que Bedevere ficasse a três dias de distância a cavalo.

Não importava que ele pudesse ter respondido aos numerosos pedidos de voltar para casa nos anos anteriores e não o tivesse feito. Não importava nada disso. Dessa vez era diferente. Dessa vez, o advogado havia escrito duas frases desesperadas: “Venha para casa. Seu pai morreu.”
Ashe correu pelas últimas poucas mas até seus aposentos em Jermyn Street, empurrado por uma sensação de urgência e impo­tência. Ele sempre pensara que teria mais tempo.
Três dias mais tarde
— Deus e diabo estão nos detalhes! — xingou Ashe, não muito baixo, e puxou com um safanão as rédeas de seu garanhão baio, freando o animal. Essas eram as terras de Bedevere? Mais im­portante: essas eram terras de seu pai? Ele mal conseguia conci­liar as imagens que via agora, dos campos cobertos de ervas daninhas e cercas de pedras semidestruídas ao longo da estrada, com a lembrança dos campos férteis e estradas imaculadas de sua juventude.
Ele havia visto muito do diabo desde que viera para Bedevere e não muito de Deus. Como teria isso acontecido?
Uma pontada aguda de culpa o atingiu profundamente e de forma implacável.
Ele sabia a resposta.
Era sua culpa.
A atual convocação para voltar para casa não fora a primeira, mas seria a última. Ashe poderia ter voltado muito tempo antes, quando o primeiro acesso da doença acontecera, quatro anos mais cedo. 
Poderia ter voltado quando seu irmão perdera o juízo dois anos antes, por razões que ainda não tinham ficado claras para de. 
Mas não o havia feito, e uma conseqüência extraordinária havia ocorrido em razão disso: a força atemporal de Bedevere linha cambaleado e, por fim, se provado falível. 
Ele havia esperado demais, e toda essa decadência podia ser creditada a ele.
Parecia uma virada irônica do destino que ele agora estivesse preparado para ser o curador de um lugar do qual fugira voluntariamente anos antes. 
O lugar havia sido perfeito então, tão diferente dele, que era tão imperfeito. Era bem menos perfeito agora, e ele ainda tinha defeitos...  

Série Lordes Libertino
2 - O Amor de Uma Dama
Série Concluída

27 de outubro de 2013

Os Desafios de uma Dama

Série Lordes Libertinos

Sua busca por devassidão é digna de nota.

A vida escandalosa de Merrick acaba de passar por um revés.
Pego em uma situação um tanto quanto comprometedora com lady Alixe Burke, ele é intimado pelo pai da moça a encontrar um pretendente para ela.
Caso contrário deverá desposá-la! Mais feliz na biblioteca do que no salão de bailes, Alixe é um diamante bruto.

Merrick, por sua vez, jamais recusa um desafio, e seus conhecimentos vão muito além da mera etiqueta social. 
Ele não se deixa enganar pela modéstia de Alixe, por isso decide que deverá ensinar-lhe todos os seus truques de sedução! 

Capítulo Um 

Merrick St Magnus não fazia nada pela metade, incluindo as famosas Gêmeas Greenfield. 
Mesmo agora, as lendárias cortesãs estavam deleitavelmente vestidas com diferentes tipos de roupas extravagantes sobre o comprido divã veneziano da sala.
Com os olhos fixos na primeira gêmea Greenfield, Merrick pegou uma fatia de laranja de uma bandeja de prata e rolou-a no açúcar fino de maneira preguiçosa, não deixando de notar o peito adorável pressionando-se aos limites da decência pelos efeitos duplos de um espartilho de renda e um decote baixo. 
— Uma doce tentação merece outra, ma chère — disse ele em tom de voz sedoso, os olhos percorrendo o corpo dela de forma significativa, notando como a pulsação na base do pescoço delicado batia freneticamente gostando daquela sedução aberta. 
Merrick deslizou a fatia de laranja contra os lábios dela, a ponta da língua dela lambendo o açúcar fino, durante o tempo todo insinuando que ela seria capaz de lamber mais do que os próprios lábios. Ele ia aproveitar aquela noite.
Mais do que isso, iria gostar de vencer a aposta que atualmente preenchia páginas do livro de apostadores do clube White’s e coletar os ganhos no dia seguinte. 
Ele pretendia ganhar uma quantia respeitável, que resolveria problemas criados durante uma recente onda de má sorte nas mesas de jogo. 
Com certeza, homens tinham “tido” as encantadoras irmãs Greenfield, mas nenhum homem obtivera conhecimento carnal de ambas ao mesmo tempo. 
Na outra ponta do divã, a gêmea número dois fez um biquinho tímido. 
— E quanto a mim, Merrick? Eu não sou uma tentação? 
— Você, ma belle, é uma verdadeira Eva. — Merrick deixou a mão pairar sobre a bandeja de frutas, como se estivesse contemplando, decidindo qual das frutas escolher. 
— Ah, para você, minha Eva, um figo, eu acho, para os prazeres do Éden que esperam um homem em seu jardim.
As referências literais dele não obtiveram sucesso. Ela fez outro biquinho, perplexa. 
— Meu nome não é Eva. 
Merrick reprimiu um suspiro. Pensou no dinheiro. Deu um sorriso malicioso, pondo o figo dentro da boca da cortesã e fazendo-lhe um elogio que ela entenderia. 
— Eu nunca sei dizer qual de vocês duas é a mais bonita. — Mas definitivamente podia dizer qual delas era a mais inteligente. 
Ele baixou uma das mãos sobre o bumbum exposto da gêmea número dois e traçou um círculo na pele dela com o indicador, ganhando um sorriso encabulado. 
A gêmea número um estava com as mãos nos ombros dele, massageando-os enquanto puxava a camisa dele para fora da calça. Era hora de cuidar do assunto em mãos... Foi quando aconteceu... 
Série Lordes Libertinos
1 - Os Desafios de uma Dama