Trilogia Grahan
Armada com sua espada e com uma determinação que desafiava todas as convenções sociais, lady Kenna Lennox se propõe a reabrir a velha destilaria de sua família na Escócia.
Mas sua criatividade e ousadia também chamaram a atenção do sádico Lorde Walter… o homem que quase tinha acabado com a vida de sua irmã mais velha e que estava decidido a destruí-la.
Quando Colin Montgomery apareceu em sua vida, Kenna se viu dividida entre a desconfiança e a atração por aquele corsário americano.
E em seu interior começou uma luta entre o amor e o medo de ser traída, a independência que desejava e o perigo que devia confrontar sozinha.
Mas quando uma trama de crueldade e vingança se abateu ao seu redor, viu-se obrigada a empunhar a espada para enfrentar seu inimigo e lutar por sua vida e seu novo amor.
Capítulo Um
“Ah, é a baunilha da sociedade.
SYDNEY Smith (1771-1845) - Clérigo, ensaísta e publicitário inglês.
Lady Holland’s memoir.”
O homem que atendeu a sua chamada era um latino.
— Sou Alejandro Feliciano Enrique de Calderón, ao seu serviço — se apresentou com uma reverência.
A natureza tinha sido extremamente generosa com ele, outorgando um longo e lustroso cabelo negro, ombros largos, olhos ardentes e sorriso letal.
O encanto se agarrava a ele como o linho à casca de uma árvore.
Qualquer mulher que se sentisse cativada sob seu feitiço, teria muita dificuldade de resistir.
— Você é espanhol — disse ela.
— De fato. Sou o filho caçula de uma nobre família de Castela e de um pai cujo nome e título são ainda mais compridos do que o meu. Estou a sua inteira disposição, milady.
Kenna estava pensando que ele era tão carismático como Amphion, que levantou um muro ao redor de Tebas encantando as pedras com a música de sua lira mágica.
Só que aquele homem poderia usar seu sorriso em lugar de uma lira.
— Você é membro da tripulação?
Ele voltou a fazer uma reverência.
— Sou o melhor navegante do mundo e o melhor amigo do capitão Montgomery. Também sou um cavaleiro excepcional e um bom espadachim. Conto histórias danço e toco o violão, com a mesma paixão que faço amor com as mulheres bonitas. E agora, minha encantadora dama, peço desculpas por minha indiscrição, mas tenho que perguntar, por que se arriscou a subir a nosso navio com este tempo…
Trilogia Grahan
1 - Sem Passado
2 - Honra e Traição
3 - Acima de Tudo
Trilogia Concluída
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23 de julho de 2011
22 de julho de 2011
Honra e Traição
Trilogia Grahan
Claire Lennox, Condessa de Errick e Mains, era uma mulher poderosa em um mundo de homens.
Por trás de sua delicada beleza se ocultava a força que levava a responsabilidade de proteger seu clã contra a ambição e a traição.
Além disso, tinha a coragem de recusar-se a casar novamente.
Oito anos atrás, quando era uma jovem impulsiva, tinha perdido seu marido por culpa de seu orgulho estúpido.
E agora, quando seus inimigos ameaçavam lhe tirar seu título e suas terras, havia um homem disposto a arriscar tudo para salvá-la.
Fraser Graham não deixava de repetir que entre Claire e ele só ficavam as lembranças. Entretanto não foi isso que lhe disse seu coração quando sequestraram à mulher que uma vez tinha sido sua inocente esposa.
Aquele difícil resgate não demorou a reavivar neles a lembrança de sua paixão… mas o orgulho e o passado impediam que pronunciassem as palavras de amor e perdão.
Fraser teria que decidir se entregaria sua espada, sua força e seu coração à única mulher que tinha amado… ou resignar-se a perdê-la para sempre.
Capítulo Um
Castelo do Lennox, Ilha de Inchmurrin,
Lago Lomond, Escócia 1741.
Diz-se que o povo da Escócia é moldado pela paisagem. Se esta afirmação era verdadeira, as quatro filhas de Lorde Alasdair Errick, o décimo oitavo conde de Errick e Mains, seriam tão calmas e dóceis como as lentas e aprazíveis águas do Rio Leven, cujo nome provém da palavra gaélica llevyn, que significa «lenta». Entretanto, isto estava longe de ser a verdade.
