24 de junho de 2025

Sua Promessa Malvada

 Série MacKay

Ele a tomaria como noiva…
Quando Egan MacBain toma a bela Glenda MacKay como noiva, parece que o fez pela mais nobre das razões. Na verdade, ele prometeu finalmente reivindicar a mulher que sempre amou – mas uma vez perdeu – para outro homem. Mas o robusto Highlander está determinado a manter sua paixão escondida enquanto a corteja com suas carícias gentis e beijos perversos. Pois ele não terá uma esposa relutante e só demonstrará sua ternura quando ela for domesticada. Mas ela poderia dar seu coração em troca?
Embora Glenda tenha concordado com o casamento, ela só o fez para obter a proteção do nome de Egan. No entanto, esta jovem viúva do outrora poderoso clã MacKay nunca esperou que votos de amor saíssem de seus lábios novamente, nem acreditou que alguma vez teria um homem tão querido. Mas de repente ela se vê sucumbindo ao guerreiro forte e silencioso que a enche de apreensão e de um desejo febril e proibido de cumprir sua perversa promessa de amor – e do filho – pelo qual ela anseia nas profundezas da alma.

Capítulo Um

Dunthorpe Keep, Escócia, Início dos anos 1200
— Ela está indo embora — sussurrou o rapaz.
— Não, Drummond, — zombou o rapaz de rosto fino ao lado dele. — Minha mãe disse que não vai embora. Ela não vai voltar para… para…
— Torre de Blackstone, — Drummond forneceu, o mais velho da dupla que estava empoleirado atrás dos penhascos em forma de dentes do alto muro de pedra que dava para a capela. Uma mão manchada de terra apontou para a floresta. — É lá, bem longe nas Fronteiras. Meu pai me disse.
— As Fronteiras, — repetiu Gordon, um rapaz de dez anos, de olhos arregalados e cabelos desgrenhados. — Mas há ladrões nas Terras da Fronteira. Ladrões e… — sua voz mergulhou em um sussurro — … e ingleses.
A boca de Drummond se curvou para baixo. — Sim, você está certo. Ladrões, — ele repetiu, seu ar claramente desdenhoso.
O doce aroma de flores silvestres flutuava pelo ar. Longe, um cão latia, e três cavaleiros seguiam o animal em uma perseguição fervorosa. Mas não foi a excitação da caça que chamou a atenção dos dois rapazes. Em vez disso, eles espiaram por cima do alto muro de pedra em direção às duas mulheres que estavam sentadas em um cobertor bem abaixo. Gavinhas de hera agarradas subiam cada vez mais para cima, até onde os rapazes se esforçavam para ouvir suas vozes.
— Minha tia diz que a patroa sentirá muita falta de Glenda se ela for embora. Glenda curou a dor no meu dente, sabe. E se ela voltar? — O tom de Gordon ficou triste. — Será um dia triste se Glenda nos deixar.
Isso era verdade, não apenas para o jovem Gordon, mas para muitos… incluindo a mulher a quem os meninos se referiam. Pois, na verdade, o pensamento de deixar o lar que Glenda conhecia nos últimos oito anos despertava uma tristeza penetrante nela… ainda que fosse forjada por uma resolução que ela não podia abandonar.
Pois esta era uma tarefa que cabia somente a ela – e a decisão cabia somente a ela.
— Então. Você irá para a Torre de Blackstone.
Meredith, esposa de Cameron, chefe do Clã MacKay, repetiu as palavras que Glenda havia proferido apenas um momento antes.
— Eu vou — disse Glenda simplesmente.
O brilho do sol quente da primavera refletiu no cabelo de Meredith, transformando-o em um halo brilhante de fogo ao redor de sua cabeça. Ela inclinou a cabeça para o lado e olhou para Glenda. — Você não vai ser desviada desse curso, vai?








Série MacKay
2- Sua Promessa Malvada
Série concluída

17 de junho de 2025

Tudo por Smiles

Série Mayfair Sq.


Os acontecimentos que se desenrolam nesta história fantástica são observados pelo fantasma do homem que foi o primeiro proprietário da aristocrática mansão. 
A narração do romance é entremeada por comentários sarcásticos do fantasma, que conferem um toque de sutil humor à história. 
O que falta em riqueza a Meg Smiles, ela mais do que compensa em audácia e determinação, ambas rapidamente aproveitadas quando Jean-Marc, o conde Etranger e sua irmã fixam residência do outro lado da praça. Agora empregada de forma remunerada como acompanhante da irmã maluca do conde, Meg descobre que não é sua pupila quem ocupa seus pensamentos, mas o enigmático irmão mais velho da garota. Quando Meg é vítima de uma série de acidentes estranhos, Jean-Marc vê seu mundo austero virado de cabeça para baixo. E quando se torna alarmantemente claro que a própria vida de Meg está em perigo, o desejo de Jean-Marc por esta mulher inadequada – mas encantadora – supera o seu sentido de decoro. Ele jura garantir a segurança dela, mesmo que isso signifique mantê-la perto dele, dia e noite.
Capítulo Um

Moças solteiras não devem falar de cavalheiros elegíveis de maneira tão… íntima — ralhou Sibyl Smiles com a irmã, Meg.
Sentada na surrada cadeira rosa na sala de Mayfair Square, número 7-B, Meg ajeitou a mantilha de renda negra com que cobrira a cabeça e o rosto.
— Quem falaria deles de maneira íntima, então? Mulheres casadas?
— Oh, que disparate — lamentou Sibyl. — Acho que quer chocar e é mesmo muita ruindade sua.
— Digo sempre o que estou pensando… quando estou pensando em algo. Ou seja, sempre que me obrigam a abandonar a meditação para tratar da vida mundana. Além disso, não é como se eu falasse de um homem de verdade, pelo amor de Deus. Referia-me a homens em geral e por que se poderia ou não achar um homem em particular mais atraente do que outro homem em particular. Trata-se de questões sobre as quais devo me informar, e bem rápido.
— Por quê? — Loira e etérea, a bela Sibyl assomava sobre Meg.
A essa altura, a cautela tornava-se imperativa.
— Não se preocupe tanto, Sibyl. Não existe nenhum objetivo claro para tudo isto. Estou juntando informações, simplesmente me informando a fim de alargar meu entendimento. — Explanações superficiais, ou mesmo mentiras, às vezes justificavam-se. — Acho as mãos de um homem muito importantes, você não?
— Acho.
— Mas por que você acha, Sibyl?
— Porque… Bem, se quer saber, detesto homens de mãos macias. Pronto, agora já sabe. Não são viris, na minha opinião. Também não gosto de mãos pequenas. Isso é mais difícil de explicar, só sei que preferiria um homem de mãos… se eu estivesse interessada nele… quero dizer, se reparasse nele… preferiria um homem com mãos maiores do que as minhas. Bem maiores. Algo dentro de mim insiste em que isso é importante, embora eu não saiba por quê.
Sim, grandes, fortes, bem formadas, de dedos longos… talvez embotados junto à unha… sim, sim, é o que prefiro.

Vendo a irmã em profunda concentração, Meg sorriu.
— Hum… concordo. — A querida Sibyl dissera tudo aquilo, aquela que acreditava que não deviam formar opinião sobre a pessoa de um cavalheiro.
— Também não gosto daqueles pés pequenos, limpos, dos quais alguns cavalheiros parecem orgulhar-se. Mas, de novo, a razão disso me escapa. Simplesmente, acho importante.
— Hum… sei.




Série Mayfair Sq.
1- Cada vez mais
2- Tudo por Smile

Cada vez mais

Série Mayfair Sq.

Os acontecimentos que se desenrolam nesta história fantástica são observados pelo fantasma do homem que foi o primeiro proprietário da aristocrática mansão.

A narração do romance é entremeada por comentários sarcásticos do fantasma, que conferem um toque de sutil humor à história. Finch More, de 29 anos, conhecedora de cristais antigos, é considerada “encalhada”. Mas quando seu irmão é misteriosamente sequestrado, o mundo vê a verdadeira Finch More ”uma mulher de ação e paixão” uma mulher que despreza a derrota.

