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19 de março de 2024

Meu Coração Pertence a Você

Trilogia Medieval
Após a morte repentina do seu pai, Lady Ysabelle de Sutcliffe é forçada pelo seu rei inglês a se casar com um velho repugnante.
 
Em sua noite de núpcias, o escocês com quem ela estava noiva a rouba, determinado a ganhar a esposa e as terras prometidas a ele pelo seu pai anos antes. Embora ela não possa negar a paixão que o seu noivo inspira nela, Ysabelle sabe que sua união vai levar o seu povo à guerra e ela logo se vê presa em uma teia traiçoeira de dever e desejo. Uma promessa quebrada − Nascido em pecado, Nicholas Ramsay passou a vida inteira guerreando por terras em nome de outros. Tendo vivido muito tempo sem amor, seu comportamento feroz mascara uma alma cheia de dor. Desejando secretamente um lar e uma família para chamar de seus, ele fará quase qualquer coisa para protegê-los. No entanto, a verdade sobre o nascimento de Nicholas pode destruir tudo o que ele obteve. Agora, ele trava uma batalha diferente... para ganhar a confiança de Lady Ysabelle e também seu coração.

Capítulo Um

Terra de ninguém, 1100 DC
Scottish The Debatable Land, 1100 DC Uma Noiva Roubada

— Se meu pai fosse vivo, ele te mataria por isto. — Lady Ysabelle de Sutcliffe apertou a mandíbula enquanto olhava para seu novo noivo.
Sir Malcolm de Litz se inclinou sobre ela, um sorriso lascivo curvando seus lábios grossos. Uma pesada escuridão se reuniu em torno do seu rosto rechonchudo, fazendo seus olhos parecerem vazios e frios. Ysabelle estremeceu, desejando estar em qualquer lugar menos aqui.
— Então eu estou grato que ele está frio no seu túmulo, — Sir Malcolm riu.
Ysabelle lançou um olhar de desaprovação. Ela lutou para esconder os farrapos do seu coração partido. Agora não era hora de mostrar qualquer fraqueza. Seu pai a ensinou a ser forte, não importava a ameaça. Mas agora ela se sentia mais sozinha do que em qualquer outro momento da sua vida.
O fogo na lareira estourou e pulverizou uma erupção de faíscas para o céu. Sombras, semelhantes a teias de aranha, dançavam pelas paredes de pedra no quarto escuro. As chamas das velas tremeluziam ao ritmo da batida do seu pulso. O que deveria ter sido uma ocasião alegre, foi obscurecida pela escuridão.
Isto não estava certo. Ele não estava certo. Em seus sonhos, ela tinha visto o homem com quem deveria se casar, e não era Sir Malcolm. Tanto uma bênção quanto uma maldição, seus sonhos de menina sempre se tornaram realidade.
Até agora.
Seu sorriso lascivo curvou sua boca e ele riu. Suas bochechas pesadas balançaram e ela desviou o olhar dos seus dentes amarelados. Se ao menos seu pai não tivesse morrido tão inesperadamente, ela não estaria nessa situação.
O grito penetrante de uma mulher veio do corredor distante. A respiração de Ysabelle ficou presa na garganta e ela virou a cabeça em direção ao painel de carvalho. Sem aviso, a porta sólida se abriu contra a parede oposta. Sir Malcolm ficou de pé. Em sua pressa, ele perdeu o equilíbrio, caiu sobre o baú ao pé da cama e caiu no chão.
O que estava acontecendo?
Saltando da cama, Ysabelle ficou no meio do quarto. Ela apertou a camisola arruinada com os dedos gelados. A confusão correu por sua mente. Ela deveria estar assustada com essa nova ameaça, mas a gratidão a inundou quando olhou para a porta. Embora não tivesse ideia do destino que a aguardava, tudo o que queria fazer era fugir.
Um homem entrou correndo no quarto. Usando um capacete e vestido com cota de malha, ele brandiu uma espada larga. Atrás dele, Ysabelle vislumbrou Ada, sua fiel criada, sendo puxada pelo corredor por outro estranho também vestido para a guerra.
Quem eram estes homens? E o que eles queriam?
— Milady! — Ada gritou enquanto esticava as mãos enrugadas para Ysabelle. Em segundos, ela desapareceu na escada.
