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1 de setembro de 2025

3- Uma Professora Ousada

Série Quatro Destinos

Sarah Stone, filha do Visconde Odcliffe, sempre foi uma jovem amorosa que obedecia aos desejos da família. 
Ela teve uma vida feliz e plena até que o homem por quem se apaixonou partiu seu coração e a abandonou, sem nenhuma explicação. Mas agora seu pai quer que ela pare de viver com essa dor e se case com o homem menos indicado. Sarah se recusa a viver o resto da vida com aquele homem falso, então encontra uma maneira de partir secretamente. Ela tem um motivo muito poderoso, chamado Lewis Banfield, a quem deseja ver pessoalmente para que possa finalmente lhe contar por que a abandonou quando estavam noivos. Lewis Banfield, Conde de Blubourne, deixou seu país porque carrega nas mãos o sangue do próprio irmão, que morreu quando ambos brigavam pela mesma mulher. Lewis foi incapaz de encarar a mulher que amava de todo o coração e com quem estava prestes a se casar. Então, ele escolheu partir e fugir como um covarde, carregando em seu coração a esperança de que um dia sua mente esqueceria todo aquele infortúnio e a infelicidade que causou. Mas ele não contava com a teimosia de uma mulher que o procuraria por todos os cantos do mundo até descobrir a verdade e ver por si mesma que o homem que tanto amava já não sentia mais o mesmo por ela.

Capítulo Um

Sarah precisava sair dali. Londres havia se tornado um lugar terrivelmente chato, mas acima de tudo sufocante. As mesmas pessoas todos os dias, as mesmas fofocas e a mesma rotina de sempre. E a cereja do bolo era pensar nele, onde estaria e se já tinha uma vida com outra pessoa, enquanto ela não conseguia esquecê-lo. Ela estava praticamente morrendo em vida naquele lugar onde todos sabiam do seu fracasso com Lewis. “Eu preciso ir, eu preciso sair daqui!", gritava sua mente. Uma batida na porta e a voz do pai a tiraram de seus pensamentos. 
— Filha, posso entrar? 
— Sim, pai. Entre, — estampou um sorriso falso em seu rosto. Richard Stone entrou na sala com a postura imponente que todos na família conheciam bem. 
— Eu queria falar com você sobre algo importante. 
— Posso falar primeiro?, — perguntou ela, ansiosa. Seu pai franziu a testa, mas a deixou falar.
 — Muito bem, filha. O que você quer dizer com tanta urgência? 
— Quero viajar. Talvez para um lugar distante. — Ela se virou para olhar pela janela e não ver o rosto do pai. 
Ele a encarou, confuso. — Ai meu Deus, lá vamos nós de novo. Por quê? Você já fez nove viagens nesses anos. 
— Bem... preciso clarear a mente um pouco e pensar. 
— Aqui você pode pensar o quanto quiser, ou na casa de campo, e não sai tão caro. 
— Mas, pai... 
— Filha, você sabe que a atendo em tudo o que você pede, mas já faz muito tempo, e eu lhe dei todas as oportunidades do mundo para escolher entre os diferentes cavalheiros que a cortejaram. No entanto, não vou esperar mais, — disse ele sem rodeios. — A última coisa que eu quero é ter uma filha solteirona quando também é uma das maiores beldades das últimas temporadas. Não houve uma única jovem que possa superá-la em elegância e classe, e mesmo assim você insiste em não querer nada com ninguém. 
Sarah tentou fazê-lo entender. — Pai, peço que tenha paciência. Não é fácil esquecer tudo magicamente. 
— Você já teve tempo suficiente para isso. Não é a primeira nem a última jovem a quem algo assim acontece e que, em seguida, consegue um casamento excelente e feliz. Além disso, recebi uma carta do Conde de Eggingcott, informando-me das sérias intenções de seu filho Claydon com você. Ele diz que ficou muito impressionado desde que a viu, mas, apesar de todos os sinais de interesse que demonstrou você não parece sentir o mesmo. 
— Não é minha culpa que eu não goste dele. 
— É porque você não se dispôs a fazer a sua parte. — Agora, seu tom era mais irritado do que compreensivo. — É por isso que decidi tomar as rédeas da situação. Ele é o homem perfeito para você. Ela se virou rapidamente. 
— O que isso quer dizer?
 — Significa que ele é o homem certo para a filha de outro conde. Ele também tem excelentes contatos, sem mencionar uma fortuna maior que a nossa.
 — Lewis também tinha uma, e era muito maior que a dele.
Seu pai, que se mantivera calmo até então, perdeu a paciência. 
— Mas ele não está aqui! Te deixou sozinha no meio de um noivado e foi para Deus sabe onde!, — gritou com raiva, assustando-a. 
— Não precisa se exaltar tanto, — aconselhou ela, temendo por sua saúde.
 — Não quero mais falar sobre isso. Não gosto de falar sobre ele ou sua família. Quero que você se concentre em seu futuro noivado e casamento com Claydon. 
— Mas, pai!
 
