Condenado por traição, Wulfgar, conde de Glyndwr, já foi um cavaleiro normando favorito do rei Guilherme, o Conquistador. Vendido como escravo por seus crimes, Wulfgar está determinado a ter sua honra restaurada e jura vingança contra aqueles que conspiraram para sua queda. Mas uma vez que Wulfgar tem Ariana, ele descobre que não há nada que ele não faça para protegê-la. Ela segura o coração dele em suas mãos e este cordão de seda é mais forte do que qualquer corrente. Uma vez sua noiva, a princesa Ariana de Gales foi ao leilão de escravos para comprar Wulfgar, um homem que ela acredita ter traído seu rei...
Somente Wulfgar sabe como libertar seu jovem irmão do cruel governante que tomou o lugar de Wulfgar no Castelo Cynan. Mas ela não está preparada para o guerreiro sombrio e bonito que acende uma paixão dentro dela que ameaça a vida de seu povo e sua própria alma.
Capítulo Um
O mercado de escravos de Hedeby
Norte da Inglaterra, 1076 d.C.
—Compre o escravo. — Ariana apertou os olhos contra o sol da tarde e olhou para Jenkin, o guerreiro mais confiável de seu pai.
A testa de Jenkin franziu quando seis guardas arrastaram o escravo para o leilão. Cortes sangrentos cruzavam o peito e os braços do escravo, o tecido de sua roupa fina pendurada em seu torso em farrapos. Embora preso em correntes, ele lutava contra seus captores, seus olhos escuros brilhando com fúria. Os lábios de Jenkin se estreitaram. — O homem é perigoso, minha senhora. Eles o derrotaram e ele ainda luta. Talvez devêssemos manter nossa prata e encontrar outra maneira de libertar seu irmão.
Ariana ergueu o olhar para a plataforma. Um homem imponente, o escravo estava cabeça e ombros acima de seus captores, com punhos em forma de martelo e braços musculosos que falavam de grande força. Os guardas lutaram para contê-lo. Seis homens! Se eles não pudessem controlá-lo, como ela seria capaz de fazê-lo? —Você sabe que não há outro jeito. Só Wulfgar de Conteville sabe como entrar no Castelo Cynan. O cabelo preto desgrenhado caiu nos olhos do escravo. Suas costelas magras e bochechas cavadas indicavam que ele estava faminto. O vento gelado batia contra sua roupa fina e ele apertou a mandíbula. Embora sua orgulhosa roupa o marcasse como um nobre, suas atuais circunstâncias o declaravam sem importância. Nada além de um escravo. E, no entanto, mesmo acorrentado, ele nunca se curvaria diante de nenhum homem. Ou mulher.
Nós de tensão apertaram o estômago de Ariana. Um arrepio percorreu sua espinha e ela puxou o capuz de sua capa para mais perto do rosto. O que a tinha possuído para pensar que ele poderia ajudá-la?
Medo e desespero.
Se Wulfgar recusasse sua súplica, seu irmão estaria condenado. Certamente Wulfgar era um cristão, como ela. Mas nesses tempos cruéis, a religião nem sempre importava. Muitos homens eram cristãos e continuaram a mentir, enganar e matar.
—Segure-o—, ordenou o comerciante de escravos enquanto saltava para a plataforma de madeira. Wulfgar plantou os pés descalços nas tábuas lascadas e tentou se livrar de seus guardas. Um grunhido de raiva rasgou de sua garganta, seus olhos negros cheios de veneno. —Eu não ensinei a você respeito, ainda? — Empunhando um porrete curto, o traficante de escravos soprou uma respiração de suas narinas como um touro em investida. Wulfgar cuspiu aos pés do homem e o traficante de escravos golpeou com a clava o apertado abdômen de Wulfgar. Wulfgar quase se dobrou, mas os guardas o ergueram de um puxão. Ariana estremeceu com o gemido baixo de dor de Wulfgar. Ela mal podia suportar vê-lo espancado. Sua fé cristã a ensinou a amar toda a humanidade. Apenas seus planos de libertá-lo mais tarde justificavam a compra do escravo agora. As pessoas se aglomeravam perto para assistir ao espetáculo. Em meio a seus aplausos mórbidos, os guardas golpearam Wulfgar com seus punhos. Wulfgar tentou lutar, mas estava muito amarrado e havia muitos. Dentro de instantes, ele ficou flácido em suas mãos, tossindo, cuspindo sangue. Uma chama de simpatia atravessou Ariana e ela apertou as mãos. Ela queria ajudar este homem, mas ele merecia sua punição. Ele era um traidor de seu rei e ela devia pensar primeiro em seu jovem e inocente irmão nas mãos de um assassino.
Ela endureceu sua vontade, esmagando sua compaixão. Uma vez que ela possuísse Wulfgar de Conteville, sua oferta seria mais que generosa para ele ganhar sua liberdade.
—Você já teve o suficiente? — O escravo rosnou.
Wulfgar empurrou contra suas amarras, ainda ansioso para lutar. Ele não faria bem a Ariana se eles o machucassem ou o matassem. Ela deu um passo, mas Jenkin estendeu a mão. —Não é seguro para você intervir.
—Então, pare com isso, — ela ordenou em voz baixa. —Preciso dele se quisermos salvar Dafydd.
O traficante de escravos levantou o braço para atacar novamente. Wulfgar fechou a mandíbula, seus olhos se encheram de ódio enquanto enfrentava a ameaça sem vacilar. O bobo! Ele estava tão ansioso para morrer?
—Eu não vou comprar mercadorias danificadas. — Um mercador alto chamou da multidão.
Ele parou diante do leilão, seu cabelo castanho despenteado enquanto o vento levantava poeira ao redor de seus pés. O traficante de escravos fez uma pausa, seu olhar redondo movendo-se para descansar no homem. Concorrência! Ariana não tinha considerado isso. Sua mão apertou a pequena bolsa de couro escondida sob sua capa. Assediado pela guerra e pela pobreza, seu povo havia juntado a pouca riqueza que tinha. Ela rezou para que fosse o suficiente para comprar Wulfgar. O mercador usava um rico manto de arminho. Uma espada curta e uma bolsa de couro para moedas penduradas em sua cintura. Ariana não conseguia entender por que alguém além dela quereria comprar Wulfgar. Ele era violento demais para fazer um escravo obediente. Ela o queria apenas pelas informações que ele pudesse fornecer, não para trabalhar nos campos. Ela não conseguia entender o interesse do mercador. O traficante de escravos baixou o porrete e sorriu com os dentes amarelados. —Justo. Embora ele seja forte, você pode ver que será preciso uma mão firme para controlá-lo. O que você vai licitar?
—Duas marcas—, respondeu o comerciante.
A garganta de Ariana apertou. Wulfgar não lutou mais contra seus captores. Ele ficou em silêncio. Espera. Seu olhar aguçado pousou no mercador, um breve lampejo de reconhecimento em seus olhos. Ele conhecia o homem?
—Uma quantia insignificante para um escravo tão bom. — O traficante de escravos balançou a cabeça com vergonha. —Uma vez um guerreiro valente, ele é forte como um boi. Não posso levar menos de sete marcos.
Norte da Inglaterra, 1076 d.C.
—Compre o escravo. — Ariana apertou os olhos contra o sol da tarde e olhou para Jenkin, o guerreiro mais confiável de seu pai.
A testa de Jenkin franziu quando seis guardas arrastaram o escravo para o leilão. Cortes sangrentos cruzavam o peito e os braços do escravo, o tecido de sua roupa fina pendurada em seu torso em farrapos. Embora preso em correntes, ele lutava contra seus captores, seus olhos escuros brilhando com fúria. Os lábios de Jenkin se estreitaram. — O homem é perigoso, minha senhora. Eles o derrotaram e ele ainda luta. Talvez devêssemos manter nossa prata e encontrar outra maneira de libertar seu irmão.
Ariana ergueu o olhar para a plataforma. Um homem imponente, o escravo estava cabeça e ombros acima de seus captores, com punhos em forma de martelo e braços musculosos que falavam de grande força. Os guardas lutaram para contê-lo. Seis homens! Se eles não pudessem controlá-lo, como ela seria capaz de fazê-lo? —Você sabe que não há outro jeito. Só Wulfgar de Conteville sabe como entrar no Castelo Cynan. O cabelo preto desgrenhado caiu nos olhos do escravo. Suas costelas magras e bochechas cavadas indicavam que ele estava faminto. O vento gelado batia contra sua roupa fina e ele apertou a mandíbula. Embora sua orgulhosa roupa o marcasse como um nobre, suas atuais circunstâncias o declaravam sem importância. Nada além de um escravo. E, no entanto, mesmo acorrentado, ele nunca se curvaria diante de nenhum homem. Ou mulher.
Nós de tensão apertaram o estômago de Ariana. Um arrepio percorreu sua espinha e ela puxou o capuz de sua capa para mais perto do rosto. O que a tinha possuído para pensar que ele poderia ajudá-la?
