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7 de agosto de 2011
Seu Amor, Meu Tesouro
Mesmo depois de tantos anos de ausência, lorde Heywood recordava-se de cada recanto da velha mansão de seus pais, onde passara a mais feliz das infâncias.
Devagar, ele abriu porta por porta, até chegar ao quarto onde dormira sua mãe. Afastando as cortinas de brocado azul, descerrou as grandes janelas, sentindo como se o espírito daquela doce mulher estivesse ali para lhe dar as boas-vindas.
Os raios dourados do sol entraram, iluminando a cama com pilares de flores e cupidos. Por um momento, Heywood não quis acreditar no que via.
As cobertas estavam se mexendo e por entre a seda drapeada que caía do dossel, um rosto oval e corado, e um par de olhos azuis o fitavam muito assustados...
Capítulo Um
1817
O cais de Dover estava num verdadeiro tumulto, com três navios atracados e vários esperando a vez.
Para os que chegavam, parecia impossível conseguir colocar os pés no solo da Inglaterra.
Canhões, caixas de alumínio, baús, fardos, arreios e selas se misturavam com dezenas de cavalos assustados e ainda tremendo de medo do mar, em torno dos quais agitavam-se cavalariços com fisionomias não menos assustadas.
Macas desembarcavam feridos, alguns quase moribundos, homens sem braços ou pernas, que eram assistidos por auxiliares de enfermagem também em estado lamentável.
Havia ainda os que tinham perdido suas bagagens e sargentos gritando ordens que ninguém parecia ouvir.
Se a paz é isto, pensou o coronel Romney Wood ao desembarcar, pelo menos a guerra era bem mais organizada.
Apesar de tudo, e dizendo a si mesmo que era puro sentimentalismo, sentiu-se emocionado por estar de volta a seu país, depois de seis longos anos de guerra em território inimigo.
Tal como a maioria dos soldados britânicos, esperara que depois de Waterloo e da partida de Napoleão para o exílio em Santa Helena pudesse voltar para casa, mas na opinião do duque de Wellington um exército de ocupação seria essencial para manter a paz na Europa.
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