Capítulo Um

Se havia uma coisa que Finch More não suportava, era estar errada e ter de admitir isso.
Ela estivera errada.
Não deveria ter voltado a Whitechapel sozinha, a pé, ao cair da noite e com o frio a aumentar.
Não deveria ter-se exposto ao risco de ser assustada pela própria imaginação — que, convenhamos, era por vezes demasiado vívida. Ora, há pouco, julgara ouvir alguém chamar-lhe pelo nome.
— Finch.
Lá estava outra vez. Olhou em todas as direções. As ruas quase desertas, e os poucos transeuntes, embrulhados em cachecóis, caminhavam com a determinação de quem sabe para onde vai e tem pressa em chegar. Nenhum lhe dedicou sequer um olhar.
— Pateta! — exclamou em voz alta, lançando um olhar furioso a um rapazinho que, com um pão doce pegajoso na mão, lhe mostrou a língua coberta de migalhas ao passar. Que lhe importava se um insolente a julgava tola por falar sozinha?
— Gente como a senhora vai parar ao manicómio, vai! — gargalhou o miúdo. Agarrou o pão com os dentes, revirou os olhos e saiu aos saltos, agitando os braços como um louco.
Por que insistira Latimer em manter o negócio naquele Whitechapel, antro de toda a sorte de torpezas?
— É barato — murmurou, espreitando por sobre o ombro para se assegurar de que o maldito rapaz já estava longe. Latimer contava cada tostão e exigia que ela fizesse o mesmo. Por isso resolvera ir a pé em vez de apanhar um coupé após entregar uma pequena encomenda. Devia ter seguido direto para casa, como Latimer supusera, mas ele ficaria no armazém a noite inteira, quiçá sem comer, se ela o deixasse sozinho.
— Fi-inch.
O coração deu um salto, deixando-a estranhamente tonta. Ali estava — era o seu nome. Murmurado, sim, mas inequivocamente o seu nome. Alguém que não via, não, que cantarolava o seu nome de modo insensato, quisera assustá-la. Arrepios percorreram-lhe a nuca.
Quem? Não conhecia ninguém em Londres além dos outros residentes do Número 7 e dos clientes de Latimer. Dificilmente teriam dado-se ao trabalho de a importunar na rua.
Em breve estaria no armazém, em segurança. Não que já não o estivesse. Afinal, que mal lhe poderia acontecer, entre prédios e transeuntes? Houvera gente há pouco, e logo haveria mais. Apertou as alças da reticule no vinco do cotovelo. Só uma camponesa, uma rapariga dalguma aldeola da Cornualha, se poria a ouvir vozes só por estar em Londres.
— Fi-inch.









Série Mayfair Sq.
1- Cada vez mais

2- Tudo por Smile

10 de junho de 2025

Salvador das Terras Altas

Série Medieval
Quando Rosina Buchanan se casou com o atraente Alasdair McPhail, ela não tinha ideia de que estava se casando com um monstro abusivo.

Na noite de núpcias, ela o mata em legítima defesa depois que ele tenta estuprá-la. Ela é ajudada pelo severo e antipático Laird Logan Fraser, que organiza a cena do crime para parecer um assalto.
Logo alguém está espalhando rumores de que Logan cometeu o assassinato e ele é um homem procurado. Depois de fugir para as Terras Altas, ele e Rosina se apaixonam.
Connor se vingará?
Será que Logan conseguirá limpar seu nome?

Capítulo Um

Lady Rosina Buchanan achava que Alasdair McPhail era o homem mais charmoso e bonito que ela já tinha visto. Ele tinha cabelos preto-azulados exuberantes e olhos cinza-escuros com linhas de riso ao redor deles, um nariz aquilino e uma boca que parecia prestes a se contorcer em um sorriso. Ele não era tão alto quanto Logan Fraser, mas poucos homens eram. Mas Fraser nunca demonstrou interesse nela e era conhecido por sua natureza introvertida e mal-humorada, enquanto Alasdair era brilhante, charmoso, espirituoso e inteligente.
Ela mal podia esperar para se casar com ele, estar com ele todos os dias e ter seus filhos. Ela se perguntava se eles seriam claros, como ela, com cabelos castanho-dourados e olhos azuis ou escuros como os ancestrais espanhóis de Alasdair. Ela não sabia se aquelas histórias sobre seus antepassados eram verdadeiras, mas elas aumentavam sua atração aos olhos dela. Ele era consideravelmente mais velho do que ela e já havia sido casado antes, mas sua esposa havia morrido de escarlatina doze anos antes. Seus dois filhos, um menino e uma menina, agora estavam casados e tinham suas próprias casas, e ele os via muito pouco.
Rosina estava na janela de seu quarto no Castelo de Dumbarton olhando para o majestoso Rio Clyde fluindo em seu caminho para o mar. Alasdair McPhail havia perdido sua própria casa senhorial quando seu pai e ele tiveram um grande desentendimento resultando em um afastamento entre eles. A briga nunca foi esquecida ou perdoada por nenhum dos lados. Quando seu pai morreu, ele a legou para seu filho mais novo, Connor, junto com a maior parte de sua propriedade, além da casa da cidade onde Alasdair agora vivia.
Alasdair ainda lamentava a perda do castelo e nunca conseguiu entender por que seu pai havia feito tal coisa, já que ia completamente contra o costume e a tradição. Ele recebeu uma mesada adequada, no entanto, e ainda podia viver com considerável conforto em sua casa da cidade.
Era bem sabido que ele e Connor, mais novo cinco anos, se desprezavam. Rosina implorou para que Connor fosse ao casamento, escrevendo-lhe carta após carta, mas, além de uma resposta curta e concisa à primeira, ela não ouviu nada. Ela o desprezava por ser um covarde sem coração.
O namoro de Rosina e Alasdair começou quando a amiga de sua falecida mãe, Lady Melrose de Kirkintilloch, organizou um baile para celebrar o aniversário de seus trinta anos de casamento com seu marido, Laird David. Rosina notou o homem moreno e atraente com o sorriso travesso e risada melódica imediatamente. Alasdair era o homem mais bonito da sala, e nenhum outro homem poderia se comparar a ele. Ela ficou muito feliz quando ele a convidou para dançar, e ele manteve seus olhos escuros fixos nos pálidos dela o tempo todo.
Quando terminou, ele se curvou sobre a mão dela e disse: —Obrigado, minha senhora. Tenho certeza de que nenhum anjo no céu dança tão bem quanto você.
—Você é um bajulador descarado, senhor. — Ela riu. —Mas elogios são como carne e bebida para uma dama, como tenho certeza de que você sabe.
Alasdair a levou para fora da pista de dança, curvou-se para ela novamente e então solicitou a próxima dança a uma mulher imponente em um vestido vermelho. Rosina ficou muito decepcionada. Ele era o sujeito mais charmoso que ela conhecera em eras, e ela estava completamente encantada por ele, então seu coração acelerou quando ele se aproximou dela novamente.
—Minha Senhora, devo confessar que você me enfeitiçou. — Ele sorriu largamente e estendeu a mão. —Posso ter a honra e o prazer desta dança
Ela riu e aceitou o convite de bom grado.
Pelo resto da noite, ele dançou apenas com ela e, no final do baile, ele se aproximou do pai dela e perguntou se ele poderia cortejar formalmente sua filha. O pai dela aprovou sem hesitar e, desde aquele dia, eles se tornaram inseparáveis. Cavalgavam juntos, compareciam a bailes realizados pela nobreza local e faziam piqueniques ao ar livre quando o tempo estava bom o suficiente, mas ele parecia estar demorando muito para pedi-la em casamento.
Como mulher, pedi-lo em casamento era impensável, e ela estava começando a perder as esperanças até que ele finalmente fez o pedido, seis meses depois, em um dia sombrio em meados de janeiro. A neve cobria o chão na última semana e o castelo estava congelando, exceto em um raio de seis metros das grandes lareiras que haviam sido acesas em todos os cômodos.
Alasdair entrou no castelo em um enorme cavalo preto, vestindo uma enorme capa preta forrada de pele com um capuz. “Ele parece a própria Morte”, Rosina pensou com um arrepio, silhuetado contra a neve branca deslumbrante, mas assim que ele entrou em seus aposentos, ele tirou a capa e sorriu. Então a ilusão foi quebrada porque aquele sorriso travesso era como o sol nascendo.
Ela correu para os braços dele e levantou o rosto para recebê-lo, então ele riu suavemente e a beijou, doce e ternamente.
—Eu me considero um homem muito sortudo por ter encontrado você.
3- Salvador das Terras Altas.
Série concluída

3 de junho de 2025

O Conde, a Menina e uma Criança

Série Mulheres Notáveis

Idealizada pela condessa mais inteligente da alta sociedade, a sociedade secreta The Widow's Grace ajuda viúvas vítimas de maus-tratos a recuperarem suas reputações, suas famílias e até mesmo a encontrarem o amor verdadeiro novamente -ou talvez pela primeira vez...

