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29 de novembro de 2010

Os Espinhos da Paixão










O amor vence todas as adversidades!

Sir Gareth de Hugues é conhecido como um combatente aguerrido. Ansioso para provar sua capacidade também fora dos campos de batalha, ele decide ir administrar a propriedade rural da família em Devon.

No caminho, porém, cai na emboscada de um saqueador de estradas, e depois de recobrar os sentidos sai em perseguição ao seu assaltante, apenas para descobrir que se trata de uma jovem linda e corajosa, que rouba para alimentar o irmão e a mãe doente.
Nem sua consciência nem a súbita atração que sente por ela lhe permitem que a deixe escapar, mas levar aquela família para o seu castelo poderá colocar a todos em perigo...
Criada no submundo de Londres, Zetta conseguiu sobreviver até hoje valendo-se de sua esperteza e agilidade.
Ela aprendeu com a mãe que confiar nos homens só leva a sofrimento, porém a gentileza e sinceridade de Gareth exercem sobre ela um apelo poderoso.
Contudo, quando a beleza de Zetta atrai a atenção do rei, ela e Gareth se veem envolvidos numa teia de ambição e cobiça da qual somente os corações mais audazes... e apaixonados... conseguirão escapar!

Capítulo Um

Inglaterra, 1174

Sob um precário toldo feito com panos presos a galhos secos, Zetta sentou no, solo úmido, encolhendo-se para se proteger do frio.
Observou desolada a neblina e a garoa que caía sem parar. O barulho da chuva a mantivera acordada a noite toda.
Se não parasse logo de chover, ela enlouqueceria.
Fechou melhor o casaco úmido em volta do corpo miúdo e tentou não dar atenção aos ruídos das outras duas pessoas que dormiam embaixo daquela cobertura.
Estava com inveja da mãe e do irmão por terem conseguido adormecer em condições tão desfavoráveis, ao contrário dela, que não pregará os olhos desde que haviam saído de Londres.
Não esperava sentir tanta falta daquela cidade grande, barulhenta e imunda.
Mas estava até com saudades do quartinho apertado que tinham ocupado junto às docas e ao lado da peixaria.
Haviam vivido ali por pouco tempo, porque a doença da mãe os forçara a se mudar de novo. O quarto era pequeno demais para três pessoas e muitas vezes cheirava a peixe, mas, mesmo assim, Zetta tinha saudades dele.
Respirou fundo, sentindo o aroma das folhagens da floresta ao seu redor.
Detestava aquelas árvores altas e agora molhadas.
Na verdade, detestava todos os outros lugares ermos e solitários como aquele.
Já andara de sobra por campos e a florestas e odiava o isolamento, o silêncio e os perigos desconhecidos que a mata ocultava.
Daria tudo o que possuía, que por sinal não era muito, para ter de volta o barulho dos vendedores ambulantes, dos pedestres, dos ladrões e das meretrizes, andando pelas ruas da cidade.
Qualquer coisa seria melhor do que aquele interminável e sufocante silêncio.
Começava a amanhecer e o canto de um pássaro chegou a seus ouvidos.
Nesse momento viu uma pequena ave, com as penas encharcadas, pousar perto de onde estavam.
Apertou os olhos e, num impulso, pegou uma pedrinha para atingi-la sem se importar com a maldade que estava prestes a cometer.
— Zetta, o que vai fazer?
Com um sobressalto, ela largou a pedra e olhou para o irmão.
Ele estava deitado no chão, enrolado em cobertas, no fundo do abrigo. Sorria sonolento para ela.
— Você me assustou, seu tonto!
Edrit se espreguiçou e deu um longo bocejo.
— Só perguntei o que você ia fazer.
— Fale baixo! Mamãe precisa dormir — ela ralhou. Livrando-se das cobertas, Edrit se levantou e veio acocorar-se ao lado dela.
— Não se preocupe. Ultimamente mamãe tem um sono muito pesado e não costuma acordar com qualquer barulho.
Zetta encarou o rapaz que ainda tinha ares de menino. Era muito ingênuo e inocente, mesmo sendo um pouco mais velho que ela. Edrit via o mundo de uma forma toda peculiar. Para ele, não existia maldade, nem morte, nem tristeza. Sua mente infantil não concebia a perversidade humana.
Ela já havia desistido de fazê-lo compreender a seriedade da doença que atingira a mãe de ambos.
Com as palavras mais suaves que encontrara, tentara explicar-lhe aquilo que o experiente farmacêutico havia diagnosticado. No caso de Joan, não havia mais nada a fazer. Ela morreria em breve.
Edrit, contudo, teimava em não entender esse fato. Não queria perder a mãe e se convencera de que isso nunca ia acontecer. Como se nada estivesse acontecendo, acompanhava-as alegremente naquela viagem conturbada e cheia de contratempos. Não entendia que a mãe só queria volta à aldeia onde crescera para poder morrer ali.
Carinhosamente Zetta passou a mão pelos cabelos loiros e rebeldes do irmão.
— Mesmo assim, é melhor falar baixo — sussurrou.
— Está bem. Mas o que temos para comer?
— Um pouco de pão e queijo que sobrou de ontem à noite.
— Só isso? Estou com muita fome!
— Eu também, mas não posso fazer aparecer comida do nada. As provisões acabaram porque eu não previa que íamos ter de viajar tanto depois que nos expulsaram daquela maldita aldeia onde mamãe nasceu.
— A culpa não foi minha, Zetta...


