Usada como um peão em um jogo de vingança contra seu irmão, Patrina retorna a Londres após uma fuga fracassada, com uma reputação em frangalhos e pouca esperança de um casamento respeitável. A única paz que ela encontra é em sua solidão nos dias frios de inverno no Hyde Park. E mesmo isso é arrancado dela por dois pequenos diabinhos que por acaso tem um pai devastadoramente bonito, mas friamente indiferente, o marquês de Beaufort. Algo sobre o Lorde desperta os sonhos que ela uma vez teve pelo amor de um cavalheiro honrado. Weston Aldridge, o 4º Marquês de Beaufort, foi enganado e traído por sua falecida esposa. Em sua falta de fé, ele passou a ver as mulheres como criaturas egoístas e indulgentes. Exceto que, após uma série de encontros casuais com Patrina, ele começa a apreciar o quão diferente ela é de todas as mulheres que já conheceu.
Na época de Natal, um tempo de esperança e novos começos, inesperadamente Patrina e Weston encontram o amor verdadeiro um pelo outro. No entanto, quando o passado escandaloso de Patrina ameaça seu futuro e a felicidade de seus filhos, ambos são levados a determinar se o amor é suficiente.
Capítulo Um
Londres, Inverno de 1818
Lady Patrina Tidemore sempre tinha se orgulhado de ser a mais lógica e razoável das quatro irmãs Tidemore. Ela nunca havia tido um grande floreio para o drama como suas doces irmãs, Poppy e Penelope. Nem era a grande beleza que Prudence se tornara. Mas ela sempre tinha sido lógica e razoável.
Tinha sido, até que havia conhecido um cavalheiro que enchera seus ouvidos com elogios bonitos e gentilmente a provocara, fazendo-a se esquecer de que era a lógica e razoável das quatro irmãs.
Patrina olhava fixamente para o Lago Serpentine congelado, enquanto o menor, quase infinitesimal, dos flocos de neve caía e pousava na camada de gelo. Ela empurrou para trás o chapéu de veludo vermelho e suspirou. Na primavera anterior, havia imaginado uma época de Natal muito diferente da presente. Ela estaria casada, aninhada em uma casa modesta, com a companhia tranquila do cavalheiro que a amava. Em vez disso, poderia admitir prontamente, com o Natal quase chegando, que a atual temporada de férias seria de longe a mais sombria e solitária… mesmo cercada pelo barulho de uma família tagarela.
Seus lábios se torceram em um sorriso amargo. Infelizmente, não havia um lar modesto ou companhia tranquila. Em vez disso, seu Natal seria passado da mesma forma que ela passara os últimos vinte, quase vinte e um Natais… com sua mãe e suas três irmãs loquazes.
Oh, não que ela se importasse com o caos frequente e a agitação da casa dos Tidemore! Muito pelo contrário, na verdade. Apenas, tinha imaginado que estaria casada, e talvez esperando um filho para breve. Ela deu um suspiro trêmulo. Quando uma jovem escandalizava a alta sociedade como ela havia feito, os sonhos de casamentos e famílias nada mais eram do que desejos fantasiosos.
— Milady, devemos voltar logo. — sua criada, Mary, chamou por cima do ombro.Patrina olhou para trás distraidamente e esboçou um sorriso pálido. — Você pode voltar e esperar na carruagem, Mary. Eu vou demorar apenas um minuto.
Mary abriu a boca como se fosse protestar, mas devia ter visto a firme determinação no olhar de Patrina, pois acenou com a cabeça uma vez e, em seguida, começou a descer a trilha através da poeira de neve que cobria a grama morta, em direção à carruagem.
Patrina voltou seu foco para o Serpentine. Como fazia em todas as suas visitas diária ali, ela se perguntava sobre os pobres pássaros e peixes que faziam daquela sua casa durante os meses mais quentes. Para onde iam quando o frio da vida se instalava? Na maioria dos dias, sonhava em se juntar a eles, porque então poderia se livrar das expressões de piedade de suas irmãs, ou do pesar dolorido nos olhos de sua mãe e de seu irmão, e da expressão culpada de Juliet, sua cunhada, a cada vez que entrava em uma sala. Um assobio cortou o silêncio da neve no inverno. Ela enrijeceu e se virou, no momento em que algo frio, duro e muito úmido atingiu sua têmpora. — Oomph!
Série Temporada Escandalosa
1- Sempre a prometida, nunca a noiva
2- Nunca cortejada de repente casada
3- Sempre adequado, de repente escandaloso
4- Sempre um Cafajeste, para sempre o seu Amor
5- Um Marquês para o Natal