Sobreviver a um naufrágio a caminho de Londres, vindo da Jamaica, foi apenas o começo do pesadelo de Jemina St. Maur. Sofrendo de amnésia, ela foi separada de qualquer pessoa que pudesse conhecê-la e aprisionada em um hospício. Ela só foi libertada porque o advogado Daniel Thackery, Lorde Ashbrook, foi convencido a trair a única coisa que lhe é mais cara: a lei. Desesperada para descobrir sua verdadeira identidade, a única chance de Jemina é roubar segredos perigosos com a ajuda de The Widow's Grace -o que significa ficar à frente do formidável Daniel, não importa o quão fortemente ela se sinta atraída por ele... Casado apenas por procuração, agora viúvo de um naufrágio, Daniel está determinado a proteger sua enteada, Hope, da reputação escandalosa de sua família. É por isso que ele se dedicou não apenas à lei, mas a permanecer o mais correto, honesto “e tedioso” possível. Mas quanto mais se aproxima da misteriosa e sedutora Jemina, mais Daniel se sente tentado a quebrar a própria lei à qual dedicou sua vida. E, à medida que adversários implacáveis se aproximam, a verdade exigirá que ele e Jemina sacrifiquem sua única chance de felicidade?

Capítulo Um

1812
Uma Sala Escura, em Algum Lugar em Terra Seca.

Era uma verdade universal que, quando o mundo estava escuro, era hora de descansar.
Uma luz brilhou em meus olhos. O sono que eu procurava desesperadamente na cama irregular foi roubado novamente. O cheiro de enxofre, o cheiro horrível de ovo podre vinha de uma preparação de gesso para alguém a duas camas de distância. Vinte camas neste lugar abandonado.
— Senhora, se você não pode me dizer seu nome, terei que mandá-la sob custódia.
Este homem e seus asseclas tinham me despido de minhas roupas como se eu fosse uma maltrapilha. O anel, o aro que deixou um círculo claro em volta do meu dedo, foi arrancado da minha mão. Eu tinha a sorte de ter uma camisa em meus membros trêmulos.
O tolo levantou uma pálpebra e acenou a vela novamente.
— Quem é você? Responda-me.
Como eu deveria responder a um pedido tão rude? Eu disse a ele e a todos que quisessem ouvir: eu não sabia. Eu disse isso uma centena de vezes e chorei até ficar com um nó na garganta. Cento e uma declarações não tornariam isso diferente.
Ninguém me escutava.
Tudo se foi.
Nada se agitava em minha cabeça, exceto a mais aguda sensação de perda.
O meu braço estava curvado sob o meu peito como um mau hábito. Eu deveria estar segurando algo perto, algo precioso, algo meu.
Tinha desaparecido.
Eu estava com raiva e queria dormir.
O homem alto atirou suas mãos para cima.
— Eu desisto. Ela ficou muda.
Seus passos ecoaram como se eu estivesse presa em uma garrafa. A porta do hospital se abriu. A luz entrou furtivamente, cegando-me, escondendo os rostos sombrios, os homens tomando decisões.
Eu já não me importava mais. Ol'Jancros[1]. Os ladrões. Os ladrões levaram tudo.
— Você tem certeza que ela é Jemina St. Maur? — Perguntou o médico. Uma voz murmurada respondeu a ele.
— Ela está em choque. Não podemos colocá-la para fora, não assim.
— Não importa. Para Bedlam. — Essas palavras foram claras.
Os Ol'Jancros estavam prontos para me mandar embora. O nome não soava conhecido. Nada aconteceu.
— Esse lugar é para os loucos, senhor. Ela acabou de sair de um naufrágio. Ela perdeu tudo. Ela precisa de mais tempo para lamentar.
Passos. Passos ecoaram. Fora desta sala, tudo desapareceu. Eu tinha sido deixada com as pessoas mais feridas do que eu. Algumas morreram. Eu ouvi os suspiros. Disso eu me lembrava.
Eu precisava ir embora.
Para onde? Eu estava com muita raiva para escolher. Uma soneca tornaria as coisas mais claras. Se eu pudesse fechar meus olhos, poderia fazer tudo ir embora.
O velho voltou e acendeu aquela luz terrível mais uma vez. — Esta é sua última chance. Quem é você?



Série Mulheres Notáveis
1- Um Duque, a Dama e um Bebê
2-O Conde, a Menina e uma Criança


  

26 de maio de 2025

O Destino roubado do Highlander

Série Medieval

O amor nunca acaba nas Terras Altas, ele continua de geração em geração.

O corajoso Alastair Macleod e sua linda Mary estão de volta nesta adorável história; só que desta vez é seu filho mais velho que encontrou o amor. Será que ele conseguirá sobreviver em um período devastado pela guerra?
Somente coragem e fé prevalecerão quando os ingleses capturarem Brice Macleod e seu pai após a derrota vergonhosa em Neville Cross.
Brice verá Skye novamente? Só o destino pode dizer ou talvez a benevolência de um rei e seu filho decidam o curso do destino.

Amor na Primavera

— Apresse-se. No ritmo que você está indo, nunca chegaremos ao topo e voltaremos para Diabaig a tempo.
O jovem franziu o rosto diante do desafio e apressou o passo, apenas o suficiente para parecer que estava obedecendo. Ela era tão vivaz e ágil. Ela dançava sobre os vales e penhascos como se eles nem existissem. Skye o lembrava de uma fada. Seu cabelo loiro brilhava como um halo à luz do sol. Nem mesmo uma nuvem ocasional escondendo o sol da vista conseguia embotar seu brilho dourado.
— Vamos, Brice—, ela gritou novamente, rindo.
Desta vez, o filho do laird e herdeiro do título não fez careta. Ele sorriu. Ele realmente deixou Skye assumir a liderança o tempo todo, preferindo observá-la enquanto ela corria o caminho através da terra mágica e mística chamada Highlands. Ela certamente era ágil, mas Brice, com dezenove verões, era considerado um dos espadachins mais rápidos do clã. Seu pai, Alastair MacLeod, e seus companheiros de confiança, Murtagh e Mungo, o ensinaram bem. Se ele quisesse, ele poderia ultrapassá-la com alguns saltos rápidos em suas pernas fortes.
Skye mostrou a língua para ele em uma tentativa de persuadi-lo a ir. Ela girou sobre os calcanhares antes de continuar sua subida até a colina que era quase uma montanha. Ela se erguia orgulhosamente acima de sua casa, o Castelo Diabaig, e da vila ao redor. Rochas irregulares intercaladas com manchas de grama alta que chegavam aos joelhos cobriam a inclinação. Quanto mais alto se chegava, mais rochas havia.
Brice parou no meio do caminho. Sua respiração estava estável, apesar dos esforços. Era Skye novamente. Desta vez, seu traseiro empinado que balançava para um lado e o fazia esquecer de respirar. Ela era magnífica. Tão inocente e despreocupada. Ela era um espírito livre que vagava pelas terras e compartilhava sua beleza com todos e tudo ao seu redor. Sua aparência refletia sua maneira. Skye era a mulher mais formidável. Uma sereia tanto em beleza quanto em mente - um mero momento com ela era o suficiente para fazer o coração de um homem bater mais rápido.
Brice tinha se decidido. Era hora. Nunca haveria outra mulher como ela. Disso ele tinha certeza. Ele sabia desde que eram crianças. Aos dezessete verões, Skye era dois anos mais nova que ele. Apesar da diferença de idade, quando crescia, nunca houve a animosidade usual compartilhada entre meninos e meninas. Skye sempre fez parte do grupo que incluía seus dois irmãos; ela não queria que fosse de outra forma.
Em partes, Skye era muito parecida com um menino. Ela não participava dos passatempos femininos usuais de costura, culinária ou canto. Se ela fosse uma mulher nórdica, então ela seria cunhada como uma donzela escudeira. Sua destreza com a lâmina era quase tão boa quanto a de Brice. Seu pai, Mungo, havia encomendado uma espada feita sob medida para ela com o ferreiro local. Era mais leve do que a lâmina de um homem e perfeitamente dimensionada para ela. E Mungo fez questão especialmente de que ela soubesse como usá-la.
— Leve esse seu traseiro para o alto da maldita colina, seu idiota. Não acredito; você está parado aí feito um idiota preguiçoso. Só para lembrar, foi você quem sugeriu que fôssemos dar uma voltinha. — Skye estava no topo da colina, olhando para ele com as mãos firmemente plantadas nos quadris.
— Vamos lá então —, ela desafiou mais uma vez.
Brice sorriu para ela. Ele gradualmente retomou a subida, aumentando o ritmo conforme avançava. Conforme se aproximava dela, ele novamente teve dificuldade para respirar. Seu semblante era perfeito em todos os sentidos. Ela balançava os quadris de um lado para o outro impacientemente. Suas pernas eram longas e perfeitamente moldadas, como se Deus tivesse levado um dia inteiro para esculpi-las. Brice lamentou o advento de seu xadrez que escondia suas coxas de sua vista. Ele sabia o que havia por baixo, pois eles frequentemente nadavam nus juntos no lago perto do castelo.
Skye tinha um tipo de beleza discreta – talvez porque ela fosse tão sedutoramente inconsciente disso. Sua pele cor de porcelana era absolutamente impecável. Ela irradiava juventude e saúde de sua pessoa. De certa forma, ela era toda sobre simplicidade, fazendo com que aqueles ao seu redor se sentissem à vontade e felizes. Skye dificilmente tinha algo ruim a dizer sobre alguém – quando ela estava fora da área de prática de espadas, é claro.
Talvez fosse por isso que sua pele brilhava tanto. Era sua beleza interior que vinha à tona, iluminando seus profundos olhos azuis e adicionando um brilho sutil à sua pele. Quando Skye sorria, como estava fazendo agora, apesar de sua impaciência, não dava para deixar de sorrir também. Estar em sua companhia era sentir como se os raios de verão tivessem beijado sua pele, aquecendo sua alma e fazendo você se sentir especial. Foi assim que Brice se sentiu naquele exato momento.
— Bem, já era hora também, — disse Skye quando Brice finalmente agraciou o cume da colina com sua presença. — O que há com você hoje? Você me chamou para essa caminhada e então ficou todo calado comigo. Há algo errado?
— Não, flor. Pelo contrário, eu me sinto maravilhoso. Eu sempre me sinto assim quando estou com você.
Skye apertou as sobrancelhas desconfiadamente. — Você quer alguma coisa, Brice Macleod… Eu sei. — Skye cambaleou para frente e pulou sobre ele. Ela o envolveu com as pernas enroladas em volta do seu abdômen enquanto o forçava a descer. Brice poderia facilmente segurá-la, mas ele estava feliz em brincar no chão, mesmo que ocasionalmente fosse um pouco desconfortável por causa das pedras no topo da colina.
— Então, agora eu realmente sei que há algo errado com você. Você geralmente nunca me deixa vencer, — disse Skye, montando nele.
2- O Destino roubado do Highlander