Na verdade, quando se pensava nas quatro jovens filhas do conde, não evocava uma imagem de rios plácidos e de leito tranquilo, nem das suaves colinas da costa sul do Lago Lomond.
Mas teria que se pensar em frases gaélicas mais bravias, como as que se empregam para descrever os acidentados vales e montanhas da costa norte do lago, onde nasciam tumultuosas cataratas e buliçosos regatos, que tão frequentemente são descritos com poéticas palavras.
As filhas do conde pareciam muito afortunadas que em 1390 o décimo quarto conde, Duncan, abandonasse o castelo de Balloch, ao lado do Rio Leven, em favor de uma nova fortaleza na ilha de Inchmurrin, não só para escapar da praga, mas também porque o considerava mais seguro em caso de ataque.
Mal sabia que, quase quatrocentos anos depois, suas agradecidas descendentes gozassem com sua escolha de uma ilha na borda sul do Lago Lomond, a melhor e maior, como o lugar adequado para construir o castelo de Lennox.
Assim foi como Lorde Errick e sua família tinham sua residência, entre as muralhas fortificadas daquele castelo, rodeados pela beleza de uma formosa e remota ilha chamada Inchmurrin.
Além de suas filhas Claire, de quinze anos, Kenna, de quatorze, Greer, de treze e a mais jovem, Briana, de dez anos, o conde também tinha três filhos, Breac, de dezenove anos, Ronaln de dezessete e Kendrew de doze.
Em uma época em que a traição, o assassinato e os complôs abundavam, os filhos do conde desfrutaram de uma infância feliz nos limites de Inchmurrin, protegidos e amados por seu pai, o poderoso conde e o chefe do antigo clã celta dos Lennox.
À medida que foram crescendo os filhos do conde, Breac e Ronaln abandonaram a ilha para acompanhar seu pai.
Trilogia Grahan
1 - Sem Passado
2 - Honra e Traição
3 - Acima de Tudo
Trilogia Concluída
Claire Lennox, Condessa de Errick e Mains, era uma mulher poderosa em um mundo de homens.
Por trás de sua delicada beleza se ocultava a força que levava a responsabilidade de proteger seu clã contra a ambição e a traição.
Além disso, tinha a coragem de recusar-se a casar novamente.
Oito anos atrás, quando era uma jovem impulsiva, tinha perdido seu marido por culpa de seu orgulho estúpido.
E agora, quando seus inimigos ameaçavam lhe tirar seu título e suas terras, havia um homem disposto a arriscar tudo para salvá-la.
Fraser Graham não deixava de repetir que entre Claire e ele só ficavam as lembranças. Entretanto não foi isso que lhe disse seu coração quando sequestraram à mulher que uma vez tinha sido sua inocente esposa.
Aquele difícil resgate não demorou a reavivar neles a lembrança de sua paixão… mas o orgulho e o passado impediam que pronunciassem as palavras de amor e perdão.
Fraser teria que decidir se entregaria sua espada, sua força e seu coração à única mulher que tinha amado… ou resignar-se a perdê-la para sempre.
Capítulo Um
Castelo do Lennox, Ilha de Inchmurrin,
Lago Lomond, Escócia 1741.
Diz-se que o povo da Escócia é moldado pela paisagem. Se esta afirmação era verdadeira, as quatro filhas de Lorde Alasdair Errick, o décimo oitavo conde de Errick e Mains, seriam tão calmas e dóceis como as lentas e aprazíveis águas do Rio Leven, cujo nome provém da palavra gaélica llevyn, que significa «lenta». Entretanto, isto estava longe de ser a verdade.
Na verdade, quando se pensava nas quatro jovens filhas do conde, não evocava uma imagem de rios plácidos e de leito tranquilo, nem das suaves colinas da costa sul do Lago Lomond.
Mas teria que se pensar em frases gaélicas mais bravias, como as que se empregam para descrever os acidentados vales e montanhas da costa norte do lago, onde nasciam tumultuosas cataratas e buliçosos regatos, que tão frequentemente são descritos com poéticas palavras.
