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17 de março de 2010

Serie Veludo Clayburn

 1- Veludo Azul





Ele lutava contra o fascínio da mulher que lhe fora imposta como esposa!

Inglaterra, 1355.
Forçada a se casar, lady Elizabeth Clayburn não encontrou, no leito nupcial do castelo do barão de Warwicke, os deleites do amor...
Havia muito tempo, o enigmático lorde Raynor Warwicke erguera muralhas em volta do próprio coração. Porém, sua esposa ousou penetrá-las, desafiando-o a afastar as suspeitas e a render-se ao poder da paixão!

Capítulo Um

Inglaterra, 1355.
Elizabeth Clayburn estava sentada no banco de pedra da janela, apoiando as costas eretas nas do irmão. Apesar da almofada de veludo, não se sentia confortável e, pela terceira vez, desejou estar em casa.
Contudo, havia prometido ficar ao lado de Stephen até lady Helen dirigir as atenções a outro homem. Por mais que detestasse o castelo de Wihdsor, tinha de assumir o compromisso.Não era hábito seu envolver-se nos assuntos do irmão, mas lady Helen estava custando a se convencer e Stephen chegara quase a implorar seu auxílio.
Ele achava que, vendo-o acompanhado, a ex-amante acabaria desistindo de importuná-lo.
Descontente, Elizabeth percorreu o olhar pela antecâmara repleta de pessoas. As três janelas deixavam entrar luz suficiente para iluminar o aposento grande e alto. Porém, ela não viu nada que lhe prendesse a atenção.
Apesar das paredes frias de pedra, o ar estava quente. Não havia móvel algum, ou adornos, exceto as ricas cortinas.
Homens e mulheres exibiam suas melhores roupas, capas túnicas e meias das mais variadas cores. Os homens mais velhos usavam capas compridas, mas os jovens
atreviam-se a usar as curtas tão censuradas pela igreja.
As das mulheres tinham fendas dos lados para mostrar as túnicas justas de seda adamascada. Uma profusão de jóias e peles era apreciada enquanto as pessoas
moviam-se pela antecâmara à espera de serem atendidas pelo monarca.
Atônita, Elizabeth olhou para baixo quando o trovador, a seus pés, começou a tocar o alaúde e a cantar.
"Lábios do mais puro vermelho
Olhos brilhantes como o orvalho"
— Deus misericordioso, Beth, esta é pior do que a última — reclamou Stephen a seu ouvido.
— Por favor, mano, não fale assim — protestou Elizabeth temendo que Percy ouvisse e se ofendesse.
Mas sir Percy Hustace havia ouvido o comentário. Desapontado, largou o instrumento no chão, arrebentando-lhe uma corda. Depois, tomou uma das mãos de Elizabeth.
— My lady, a senhora achou minha canção muito feia? Levada pela compaixão, Elizabeth respondeu:
— Nem um pouco, sir Percy. Percebe-se que tanto a letra como a melodia foram bem trabalhadas. Eu me sinto lisonjeada.
Percy fitou Stephen com ar de triunfo, mas este não escondeu o desdém. Com os olhos azuis faiscando, Elizabeth ameaçou o irmão.
— Se você não se comportar, vou embora e o deixo sozinho para enfrentar lady Helen.
Stephen empertigou-se.
— Ora, Beth, eu estava apenas brincando com Percy. Ele não devia ser tão sensível — declarou ao virar o rosto para o trovador.
Elizabeth não podia ver-lhe a expressão, mas pelo que conhecia do irmão, calculou ser desagradável. Todavia, não reclamou. Percy podia ser cansativo com suas canções piegas, isso sem mencionar a maneira exagerada de se vestir. Ela sorriu e disse:
— Está bem, vamos esquecer o assunto.



2- Veludo Vermelho


Eles viveram uma paixão sem limites e… proibida!

Inglaterra, 1360.

Sir Stephen Claybum sabia que o destino de lady Fellis Grayson era deitar-se no leito nupcial de outro homem. E, como emissário real, seria obrigado a entregar a mulher amada aos braços do inimigo.
O rei ordenara que Fellis se casasse com um estrangeiro por razões de Estado. Mas ela tomou uma decisão perigosa: desafiar a autoridade do soberano e obedecer aos ditames do próprio coração, que pertencia a Stephen!

Capítulo Um

Stephen Clayburn mexeu-se na sela para relaxar os músculos e inspirou profundamente o ar matinal.
Havia dormido ao relento, sob o manto das estrelas, preferindo não buscar o abrigo de mais um mosteiro.
Estava cansado da comida sem gosto que os monges costumavam comer.  Na certa serviam aquela comida justamente para afugentar os visitantes.
Talvez adivinhando o pensamento do dono, Gabriel, o alazão, sacudiu a cabeça e resfolegou.
— Comidinha ruim, hein, companheiro? — disse Stephen, rindo e batendo no pescoço do animal.
Ele queria chegar logo ao castelo Malvern para cumprir a tarefa e voltar para casa. Ao receber a incumbência do rei Edward III, vira aquilo como uma solução para os problemas imediatos.
A ex-amante dele, Helen Denfield, não estava querendo aceitar o rompimento.
A princípio a mulher havia concordado que não existiria compromissos entre eles, mas com o passar do tempo Stephen chegara à conclusão de que a rica viúva o queria como segundo marido.
E não ajudava em nada o fato de a irmã dele, Elizabeth, ter se casado tão inesperadamente. Aquilo só incentivara o assédio de lady Helen.
Beth casada… Stephen balançou a cabeça. Não havia pensado que ficar sem a presença da irmã na pequena casa em Windsor o afetaria tanto, que sentiria tanto a falta dela. Na verdade devia se alegrar por estar livre de Beth, que vivia se intrometendo nos assuntos dele, perguntando a que horas voltaria para o jantar.
Nenhum homem gostava de ser tão paparicado.
Mas o fato era que Stephen sentia muita saudade da irmã.
Beth representava alguém para quem ele sempre voltava, alguém com quem podia conversar nas noites em que não estava viajando a serviço do soberano.
Como mensageiro do rei Edward, nunca podia prever o momento em que seria convocado para uma nova missão.
Elizabeth tinha sido sempre uma boa amiga e companheira, sem criar as inevitáveis complicações de uma esposa. E, para dizer a verdade, Stephen se sentia solitário sem ela. Agora a casa parecia quieta demais, sem vida.
Por isso era até bom estar outra vez na estrada.
Stephen nunca achara complicado desincumbir-se de missões diplomáticas, e agora o rei confiava na habilidade dele para arranjar o casamento entre um membro da baixa nobreza do País de Gales e a filha de um barão inglês.
Na ocasião o soberano o elogiara muito, qualificando-o como um homem simpático e possuidor de tato, perfeito para a missão.
Stephen balançou a cabeça de cabelos ruivos. Sim, ele até podia ter o dom da palavra, mas tinha sido escolhido porque os negociadores mais experimentados do rei estavam ocupados com os escoceses e os franceses.
Não que duvidasse das próprias qualidades, mas não achava nada atraente a tarefa de arranjar casamento para outras pessoas.
E isso porque ele próprio não pensava em se ligar a uma mulher pelo resto da vida.
A imagem que fazia do casamento não era das melhores.



Série Clayburn
1 - Veludo Azul
2 - Veludo Vermelho
Serie Concluída