Ruínas, escândalos e casamentos na alta sociedade.
Uma relação muito perigosa!
A vibrante lady Perdita Brooke orgulha-se de sua posição social... Exceto quando é obrigada a suportar a presença de Alistair Lyndon com seu charme devastador.
O jovem sonhador que Dita conhecera se tornara um libertino egoísta; ele claramente não se lembrava da noite apaixonante que tiveram juntos...
Contudo, muita coisa ainda está gravada na memória dela!
Agora, Dita tem a oportunidade perfeita de fazê-lo se lembrar daquela ardente química entre eles, mas está prestes a perder a cabeça...
Com todos os naipes que tem na mão, provocá-lo pode ser um jogo deliciosamente perigoso... até Alistair revelar sua carta na manga!
Capítulo Um
Com todos os naipes que tem na mão, provocá-lo pode ser um jogo deliciosamente perigoso... até Alistair revelar sua carta na manga!
Capítulo Um
7 de dezembro de 1808 Calcutá, Índia
Está bem mais fresco, Dita garantiu a si mesma, abanando seu leque furiosamente.
O inverno chegara, o que queria dizer, na prática, que às 8h da noite fazia o mesmo calor que em uma tarde de verão na Inglaterra. Pelo menos, não estava chovendo, graças aos céus. Quanto tempo alguém tinha que viver na Índia para se acostumar com o calor? Uma gota de suor percorreu as costas dela enquanto Dita se lembrava de como fora o clima de março a setembro daquele ano.
Mas algo precisava ser dito sobre a temperatura daquele país: ela fazia com que você se sentisse calmo e relaxado. Na verdade, era impossível sentir-se de outra forma, a não ser relaxado, usando o mínimo de roupas que a decência permitisse, sempre feitas de tecidos delicados como musselina, linho ou seda.
Ela sentiria falta daquela indolência, do vagar, da calma sensual daquele lugar quando voltasse para a Inglaterra, agora que seu ano de exílio acabara.
E o calor ainda trazia outro benefício, pensou Dita, prestando atenção ao grupo de garotas que também entrava no saguão todo feito de mármore do belíssimo Palácio do Governo.
As altas temperaturas faziam com que a pele das louras, sempre tão clara, parecesse avermelhada e manchada, ao passo que ela, a cigana, como faziam questão de observar de forma depreciativa, quase não demonstrava os efeitos do calor em sua aparência.
Dita demorou um longo tempo para se adaptar, levantar-se antes do amanhecer, dormir durante as tardes e reservar as noites para saraus e festas.
Se não fosse pelo rastro de fofocas maldosas e rumores que trouxera consigo da Inglaterra, talvez pudesse ter reinventado a si mesma em sua nova vida na Índia.
Mas a única coisa que aconteceu neste novo país foi Dita ter aprimorado sua capacidade de brigar e de se defender da maledicência alheia.
Ela sentia falta da Inglaterra e queria estar lá.
Queria ver os verdes da paisagem inglesa, sentir a chuva no cabelo.
Sentia falta da neblina densa de todas as manhãs e do sol que vinha em seguida, tão gentil, quase tímido.
Sua sentença na Índia já estava quase toda cumprida.
Ela iria voltar para casa e pedir perdão ao pai na esperança de que seu reaparecimento na sociedade londrina não criasse uma nova onda de fofocas.
Mas e daí se houvesse fofoca?, pensou ela enquanto entrava na sala com um sorriso de confiança forçada no rosto.
Ao inferno com todos eles, os maledicentes sussurrando atrás das portas sobre a minha vida.
Quem eles pensam que são para me julgar, afinal? Cometi um engano, confiei no homem errado, foi só isso.
Não acontecerá novamente. Arrependimentos eram perda de tempo.
Dita deu-se uma sacudidela mental, obrigando-se a parar de pensar em tudo o que acontecera de novo e de novo, prestando atenção àquela sala incrível com colunas duplas de mármore e pé-direito altíssimo.
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Mas algo precisava ser dito sobre a temperatura daquele país: ela fazia com que você se sentisse calmo e relaxado. Na verdade, era impossível sentir-se de outra forma, a não ser relaxado, usando o mínimo de roupas que a decência permitisse, sempre feitas de tecidos delicados como musselina, linho ou seda.
Ela sentiria falta daquela indolência, do vagar, da calma sensual daquele lugar quando voltasse para a Inglaterra, agora que seu ano de exílio acabara.
E o calor ainda trazia outro benefício, pensou Dita, prestando atenção ao grupo de garotas que também entrava no saguão todo feito de mármore do belíssimo Palácio do Governo.
As altas temperaturas faziam com que a pele das louras, sempre tão clara, parecesse avermelhada e manchada, ao passo que ela, a cigana, como faziam questão de observar de forma depreciativa, quase não demonstrava os efeitos do calor em sua aparência.
Dita demorou um longo tempo para se adaptar, levantar-se antes do amanhecer, dormir durante as tardes e reservar as noites para saraus e festas.
Se não fosse pelo rastro de fofocas maldosas e rumores que trouxera consigo da Inglaterra, talvez pudesse ter reinventado a si mesma em sua nova vida na Índia.
Mas a única coisa que aconteceu neste novo país foi Dita ter aprimorado sua capacidade de brigar e de se defender da maledicência alheia.
Ela sentia falta da Inglaterra e queria estar lá.
Queria ver os verdes da paisagem inglesa, sentir a chuva no cabelo.
Sentia falta da neblina densa de todas as manhãs e do sol que vinha em seguida, tão gentil, quase tímido.
Sua sentença na Índia já estava quase toda cumprida.
Ela iria voltar para casa e pedir perdão ao pai na esperança de que seu reaparecimento na sociedade londrina não criasse uma nova onda de fofocas.
Mas e daí se houvesse fofoca?, pensou ela enquanto entrava na sala com um sorriso de confiança forçada no rosto.
Ao inferno com todos eles, os maledicentes sussurrando atrás das portas sobre a minha vida.
Quem eles pensam que são para me julgar, afinal? Cometi um engano, confiei no homem errado, foi só isso.
Não acontecerá novamente. Arrependimentos eram perda de tempo.
Dita deu-se uma sacudidela mental, obrigando-se a parar de pensar em tudo o que acontecera de novo e de novo, prestando atenção àquela sala incrível com colunas duplas de mármore e pé-direito altíssimo.
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