As filhas do conde pareciam muito afortunadas que em 1390 o décimo quarto conde, Duncan, abandonasse o castelo de Balloch, ao lado do Rio Leven, em favor de uma nova fortaleza na ilha de Inchmurrin, não só para escapar da praga, mas também porque o considerava mais seguro em caso de ataque.
Mal sabia que, quase quatrocentos anos depois, suas agradecidas descendentes gozassem com sua escolha de uma ilha na borda sul do Lago Lomond, a melhor e maior, como o lugar adequado para construir o castelo de Lennox.
Assim foi como Lorde Errick e sua família tinham sua residência, entre as muralhas fortificadas daquele castelo, rodeados pela beleza de uma formosa e remota ilha chamada Inchmurrin.
Além de suas filhas Claire, de quinze anos, Kenna, de quatorze, Greer, de treze e a mais jovem, Briana, de dez anos, o conde também tinha três filhos, Breac, de dezenove anos, Ronaln de dezessete e Kendrew de doze.
Em uma época em que a traição, o assassinato e os complôs abundavam, os filhos do conde desfrutaram de uma infância feliz nos limites de Inchmurrin, protegidos e amados por seu pai, o poderoso conde e o chefe do antigo clã celta dos Lennox.
À medida que foram crescendo os filhos do conde, Breac e Ronaln abandonaram a ilha para acompanhar seu pai.
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Trilogia Concluída
16 de julho de 2009
Sem Passado
Trilogia Grahan
Quando Tavish Graham tropeçou na praia com o corpo do Sophie d’Alembert, pensou que estava morta. Logo descobriu que não só estava viva, mas também era muito mulher para ele, por isso a deixou com seu irmão James, conde do Monleigh.
Aterrorizada e apanhada na desconhecida terra de Escócia, a jovem e formosa francesa não disse ao James que era a neta do Luis XIV e que a tinham enviado a casar-se pela força com um abominável inglês, o duque do Rockingham.
Apesar de si mesmo, Sophie começou a apaixonar-se pelo James.
Mas antes de que pudesse lhe confessar a verdade, o conde descobriu seu parentesco com a realeza e se perguntou que mais lhe estaria ocultando.Poderia resistir a ela, ou se atreveria a desafiar a França e a Inglaterra por aquela ardente e apaixonada mulher?
Capítulo Um
Terras Altas do Grampian, Costa Noroeste da Escócia, Outono de 1740.Não estava de tudo nua. Mas quase...
Tavish Graham ignorava por que esse dia tinha decidido tomar o caminho que atravessava a estreita franja da praia, pois pelo general seguia a vereda que percorria, lhe serpenteiem, os ásperos penhascos de granito.
Possivelmente fora a divina providência a que o tinha levado a entrar na praia e a que tinha feito encabritar-se e retroceder de improviso a suas arreios.
De outro modo, teria passado por cima da mulher ali tendida.
Quem era?, perguntava-se. Alguma figura mitológica escapada de um quadro renascentista?
Umas três Horas, talvez? Coberta unicamente com uma camisa fina e molhada, jazia em um leito de rochas e areia, empapada de melancólica beleza, seu corpo tentador e, entretanto, castamente invisível.
Quieta e pálida, recordava a uma estátua antiga, pois sua beleza bem podia ter inspirado a algum venerável escultor a imortalizá-la em mármore.
Tavish desmontou e, presa de assombro, aproximou-se da misteriosa mulher.
Como tinha chegado até ali?
Não tinha nome, nem nada que a identificasse, nem havia indício algum do lugar de onde procedia: nada, salvo sua camisa e a mórbida pureza de sua carne fria e nua.
Era jovem e de tez clara, esbelta como um junco e possuidora de um corpo capaz de despertar a inveja no coração das mulheres e a luxúria no dos homens.
Permaneceu imóvel inclusive quando Tavish caiu de joelhos a seu lado, aproximou a cabeça a seu peito e aguçou o ouvido, esperando sentir a palpitante certeza de um batimento do coração que proclamasse que seguia estando viva.
Mas não ouviu nada.