20 de maio de 2025

Você, minha dívida pendente

Uma traição levou à ruína de sua família. 

Anthony Richmond quer que o traidor pague com o sangue, mas quando Lady Katherine aparece sozinha em sua casa de solteiro para implorar pela vida de seu irmão, seus planos de vingança tomarão um rumo diferente. Muito mais agradável para o Marquês de Shropshire. Seduza-a, manche-a e coloque o nome Aldridge na lama, como fizeram com Richmond. Mas ninguém o avisou. Lady Katherine pode ser uma oponente tão boa quanto ele no jogo da sedução.

Capítulo Um

O fogo na casa mal conseguiu conter o frio que se insinuava pelas janelas da sala. Lady Katherine Aldridge interrompeu o movimento dos dedos no piano para ajustar o xale em volta dos ombros. Sua mãe mal ergueu os olhos e retomou o bordado.
O inverno também habitava a casa. Ambas as mulheres eram vítimas da melancolia e, mais do que isso, do tédio forçado. A casa da família em Londres estava repleta de lembranças do falecido Lorde Sutton, pai de Katherine. Com a morte uma lacuna difícil de preencher se abriu, e o meio-luto os obrigou a se confinar, o que em nada melhorou o ânimo de ninguém, principalmente o da jovem, o que preocupou ainda mais sua mãe. Ela temia pela filha. Katherine era espirituosa, estava no auge da vida, precisava florescer e não murchar.
A temporada começaria em breve e, apesar das regras, Lady Amélia havia decidido que apresentaria sua filha à sociedade, mesmo que fosse um pequeno evento entre as pessoas mais próximas dela. Kathy estava prestes a completar dezoito anos, era hora de tecer os planos de seu futuro. Sem Lorde Sutton, cabia a ela encontrar um marido para a filha, embora os planos de Katherine parecessem dizer o contrário. A ideia de ficar solteira para sempre a fazia sorrir mais do que a possibilidade de encontrar um marido. Lady Amélia sofreu mais com esse pensamento do que com a lembrança da ausência do marido.
Katherine não estava nem um pouco entusiasmada com a ideia de casamento, e a razão para isso estava escondida bem no fundo dela. Ela guardava um segredo, seu coração tinha dono, um dono que mal olhava para ela e que estava comprometido com outra pessoa. Os Sutton eram famosos por ser uma das poucas famílias aristocráticas que quebraram as regras ao se casarem por amor. E ela não queria ser a exceção. Mas, no momento, ela só conseguia conceber a ideia de ficar solteira, o amor que crescia nela tinha raízes fortes em seu ser, e arrancá-lo não parecia ser uma possibilidade a ser contemplada.
— Por favor, minha querida — disse Amélia — toque algo mais alegre.
A garota sorriu para ela e folheou as páginas de seu repertório até encontrar uma valsa. Antes que ela pudesse colocar os dedos nas teclas, seu irmão foi anunciado.
— Lorde Sutton e Lady Penélope — disse a governanta.
O coração de Katherine disparou. Ela nunca se acostumaria com o título pelo qual seu irmão Christopher agora era conhecido. Sempre que ouvia o nome de Lorde Sutton, seus olhos se iluminavam enquanto esperava ver seu pai cruzar a soleira. A felicidade de rever Chris e sua amiga Penélope a impediu de se entregar à tristeza. Ela se levantou e curvou-se desnecessariamente.
— Boa tarde, mãe, Kathy — Christopher cumprimentou antes de se afastar e permitir que as amigas se abraçassem com amor.
Amélia pediu chá e convidou-os a se sentarem nas poltronas. Penélope fez o mesmo com Katherine, e o piano ficou esquecido. As visitas eram a única coisa que quebrava o silencioso cotidiano da casa dos Sutton.
— Que grata surpresa, querido! — exclamou Amélia, olhando para Lady Penélope — Londres não tem muito mais a nos oferecer, exceto amizades verdadeiras. E a sua mãe como está?

 



12 de maio de 2025

O Retorno do Marinheiro Highlander

Série Marinheiros Highlanders
Ele fugiu do seu passado por toda a vida. Até que seu passado se tornou o caminho para o coração dela.

A vida de Hannah começou com as piores probabilidades possíveis. Ela perdeu os pais e teve que crescer em um convento, sem família... Até que um dia, misteriosamente, um rico Laird a acolheu e a criou como sua própria filha. Sua nova família deu a Hannah uma boa vida, elevou seu status e a amou, tornando sua vida perfeita em todos os aspectos, exceto um; forçou-a a ter um noivado arranjado, e ela não pode se casar por amor como sempre sonhou. Quando seu irmão retorna da Marinha, Hannah conhece seu amigo Jacob; um homem com um passado misterioso sobre o qual ninguém sabe muito. Ele é um homem capaz e bonito, mas quieto e gosta de guardar seus segredos para si mesmo. Hannah começa a desvendar o mistério que o cerca, descobrindo que seu retorno não foi uma questão de acaso, afinal... Quando as maldições passadas de Jacob surgem novamente, ele terá que enfrentar tudo do que estava fugindo. Desta vez, Hannah está no meio do caos e, à medida que seu amor cresce, também crescem as ameaças iminentes e os dilemas mortais. Mas ele não perderá o que mais ama pela segunda vez, mesmo que tenha que arriscar sua vida.