Espiando Ysabelle, o intruso olhou por cima do ombro.
— Ela está aqui.
Ysabelle observou incrédula quando outro homem maior entrou no quarto. De cabeça erguida, ele andava como se fosse o dono do lugar. Vestido todo de preto, dominava o quarto, sua presença como uma tempestade no mar, feroz e aterrorizante. Como se o próprio ar que respirava lhe pertencesse. Seu olhar escuro a esfaqueou. Ela podia ver seus olhos arrepiantes e a boca sombria por baixo do protetor facial do seu capacete. Embora não pudesse ver seu cabelo ou feições, ele se moveu com uma graça flexível, seu olhar gelado vasculhando Sir Malcolm. Parando, seus lábios se curvaram com desprezo. Malcolm estremeceu como um filhote recém-nascido, deslizando para trás em suas nádegas gordas. Com medo deste novo inimigo, Ysabelle estremeceu e se afastou. Embora nunca tivessem se conhecido antes, reconheceu o homem pelas histórias que ouvira. Algum instinto profundo lhe disse a sua identidade.
— Nicholas Ramsay, — ela sussurrou o seu nome baixinho.
Seu noivo. O Scots Ram [1] tinha vindo buscá-la, mas era tarde demais. O olhar de Ram mudou para Ysabelle. Consciente da sua brutal reputação por vingança, ela empinou o queixo. Sem dúvida, ele tinha ouvido que ela tinha sido forçada a se casar com Sir Malcolm. Só podia imaginar o que ele poderia fazer em retaliação. Seus joelhos vacilaram, mas ela se recusou a ceder, quando ele parou diante dela. Alto e feroz, seus ombros largos e corpo endurecido, pareciam imponentes para uma pequena donzela como ela. Se conseguisse chegar até a porta, poderia escapar.
— Ele pegou o que me pertence? — Ram perguntou em voz baixa.
O calor do constrangimento queimou suas bochechas. Ela apertou as mãos, as unhas cravadas nas palmas das mãos.
— Não foi minha escolha me casar com ele.
Os olhos de Ram se estreitaram quando deu um passo para mais perto. Seu olhar travou com o dele, e ela não estava ciente de nada além dele, seu cheiro e altura imponente. Um flash de luz encheu sua mente, quase a dominando. Com a maior clareza, teve a visão de um homem alto e poderoso com cabelo negro, ajoelhado ao lado dela num altar. Tinha visto a imagem antes, na noite em que seu pai morreu. Um pesadelo que a havia entusiasmado e assustado.
Não, não poderia ser.
Na visão, uma sombra pairava sobre ela. Malcolm de Litz brandiu a sua pesada espada, banhando-a em sangue. Um grito congelou a sua garganta.
— Ele pegou o que é meu? — Ram exigiu.
Ela se encolheu e piscou os olhos, limpando a memória do seu sonho, voltando ao presente. Seus ouvidos estavam entupidos, como se estivesse debaixo d'água. Como se não pudesse respirar.
Seu olhar caiu na espada na mão de Nicholas Ramsay, e ela se lembrou de todas as histórias horríveis que ouviu sobre seus atos cruéis. Certamente ela não poderia pertencer a este bruto escocês. Deus e o destino não poderiam ser tão cruéis.
— Meu rei me deu a ele, — disse ela.
— Seu rei não tinha o direito de entregá-la a nenhum homem além de mim.
Sua voz arrepiante enviou um tremor por sua espinha. Embora seu pulso batesse de medo, seu pai iria querer que ela protegesse Sutcliffe, mesmo que isso significasse quebrar o seu noivado. Seu pai iria querê-la segura. Nicholas Ramsay era escocês, mas ela era inglesa e devia obedecer às ordens do seu rei.
Ela levantou a cabeça.
— Você está muito atrasado, Escocês. Se for com você agora, isso empurrará meu povo para a guerra. Não verei Sutcliffe destruída pelo exército do meu rei.
O rosto de Ram endureceu. Seu olhar nunca a deixou enquanto ele chamava outro guerreiro.
— Encontre algumas roupas para ela. Devemos deixar este lugar agora.
Ele se aproximou, quase a perseguindo. Ysabelle se afastou, até sentir a parede de pedra áspera nas suas costas. A pedra rasgou-lhe a camisola, mas ela ignorou.
— Não tenha medo, moça. Venha. Você pertence a mim.