3- Uma Professora Ousada

5 de agosto de 2025

Doutora do meu Coração

Série Quatro Destinos

Margareth Dawson renunciou aos homens, optando por se dedicar à profissão de médica. 
Mas isso não tem sido fácil, porque no mundo dos homens, uma médica é vista como piada. No entanto, um dos proprietários do Rancho 4D lhe enviou uma carta solicitando seus serviços, e ela se vê viajando milhares de quilômetros para Montana. Lá, ela será a médica do rancho dele e dos ranchos vizinhos, já que ficam bem longe da cidade. Mal sabe ela que lá, encontrará um homem que virará seu mundo de cabeça para baixo. Edward Allen é um homem pacífico e quieto que só quer trabalhar em seu rancho e progredir, e se a sorte permitir, encontrar uma boa mulher que o ame e compartilhe uma família com ele. Mas a vida tem seus próprios planos, e ele conhece Margareth, uma mulher que à primeira vista parece pedante, mas que também é segura de si, confiante, independente e tão evasiva quanto um beija-flor. Mas há inimigos rancorosos e situações perigosas que testarão seu amor. Depende somente deles vencer o jogo.

Capítulo Um

Margareth conversava com a mãe sobre o futuro, mas não estava conseguindo muito fazê-la entender a maneira como ela via as coisas.
— Mãe, por favor. Estou apenas fazendo o que a senhora me ensinou por anos. Você queria que eu fosse uma mulher independente, sem medo de desafios, mas agora que estou agindo assim, você não concorda.
— Maggie, fico mais do que feliz que você seja independente, mas ir sozinha para terras selvagens, onde pode ser sequestrada por índios ou bandidos, é desproporcional, minha filha, — disse a mulher, abanando-se, como se pudesse ter uma convulsão a qualquer momento.
— Pelo amor de Deus, não exagere! Não vou a qualquer lugar; vou para uma das maiores fazendas de Montana. Tenho um emprego me esperando lá como médica, algo que não é fácil de conseguir hoje em dia.
— Eu sei. Sei que a ideia de uma mulher poder ser médica é algo que deixa mais de um homem à beira de um ataque, e me sinto tremendamente orgulhosa, filha. Mas continua sendo uma dama, e há coisas que um homem faz melhor, como se defender se alguém o agride fisicamente.
Margareth ia argumentar, mas não queria colocar mais lenha na fogueira. — De qualquer forma, o dono da fazenda, o Sr. Arnold, providenciou que me busquem na estação e me levem imediatamente para a fazenda. Quando estiver lá, estarei dentro da fazenda, cercada por muitos homens que poderão me defender se algo acontecer.
Sua mãe olhou para ela alarmada. — Haverá algumas mulheres, imagino.
— Claro, mãe. A esposa do Sr. Arnold, a filha dele e alguns funcionários estarão lá, pelo que entendi.
Sua mãe abriu a boca para dizer mais alguma coisa, mas interrompeu. — Por favor, não me faça mais perguntas, porque não tenho todos os detalhes. Não era uma carta de vinte páginas; era apenas uma confirmação de que o emprego era meu e das coisas mais importantes que eu precisava saber.
— Ainda acho que você poderia ter mais sorte como médica no Canadá. E também poderia conhecer um bom homem; um cavalheiro digno de você, com quem poderia começar uma linda família.
— Ah, mãe! Não vamos voltar a isso. Você sabe que não estou interessada em me casar.
— Margareth Cecilia Dawson! Não ouse me dizer isso de novo — suas mãos foram ao peito como se estivesse prestes a ter um ataque cardíaco — Eu quero netos, e você não pode me negar esse desejo, não a mim. Não à sua mãe!
— Mãe!
 

Série Quatro Destinos
2- Doutora do meu Coração

8 de julho de 2025

Resgatado pela Preceptora

Série Quatro Destinos

Julia Webbs, uma simples preceptora de uma família de classe média que caiu em desgraça, chega a uma cidade em Montana, onde trabalhará para um rico fazendeiro. 
Ela nunca imaginou que sua vida mudaria tanto e que seu coração encontraria o amor verdadeiro naquele lugar. Frederick Arnold, um conde, que deixou toda a sua vida como a conheceu no passado e embarcou para outro país em busca de uma nova vida, na companhia de seu único familiar; sua garotinha de 4 anos. Ele procurava apenas uma pessoa que cuidasse de sua filha, que se considerava apenas mais um vaqueiro em sua fazenda, e lhe ensinasse o comportamento adequado de uma jovem. Não só chegou uma preceptora ao seu rancho, mas também o ser mais irritante e teimoso que ele já conheceu. Julia Webbs com certeza era uma mulher que o confrontava o tempo todo e isso o deixava louco, mas também era um presente do céu que salvaria ele e sua filha de todas as maneiras possíveis, mesmo que ele não soubesse.