Capítulo Um

TERRA À VISTA!
— Conseguimos ver terra há uma hora. Harold olhou feio para seu amigo, e Archibald não conseguiu deixar de rir.
—Sim, você está certo. No entanto, não tinha certeza se você viu, porque você estava tão perdido em pensamentos.
—Eu não estava perdido em pensamentos, Harold argumentou. —Eu estava apenas meio dormindo.
—Sim, suponho que seja cedo para você.
—Alguns de nós gostam de dormir, Harold retrucou.
Dathers surgiu atrás deles, balançando a cabeça. Quase duas décadas mais velho que os dois tenentes, ele serviu com eles desde que ambos se alistaram, como jovens rapazes. Embora Dathers permanecesse nas patentes mais baixas, ambos os garotos haviam subido para a patente de tenente, com Harold ligeiramente mais velho que Archibald. Os dois eram opostos polares; Archibald era brincalhão, mas Harold era sério, e parecia que eles se complementavam perfeitamente, apesar de suas discussões constantes.
—Vocês, rapazes, estão em clima festivo, ele disse, e Archibald sorriu.
—Dathers, eu estava tentando lhe encontrar mais cedo, ele disse. —Eu tinha algo para lhe perguntar.
—Era sobre o quanto eu dormi? Dathers riu. —Porque se eu tivesse que escolher, eu diria que me inclino para o lado da visão do Tenente Fox de pelo menos tentar dormir algumas horas.
—Não era, disse Archibald, com um sorriso. —Mas obrigado por ficar do lado dele. Eu ia perguntar onde você planejava ficar enquanto estivéssemos atracados.
—Imagino que Lyles e eu simplesmente encontraremos quartos, onde quer que estejam disponíveis. Metade do nosso pagamento, enquanto estamos atracados, no inverno, deixa pouco espaço para escolha.
Lyles era seu colega mais próximo, um homem corpulento que se encaixava na descrição estereotipada que se imaginava, quando se pensava em um homem que dedicou sua vida ao mar.
—Por que você não vem conosco? perguntou Archibald. —Há bastante espaço na mansão e o porto em que estamos atracando fica a apenas meia hora de carruagem, então pensamos em passar o tempo de folga lá.
—Eu não gostaria de me impor, senhor, disse Dathers, embora já tivesse estado lá muitas vezes antes. Os quatro eram tão próximos quanto uma família, e Archibald sabia que ele e Lyles aceitariam. —Haverá mais alguém?
—Eu estava pensando em perguntar a Jacob, na verdade, Archibald disse. Ele estava preparado para o olhar que todos lhe dariam quando ele dissesse isso. —Eu não acho que ele tenha família, e ele mencionou planos semelhantes aos seus, Dathers.
—Não sei o que ele dirá, disse Harold. —Ele é difícil de ler
—Ele é, disse Archibald. —Mas acho que ele ficará feliz em vir. Parece que ele não fez muitos amigos no navio.
—Se ele passasse mais tempo discutindo coisas com os outros em vez de ficar com o nariz enfiado nos jornais... Harold começou, e Archibald lhe deu uma cotovelada nas costelas. —Não tenho nada contra expandir sua mente, obviamente. Sou a favor, na verdade. Mas ele... às vezes vai longe demais.
—E ainda assim ele está subindo de patente, o que é quase inédito, para se tornar tenente antes do segundo ano de serviço, Archibald apontou. —Estou impressionado.
—Acho que não há nada de errado em perguntar ao rapaz, disse Dathers. —O pior que ele pode dizer é não.
—Não para quê?
Jacob estava atrás deles antes que qualquer um deles tivesse a chance de se virar. Ele era uma figura alta e imponente, e sua natureza normalmente quieta só parecia aumentar o fato de que ele conseguia se esgueirar por trás das pessoas tão bem. Seus cabelos e olhos escuros contrastavam com sua pele pálida, e a barba por fazer o tornava ainda mais imponente.
Archibald sorriu. —Você quer ficar conosco, na minha mansão, enquanto atracamos? ele perguntou. —Em vez de ficar em um quarto em uma pensão? Há muito espaço.
Jacob olhou entre os três. —Eu não gostaria de ser um incômodo, senhor, ele disse.
—Você não será, Archibald o assegurou. —Há bastante espaço, como eu disse, e eu apreciaria a companhia de alguém que pode muito bem ter lido metade da biblioteca do meu pai.
Jacob ficou quieto por um longo momento, e então assentiu. —Sim, acho que gostaria disso. Posso perguntar sobre a localização da sua mansão?
—Fica no lado norte do Lago McBride, disse Archibald, e Jacob congelou.
—O lado norte?
—Sim, Archibald respondeu. —Bem fora da cidade. Isso é um problema?
—Não, Jacob disse. —Suponho que não, se estivermos tendo uma temporada tranquila.
Era algo estranho de se dizer, mas ele costumava dizer coisas estranhas, então ninguém o questionou sobre o assunto.
A conversa mudou para outro lugar, e Jacob tentou se lembrar da geografia da terra sobre a qual Archibald falou. Ele não ia lá há muitos anos, mas sabia que era perto o suficiente da casa de seu pai, para que ele ficasse um pouco preocupado.
Ele imaginou que tudo ficaria bem. Ele não se aventuraria muito por aí, pois o tempo estava ficando mais frio, e ele não conhecia ninguém na área específica da mansão de Archibald. A parte lógica de sua mente lhe dizia que a chance de algo dar errado era incrivelmente baixa, então ele não deveria se preocupar.
Isso, no entanto, não tirou o medo do fundo do estômago, que só aumentou à medida que se aproximavam da costa. Os homens estavam animados para ter um tempo de folga, mesmo que estivessem recebendo apenas metade do pagamento enquanto estivessem em terra.
Havia um burburinho no ar, e Jacob começou a sentir um vazio em seu coração, enquanto eles falavam sobre suas famílias e seus planos. Ele estava emocionado que Archibald o havia convidado, mesmo com a questão de onde sua mansão estava localizada. Archibald era uma das almas mais gentis que ele já conhecera. Ele era um daqueles homens do qual todos pareciam pensar que eram amigos. Ele estava sempre de bom humor, sempre enérgico e pronto para brincar. Os outros que estavam vindo eram simpáticos o suficiente, mas Jacob sentiu que eles só falavam com ele porque Archibald falava. Fora isso, eles trabalhavam juntos, e isso era tudo.
—Tem certeza de que não estou sendo invasivo, senhor? 



Série Marinheiros Highlanders
1- O Retorno do Marinheiro Highlander

6 de maio de 2025

O Toque tentador do Highlander´s

—Só tome cuidado para não me pressionar demais, querida, porque eu sei como fazer você ser minha se eu quiser...

Niamh Cameron jurou não se casar. Mas sua determinação vacila quando ela cruza o caminho do Highlander mais tentador que ela já conheceu. Um homem que, para sua indignação, foi contratado por seu pai para seduzi-la e destruir sua resistência.
Se esse suposto marido de aluguel acha que pode encantá-la para que ela se submeta, ele está redondamente enganado. Niamh nunca perdeu uma batalha, e não vai começar a perder agora...
Alistair MacDuff deve garantir um herdeiro agora, ou arriscar perder sua posição como laird de seu clã. Mas sua noiva, destinada a servir como um meio para um fim, o desafia a cada passo, recusando-se a compartilhar sua cama e negando-lhe o filho que seu conselho exige.
Convencer sua esposa impetuosa e obstinada a confiar nele pode ser seu maior desafio até agora. E a única batalha que o coração de Alistair não pode perder.