Trilogia Medieval
3- Meu Coração Pertence a Você.
Trilogia concluída
 

30 de janeiro de 2024

O Cordão de seda

Trilogia Medieval

Ela arriscou tudo em um homem que nunca deveria confiar...

Condenado por traição, Wulfgar, conde de Glyndwr, já foi um cavaleiro normando favorito do rei Guilherme, o Conquistador. Vendido como escravo por seus crimes, Wulfgar está determinado a ter sua honra restaurada e jura vingança contra aqueles que conspiraram para sua queda. Mas uma vez que Wulfgar tem Ariana, ele descobre que não há nada que ele não faça para protegê-la. Ela segura o coração dele em suas mãos e este cordão de seda é mais forte do que qualquer corrente. Uma vez sua noiva, a princesa Ariana de Gales foi ao leilão de escravos para comprar Wulfgar, um homem que ela acredita ter traído seu rei...
Somente Wulfgar sabe como libertar seu jovem irmão do cruel governante que tomou o lugar de Wulfgar no Castelo Cynan. Mas ela não está preparada para o guerreiro sombrio e bonito que acende uma paixão dentro dela que ameaça a vida de seu povo e sua própria alma.

Capítulo Um

O mercado de escravos de Hedeby
Norte da Inglaterra, 1076 d.C.

