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22 de agosto de 2011

Simplesmente Mulher







Um homem solitário...

Uma mulher determinada!



A vida de Jonah Longshadow nunca fora fácil.

Porém, nesse exato momento ele fora arrancado da prisão e lançado numa fazenda árida, junto de uma mulher cuja coragem silenciosa e sua gentileza despertavam sonhos que um homem como ele não tinha sequer o direito de imaginar...

Dois dólares de problemas, era isso o que Carrie Adams provavelmente arranjara ao comprar a liberdade de Jonah Longshadow.

Mas precisava de mãos fortes para ajudá-la a arar a terra, e aquele homem musculoso parecia indicado para a função.

A única coisa com a qual não contara era que seu coração estava entrando na barganha.



Capítulo Um



Com um gesto gracioso, Carrie ajeitou seu melhor chapéu de palha sobre a cabeça, procurando se proteger do sol.

Suspirando resignada, dirigiu-se à mula novamente, no único linguajar que o animal teimoso dava mostras de entender.

— Mexa-se, sua orelhuda estúpida!

Se havia algo que Sorry odiava mais do que puxar o arado, era puxar a carroça.

Carrie perdera horas preciosas, e a paciência também, tentando fazer o velho saco de ossos aceitar o arreio.

Se continuassem nessa marcha, só conseguiriam alcançar a cadeia na manhã seguinte, uma possibilidade desastrosa quando não possuía um segundo a perder.

Seu marido teria um ataque de nervos se chegasse em casa e visse o estrago causado por Sorry no portão do estábulo de Peck, pois ainda não lhe sobrara um único momento livre para consertá-lo.

Nada parecia bom o suficiente para aquele garanhão horrível de quem Darther parecia se orgulhar tanto.

Um estábulo particular, baia nova, rações fartas e dezenas de baldes de água fresca, que ela deveria buscar no riacho diariamente.

Afinal, para isso serviam as esposas, para trabalhar duro, seu marido gostava de apregoar.

Quanto a Carrie, a mula e as galinhas, Darther não se importava se morressem de fome, desde que seu amado cavalo de corrida, e ele próprio, é claro, não sofressem o menor desconforto.

Maldito cavalo!, pensou irritada, para logo depois se corrigir.

Precisava livrar-se do hábito de praguejar.

Afinal, Emma lhe explicara não se tratar de um comportamento adequado a uma dama. Todavia, como vencer o impulso, se de cada dez palavras pronunciadas pelo marido, nove eram de baixo calão?


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