Capítulo Um

Lowlands Border Town, 20 de setembro de 1320
—Então, só para deixar claro, você quer que eu seduza sua filha e ganhe sua mão. E isso, mesmo sabendo que ela não quer se casar? — Laird Alistair MacDuff tomou um gole de seu hidromel enquanto ponderava o pedido que lhe fora feito. —E a moça não tem a mínima ideia de que você está planejando isso?
—Não. Ela nunca aceitaria isso. — Laird Bruce Cameron balançou a cabeça. —E na verdade, eu não aceitaria mais, exceto que precisamos da ajuda do clã de sua mãe. Nos últimos anos, temos fornecido guardas de fronteira e guerreiros para a causa da defesa das Terras Altas, e estamos em apuros para nos defender. Pior, uma parede externa da fortaleza foi danificada nas tempestades de verão, e não tenho ouro para consertá-la.
Alistair resmungou em resposta. Ele estava familiarizado com as exigências da guerra, seu próprio clã havia fornecido dois grupos de guerreiros para a Batalha de Bannockburn[1] seis anos antes. Verdade, tinha sido sob a liderança de seu pai, e não a sua, mas ele tinha liderado uma equipe de guerreiros deles para o campo, e ele se lembrava bem disso.
Claro, isso foi antes de seu clã ser atacado por seu rival, o Clã MacTavish. Nos últimos dois anos, eles foram forçados a consolidar seus guerreiros na defesa de seu lar. Especialmente depois da batalha do ano anterior, que resultou na morte de seu pai e sua ascensão ao título de laird.
Agora, eles tinham poucos guerreiros de sobra, e pouco mais de ouro. Porém, se os reparos fossem pequenos o suficiente, ele poderia ajudar. —Quão grave é o dano?
—Árvore tomou parte das ameias externas e quebrou o portão traseiro daquele lado. Há danos nas paredes principais da fortaleza também, venezianas quebradas e algumas rachaduras na pedra. Nós consertamos o melhor que pudemos, mas precisamos de pedreiros e carpinteiros adequados, assim como suprimentos.
Alistair estremeceu. Esses tipos de reparos eram difíceis e caros, e poderiam empobrecer um clã. Certamente estava muito além de seus meios oferecer qualquer assistência significativa nessa área.
— E seus parentes por casamento não vão ajudar você sem que você cumpra as condições deles?
Laird Cameron suspirou. — O clã da minha falecida esposa nunca me perdoou por me casar com a mulher que eu amava quando ela poderia ter se casado com um laird com maior posição. Eles têm condições para me ajudar, e o casamento de Niamh é o mais importante. Especificamente, seu casamento com um Highland Laird como você.
Alistair tomou outro gole de sua bebida enquanto considerava o assunto. Ele não conhecia Niamh Cameron, não que ele pudesse se lembrar, e não sabia quase nada sobre ela. Da mesma forma, ela provavelmente não sabia nada sobre ele também. Com o Festival do Equinócio de Outono amanhã, haveria muitas oportunidades de conhecer Niamh 'acidentalmente' e encantá-la.
Alistair fez uma careta. Ele não podia dizer que gostava da ideia de seduzir uma moça para se apaixonar por ele, mas isso era muito menos desconcertante do que a ideia de que ele poderia se apaixonar por ela em troca. O primeiro cenário era inconveniente e desconfortável, mas o último cenário poderia ter consequências terríveis para ambos.
A mão de Alistair desviou-se para o anel que ele usava em um cordão em volta do pescoço. Esse era o perigo real, que ele poderia vir a se importar com a moça, e colocar os dois em perigo. Por outro lado, mais cedo ou mais tarde, Niamh certamente descobriria a verdade. Que o encontro e o namoro deles tinham sido planejados. Sem dúvida, ela ficaria furiosa. E sua raiva, por sua vez, esfriaria quaisquer sentimentos que ele tivesse por ela também, deixando-os como muitos cônjuges em casamentos arranjados friamente, civilizados, mas dificilmente apaixonados. Com isso, ele poderia viver.
Além disso, não era como se o casamento não fosse beneficiá-lo. A rixa com o Clã MacTavish era sangrenta, e mais de um de seus parentes e conselho comentaram sobre a necessidade de um herdeiro para garantir o título de senhor e sua linhagem. Um casamento os convenceria de que ele estava prestando pelo menos alguma atenção às suas exigências. Alistair se recompôs e então encontrou o olhar do companheiro laird. — Quão cedo você deseja que o casamento aconteça?
A expressão de Laird Cameron mudou desconfortavelmente em uma mistura de alívio e tristeza. — Assim que minha filha puder ser persuadida a se casar. Pelo bem do nosso clã, quanto mais cedo, melhor.
Já que isso combinava tanto com sua inclinação quanto com as necessidades de seu clã, Alistair assentiu. —Posso fazer isso em breve, estou pensando. A menos que... seja casamento ou qualquer outra coisa que ela tema?
—Ela não quer se casar, mas são outras coisas que ela teme. Não posso falar mais sobre isso, no entanto. Você deveria perguntar a ela sobre isso, se tiver a chance. — Laird Cameron balançou a cabeça.
—É o suficiente. Contanto que não seja o casamento em si que ela tem tanto medo, eu posso contornar qualquer outra coisa.
Na verdade, poderia ser melhor para ambos se ela resistisse ao casamento por outras razões além de simplesmente ter um marido. Seria mais fácil para eles desenvolverem um casamento educado, talvez até cordial, se ela estivesse disposta a se casar e ele estivesse disposto a ceder às preocupações dela sobre o que quer que realmente a assustasse.
Ele considerou. O Equinócio de Outono seria o primeiro encontro deles.
— Digamos, um casamento por Samhain?








28 de abril de 2025

Um Duque, a Dama e um Bebê

Série Mulheres Notáveis

Quando a obstinada herdeira das Índias Ocidentais Patience Jordan questionou o misterioso suicídio de seu marido inglês ela perdeu tudo: seu filho recém-nascido Lionel sua fortuna - e sua liberdade. 

Falsamente presa ela arrisca sua vida para ficar perto de seu filho - até que Graça da Viúva a contrata como babá de seu próprio filho. Mas trabalhar para seu inocente novo guardião Busick Strathmore duque de Repington tem seus próprios perigos. Especialmente quando Patience descobre que seu rigor militar esconde um ex-libertino de honra inabalável - e paixão inesperada. Um herói militar ferido Busick está determinado a resolver os perigosos negócios financeiros de seu primo morto por causa de Lionel. Mas sua investigação é uma escaramuça menor comparada a lidar com a franca corajosa e sedutora Paciência. De alguma forma ela está quebrando suas regras e ultrapassando suas defesas. Em breve entre inimigos e obstáculos formidáveis eles formam uma confiança frágil - mas será o suficiente para salvar o futuro que desejam enfrentar juntos?

 Capítulo Um

1 de fevereiro de 1814, Londres, Inglaterra
Era uma verdade universal que independentemente de sua origem rosto ou charme uma viúva em posse de uma fortuna seria alvo de roubo. Na minha circunstância eu tinha sido enganada por tudo até mesmo pelo meu maior presente (o meu maior presente). Agora era a hora de desafiar a autoridade atacar e vencer.
Eu quase fui pega.Minha respiração veio em ondas quando me inclinei contra a porta fechada do quarto. Apertei meu estômago com força tão forte quanto meus cílios fechados e esperei alguém empurrar para dentro.Tão perto apenas para ser capturada...Meu coração disparou contando as loucuras da minha vida. Tão cheio de lembranças - deslizando por um corrimão inclinado a conversa de irmãs tolas o sussurro de um estranho ao pôr do sol um borrão de assinaturas em um contrato de casamento e uma nota bem escrita de amor... de suicídio - minha alma estava prestes a explodir. O riso filtrou-se por baixo da porta depois os passos assustadores se afastaram. Talvez uma empregada entrasse em um quarto no corredor. Engoli o nó na garganta. O nó de amargura diminuiu lentamente. Queimou.
Esta foi a minha casa. Esses criados já trabalharam para mim. Agora fui reduzida a esgueirar-me dentro de Hamlin Hall. Balançando a cabeça parei de pensar nos meus fracassos e foquei na minha missão meu único objetivo meu Lionel. Com os pés deslizando em minhas botas emprestadas fui na ponta dos pés até o berço e espiei meu bebê.
Seus grandes olhos castanhos me agarraram.Mãos minúsculas se ergueram mas ele não emitiu nenhum som não arrulhou ou chorou. Eu me acalmei pensando que meu garoto esperto não queria que mais problemas caíssem na minha cabeça não que ele tivesse aprendido a se acalmar por negligência. Pena que meu coração sabia a verdade que Lionel era um prisioneiro.E essas circunstâncias eram minha culpa.
Eu suspirei e fixei um sorriso nos meus lábios. Fiquei grata por ver o rosto do meu filho.
— Meu homenzinho. Com fome?
Desabotoei minha camisa de nanquim emprestada e desenrolei atadura que envolvi em meu peito. Isso fazia meus encantos parecerem planos masculinos. Pegando Lionel eu o coloquei no meu peito.
— Hamlin Hall está diferente hoje a noite mestre Jordan. O senhor está causando isso?
A sucção de seu homenzinho era tão forte. Aquelas preocupações distantes sobre quantas vezes ele havia sido alimentado avançaram. Meu interior se partiu em mais pedaços.
— Eu sinto muito.
Eu não fui inteligente e agora meu Lionel sofria.
Ele fez um barulho extra como se tivesse escorrendo mingau comido. A noção engraçada acalmou meus nervos ... por enquanto.
— Você está comendo muito essa noite.
Nossa mudança era iminente. Eu senti. Eu sabia que seria assim.
— Sua mãe é espiã de novo. Mas essa noite eu quase fui descoberta tentando recuperar meus documentos de confiança. Eu tive que correr de volta para as catacumbas correndo em alta velocidade pela porta secreta nas escadas. O velho mordomo estava bêbado demais...Algo pesado arrastou no corredor do lado de fora. O tapete novo? Estaria arruinado.Sussurros borbulhavam.
Eu ouvi algo sobre estragar ou rasgar? Esse tapete foi importado das Índias Orientais.Minhas mãos coraram. Minhas bochechas também.As tapeçarias finas de ferrugem tecida e sedas de ouro que eu havia instalado para dar a esta casa de duzentos anos uma nova vida seriam rasgadas descartadas... Como eu.
Uma maldição alta foi ouvida depois uma queixa clara sobre um hóspede: um representante? Reynolds?