—Compre o escravo. — Ariana apertou os olhos contra o sol da tarde e olhou para Jenkin, o guerreiro mais confiável de seu pai.
A testa de Jenkin franziu quando seis guardas arrastaram o escravo para o leilão. Cortes sangrentos cruzavam o peito e os braços do escravo, o tecido de sua roupa fina pendurada em seu torso em farrapos. Embora preso em correntes, ele lutava contra seus captores, seus olhos escuros brilhando com fúria. Os lábios de Jenkin se estreitaram. — O homem é perigoso, minha senhora. Eles o derrotaram e ele ainda luta. Talvez devêssemos manter nossa prata e encontrar outra maneira de libertar seu irmão.
Ariana ergueu o olhar para a plataforma. Um homem imponente, o escravo estava cabeça e ombros acima de seus captores, com punhos em forma de martelo e braços musculosos que falavam de grande força. Os guardas lutaram para contê-lo. Seis homens! Se eles não pudessem controlá-lo, como ela seria capaz de fazê-lo? —Você sabe que não há outro jeito. Só Wulfgar de Conteville sabe como entrar no Castelo Cynan. O cabelo preto desgrenhado caiu nos olhos do escravo. Suas costelas magras e bochechas cavadas indicavam que ele estava faminto. O vento gelado batia contra sua roupa fina e ele apertou a mandíbula. Embora sua orgulhosa roupa o marcasse como um nobre, suas atuais circunstâncias o declaravam sem importância. Nada além de um escravo. E, no entanto, mesmo acorrentado, ele nunca se curvaria diante de nenhum homem. Ou mulher.
Nós de tensão apertaram o estômago de Ariana. Um arrepio percorreu sua espinha e ela puxou o capuz de sua capa para mais perto do rosto. O que a tinha possuído para pensar que ele poderia ajudá-la?
Medo e desespero.
Se Wulfgar recusasse sua súplica, seu irmão estaria condenado. Certamente Wulfgar era um cristão, como ela. Mas nesses tempos cruéis, a religião nem sempre importava. Muitos homens eram cristãos e continuaram a mentir, enganar e matar.
—Segure-o—, ordenou o comerciante de escravos enquanto saltava para a plataforma de madeira. Wulfgar plantou os pés descalços nas tábuas lascadas e tentou se livrar de seus guardas. Um grunhido de raiva rasgou de sua garganta, seus olhos negros cheios de veneno. —Eu não ensinei a você respeito, ainda? — Empunhando um porrete curto, o traficante de escravos soprou uma respiração de suas narinas como um touro em investida. Wulfgar cuspiu aos pés do homem e o traficante de escravos golpeou com a clava o apertado abdômen de Wulfgar. Wulfgar quase se dobrou, mas os guardas o ergueram de um puxão. Ariana estremeceu com o gemido baixo de dor de Wulfgar. Ela mal podia suportar vê-lo espancado. Sua fé cristã a ensinou a amar toda a humanidade. Apenas seus planos de libertá-lo mais tarde justificavam a compra do escravo agora. As pessoas se aglomeravam perto para assistir ao espetáculo. Em meio a seus aplausos mórbidos, os guardas golpearam Wulfgar com seus punhos. Wulfgar tentou lutar, mas estava muito amarrado e havia muitos. Dentro de instantes, ele ficou flácido em suas mãos, tossindo, cuspindo sangue. Uma chama de simpatia atravessou Ariana e ela apertou as mãos. Ela queria ajudar este homem, mas ele merecia sua punição. Ele era um traidor de seu rei e ela devia pensar primeiro em seu jovem e inocente irmão nas mãos de um assassino.
Ela endureceu sua vontade, esmagando sua compaixão. Uma vez que ela possuísse Wulfgar de Conteville, sua oferta seria mais que generosa para ele ganhar sua liberdade.
—Você já teve o suficiente? — O escravo rosnou.
Wulfgar empurrou contra suas amarras, ainda ansioso para lutar. Ele não faria bem a Ariana se eles o machucassem ou o matassem. Ela deu um passo, mas Jenkin estendeu a mão. —Não é seguro para você intervir.
—Então, pare com isso, — ela ordenou em voz baixa. —Preciso dele se quisermos salvar Dafydd.
O traficante de escravos levantou o braço para atacar novamente. Wulfgar fechou a mandíbula, seus olhos se encheram de ódio enquanto enfrentava a ameaça sem vacilar. O bobo! Ele estava tão ansioso para morrer?
—Eu não vou comprar mercadorias danificadas. — Um mercador alto chamou da multidão.
Ele parou diante do leilão, seu cabelo castanho despenteado enquanto o vento levantava poeira ao redor de seus pés. O traficante de escravos fez uma pausa, seu olhar redondo movendo-se para descansar no homem. Concorrência! Ariana não tinha considerado isso. Sua mão apertou a pequena bolsa de couro escondida sob sua capa. Assediado pela guerra e pela pobreza, seu povo havia juntado a pouca riqueza que tinha. Ela rezou para que fosse o suficiente para comprar Wulfgar. O mercador usava um rico manto de arminho. Uma espada curta e uma bolsa de couro para moedas penduradas em sua cintura. Ariana não conseguia entender por que alguém além dela quereria comprar Wulfgar. Ele era violento demais para fazer um escravo obediente. Ela o queria apenas pelas informações que ele pudesse fornecer, não para trabalhar nos campos. Ela não conseguia entender o interesse do mercador. O traficante de escravos baixou o porrete e sorriu com os dentes amarelados. —Justo. Embora ele seja forte, você pode ver que será preciso uma mão firme para controlá-lo. O que você vai licitar?
—Duas marcas—, respondeu o comerciante.
A garganta de Ariana apertou. Wulfgar não lutou mais contra seus captores. Ele ficou em silêncio. Espera. Seu olhar aguçado pousou no mercador, um breve lampejo de reconhecimento em seus olhos. Ele conhecia o homem?
—Uma quantia insignificante para um escravo tão bom. — O traficante de escravos balançou a cabeça com vergonha. —Uma vez um guerreiro valente, ele é forte como um boi. Não posso levar menos de sete marcos. 
Sete marcos!