Capítulo Um

Julia olhava para sua querida irmã pensando que não sabia quanto tempo levaria até que a visse novamente. — Patrice, não sei o que vou fazer sem você. — Disse chorando.
— Shhhh, querida, — a tranquilizou, — o tempo voa e se tudo correr bem por lá, irei visitá-la. Bem... se seu chefe lhe der permissão para receber sua irmã. —Esperemos que ele seja uma boa pessoa. Estou cansada de proprietários taciturnos, amargos ou, pior ainda, velhos sujos. Ambas começaram a rir[
– Tenho um bom pressentimento sobre isso. – Disse Patrice com um sorriso que inspirava confiança em Julia. 
— O trem está prestes a partir. – Julia percebeu, de onde estava sentada. —É melhor você entrar. — Elas se abraçaram novamente e Julia imediatamente entrou no trem, pois não queria chorar na frente da irmã novamente. Patrice era a mais nova e era ela quem teria que dar o exemplo de ser uma mulher forte. Doía-lhe não vê-la por um tempo, mas seu consolo era que ela continuaria estudando para ter um futuro melhor. 
Ela entrou no trem andando entre pessoas e compartimentos, procurando o seu, até que finalmente o encontrou. Uma mulher com um filho de cerca de seis anos estava lá. Sentou-se na frente deles, cumprimentou-os educadamente e olhou pela janela. Sua irmã já havia partido a seu pedido e, poucos minutos depois, o trem começou a se mover, afastando-se cada vez mais do lugar que ela sempre havia conhecido. Mordendo o lábio inferior, ela olhou para a paisagem e tentou manter-se calma e composta. Uma coisa difícil de fazer, quando estaria tão longe de casa por sua propia conta. 
As mulheres raramente viajavam desacompanhadas, mas no caso delas era isso ou não ir a lugar nenhum. Sua família não tinha os meios, e ela não podia se dar a esse luxo. Mesmo que pedisse o favor à irmã, que era a única que poderia servir de companheira, não teria condições de fazê-lo de qualquer maneira, pois precisava terminar os estudos. 
Felizmente a viagem foi divertida, pois a mulher do seu compartimento era muito sociável e começaram a conversar sobre o motivo da sua viagem e a dela. Aparentemente, o marido estava esperando por ela em Missoula, onde trabalhava como capataz em uma fazenda há algum tempo e ganhava um bom dinheiro para sustentar a família. Lhe contou que haviam passado por momentos muito difíceis e que seu marido, depois de trabalhar em uma gráfica, teve que abandoná-la porque o proprietário havia falecido e seus filhos haviam acabado com tudo, demitindo os funcionários e desperdiçando o dinheiro. E como havia perdido o emprego, teve que recomeçar naquele lugar, o que para muitos era terrivelmente perigoso, e para outros como ele, era a resposta às suas orações. Fizeram companhia uma à outra e ela a convidou várias vezes para comer, até que horas depois chegaram à estação de trem, onde ela tinha que descer. 
—Por favor, não deixe de me procurar se precisar de mim. Nestas terras é melhor ter um amigo, ou pelo menos um conhecido. 
—Muito obrigada Evelyn, assim farei. E quando chegar ao local onde vou trabalhar, escreverei para você. Assim manteremos contato. 
—Foi um prazer conhecê-la, desejo-lhe uma boa vida, Júlia.
 — O mesmo para você — então olhou para o garotinho meio adormecido em seus braços — adeus pequenino. 
A mulher saiu dali e desceu do trem. Quando Julia olhou pela janela, um homem alto e magro se aproximava dela com um grande sorriso, e presumiu que fosse seu marido. Ela os viu se abraçarem e depois pegarem a criança nos braços. Por um breve momento imaginou se ela tivesse algo assim. Como deve ser bom ser amada e ter um homem para protegê-la e apoiá-la. Quase imediatamente, afastou esses pensamentos e disse a si mesma para se concentrar em vez de pensar em bobagens. Agora, a única coisa que importava era o seu trabalho na fazenda “Os Cuatro Destinos”.










Série Quatro Destinos
1- Resgatado pela  Preceptora