Série Mulheres Notáveis
1- Um Duque, a Dama e um Bebê


  

21 de abril de 2025

Mais ou Menos uma Sedutora

Série As Irmãs Somerset
Uma bela debutante na Londres Regente parece destinada a fazer um bom casamento. 
Mas as irmãs Somerset transformaram o namoro e o casamento em algo deliciosamente escandaloso…
O debute de Hyacinth Somerset é o evento mais esperado da temporada, pois será a primeira aparição pública da reclusa jovem. Mas momentos depois de ser convidada para dançar por um estranho arrojado, Hyacinth o chama de assassino e depois desmaia! Agora, toda a sociedade está agitada com o desconcertante afastamento de Hyacinth de seu mais intrigante recém-chegado, o incrivelmente bonito Lachlan Ramsey…
Recém-chegado da Escócia, Lachlan deseja apenas reivindicar seu lugar na sociedade para garantir o futuro de sua irmã. Quando isso é ameaçado pelas acusações de um infeliz deslize de uma garota, ele fará qualquer coisa para proteger sua família. No entanto, parece que Hyacinth apenas prejudicou suas próprias esperanças, inspirando o rótulo de histérica e, finalmente, inspirando Lachlan a protegê-la do perigo. Agora, se ao menos houvesse uma defesa para a onda de sentimentos que ele tem toda vez que Hyacinth vira o olhar em sua direção. Se ao menos houvesse uma maneira de torná-la dele, enquanto mantém o verdadeiro segredo em seu passado de destruir tudo  -e todos- com quem ele se preocupa…

Capítulo Um

Aylesbury, Inglaterra - Final de janeiro de 1818
Sangue escorria do canto do lábio de Lachlan, escorria pelo seu queixo e pingava nas dobras brancas como a neve de sua gravata perfeitamente amarrada.
Droga. Outra noite, outra briga e outra gravata estragada. — Maldito seja, Ciaran. Por que você sempre tem que me bater na boca?
Lachlan agarrou seu irmão mais novo pelo pescoço da camisa e o empurrou para trás, e as duas mãos enormes apertando o pescoço de Lachlan caíram quando Ciaran tropeçou contra a grade atrás dele. Ele e Ciaran eram de tamanho similar, então não foi fácil mandar seu irmão para o chão, mas então Ciaran já estava cambaleando antes que Lachlan colocasse um dedo nele.
Beber a maior parte de uma garrafa de uísque pode fazer isso com um homem.
Ciaran, que estava bêbado demais para perceber algo melhor, cambaleou e avançou novamente. — Não é uma briga de verdade sem sangue, irmão, e bocas sangram.
Como se quisesse provar seu ponto, um dos enormes punhos de Ciaran veio direto para o rosto de Lachlan, mas antes que ele pudesse desferir o golpe, Lachlan agarrou sua mão, desequilibrou-o com um giro de braço e bateu com o pé na lateral da canela de Ciaran.
Ciaran caiu de joelhos, e Lachlan estava sobre ele num piscar de olhos, seus dedos agarrando o cabelo de Ciaran para mantê-lo parado enquanto ele abaixava seu nariz a uma polegada do de seu irmão. — Narizes também sangram. Você está implorando pelo meu punho no seu, mas eu não tenho desejo de derramar seu sangue esta noite.
Ele havia derramado o sangue de Ciaran na noite anterior, e na anterior a essa, mas qualquer esperança que Lachlan tinha de que não teria que derramar o sangue novamente naquela noite desapareceu quando um golpe repentino em suas costelas arrancou o ar de seus pulmões.
— Oof! — Ele caiu de lado no chão ao lado do irmão, ofegante. Ele rolou de costas, mas antes que pudesse se levantar, o joelho de Ciaran acertou o centro do seu peito e o prendeu no chão.
— Ah, vamos, Lach, você deveria ter previsto isso.
Lachlan apenas resmungou em resposta. Ele não tinha fôlego para discutir e, além disso, era verdade. Ele deveria ter previsto. Mesmo quando eram meninos, Ciaran sempre tinha ido primeiro para a boca, depois para as costelas e então…
Ah, meu Deus.
Ele não teve tempo de cuspir o palavrão antes que os nós dos dedos de Ciaran batessem em seu queixo.
Boca, costelas, mandíbula. Sempre a mandíbula.
— Você nem está tentando, — Ciaran reclamou. Ele agarrou um punhado do cabelo de Lachlan, levantou sua cabeça e então a deixou cair de volta na terra com um baque forte. — Não é divertido se você nem tenta.
Lachlan estava tentando – tentando acabar com essa briga sem ter que machucar seu irmão, mas ele confiou demais no uísque para fazer o trabalho que ele não queria fazer com seus punhos. — Droga, como diabos você ainda está consciente, Ciaran?








Série As Irmãs Somerset
3- Mais ou Menos uma Sedutora
Série concluída


15 de abril de 2025

Lorde do fogo, Lady do Gelo

Ela não se impressionou com ele, esperando mais do homem lendário.

Brant. Lorde Blackwell. Brant, o Gladiador. Brant, o Vigoroso. Brant, a Chama. Brant, o Herói Viking.
Della bufou com desgosto pouco feminino. Mais como, Brant, o Espinho na minha Bunda!
Lady Della, a Coração Frio. Lady Della despreza tudo que se refere aos Vikings. Eles podem governar a terra, mas nunca a governarão. Infelizmente, seu pai não parece concordar. Para provar sua lealdade contínua ao rei Viking, o Laird de Strathfeld promete sua única filha a um respeitado Lorde Viking -um guerreiro cuja destreza lendária não é apenas reservada para o campo de batalha. Lutando contra o desejo recém-descoberto em seu corpo e o fogo indesejado em seu coração, Della deve escolher entre tudo o que sabe ser verdade e a única coisa que nunca esperou...
Lorde Brant de Blackwell, o Ardente. Lorde Blackwell é tão ardente no campo de batalha quanto em suas paixões. Ele lutou bravamente pelo Rei Guthrum e conquistou o respeito dos nobres. Quando seu suserano oferece a mão de sua linda filha e o direito de herdar suas terras, Blackwell dificilmente poderia recusar. No entanto, ele logo descobre que sua nobre noiva é tudo, menos a mulher dócil e gentil que ele imaginou para sua esposa. Em um minuto ela o beija de volta, no outro ela está jurando fazer o que for preciso para dissuadi-lo do casamento. Sua luxúria pela vida e sua nova noiva podem derreter o gelo que cerca seu coração? Ou Lady Della, a Fria, será a ruína deste guerreiro?

Capítulo Um

Castelo de Strathfeld, Northumbria, 871 d.C.
—Parece-me que, meu senhor, perdeu a consciência! Dá a impressão que esse homem é realmente um bárbaro.
Enrugando o nariz, Lady Della levantou o queixo altivamente no ar, tentando esconder sua apreensão sob uma expressão composta. Sob as longas saias de sua túnica azul, ela bateu o pé, olhando através do salão principal para onde seu pai falava com seu visitante nórdico. Respirou fundo para se acalmar e depois outra vez, fazendo o possível para não deixar sua irritação transparecer.
Eu sou uma dama, ela pensou com um sentimento de ressentimento percorrendo todo o seu ser. Eu estou acima dele.
Seus dedos trabalharam contra sua cintura em frustração, fazendo com que o linho fino de seu vestido amassasse sob seu aperto. Ela escondeu seu desprezo sob uma máscara gelada de indiferença. Era um velho hábito, que ela havia cultivado ao longo de anos de prática. O viking sujo olhou ao redor do corredor, sem lhe dar atenção. No entanto, ela o observou atentamente do final sombreado da escada, absorvendo cada gesto dele como um falcão esperando por um sinal de fraqueza — algo, qualquer coisa que ela pudesse usar contra ele.
O guerreiro riu, concordando com algo que o Laird de Strathfeld disse — Lorde Strathfeld era seu distinto e honrado pai, embora Della estivesse sob pressão para pensar tão bem dele naquele dia. Sua irritação aumentou à medida que o som estridente da alegria do guerreiro apenas continuou.
Resmungando baixinho, ela disse: —Podemos ter que mostrar lealdade aos pagãos, mas isso vai longe demais.
—M’lady, — sua fiel serva repreendeu. Della não se ofendeu com a leve reprimenda no tom de Ebba. Elas se conheciam há muito tempo, embora não fossem exatamente amigas, eram tão próximas quanto uma empregada e sua senhora poderiam ser. —Não é seu lugar questionar os desejos de seu senhor. Ele tem um bom motivo para esta união, ou então ele nunca a faria.
Della deu um sorriso rígido para a empregada. Fingindo indiferença, ela saiu das sombras para se aproximar de onde os homens conversavam. Embora tenha forçado os ouvidos, não conseguiu entender uma única palavra do que eles disseram.
—Sim, ele tem suas razões. Acha que, ao me fazer casar com esse bárbaro, garantirá uma aliança com o Rei Guthrum Backwell. Brant, o Gladiador. Brant, o Vigoroso. Brant, a Chama. Brant, o Herói Viking.
Della bufou com desgosto pouco feminino. Mais como, Brant, o espinho na minha bunda!
—M’lady?