Apartou a areia e se dispunha a aproximar o ouvido outra vez quando o aprimoramento do rosto da moça distraiu sua atenção.
Sua beleza era tão pura que Tavish não acreditava ter visto nunca nada parecido.
Era muito bela para morrer, disse-se enquanto lhe tirava um hilillo de alga pego aos pálidos lábios, e conteve o fôlego ao descobrir que ela o estava olhando como se acabasse de despertar de um sonho profundo.
Sua pele era fria como o gelo quando Tavish apoiou a palma da mão sobre sua bochecha.
— Quem é? —perguntou.
Ela pareceu despertar à vida ante seus olhos, e tentou cobrir pudorosamente sua nudez com suas mãos elegantes e sua cabeleira castanha
— Não tenha medo, moça. Está a salvo. vim te ajudar.
Viu que uma lágrima queda rodando de seu olho.
Ela murmurou algo inaudível e fechou as pálpebras.
Não estava morta, graças a Deus, mas logo o estaria se Tavish não a secava e lhe proporcionava calor.
Olhou a seu redor, mas não viu sinal alguma de que alguém tivesse passado por ali, nem restos do navio que tinha naufragado a noite anterior. Ignorava de onde procedia aquela bela moça sem nome, envolta em mistério.
Só sabia que não levava muito tempo na água, ou teria morrido.
Tavish ofegava com força para quando a envolveu em sua capa, levou-a a seu cavalo e a subiu na cadeira. Montou atrás dela e a apertou contra si para que o calor de seu corpo dissipasse o frio que a paralisava. Voltou garupas e se dispunha a empreender a marcha quando uma dúvida lhe fez franzir o cenho!
Onde a levaria? Temia estar muito longe de seu lar no castelo do Monleigh.
Ela estava tão fria e molhada que sem dúvida não agüentaria até ali. Sua única esperança era chegar ao Danegeld Lodge.
Seu irmão Jamie se foi ali uns dias antes, em busca de paz e quietude.
Não se deteve pensar qual seria a reação do Jamie ao ver seu aprazível retiro interrompido por uma moça quase afogada.
Claro que Tavish raramente parava para considerar tais coisas, pois, sendo o menor dos irmãos, usava seu encanto para enganar aos outros e considerava lícitos todos seus caprichos.
Tavish encaminhou a seu cavalo para o Danegeld Lodge e partiu para galope, consciente de que logo a densa bruma do mar do Norte começaria a deslizar-se terra adentro, arrastando consigo um terrível frio.
Enquanto cavalgava, ia pensando na mulher que jazia entre seus braços e no halo inexplicável que parecia rodeá-la.
O fato de não conhecê-la avivava sua curiosidade. Tinha passado quase três anos na universidade do Edimburgo, de modo que era possível que uma ou duas moças tivessem escapado a sua atenção..., embora fossem tão formosas como aquela.
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Quando Tavish Graham tropeçou na praia com o corpo do Sophie d’Alembert, pensou que estava morta. Logo descobriu que não só estava viva, mas também era muito mulher para ele, por isso a deixou com seu irmão James, conde do Monleigh.
Aterrorizada e apanhada na desconhecida terra de Escócia, a jovem e formosa francesa não disse ao James que era a neta do Luis XIV e que a tinham enviado a casar-se pela força com um abominável inglês, o duque do Rockingham.
Apesar de si mesmo, Sophie começou a apaixonar-se pelo James.
Mas antes de que pudesse lhe confessar a verdade, o conde descobriu seu parentesco com a realeza e se perguntou que mais lhe estaria ocultando.Poderia resistir a ela, ou se atreveria a desafiar a França e a Inglaterra por aquela ardente e apaixonada mulher?
Capítulo Um
Terras Altas do Grampian, Costa Noroeste da Escócia, Outono de 1740.Não estava de tudo nua. Mas quase...
Tavish Graham ignorava por que esse dia tinha decidido tomar o caminho que atravessava a estreita franja da praia, pois pelo general seguia a vereda que percorria, lhe serpenteiem, os ásperos penhascos de granito.
Possivelmente fora a divina providência a que o tinha levado a entrar na praia e a que tinha feito encabritar-se e retroceder de improviso a suas arreios.
