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16 de junho de 2010
Toque-me Com Fogo
Escapando de um indesejado pretendente,
fugiu de seu lar com uma tribo cigana...
Para cair diretamente nos braços de um apaixonado aristocrata.
Com seus brilhantes olhos violetas, sua determinação, e sua beleza oculta debaixo das apagadas roupas de uma serva.
Blaise Saint James prefere escapar de sua vida cheia de privilégios antes que casar-se com algum cavalheiro inglês insensível, por mais adequado que este seja.
Mas no momento em que conhece Julian Morrow, o Visconde Lynden, fica preso sob o seu feitiço.
Com seu cabelo dourado, o rosto e o físico de um Adônis, e um carisma que só se pode conseguir com o dinheiro e o fato de ter nascido em uma família de alta linhagem, sem duvida que está frente a um verdadeiro aristocrata.
E, embora sua alma sofra pelas cicatrizes emocionais que lhe deixaram a guerra e a traição de uma mulher, seus penetrantes olhos azuis falam de uma paixão que contradiz seu sangue nobre.
Logo, Blaise estremece ante a um simples contato e responde aos seus beijos ardentes indefesa.
Ele deseja tê-la , se tratar da inocente fugitiva que afirma ser, como sedutora experiente que ele suspeita que seja, mas a proposta que lhe faz não é a que um cavalheiro faria para uma dama...
Capítulo Um
Hertfordshire, Inglaterra Setembro de 1813
Em circunstâncias normais, Blaise St. James nunca tinha considerado fazer algo tão drástico como escapar com uma tribo de ciganos, mas as circunstâncias não eram normais: estava desesperada.
Seu padrasto a tinha enviado a Inglaterra com ordens expressas de encontrar um marido.
Não é que eu tinha objeção alguma contra o matrimônio; de fato, se pudesse escolher voltaria encantada a sua casa na Filadélfia para iniciar a busca lá.
Mas as colônias da América estavam em guerra com a Inglaterra, o que fazia extremamente perigoso uma viagem transatlântica, e ainda todos seus parentes ingleses haviam conspirado contra ela, determinados a dobrá-la.
Não entanto, Blaise estava tão decidida quando eles, em seu caso, a desbaratar os planos de sua família.
Sob nenhum conceito queria por marido a um aristocrata inglês estirado e arrogante como seu padrasto ou seus primos ingleses; como tampouco desejava casar-se com o rico fazendeiro que sua tia escolheu para ela: o latifundiário Digby Featherstonehaugh não se ajustava precisamente aos sonhos de uma moça jovem, e muito menos aos de Blaise.
Tão somente pensar na possibilidade de acabar casada com ele para o resto de seus dias lhe provocava um calafrio.
— Os homens ingleses são umas aves frias — murmurou Blaise enquanto puxava o vestido emprestado de áspero tecido e de inofensiva cor acastanhada — e ninguém me vai convencer do contrário.
— Como disse senhorita?
A criada da estalagem Bell & Thistle, incapaz de explicar o estranho comportamento das classes superioras, contemplou desconcertada como o cabelo negro daquela dama desaparecia por entre as dobras de seu melhor vestido.
— Nada, nada, não importa. — A cabeça do Blaise emergiu finalmente pelo pescoço do singelo objeto de duvidosa feitura — Mas confie em minha palavra: vivi em uma dúzia de países e posso dizer que não há nada mais frio e insensível que um cavalheiro inglês; até as trutas de rio são mais apaixonadas. — Acabou de apertar o sutiã e ajustou bem às mangas. — Bom! Que tal, como me vê?
A criada piscou.
— Pois… eeeh, bem, senhorita… é mais ou menos sua altura, mas mesmo assim duvido que possa enganar a ninguém.
— E por que não?
— É que… mesmo com tudo, parece muito elegante. Seu cabelo, seu rosto…
— Não terá um espelho por aí… — Blaise percorreu com o olhar o sótão com pouco espaço e percebeu a estupidez da sua pergunta: à exceção de um catre frágil e uma pequena cômoda, a habitação estava completamente vazia, desprovida das comodidades mais básicas, e era uma prova fidedigna das tremendas diferenças que separavam aos empregados dos nobres ingleses. — Bom, terá que servir. Posso sujar a cara com um pouco de fuligem e cobrir o cabelo… E um lenço, tem? Pagarei uma guiné a mais.
— Ai, senhorita… já me pagou demais… Tomarão por uma ladra se eu ficar rica derrepente… Mas eu tenho um lenço.
Quando a moça deu meia volta para remexer na cômoda entre seus escassos pertences, Blaise ajoelhou para espreitar pela janela que se abria justo sob o flap do telhado. A carruagem de sua tia ainda esperava em meio do ocupado pátio da estalagem.
Blaise enrugou a testa: lady Agnes jamais iria até que encontrasse a sua sobrinha.
No entanto, o toque estrondoso de trompetista que anunciava a saída da carruagem do correio lhe deu uma idéia.
Rapidamente tirou os alfinetes que seguravam seu elaborado penteado e sacudiu a cabeça, deixando que os seus cabelos longos cabelos negros caindo até a cintura como uma nuvem espessa.
Então pegou o lenço que lhe oferecia a faxineira, cobriu com ele seus sedosos cabelos e o amarrou ao pescoço. Então ficou em pé e, tirando dois punhados de xelins de prata de uma bolsinha, depositou o que sem dúvida era o salário do meio ano na palma da mão da moça, que a olhava com olhos arregalados.
Prendeu a bolsinha sob sua saia e cobriu os ombros com um singelo manto marrom que também pertenceu à criada.
— Bom!
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