31 de março de 2025

Renascimento nas Terras Altas

Série Medieval

Quando Shona, a filha de um fazendeiro, viu pela primeira vez esse homem misterioso e bem-vestido, inconsciente na costa do Lago Ness, ela mal sabia que sua vida mudaria para sempre. 
Quem é esse homem e como ele foi parar ali?  Foi um acidente ou alguém tentou matá-lo? Por que ninguém está procurando por ele?
Ele não consegue se lembrar de nada, mas suas maneiras delicadas indicam sua origem nobre...

Capítulo Um

Shona amava o lago, especialmente em seus humores mais selvagens. Ele estava com um humor particularmente ruim esta noite, chicoteando cristas nas ondas enquanto corriam para a costa. As cristas brancas pareciam as crinas de cavalos galopando, e era assim que os chamavam, cavalos brancos.
Em vez de abaixar a cabeça contra o vendaval furioso, ela a inclinou para trás de modo que seu cabelo escuro caísse para trás de seu lindo rosto em formato de coração com seus enormes olhos verdes, que ela fechou contra o vento. Ela estava congelando, mas não se importava. Ela tinha vivido perto do Lago Ness a vida toda, mas nunca se cansava dele, mesmo nunca tendo visto o monstro! Ela amava tudo sobre este lugar. Seu mistério, a água cinzenta onde o monstro supostamente espreitava, até mesmo as nuvens escuras e ameaçadoras sobre as colinas. Era preciso pessoas resistentes para viver ali, e ela era uma delas, com suas mãos calejadas pelo trabalho e pele bronzeada.
Ela respirou fundo e olhou mais adiante no lago até ver ao longe a massa escura do Castelo Urquhart. Então ela se lembrou de que era hora de voltar e ajudar Ma e Da com o jantar. Domingo era a noite em que eles comiam carne, geralmente ensopado de carneiro, e sua boca encheu d'água com o pensamento. Logo seria a temporada de colheita, quando Da foi a Inverness para o mercado e trouxe alguns morangos, que ela cuidadosamente racionou para que pudesse fazer os dela durarem mais. Uma vez ele trouxe mel para casa, e ela nunca comeu nada tão delicioso. Ela pensou que se ela fosse para o céu quando morresse, ele estaria cheio de morangos e mel, e ela os comeria por toda a eternidade.
Ela riu – tinha quase vinte anos e esperava viver pelo menos mais cem anos. Ela não tinha intenção de morrer ainda – havia muitas vacas para ordenhar, ovelhas para tosquiar e ovos para coletar, e muitos sonhos para sonhar. Ela era realista – provavelmente viveria em uma fazenda e seria filha de um fazendeiro pelo resto da vida, mas em seus sonhos, ela era uma dama com vestidos finos, joias e mel para comer todos os dias. E, claro, seu marido seria o homem mais bonito das Terras Altas e fabulosamente rico! E a melhor coisa sobre os sonhos era que ninguém jamais poderia tirá-los, e eles poderiam ser tão fabulosos quanto ela quisesse.
Ela se virou pesarosamente para ir para casa, então seus olhos caíram em algo mais adiante na costa. Havia uma forma escura e irregular ali, e conforme ela se aproximava, ela podia ver que era o corpo de um homem. —Oh, Deus, não! — ela gritou enquanto corria em direção a ele.
Suas mãos estavam estendidas sobre o cascalho pedregoso, sua cabeça virada para o lado, de modo que ele estava olhando para longe dela. Ele estava usando roupas ricas: uma túnica grossa de lã bordada em fios de ouro e meias finas de lã. Seu cabelo era longo e castanho.
Ao contorná-lo para o outro lado, ela viu feições firmes e regulares e um tom escuro de barba por fazer ao longo do maxilar, mas ele estava pálido como leite. Ela sentiu um pulso sob sua garganta e, para seu espanto, sentiu uma leve pulsação.
Com um esforço enorme, ela o sentou e viu suas pálpebras tremerem, então ele tossiu o que pareceu litros e litros de água. —Você está bem?
 

Série Medieval 
1- Renascimento nas Terras Altas

25 de março de 2025

O Destino Perverso do Highlander

Série Highlanders Perversos

O amor é como um campo de batalha, perigoso e mortal...

Lizzie MacDonald desejou não ser filha de um Laird. Nascer com privilégios significa que ela tem obrigações específicas. Se casar com o rapaz que sua família deseja. 
Mas seu coração bate por Noah MacDonald, o filho adotivo Sassenach de seu tio. 
Um homem que o clã nunca aceitará como líder. No entanto, Lizzie está determinada a ir ao extremo para estar com ele. Noah sempre quis provar que é um verdadeiro escocês e ganhar a mão da moça de cabelos dourados que tanto deseja. Infelizmente para ele, ela está prestes a se casar com seu melhor amigo, Ewan MacGregor. Quando é chamado para a guerra e chega ao front, Noah fica chocado ao descobrir que um soldado com seu nome já está lá. O homem não é outro senão a própria Lizzie. Mas antes que ele tenha a chance de vê-la de volta em segurança, ela é violentamente sequestrada. Quando o amor e a coragem se transformarem em loucura, será o campo de batalha o lugar ideal para nutrir um romance clandestino? Será que o amor, a juventude e o entusiasmo são suficientes para enfrentar os horrores e as traições da guerra? Ela desafiou o destino para estar com ele, ele abandonará a família para tê-la?...

Capítulo Um

Castelo de Knock, Ilha de Skye, Escócia

Noah MacDonald ficou em frente a seu amigo Ewan MacGregor-Campbell e se preparou para enfrentá-lo na batalha. Eles estavam na terra batida do pátio de treinamento, onde haviam estado tantas vezes antes, cada um com um brilho determinado nos olhos. Eles treinavam juntos desde crianças, mas agora lutavam por coisas mais altas. Eles lutavam pela atenção da bela de cabelos dourados, Lizzie MacDonald. Cada um deles estava apaixonado por Lizzie desde que eram amigos, mas nunca mencionaram isso em voz alta. Noah foi tolo o suficiente para anunciar suas intenções de se casar com Lizzie uma noite, quando eles estavam um pouco bêbados demais. Ewan, sendo o mais velho e também filho de um Laird, considerou que era seu direito casar-se com a filha do Laird e contestou a declaração de amor de Noah. Agora eles estavam cara a cara, prontos para lutar pelo direito de pedir ao Laird, James Alexander MacDonald, a mão de Lizzie.
A irmã de Noah, Fiona, estava com as mãos nos quadris, franzindo a testa para os dois. —Vocês dois enlouqueceram—, ela repreendeu. — Mamãe e tia Elizabeth vão arrancar suas peles dos ossos e pendurá-las para secar ao sol se te pegarem brigando por qualquer garota, muito menos por Lizzie. Você sabe que ela não quer nada com nenhum de vocês, idiotas. Vocês são como irmãos para a moça, sem mencionar que são simplesmente malucos.
— Saia daqui Fiona — Noah resmungou. —Cabe aos homens lutarem. Não precisamos que você grite em nossos ouvidos para nos distrair.
— Vou lembrá-lo disso quando mamãe entrar em contato com você depois. Você desejaria ter me ouvido então. Tendo dito sua reconciliação, Fiona bufou, voltando para o castelo.
— Provavelmente ela vai contar isso para mamãe — ele resmungou para Ewan.
— Então é melhor nos apressarmos antes que a tia Talise comece a nos escaldar, certo?
—Sim— Noah concordou, e a batalha começou.
O som de espadas se chocando ecoou pelo ar enquanto os jovens guerreiros desferiram golpe após golpe. Eles eram equilibrados, fortes e habilidosos. William, James, Robbie e Duncan ensinaram-nos bem. Agora eles estavam um contra o outro, tão diferentes, mas iguais. A luta continuou por algum tempo, sem que nenhum dos lados estivesse vencendo ou cedendo. Noah estava bastante certo de que eles teriam continuado por mais algum tempo se sua mãe não tivesse saído correndo do castelo com Fiona logo atrás.
— Estamos prontos agora — avisou Noah, apontando o queixo na direção do castelo.
Talise atacou Noah com uma série de palavras iroqueses que teriam feito seu pai rir.
—O que ela está dizendo? — Ewan perguntou, coçando a cabeça enquanto olhava para Talise, com o nariz torcido em concentração.
— Você não vai querer saber — Noah respondeu baixinho.
Ao ouvir isso, