Trilogia dos Lordes
Ela não sabia o quão perigoso ele era...
Para evitar que uma querida amiga se casasse com o famoso Ian Lennard, o Visconde de St. Clair, Felicity Taylor revelou o passado obscuro dele na sua coluna de fofocas anônima de Londres.
Mas a destemida Srta. não podia imaginar a raiva de St. Clair. O perigoso libertino estava agora sem noiva, e ainda precisando desesperadamente de um herdeiro.
Então imagine a surpresa de Felicity quando o lorde sangue-quente lança seu olhar sobre ela! Ameaçada com a exposição e a ruína, qual escolha ela tinha senão a de se casar com ele? ...até se casar com ele!
Uma esposa era meramente uma necessidade para garantir sua fortuna — ou era o que Ian pensava até conhecer Felicity.
Ele descobre que a audaciosa mulher se assemelha a ele em inteligência e paixão... e ela pode ser mais do que ele pode aguentar.
Beijos ardentes e toques carinhosos o tentam a confiar nela para abrir seu coração – mas Ian sabe que os segredos que ele esconde irão afastá-la. Então nada poderá ser mais perigoso do que se apaixonar pela sua fogosa noiva.
Capítulo Um
5 de dezembro de 1820
Algum idiota estava espalhando rumores sobre ele de novo. Ian Lenard, o Visconde St. Clair chegou a essa conclusão no momento em que entrou no clube de cavalheiros e o mordomo cumprimentou-o com uma piscadela e murmurou:
— Muito bem, milorde. — enquanto tirava seu casaco.
O sombrio mordomo do Brooks tinha piscado para ele. Piscou para ele, pelo amor de Deus. Como felicitações não era o caso, Ian só podia supor o pior. Ele fez uma careta enquanto andava pelos corredores atapetados em direção à sala de leitura, aonde ia ao encontro de seu amigo Jordan, o conde de Blackmore. Então um pensamento reconfortante lhe ocorreu. Talvez o mordomo tivesse bebendo no trabalho novamente e tinha apenas o confundido com outra pessoa.
Em seguida, um grupo de homens que mal conhecia parou de conversar e o parabenizam. Os comentários – Quem é ela? - e - Então você fez de novo, seu cachorro espertalhão. Foram acompanhados por mais piscadelas. Todos eles não poderiam tê-lo confundido com outra pessoa.
Com dificuldade, ele reprimiu um gemido.Só Deus sabe qual foi a história desta vez. Ele tinha ouvido a maioria delas. Sua favorita era ele resgatando a filha ilegítima do Rei da Espanha de um antro de piratas bárbaros, a quem ele venceu sozinho,ganhando assim como recompensa uma mansão em Madrid. É claro, o Rei de Espanha não tinha filha,ilegítima ou não, e Ian nunca tinha sequer conhecido um pirata bárbaro. A única verdade da história era que ele tinha sido apresentado ao rei da Espanha e que a família de sua mãe era dona de uma mansão emMadrid.
Mas os boatos, pela sua própria natureza, não exige fundamento na verdade, então seria inútil negá-los. Por que alguém deveria acreditar nele quando a fofoca era muito mais interessante? Assim, ele respondeu de modo habitual. Uma resposta evasiva e um olhar irônico, cuja intenção era sempre a de se livrar dos iludidos e dos curiosos.
Ele quase chegou à sala de leitura quando o Duque dePelham aproximou-se dele.
― Boa noite, meu velho—, o robusto senhor disse com uma jovialidade incomum. — Queria convidá-lo para um pequeno jantar que estou dando amanhã, você e alguns outros com suas inamoratas. Certifique-se de trazer sua nova amante. Gostaria de dar uma olhada nela.
Ian cravou as vistas no sapato do homem a quem não gostava.
— Minha nova amante?
Pelham cutucou-o presunçosamente.
― Nem tente manter a mulher em segredo agora, St. Clair. O gato, ou devo dizer, a gatinha está fora do saco, e todo mundo quer saber a cor da sua pele e quão profunda suas garras estão enterradas em você.
Trilogia dos Lordes
1 - Lorde Pirata
2 - Lorde Proibido
3 - O Lorde Perigoso
Trilogia Concluída
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15 de agosto de 2010
14 de agosto de 2010
Lorde Proibido
Trilogia dos Lordes
Jordan Willis, o conde de Blackmore, brincou com o coração de uma série de belas mulheres da alta sociedade.
No entanto, um único beijo roubado impulsivamente dos lábios suaves e irresistíveis da filha de um reitor será suficiente para se aproximar da perdição.
A reação suave e peculiarmente inocente de Emily Fairchild desperta no dom Juan um desejo voraz que o impedirá de esquecê-la.
Meses depois, Jordan conhece Lady Emma Campbell, uma insolente debutante com imensa vontade de namorar. Curiosamente, a lindíssima atrevida tem uma semelhança inquietante com a sua doce Emily. Emily não pode revelar a razão pela qual aceitou colaborar numa farsa tão escandalosa — para salvar a sua própria vida, tem que se fazer passar por uma nobre insolente chamada lady Campbell. — Apesar disso, nenhuma máscara poderá encobrir a perigosa atração que sente pelo conde Blackmore, Emily se arriscará a perder o amor da sua vida, revelando que não é uma dama de nobre linhagem, mas sim uma simples moça da província?
Às minhas maravilhosas companheiras escritoras da associação Heart of Carolina Romance Writers, e, especialmente, a Judy, Judith e Theresa por sua crítica literária desta obra. Muitíssimas graças a todas por sua cálida acolhida.
Capítulo Um
Derbyshire, Inglaterra Março de 1819
«Estar aqui é como brincar às escondidas num circo », pensou Emily Fairchild enquanto perscrutava o salão de baile na casa que a marquesa de Dryden possuía no condado de Derby. O salão estava abarrotado de pessoas; centenas de convidados — no mínimo, quatrocentos — a maioria com os rostos ocultos atrás de máscaras, e embelezados com exóticos disfarces, indiscutivelmente muito caros, que distavam muito dos trajes que Emily podia comprar.
Mas entre eles não se encontrava lady Sophie, a sua prezada amiga, Onde tinha se metido? Emily não podia abandonar o baile sem encontrá-la antes; Sophie se sentiria absolutamente defraudada se não obtivesse o elixir que Emily tinha preparado especialmente para ela.
— Achou, Lawrence? — perguntou Emily ao seu primo elevando a voz para que este pudesse ouvi-la por cima das notas da magnífica orquestra. — É suficientemente alto para vê-la.
Lawrence franziu a testa e ergueu mais a cabeça.
— Já a vejo, está ali, absorta naquela atividade absurda e carente de todo o sentido que ela define como entretida. Noutras palavras, Sophie estava dançando. Um sorriso instantâneo desenhou-se nos lábios de Emily. Pobre Lawrence. Tinha percorrido um longo caminho de Londres para visitá-los, a ela e a seu paiem Willow Crossing pela primeira vez depois de muitos anos e, em troca, o seu pai o tinha obrigado a escoltá-la a um baile de máscaras, um evento que Lawrence considerava «estúpido, de um absurdo inquestionável». Bom, pelo menos o pobre não teria que sofrer a tortura de dançar com ela. Para Emily, a decência a proibia de dançar, visto que se encontrava nas últimas semanas, de luto pela morte da sua mãe. Sem dúvidas, era a única convidada que vestia um insosso vestido preto, com uma máscara prateada como única concessão à temática lúdica da noite.
— Com quem é que a Sophie está dançando? — inquiriu Emily.
— Creio que o seu par desta vez é lorde Blackmore.
— Lord Blackmore? Está dançando com ele? — Um homem realmente importante. O conde de Blackmore era o irmão da nora dos Dryden.
Emily sentiu-se invadida por uma onda de inveja, que desapareceu tão rápido como tinha aparecido. Que estúpida invejar Sophie por um direito que a sua amiga ostentava desde que nascera. Estava convencida de que jamais gozaria da oportunidade de dançar com o conde, simplesmente porque era a filha de um reitor sem parentes nobres.
Apesar de tudo, ainda tinha que agradecer por estar ali. Lady Dryden só a havia convidado como recompensa por um pequeno serviço que Emily lhe tinha feito. A marquesa não tinha motivos para apresentar Emily a nenhuma das damas nem lordes ricos que se deslocaram de Londres para a ocasião.
Entretanto, perguntou-se o que sentiria ao dançar com um conde tão famoso como lorde Blackmore. Certamente uns terríveis nervos no estômago, especialmente porque parecia muito bonito. Ou não? Colocou-se na ponta dos pés para examiná-lo através dos dois orifícios da sua máscara, infelizmente não conseguiu distinguir nada mais do que muitas perucas e tocados que se agitavam formando um redemoinho confuso ao seu redor.
