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12 de maio de 2012

A Herdeira Pecadora

Série Os Huntington

Inglaterra e Escócia, 1844. 

Ela não tinha nada a perder... Somente o coração! 
Depois de ser pivô de um escândalo que terminou com a morte de um homem, Alexandra se refugia na casa de campo do irmão, onde o ajuda a administrar os negócios. 
Mas a chegada do atraente escocês Collin Blackburn desperta sua curiosidade e seu desejo... 
E nesse momento Alexandra compreende que existem certas vantagens em ter a reputação arruinada... 
Para cumprir uma promessa feita ao pai, Collin está disposto a aceitar a ajuda da mulher que levou seu irmão a perder a vida num absurdo duelo. 
No entanto, Alexandra não é a mulher fatal e desavergonhada que ele esperava encontrar. Na verdade, Collin suspeita que a única culpa de Alexandra fosse o anseio de experimentar uma grande paixão, e ele está mais que disposto a colaborar. 
Só que, quando se trata de amor e sedução, Alexandra tem muito mais a ensinar do que a aprender... 

Capítulo Um 

Yorkshire, julho de 1844. 
Ela revirou os olhos diante da fatura comercial que examinava e rogou uma praga. 
Nada digno de uma dama como Alexandra Huntington. 
No entanto, estava sentada à mesa de um escritório masculino, vestindo calça de montaria e fazendo trabalho de homem. 
Seu xingamento não podia ser considerado chocante. 
— Bi... Bin... — Ela tentou decifrar a caligrafia tortuosa do proprietário de um moinho local. 
Sabia que a conta tinha algo a ver com grãos, provavelmente de aveia, triturados para o abastecimento de estábulos. 
Educado, o moleiro tratava Alexandra como era devido. Afinal, tratava-se da irmã do duque. 
Mas, no fundo, desejava que ela desistisse logo daquela brincadeira de gerenciar a propriedade rural do irmão. Ela levantou-se, carregando consigo o papel. 
O ruído de suas botas foi absorvido pelo grosso tapete que se estendia até o corredor. Ali, ouviu o som de uma voz pouco familiar. 
— Você deve ter se enganado — dizia um homem, enquanto Alexandra se detinha nas proximidades da porta. — O duque me assegurou de que a irmã dele estaria em casa. 
Alexandra pestanejou um tanto alarmada. 
Seu irmão havia enviado algum amigo de Londres para vê-la? 
Era improvável, contudo... O visitante permanecia a alguns passos dela, porta adentro o que também era estranho. 
Poucos venciam a barreira representada por Prescott, o mordomo, que controlava o acesso das pessoas ao jovem e poderoso duque. 
Curiosa, Alexandra avançou mais um metro e espiou pela porta. — Se puder deixar um cartão, senhor... — disse Prescott. 
— Não tenho cartão — o homem retrucou com firmeza, girando a cabeça instintivamente até deparar com Alexandra. 
Ele não podia atinar sobre quem ela era fora de seu traje normal e com os cabelos presos num coque atrás da cabeça. O casaco de montaria lhe escondia as curvas. 
Mas Alexandra sentiu o olhar ferino sobre ela, antes do estranho voltar-se para o mordomo. 
Prescott pareceu incólume à frieza daqueles olhos. Deixou passar dez segundos em silêncio, depois vinte. Com um encolher de ombros, o visitante aceitou, por fim, a impossibilidade de intimidar o mordomo. 
— Por favor, diga-lhe que preciso falar com ela. Estou na hospedaria Red Rose. 
Alexandra observou o homem girar rumo à saída. 
Foi atingida pela vibração de sua natureza impetuosa. Quem seria? Ele podia ter se irritado com a indiferença de Prescott, mas parecia autoconfiante até a última fibra de seu ser. 
Os cabelos castanhos necessitavam de um corte, e ele esquecera a gravata, assim como seu cartão de visitas, porém a elegância do casaco marrom que vestia atestava riqueza. 
E um sotaque escocês suavizava a voz grave... 
E acelerava o pulso de Alexandra. 
Seguramente, o irmão dela nunca a exporia a uma pessoa na qual não confiasse. 
— Prescott... 

