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17 de fevereiro de 2013
Seduzida Pelo Risco
Naufrágio e escândalo!
Náufraga em uma ilha, Averil Heydon está aterrorizada. Mas ser resgatada pelo capitão Luc d'Aunay não a acalma nem um pouco!
Averil, embora virgem, sabe que apaixonar-se por Luc é perigoso, mas não pode negar a atração que os rodeia... Depois de provar pela primeira vez o sabor do desejo selvagem nos braços de Luc, Averil é obrigada a voltar para á sociedade e seguir os costumes.
Porém, talvez ela seja surpreendida pela audácia de Luc ao fazer uma proposta escandalosa, mas que lhe dará o direito de viver intensamente a sensualidade recém-despertada...
Capítulo Um
16 de março de 1809, ilhas Scilly
Parecia um sonho. O tipo de sonho que se tem pouco antes de acordar. Ela estava encharcada e gelada.
A escotilha devia ter se aberto durante a noite, pois ela sentia um grande desconforto.
— Olhe, Jack, é uma sereia.
— Que nada. Ela tem pernas, não tem? E nenhuma cauda. Como é que se faz amor com uma sereia se ela não tem pernas?
Não era sonho, era um pesadelo. Acorde. Os olhos não abriam. Sentia frio, dor, medo. Pavor.
— Acha que a mulher está morta?
Um terror inexplicável percorreu seu corpo. Será que eu morri? Será que estou no inferno? Parecem demônios à minha volta. Acho melhor não me mexer.
— Ela me parece bem fresca. Acho que vai servir, mesmo não estando muito acordada. Não me deito com uma mulher há cinco semanas.
— Nenhum de nós, estúpido — A voz grossa parecia estar mais perto.
Não! Será que ela gritou em voz alta? Averil estava bem consciente, e logo as lembranças voltaram, e ela compreendeu o terror que estava vivendo: o naufrágio do navio seguido de uma grande onda de água gelada e a certeza de que ia morrer.
Mas ela não estava morta. Podia sentir que estava sobre areia fria e úmida, sentia vento na sua pele e pequenas marolas batendo nos seus pés. Seus olhos cheios de sal estavam fechados para esse pesadelo, e o corpo todo doía, como se tivesse rolado dentro de um barril. Com o vento batendo na sua pele... Foi então que ela se deu conta de que estava nua e que as vozes eram de homens de verdade que se aproximavam e que pretendiam... Melhor não se mexer.
Alguma coisa a cutucou com força nas costelas, fazendo-a se encolher, morta de medo, querendo gritar, mas algo lhe dizia que devia ficar calada.
— Ela está viva! Isto é que é sorte — Era a voz do primeiro homem, todo feliz.
Ela se encolheu toda, como um ouriço sem espinhos.
— Acha que podemos levá-la para trás das rochas antes que os outros a vejam? Não quero ter de dividir com eles, pelo menos, não até usá-la bastante.
— Não! — Ela se sentou rapidamente na areia e, com os braços, tentou esconder sua nudez.
O pior de tudo era que ela não conseguia enxergar nada. Então fez um esforço para abrir os olhos, apesar de todo o sal.
Os seus algozes estavam a dois metros de distância, olhando para ela com expressão de cobiça. Averil se apavorou. Um dos homens era grande, com uma barriga protuberante de quem bebia muita cerveja, braços musculosos e pernas que pareciam dois troncos de árvore. O outro, mais magro, devia ser o tal que a chutou.
— Vem para cá, belezinha — disse o menor dos dois com uma voz que a deixou aterrorizada.
— Nós vamos aquecê-la, não é, Harry?
— Prefiro morrer
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