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4 de setembro de 2011

Segredos De Alcova


Nenhum homem seria seu dono.

Elysia Rougemont jurou a si mesma que não pertenceria a nenhum homem, embora soubesse que uma promessa como essa não era para uma mulher nobre como ela.

E apesar do destino ter lhe proporcionado umas bodas não desejadas, o tempo a faria descobrir que estava unida a Conon St. Simeon por seu valor, seu cavalheirismo… e uma paixão secreta que tudo consumia.

Conon St. Simeon, cavalheiro de legendária valentia, acabaria oferecendo seu coração, sua alma e seu poderoso braço a Elysia, condessa de Vannes, uma mulher independente envolta em muitos segredos…

Capítulo Um

Bretanha, França
Primavera de 1345

«O jardim resulta mais prometedor que o noivo». Elysia Rougemont estava diante da torre de Vannes admirando a profusão de plantas dispostas em perfeitos arriates, com a esperança de distrair-se de seu iminente matrimônio.
Tomilho e romeiro cresciam ombro a ombro junto a ervas mais frívolas como a lavanda e a manjerona.
De pouco lhe serviriam a lavanda e a manjerona.
Aquele fragrante pedaço de terra era a única característica aduladora de Vannes, o monstruoso castelo que a partir daquela noite se converteria em seu lar após suas bodas com o amadurecido conde de Vannes, Jacques St. Simeón.
Voltou-se para contemplar a enorme massa de pedra que era mais que uma simples residência fortificada.
Em realidade seu novo lar só podia ser chamado fortaleza, construída para a guerra e a defesa com sua abundância de portas e frestas nas paredes.
Seu futuro esposo tinha declarado ser um homem de paz, mas sua casa não refletia suas palavras.
Deslizou um pé por cima do terreno.
Tinha uma agradável qualidade, fértil e cheio de vida, e não como o tronco seco que era seu futuro esposo.
Se fechasse os olhos, podia sentir-se como em sua casa na Inglaterra. Não importava que sua mãe e ela tivessem ficado a mercê do senhor depois da morte de seu pai, acontecida seis anos atrás. Desfrutava de seu modo de vida.
Tinha organizado um pequeno, mas próspero negócio de malhas com a ajuda de sua mãe, uma aventura que lhe reportava orgulho e prazer, um modo de distinguir-se num mundo que apreciava muito pouco as artes femininas.
E embora agora sua fortuna pudesse rivalizar com as das herdeiras mais solicitadas do continente, não podia tocar um centavo dela.
Esse era direito exclusivo de seu senhor, o conde de Arundel, e logo passaria a ser o de seu marido.
Se seu irmão não tivesse morrido no outono anterior sem ter disposto sobre seu matrimônio, bem poderia ter permanecido em sua casa controlando os progressos de seus campos de linho em lugar de estar ali contemplando os possíveis usos das ervas que se cultivavam em Vannes.
Sua lembrança se desvaneceu ao escutar a voz de um homem:
— Se alegre, milady. É muito afortunada, já que o conde está a um par de passos da tumba.
Voltou-se sobressaltada procurando quem havia dito semelhantes palavras e o fôlego lhe gelou na garganta. Não podia ser aquele homem que mais parecia um deus grego.
— Me desculpe...

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