10 de maio de 2009

Olhos da Meia-Noite




Filho ilegítimo de um nobre normando, Robert Beaumont
tornou-se um dos mais implacáveis guerreiros da Inglaterra.
Em reconhecimento por seus serviços à nação, o rei o presenteia com uma propriedade, sob uma condição:
que ele se case com a irmã do homem a quem o rei deve favores...
Uma jovem que poucos homens concordariam de bom grado em tomar por esposa...

Há anos Imogen Colebrook vive isolada, nas terras frias e ermas do norte da Inglaterra, prisioneira do irmão, um homem sádico e cruel, responsável por sua deficiência... e por prometê-la em casamento a um homem perigoso.
No entanto, ao conhecer Imogen, o temido cavaleiro fica deslumbrado por sua rara beleza e pela coragem daquela jovem, condenada a viver num mundo de trevas.
Decidido a livrar sua noiva dos tormentos do passado, Robert precisa lutar contra o inimigo poderoso que ameaça destruir a frágil felicidade de ambos, e a conduzir o coração de Imogen pelo caminho da luz e do amor...


Prólogo

Mary calou-se abruptamente.
Imogen se voltou com expressão interrogativa diante do súbito silêncio, quebrado apenas pelo crepitar das chamas na lareira.
— Perdão, milady, mas o restante do discurso de seu irmão não é apropriado para ouvidos humanos.
Imogen riu, condescendente.
— Oh, Mary, você não precisa ter pudores em minha presença. Estou acostumada ao palavreado de Roger. Sinta-se à vontade para prosseguir com a leitura da carta porque certamente não estará me dizendo nada que eu já não tenha ouvido dezenas de vezes antes.
— Desculpe, milady, mas palavras como essas nunca saíram de minha boca. Não serei capaz de proferi-las.
Ao se voltar novamente para o calor do fogo, Imogen ainda trazia um sorriso nos lábios, que foi sendo substituído por contrações de pânico à medida que o significado da mensagem era absorvido.
Chegara o momento que ela sempre esperara e temera.
Naquele pequeno pedaço de papel, que Mary procurara evitar ler em voz alta, seu irmão anunciava formalmente a decisão de encerrar o jogo com sua vitória total sobre ela.
— Eu estou perdida. Agora não há mais esperança para mim.
Roger tem em mãos o trunfo que lhe garantirá a vitória.
— Imogen suspirou.
— Na verdade, eu sempre soube que jamais teria condições de vencer o jogo diabólico que ele armou contra mim.
— A esperança é a última que morre, minha menina — Mary retrucou, encorajadora, com a voz da experiência adquirida no decorrer de sua longa existência.
— As informações sobre seu noivo parecem interessantes. Parece-me um ponto positivo que ele esteja empenhado em chegar aqui no prazo de sete dias para conhecê-la.
— Não posso acreditar que toda essa ansiedade tenha a mim como motivo principal. Por que esse homem, Robert Beaumont, teria tanta pressa em reclamar uma mulher como eu para esposa?
O constrangimento impediu Mary de retrucar por alguns segundos.
— Não deveria falar assim de si mesma. Imogen baixou a cabeça.
— Você se esquece de que Robert Beaumont concordou em se casar comigo, apesar de minha deficiência, porque se tornará senhor destas terras?