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29 de janeiro de 2021

Submissão no Natal

Série Castelo da Devassidão
Mildred Abbott tem dúvidas sobre se casar com o marquês

de Alastair, mas ela concorda com um último ato de
devassidão perversa com ele.

 

 

 

 

 

 

Capítulo Um

Mildred Abbott estremeceu quando sua mãe soltou um gemido de desespero. Ela não desejava causar dor à mãe, mas neste caso, seu alívio superou sua culpa.
— Você deve falar com Haversham novamente — a Sra. Abbott insistiu. Mas o Sr. Abbott havia se acomodado em sua poltrona favorita diante da lareira e, tendo feito isso, dificilmente se levantaria por algum tempo.
— Ele decidiu partir para a Escócia amanhã. — Mais um motivo para falar com ele antes que seja tarde demais — disse sua esposa, com a voz alta e estridente de desespero. O Sr. Abbott balançou a cabeça.
— Não adiantaria. Não é Haversham quem deve mudar de ideia. É Alastair. Mildred respirou fundo. Seu primo tinha feito isso. Embora ele inicialmente tivesse se recusado a intervir na questão do noivado, no final ele conseguiu o resultado que ela esperava. Ela errou ao aceitar a proposta do Sr. Haversham, e apenas o marquês de Alastair tinha a posição e a influência para alterar o arranjo sem que muitas consequências caíssem sobre o casal anteriormente noivo.
— Certamente algo pode ser feito — a Sra. Abbott persistiu. — Haversham gostava de nossa Millie. Eu sei disso. — Aparentemente, não o suficiente para concordar com os acordos de casamento exigidos por Alastair. A Sra. Abbott torceu as mãos.
— Não sei por que o marquês decidiu se preocupar com este assunto quando ele nunca se preocupou conosco antes. Por que agora?
— Suponho que seja minha culpa por tê-lo abordado com um pedido de dote para Millie. — No entanto, não é ele que precisa se casar com Haversham! Millie reprimiu um sorriso com a ideia de seu primo se casar com Haversham. Os dois homens não podiam ser mais diferentes. O último era um dândi obsequioso que tinha conexões modestas, o primeiro era um homem de qualidade arrogante e, muitos o consideravam de coração frio. O Sr. Abbott pegou seu jornal.
— Bem, como é ele quem fornece o dote de Millie, ele tem o direito de interferir. A Sra. Abbott deu outro gemido.
— Agora, quem vai ficar com Millie? Não é como se ela tivesse uma fila de homens querendo cortejá-la! Mildred não se ofendeu com isso, pois era verdade. Embora ainda houvesse muito que pudesse fazer para melhorar sua aparência, ela sabia que sua beleza era mediana. Ela não tinha tranças suaves, cílios longos nem a figura esguia desejada pela maioria. Ela tinha outras qualidades que serviriam bem a um marido, mas havia uma parte dela que poucos considerariam aceitável. Sob sua fachada de bom senso e bondade, agitava-se uma natureza escura e lasciva.
Ela tinha muita vergonha dessa parte dela até que a tia de Alastair, Lady Katherine, a encontrou de uma forma comprometedora. Na agonia por ter arruinado sua família, Mildred ficou muito surpresa quando Lady Katherine a confortou e, mais tarde, a encorajou. Foi um imenso alívio para Mildred descobrir que ela não estava sozinha em suas tendências perversas, e que estas eram compartilhadas por uma mulher a quem ela respeitava e admirava.
— Agora Millie nunca vai se casar! — A Sra. Abbott lamentou enquanto afundava no sofá. Mildred sentou-se ao lado da mãe e passou-lhe um lenço para enxugar os olhos. Solteirona não era uma perspectiva que assustasse Mildred, exceto pela dor que seus pais poderiam sentir.
Ela era sua única filha, e como eles tinham apenas os meios mais modestos, apesar de sua ligação com André d'Aubigne, marquês de Alastair, sua única esperança de ver sua filha sustentada era através do casamento. Por esse motivo, Mildred aceitou a mão de Haversham.