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30 de dezembro de 2017

Seu Conde de Natal

Nenhuma boa ação fica impune…

Para salvar a irmã caçula do escândalo, Philippa Sanders se aventura no quarto de um libertino — e em seu domínio. Agora, a sua reputação está por um fio e apenas um casamento apressado pode salvá-la. 
Será, o Conde de Erskine um libertino cruel, que todo o mundo acredita? Ou, Philippa descobrirá uma honra inesperada num homem famoso pelos os seus modos selvagens?
Blair Hume’s, o dissoluto Conde de Erskine, ficou de olho na intrigante Senhorita Sanders, desde que chegou na aborrecida festa.  Agora, um ato imprudente entrega a mulher sedutora em suas mãos, como um delicioso presente de Natal. O destino estar-lhe-ia oferecendo uma diversão fugaz? Ou será que este encontro, na véspera de Natal suscitará uma paixão para vida toda?

Capítulo Um

Hartley Manor, Wiltshire, Véspera de Natal, 1823 Com o coração acelerado, Philippa Sanders abriu lentamente a porta enorme de carvalho do seu quarto. Ela rezou para que ninguém surgisse no corredor com uma lamparina acesa e a pegasse num lugar, onde nenhuma dama de boa reputação deveria estar. Especialmente perto da meia-noite. 
Rápida e silenciosa como um gato, entrou no quarto sombrio e cuidadosamente fechou a porta atrás de si. Na quietude, o ruído seco do trinco ressoou como um tiro. 
A sua respiração ficou presa na garganta, e ela ficou parada e tremendo, esperando que alguém averiguasse o barulho. Mas, a casa antiga permaneceu em silêncio. Sugou o ar que desesperadamente precisava e repreendeu-se por ser uma marreca nervosa. 
O quarto, o qual sabia que seria, estava vazio. Antes de chegar ali, verificou que o Lorde Erskine permanecia no andar de baixo, festejando com os seus amigos bêbados. Se, tudo indicasse como nas últimas três noites, a sua predileção por aguardente continuaria até às primeiras horas. Isso deixou a Philippa, muito tempo para procurar os seus pertences sem perturbações. 
Esse pensamento fez muito pouco para acalmar os seus nervos. Se, alguém a pegasse sozinha no quarto de um cavalheiro, pior, um cavalheiro tão libertino, haveria um escândalo. Se, apenas as apostas não fossem tão altas. Se, apenas a sua irmã Amélia não fosse tão boba. Se, apenas Erskine não fosse um homem que tornasse as mulheres sensatas em parvas. 
Philippa suspiru e se afastou da porta. "Se, apenas" não ajudaria. Era imperativo que encontrasse e destruísse a carta comprometedora, que a sua irmã tinha enviado a Erskine, antes de seu noivado com o Sr. General Fox, que tinha sido anunciado ontem à noite. Então, Philippa afastar-se-ia dali e nunca mais pensaria sobre o devasso Lorde Erskine, novamente. 
Através da luz do fogo ardente na lareira, ela examinou seus arredores com atenção. 
O aposento era grande e luxuoso. Sua tia devia estar tentando Caroline, sua filha com cara de cavalo, em casamento. Dado o problema que o senhor libertino causou, Philippa quase desejou que o seu primo vil, fosse sobre ele. Nos últimos dias, o observou de perto. 
Não aprovava o seu olhar cínico e a forma como assumia arrogantemente, que qualquer coisa ao seu redor, desmaiasse com as suas palavras. No entanto, Philippa não seria feminina, em admitir que ele era um espécime espetacular de masculinidade. 
Estava preocupada que pudesse demorar muito para localizar a carta, ou que pudesse lavá-la com ele como um troféu, mas, o seu olhar imediatamente caiu sobre uma linda mala pequena de cor mogno deixada aberta no assento da janela. 
Mal podia acreditar na sua sorte. Com alívio, dirigiu-se para a janela. Então, de repente parou em um suspiro horrorizado, quando ouviu o guincho da maçaneta a girar. Senhor, salve-me…