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17 de dezembro de 2012
Ventos Da Paixão
A noiva desafiadora do capitão
Quando a jovem viúva Evelina Wylder foi colocada frente a frente com seu marido supostamente falecido, um elegante capitão, por sinal bem vivo, ficou ao mesmo tempo chocada, alegre... e furiosa!
Por isso, qualquer que fosse a explicação dele para o ultrajante engano, ela não mais o aceitaria no leito conjugal.
A corajosa inocência de Eve havia enfeitiçado Nick, mas a sua fúria ardente o conquistara!
Agora, ele teria de encarar seu maior desafio: provar a Eve que sua primeira missão era amá-la e respeitá-la para sempre!
Capítulo Um
Mansão Makerham, Surrey... Julho, 1783
— Ai! Evelina se assustou quando o espinho de uma rosa furou seu dedo.
Na hora certa, refletiu, olhando para a pequena gota de sangue.
Estivera justamente pensando que aquela era a atividade mais perigosa que assumira: cortar flores. Suspi¬ou. Aqueles jardins ornamentais em Makerham resumiam sua vida: organizados, seguros, protegidos. Limpou o sangue do dedo e reprimiu firmemente qualquer sentimento de insatisfação.
Tornara-se ciente de tal sensação nos últimos tempos, da impressão de estar sendo sufocada.
Ora, estava feliz, não estava? Cuidando das tarefas domésticas para seu avô?
Ele tinha prometido cuidar dela, provê-la com todo o necessário. Não precisava se preocupar com mais nada. Evelina pegou a cesta cheia de flores de verão e estava andando de volta para casa quando ouviu cascos de animais no caminho de acesso à mansão.
Olhou para cima e viu um cavaleiro se aproximando, montado num cavalo preto, alto e elegante.
A ponte de pedra que dava acesso à casa antiga, Evelina parou, inclinando a cabeça com curiosidade quando o homem se aproximou.
Ele soltou as rédeas e desmontou..Era muito alto. Forte também, era visível pela largura dos ombros sob o casaco escuro de montaria e pelas pernas poderosas cobertas por camurça e botas altas de verniz brilhante. Os cabelos pretos estavam presos com uma fita, e havia uma expressão arrojada em seus sorridentes olhos azuis.
Parecia um aventureiro, pensou ela. Alto, imponente e...
— Você deve ser Evelina. — A voz dele era rica e doce como mel. — Muito prazer. Sem esperar por resposta, aproximou-se, puxou-a para seus braços e a beijou.
Eve ficou tão chocada que derrubou a cesta.
Entretanto, não fez esforço nenhum para se afastar; e com aqueles braços a segurando com tanta firmeza, seria quase impossível, mesmo se quisesse.
Nunca havia sido beijada por um homem antes e a sensação era surpreendente e prazerosa, acordando seus sentidos, de modo a deixá-la ciente do cheiro daquela pele, uma mistura de sabonete com alguma coisa que Eve não sabia o quê. Com aroma de homem, supunha.
Então ele levantou a cabeça e lhe deu um olhar arrependido, embora Eve achasse o brilho nos profundos olhos azuis positivamente malicioso.
— Oh, Deus — exclamou ele, dando um passo atrás.
— Isso não era para acontecer. Eve o fitou, trêmula, e perguntou-se o que uma jovem lady bem-criada deveria fazer nessa situação.
De forma deliberada, levantou uma das mãos e lhe deu uma sonora bofetada. O homem recuou um pouco, mas continuou sorrindo, a travessura reluzia nos olhos azuis.
— Suponho que mereci. Foi necessário algum um esforço para que Eve desviasse a atenção daquele olhar hipnótico.
Sua cesta estava caída no chão: rosas, íris e margaridas comuns espalhadas pelo caminho de acesso à casa. Com mãos trêmulas, começou a reuni-las.
O homem ajoelhou-se ao seu lado, desconcertando-a com a proximidade.
— Você não parece muito contente em me ver — observou. Eve se concentrou em coletar as flores e colocá-las de volta na cesta.
De maneira tensa, murmurou:
— Eu não o conheço, senhor.
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