De outro modo, teria passado por cima da mulher ali tendida.
Quem era?, perguntava-se. Alguma figura mitológica escapada de um quadro renascentista?
Umas três Horas, talvez? Coberta unicamente com uma camisa fina e molhada, jazia em um leito de rochas e areia, empapada de melancólica beleza, seu corpo tentador e, entretanto, castamente invisível.
Quieta e pálida, recordava a uma estátua antiga, pois sua beleza bem podia ter inspirado a algum venerável escultor a imortalizá-la em mármore.
Tavish desmontou e, presa de assombro, aproximou-se da misteriosa mulher.
Como tinha chegado até ali?
Não tinha nome, nem nada que a identificasse, nem havia indício algum do lugar de onde procedia: nada, salvo sua camisa e a mórbida pureza de sua carne fria e nua.
Era jovem e de tez clara, esbelta como um junco e possuidora de um corpo capaz de despertar a inveja no coração das mulheres e a luxúria no dos homens.
Permaneceu imóvel inclusive quando Tavish caiu de joelhos a seu lado, aproximou a cabeça a seu peito e aguçou o ouvido, esperando sentir a palpitante certeza de um batimento do coração que proclamasse que seguia estando viva.
Mas não ouviu nada.
Apartou a areia e se dispunha a aproximar o ouvido outra vez quando o aprimoramento do rosto da moça distraiu sua atenção.
Sua beleza era tão pura que Tavish não acreditava ter visto nunca nada parecido.
Era muito bela para morrer, disse-se enquanto lhe tirava um hilillo de alga pego aos pálidos lábios, e conteve o fôlego ao descobrir que ela o estava olhando como se acabasse de despertar de um sonho profundo.
Sua pele era fria como o gelo quando Tavish apoiou a palma da mão sobre sua bochecha.
— Quem é? —perguntou.
Ela pareceu despertar à vida ante seus olhos, e tentou cobrir pudorosamente sua nudez com suas mãos elegantes e sua cabeleira castanha
— Não tenha medo, moça. Está a salvo. vim te ajudar.
Viu que uma lágrima queda rodando de seu olho.
Ela murmurou algo inaudível e fechou as pálpebras.
Não estava morta, graças a Deus, mas logo o estaria se Tavish não a secava e lhe proporcionava calor.
Olhou a seu redor, mas não viu sinal alguma de que alguém tivesse passado por ali, nem restos do navio que tinha naufragado a noite anterior. Ignorava de onde procedia aquela bela moça sem nome, envolta em mistério.
Só sabia que não levava muito tempo na água, ou teria morrido.
Tavish ofegava com força para quando a envolveu em sua capa, levou-a a seu cavalo e a subiu na cadeira. Montou atrás dela e a apertou contra si para que o calor de seu corpo dissipasse o frio que a paralisava. Voltou garupas e se dispunha a empreender a marcha quando uma dúvida lhe fez franzir o cenho!
Onde a levaria? Temia estar muito longe de seu lar no castelo do Monleigh.
Ela estava tão fria e molhada que sem dúvida não agüentaria até ali. Sua única esperança era chegar ao Danegeld Lodge.
Seu irmão Jamie se foi ali uns dias antes, em busca de paz e quietude.
Não se deteve pensar qual seria a reação do Jamie ao ver seu aprazível retiro interrompido por uma moça quase afogada.
Claro que Tavish raramente parava para considerar tais coisas, pois, sendo o menor dos irmãos, usava seu encanto para enganar aos outros e considerava lícitos todos seus caprichos.
Tavish encaminhou a seu cavalo para o Danegeld Lodge e partiu para galope, consciente de que logo a densa bruma do mar do Norte começaria a deslizar-se terra adentro, arrastando consigo um terrível frio.
Enquanto cavalgava, ia pensando na mulher que jazia entre seus braços e no halo inexplicável que parecia rodeá-la.
O fato de não conhecê-la avivava sua curiosidade. Tinha passado quase três anos na universidade do Edimburgo, de modo que era possível que uma ou duas moças tivessem escapado a sua atenção..., embora fossem tão formosas como aquela.
Trilogia Grahan
1 - Sem Passado
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