— Conte-me o que vê, Lawrence. Estão dançando uma valsa? E lorde Blackmore, diria que está satisfeito?
— Satisfeito? Como pode estar satisfeito! Primeiro porque está dançando, e segundo porque tem Sophie como par. Aquele homem merece alguém melhor.
— Porque diz isso?
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2 - Lorde Proibido
3 - O Lorde Perigoso
Trilogia Concluída
Jordan Willis, o conde de Blackmore, brincou com o coração de uma série de belas mulheres da alta sociedade.
No entanto, um único beijo roubado impulsivamente dos lábios suaves e irresistíveis da filha de um reitor será suficiente para se aproximar da perdição.
A reação suave e peculiarmente inocente de Emily Fairchild desperta no dom Juan um desejo voraz que o impedirá de esquecê-la.
Meses depois, Jordan conhece Lady Emma Campbell, uma insolente debutante com imensa vontade de namorar. Curiosamente, a lindíssima atrevida tem uma semelhança inquietante com a sua doce Emily. Emily não pode revelar a razão pela qual aceitou colaborar numa farsa tão escandalosa — para salvar a sua própria vida, tem que se fazer passar por uma nobre insolente chamada lady Campbell. — Apesar disso, nenhuma máscara poderá encobrir a perigosa atração que sente pelo conde Blackmore, Emily se arriscará a perder o amor da sua vida, revelando que não é uma dama de nobre linhagem, mas sim uma simples moça da província?
Às minhas maravilhosas companheiras escritoras da associação Heart of Carolina Romance Writers, e, especialmente, a Judy, Judith e Theresa por sua crítica literária desta obra. Muitíssimas graças a todas por sua cálida acolhida.
Capítulo Um
Derbyshire, Inglaterra Março de 1819
«Estar aqui é como brincar às escondidas num circo », pensou Emily Fairchild enquanto perscrutava o salão de baile na casa que a marquesa de Dryden possuía no condado de Derby. O salão estava abarrotado de pessoas; centenas de convidados — no mínimo, quatrocentos — a maioria com os rostos ocultos atrás de máscaras, e embelezados com exóticos disfarces, indiscutivelmente muito caros, que distavam muito dos trajes que Emily podia comprar.
Mas entre eles não se encontrava lady Sophie, a sua prezada amiga, Onde tinha se metido? Emily não podia abandonar o baile sem encontrá-la antes; Sophie se sentiria absolutamente defraudada se não obtivesse o elixir que Emily tinha preparado especialmente para ela.
— Achou, Lawrence? — perguntou Emily ao seu primo elevando a voz para que este pudesse ouvi-la por cima das notas da magnífica orquestra. — É suficientemente alto para vê-la.
Lawrence franziu a testa e ergueu mais a cabeça.
— Já a vejo, está ali, absorta naquela atividade absurda e carente de todo o sentido que ela define como entretida. Noutras palavras, Sophie estava dançando. Um sorriso instantâneo desenhou-se nos lábios de Emily. Pobre Lawrence. Tinha percorrido um longo caminho de Londres para visitá-los, a ela e a seu pai
— Com quem é que a Sophie está dançando? — inquiriu Emily.
— Creio que o seu par desta vez é lorde Blackmore.
— Lord Blackmore? Está dançando com ele? — Um homem realmente importante. O conde de Blackmore era o irmão da nora dos Dryden.
Emily sentiu-se invadida por uma onda de inveja, que desapareceu tão rápido como tinha aparecido. Que estúpida invejar Sophie por um direito que a sua amiga ostentava desde que nascera. Estava convencida de que jamais gozaria da oportunidade de dançar com o conde, simplesmente porque era a filha de um reitor sem parentes nobres.
Apesar de tudo, ainda tinha que agradecer por estar ali. Lady Dryden só a havia convidado como recompensa por um pequeno serviço que Emily lhe tinha feito. A marquesa não tinha motivos para apresentar Emily a nenhuma das damas nem lordes ricos que se deslocaram de Londres para a ocasião.
Entretanto, perguntou-se o que sentiria ao dançar com um conde tão famoso como lorde Blackmore. Certamente uns terríveis nervos no estômago, especialmente porque parecia muito bonito. Ou não? Colocou-se na ponta dos pés para examiná-lo através dos dois orifícios da sua máscara, infelizmente não conseguiu distinguir nada mais do que muitas perucas e tocados que se agitavam formando um redemoinho confuso ao seu redor.
— Conte-me o que vê, Lawrence. Estão dançando uma valsa? E lorde Blackmore, diria que está satisfeito?
— Satisfeito? Como pode estar satisfeito! Primeiro porque está dançando, e segundo porque tem Sophie como par. Aquele homem merece alguém melhor.
— Porque diz isso?
Trilogia dos Lordes
1 - Lorde Pirata
2 - Lorde Proibido
3 - O Lorde Perigoso
Trilogia Concluída
13 de agosto de 2010
Lorde Pirata
Trilogia dos Lordes
Um carregamento de mulheres... para ser conquistadas!
O Capitão Gideon Horn não podia estar mais encantado.
Uma grande oportunidade.
Um carregamento de mulheres... para ser conquistadas!
O Capitão Gideon Horn não podia estar mais encantado.
Seus homens estavam cansados de vagar por alto mar e queriam estabelecer-se na paradisíaca ilha que tinham descoberto.
Mas, para isso, não tinha mais remédio precisava encontrar companheiras que compartilhassem sua vida. E as mulheres tinham que sentir-se agradecidas por terem sido resgatadas de uma vida de escravidão em Nova Gales do Sul... Deus, ele era tão sagaz! Uma Paixão inigualável. Casar-se?! Com piratas?! Sarah Willis não podia estar mais horrorizada. Primeiro exigiu ser devidamente cortejada, ao menos durante um mês. Então, o misterioso e atraente Cavalheiro Pirata concedeu-lhe duas semanas. Depois, Sarah insistiu em que os homens desalojassem as cabanas para ceder-lhe às mulheres... e Gideon voltou a lhe conceder seu desejo mas, em troca, reclamou seus beijos. E, enquanto suas discussões iam subindo de tom, também o faziam suas paixões... e logo Sarah não pôde recordar por que lutava tão ferozmente com o diabólicamente sedutor pirata...
Capítulo Um
Londres, Janeiro de 1818
Nos seus vinte e três anos, a menina Sara Willis já tinha passado por bastantes momentos desagradáveis na sua vida. Como quando na tenra idade de sete anos a sua mãe a apanhara roubando bolachas na imponente cozinha de Blackmore Hall, ou quando pouco depois, sua mãe desposara o seu padrasto, o já falecido conde de Blackmore, caiu dentro da fonte. Ou quando no baile do ano anterior apresentou a duquesa de Merrington à amante do duque se sem dar conta disso.
Mas nenhuma dessas ocasiões se podia comparar com a que estava para viver naquele momento: a ser fisicamente agredida pelo seu irmão, quando saía da prisão de Newgate na companhia do Comité de Senhoras. Jordan Willis, o novo conde de Blackmore, visconde de Thornworth e barão de Ashley, não era da espécie de individuo capaz de esconder o seu mau humor quando não concordava com alguma coisa, assim como um grande numero de membros do Parlamento tinham podido sentir na pele. E agora tinha tomado a liberdade de vir buscar em pessoas, mostrando uma rudeza brutal, empurrando-a para a carruagem da família Blackmore como se fosse uma simples criança.
Sara conseguia ouvir as gargalhadas entre cortadas das suas amigas enquanto Jordan abria bruscamente a porta da carruagem e a cravejava com um olhar inflexível.
— Entra na carruagem, Sara.
— Jordan, sinceramente, não é necessário recorrer a esses modos tão pouco elegantes.
— Imediatamente!
Engolindo o orgulho e a vergonha, Sara entrou na majestosa carruagem com tanta dignidade como pode. Ele entrou atrás dela, fechou a porta com um puxão seco, e depois desmoronou no banco à frente de Sara com tanta força que a carruagem oscilou energicamente
Enquanto dava ordens ao cocheiro para que se pusesse em marcha, ela olhou para as suas amigas através da janela como se pretendesse pedir desculpas. Supunha-se que teria que ir com elas tomar chá na casa da senhora Fry, mas naturalmente já tinham percebido que isso não seria possível.
— Por amor de Deus, Sara. Deixa de olhar para as tuas amigas com essa cara de tristeza e olhe para mim!
Acomodando o seu frágil corpo nos almofadões de Damasco, Sara desviou o olhar e olhou para o irmão. Abriu a boca para reprovar a sua conduta execrável, mas fechou-a quando reparou no rosto franzido tão ameaçador. Apesar de estar habituada ao terrível gênio de Jordan, não gostava de ser a parte receptora. Praticamente, toda a sociedade londrina concordava com ela nesta questão, já que quando Jordan se aborrecia, conseguia ser realmente abominável.
— Diga, Sara, que aspecto tenho hoje? — rugiu ele.
Trilogia dos Lordes
1 - Lorde Pirata
2 - Lorde Proibido
3 - O Lorde Perigoso
Trilogia Concluída
Mas, para isso, não tinha mais remédio precisava encontrar companheiras que compartilhassem sua vida. E as mulheres tinham que sentir-se agradecidas por terem sido resgatadas de uma vida de escravidão em Nova Gales do Sul... Deus, ele era tão sagaz! Uma Paixão inigualável. Casar-se?! Com piratas?! Sarah Willis não podia estar mais horrorizada. Primeiro exigiu ser devidamente cortejada, ao menos durante um mês. Então, o misterioso e atraente Cavalheiro Pirata concedeu-lhe duas semanas. Depois, Sarah insistiu em que os homens desalojassem as cabanas para ceder-lhe às mulheres... e Gideon voltou a lhe conceder seu desejo mas, em troca, reclamou seus beijos. E, enquanto suas discussões iam subindo de tom, também o faziam suas paixões... e logo Sarah não pôde recordar por que lutava tão ferozmente com o diabólicamente sedutor pirata...
Capítulo Um
Londres, Janeiro de 1818
Nos seus vinte e três anos, a menina Sara Willis já tinha passado por bastantes momentos desagradáveis na sua vida. Como quando na tenra idade de sete anos a sua mãe a apanhara roubando bolachas na imponente cozinha de Blackmore Hall, ou quando pouco depois, sua mãe desposara o seu padrasto, o já falecido conde de Blackmore, caiu dentro da fonte. Ou quando no baile do ano anterior apresentou a duquesa de Merrington à amante do duque se sem dar conta disso.
Mas nenhuma dessas ocasiões se podia comparar com a que estava para viver naquele momento: a ser fisicamente agredida pelo seu irmão, quando saía da prisão de Newgate na companhia do Comité de Senhoras. Jordan Willis, o novo conde de Blackmore, visconde de Thornworth e barão de Ashley, não era da espécie de individuo capaz de esconder o seu mau humor quando não concordava com alguma coisa, assim como um grande numero de membros do Parlamento tinham podido sentir na pele. E agora tinha tomado a liberdade de vir buscar em pessoas, mostrando uma rudeza brutal, empurrando-a para a carruagem da família Blackmore como se fosse uma simples criança.
Sara conseguia ouvir as gargalhadas entre cortadas das suas amigas enquanto Jordan abria bruscamente a porta da carruagem e a cravejava com um olhar inflexível.
— Entra na carruagem, Sara.
— Jordan, sinceramente, não é necessário recorrer a esses modos tão pouco elegantes.
— Imediatamente!
Engolindo o orgulho e a vergonha, Sara entrou na majestosa carruagem com tanta dignidade como pode. Ele entrou atrás dela, fechou a porta com um puxão seco, e depois desmoronou no banco à frente de Sara com tanta força que a carruagem oscilou energicamente
Enquanto dava ordens ao cocheiro para que se pusesse em marcha, ela olhou para as suas amigas através da janela como se pretendesse pedir desculpas. Supunha-se que teria que ir com elas tomar chá na casa da senhora Fry, mas naturalmente já tinham percebido que isso não seria possível.
— Por amor de Deus, Sara. Deixa de olhar para as tuas amigas com essa cara de tristeza e olhe para mim!
Acomodando o seu frágil corpo nos almofadões de Damasco, Sara desviou o olhar e olhou para o irmão. Abriu a boca para reprovar a sua conduta execrável, mas fechou-a quando reparou no rosto franzido tão ameaçador. Apesar de estar habituada ao terrível gênio de Jordan, não gostava de ser a parte receptora. Praticamente, toda a sociedade londrina concordava com ela nesta questão, já que quando Jordan se aborrecia, conseguia ser realmente abominável.
— Diga, Sara, que aspecto tenho hoje? — rugiu ele.
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