Trilogia Medieval
2- O Cordão de seda
Trilogia concluída


 

16 de janeiro de 2024

O Guerreiro do Coração

Trilogia Medieval
Um coração partido ~  
Conhecida por suas habilidades de cura, Kerstin, a Bruxa de Moere, é arrancada dos braços de seu noivo e forçada a se casar com Jonas, a Besta de Hawkscliffe, inimigo mortal de sua família. Acreditando estar apaixonada por outro homem, Kerstin não pode negar a paixão feroz que Jonas desperta dentro dela, nem o despertar de sentimentos que ela nunca conheceu antes.
Um coração atormentado ~ Um guerreiro do dever, Jonas honrará a exigência do rei e se casará com a mulher acusada de assassinar seu irmão mais velho. Enquanto Jonas enfrenta a ira de Kerstin, o guerreiro dourado anseia por paz e amor, mas duvida que esses anseios se tornem realidade. No entanto, quando ele se casa com Kerstin, ele descobre que seu coração cuidadosamente guardado é dominado pelo desejo e só ela pode curar sua alma quebrada.

Capítulo um

Só o amor pode curar as feridas do coração.
Norte da Inglaterra, 954 d.C.
A morte a rodeava, um espectro horripilante que ameaçava consumir a todos. O fedor dos corpos sem vida enchia o ar da madrugada. Gritos de homens vibravam por toda a floresta juntamente com o zumbido das espadas. Uma brisa arrepiante varria o matagal e os pinheiros altos que rodeavam o clarão.
O medo frio espalhou-se sobre Kerstin de Moere. Ela ficou à beira da floresta e olhou fixamente para a carnificina. O suor escorrendo pelo seu pescoço e testa. Os joelhos balançavam e os braços tremiam de cansaço.
O destruidor tinha chegado. Não um pagão negro com presas e cascos, mas um guerreiro dourado, lutando na densa batalha. Ele era um ombro mais alto que os outros, mais largos com músculos endurecidos. Empunhava a própria espada com a habilidade e força de um berserker
Ao gritar ordens aos seus homens, eles o obedeciam. A sua poderosa espada brilhava, carmesim, enquanto ele a empunhava. Vários dos homens de Kerstin rodearam-no, procurando cortá-lo. Ele abriu o seu caminho através de um e cortou outro. Sangue pulverizava seu peito, acorrentado contra um tronco de árvore à sua direita. À medida que os seus braços musculosos eram levantados, o seu grito de guerra estridente vibrava no ar.
O grito de morte.
A garganta de Kerstin apertou diante da cena horrível. Ela ansiava por desviar o olhar, mas não conseguia. Ele tinha de ser impedido, senão tudo estaria perdido.
Com as mãos trêmulas, ela alcançou por cima do ombro e arrancou uma flecha longa e reta da aljava amarrada às costas. O elmo de metal dificultava sua visão, mas protegia sua identidade e sua cabeça. As costas largas faziam dele um alvo fácil. Puxando o braço, ela deixou a flecha voar.
Ele continuou a cortar o caminho em direção a ela, o seu olhar deixando-a apenas tempo suficiente para ele abater qualquer inimigo que entrasse em seu caminho. Os homens de Kerstin tinham poucas chances contra a força dele, e um pânico disparou dos dedos dos pés dela. Ele cortá-la-ia se a alcançasse.
Knut, um dos melhores guerreiros de Kerstin, virou-se a tempo de ver a ameaça. Tendo sido o seu protetor desde que a mãe dela morrera um ano antes, Knut colocou a sua própria grande estrutura à frente dela.
— Fuja! Perdemos a vantagem e é apenas uma questão de tempo até estarmos acabados.
Kerstin não conseguia se mexer, no desespero, seus pés pareciam de chumbo.
Ela não conseguia abandonar os seus homens.
Ela olhou para o guerreiro demoníaco enquanto os seus grandes ombros se flexionavam sob a cota de malha.
Ele vinha por ela.
O terror tapou-lhe a garganta. Este homem não mostraria misericórdia.
— Avisa o nosso povo — disse Knut. — Teu pai esculpirá a águia de sangue nas minhas costas, se eu deixar que algo te aconteça.
Ele empurrou-a para perto da densa floresta. Com um poderoso empurrão, lançou-a em direção às árvores que a abrigavam. 
— Vai!

Trilogia Medieval
1- O Guerreiro do Coração
Trilogia concluída