Série Os Huntington
1 - A Herdeira Pecadora
2 - A Rake's Guide To Pleasure
3 - One Week as Lovers

15 de novembro de 2011

Amantes Por Uma Semana


Mesmo depois de encontrar sua noiva nos braços de outro homem, Nicholas Cantry, o visconde de Lancaster, sabe que precisa se casar.

O senso de honra, bem como sua lastimável situação financeira, o obrigam a isso.
A viagem à sua propriedade de campo pelo menos lhe proporciona uma fuga temporária da pressão de representar o papel de noivo apaixonado.

Além de surpreender-se com o inesperado reencontro com Cynthia Merrithorpe, sua amiga de infância, que lançou mão de um ardil ousado para escapar de um casamento com um pretendente indesejável.
Cynthia se transformou numa mulher linda e encantadora, determinada a viver a paixão com a qual tanto sonhou.
Porém, com um homem como Nicholas, a sedução é apenas o princípio de uma jornada sensual, que levará ambos a desafiar as convenções e a descobrir a verdadeira essência do desejo...

Capítulo Um

Londres Primavera de 1846
Nicholas Cantry, visconde de Lancaster, conhecido pelos amigos, familiares e todas as jovens solteiras da cidade por seu inequívoco charme e constante bom humor, estava furioso.
Sua visão estava turva e seus dentes chegavam a doer, pois ele os pressionava com força, devido ao nervosismo.
Porém, durante seu trajeto pela ampla sala de jantar, as pessoas lhe sorriam.
Se prestassem mais atenção, talvez se perguntassem se ele estaria sofrendo um ataque de dispepsia.
Mas certamente não suspeitariam da raiva que o dominava.
Afinal, ele era um... Adorno. Um agradável passatempo.
Um belo e inofensivo caçador de fortunas.
E gostava que as coisas fossem assim. Ninguém conseguia roubar-lhe o bom humor, nem a boa disposição.
Ninguém o conhecia profundamente.
Tampouco ele se arrependia por ter conseguido essa reputação, cultivada à custa de muito sofrimento.
Mas encontrar a noiva nos braços de outro homem era algo capaz de abalar qualquer um, até mesmo a fachada de noivo feliz, cuidadosamente trabalhada, que Nicholas ostentava.
As coisas odiosas que ela havia lhe dito, aos berros, só faziam piorar a situação. E ele simplesmente não podia virar-lhe as costas e partir.
— Meu caro visconde de Lancaster! — uma voz soou a sua esquerda.
Voltando-se para a pequena matrona, ele saudou-a com uma leve reverência.
— Lady Avalon — disse, tomando-lhe a mão. — Enfim uma luz, nesta noite sombria.
— Oh! — Ela riu e tocou-lhe o ombro com seu imenso leque.
— Lady Avalon, eu não imaginava que a senhora retornaria tão cedo do campo. Terá sido por conta de algum romance desagradável?
— Nicholas, você é infame!
— Só às vezes. A senhora já conhece o sr. Brandiss? — ele indagou, apontando o anfitrião, enquanto sua nuca doía terrivelmente.
— Oh, sim. Apesar de ser um simples comerciante, o sr. Brandiss é tão cavalheiro quanto os outros nobres da região. — Ela aproximou-se um pouco mais. — Também conheci a srta. Brandiss. Que noiva linda você escolheu, Nicholas!
Linda, sim. E infiel. E espantosamente ruidosa quando encurralada, ele pensou, enquanto inclinava a cabeça, num gesto de modesta aquiescência.
— Encantadora! — lady Avalon continuou. — Que união maravilhosa! Eu disse a todo mundo que você saberia escolher bem... E foi o que você fez.
— Sim, a srta. Imogene Brandiss queria conhecer minha face terrível e desfrutar meu pobre título, em troca da chance de pôr suas delicadas mãos em minha plantação de maçãs... Que, aliás, é bem rentável.
— Ah! Se você tivesse uma fortuna, meu rapaz, continuaria reinando como o único nobre solteiro de Londres, por décadas. É preciso muito charme para ser visto como um bom partido, apesar de sua difícil situação financeira. É de fato impressionante, visconde. Mas o sr. Brandiss faz tudo por sua pequena Imogene.
— Tudo. — Nicholas conseguiu forjar um sorriso. — Agora, se a senhora tiver a gentileza de me dar licença...

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