Medo e desespero.
Se Wulfgar recusasse sua súplica, seu irmão estaria condenado. Certamente Wulfgar era um cristão, como ela. Mas nesses tempos cruéis, a religião nem sempre importava. Muitos homens eram cristãos e continuaram a mentir, enganar e matar.
—Segure-o—, ordenou o comerciante de escravos enquanto saltava para a plataforma de madeira. Wulfgar plantou os pés descalços nas tábuas lascadas e tentou se livrar de seus guardas. Um grunhido de raiva rasgou de sua garganta, seus olhos negros cheios de veneno. —Eu não ensinei a você respeito, ainda? — Empunhando um porrete curto, o traficante de escravos soprou uma respiração de suas narinas como um touro em investida. Wulfgar cuspiu aos pés do homem e o traficante de escravos golpeou com a clava o apertado abdômen de Wulfgar. Wulfgar quase se dobrou, mas os guardas o ergueram de um puxão. Ariana estremeceu com o gemido baixo de dor de Wulfgar. Ela mal podia suportar vê-lo espancado. Sua fé cristã a ensinou a amar toda a humanidade. Apenas seus planos de libertá-lo mais tarde justificavam a compra do escravo agora. As pessoas se aglomeravam perto para assistir ao espetáculo. Em meio a seus aplausos mórbidos, os guardas golpearam Wulfgar com seus punhos. Wulfgar tentou lutar, mas estava muito amarrado e havia muitos. Dentro de instantes, ele ficou flácido em suas mãos, tossindo, cuspindo sangue. Uma chama de simpatia atravessou Ariana e ela apertou as mãos. Ela queria ajudar este homem, mas ele merecia sua punição. Ele era um traidor de seu rei e ela devia pensar primeiro em seu jovem e inocente irmão nas mãos de um assassino.
Ela endureceu sua vontade, esmagando sua compaixão. Uma vez que ela possuísse Wulfgar de Conteville, sua oferta seria mais que generosa para ele ganhar sua liberdade.
—Você já teve o suficiente? — O escravo rosnou.
Wulfgar empurrou contra suas amarras, ainda ansioso para lutar. Ele não faria bem a Ariana se eles o machucassem ou o matassem. Ela deu um passo, mas Jenkin estendeu a mão. —Não é seguro para você intervir.
—Então, pare com isso, — ela ordenou em voz baixa. —Preciso dele se quisermos salvar Dafydd.
O traficante de escravos levantou o braço para atacar novamente. Wulfgar fechou a mandíbula, seus olhos se encheram de ódio enquanto enfrentava a ameaça sem vacilar. O bobo! Ele estava tão ansioso para morrer?
—Eu não vou comprar mercadorias danificadas. — Um mercador alto chamou da multidão.
Ele parou diante do leilão, seu cabelo castanho despenteado enquanto o vento levantava poeira ao redor de seus pés. O traficante de escravos fez uma pausa, seu olhar redondo movendo-se para descansar no homem. Concorrência! Ariana não tinha considerado isso. Sua mão apertou a pequena bolsa de couro escondida sob sua capa. Assediado pela guerra e pela pobreza, seu povo havia juntado a pouca riqueza que tinha. Ela rezou para que fosse o suficiente para comprar Wulfgar. O mercador usava um rico manto de arminho. Uma espada curta e uma bolsa de couro para moedas penduradas em sua cintura. Ariana não conseguia entender por que alguém além dela quereria comprar Wulfgar. Ele era violento demais para fazer um escravo obediente. Ela o queria apenas pelas informações que ele pudesse fornecer, não para trabalhar nos campos. Ela não conseguia entender o interesse do mercador. O traficante de escravos baixou o porrete e sorriu com os dentes amarelados. —Justo. Embora ele seja forte, você pode ver que será preciso uma mão firme para controlá-lo. O que você vai licitar?
—Duas marcas—, respondeu o comerciante.
A garganta de Ariana apertou. Wulfgar não lutou mais contra seus captores. Ele ficou em silêncio. Espera. Seu olhar aguçado pousou no mercador, um breve lampejo de reconhecimento em seus olhos. Ele conhecia o homem?
—Uma quantia insignificante para um escravo tão bom. — O traficante de escravos balançou a cabeça com vergonha. —Uma vez um guerreiro valente, ele é forte como um boi. Não posso levar menos de sete marcos.
Sete marcos!
Trilogia Medieval
2- O Cordão de seda
Trilogia concluída
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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!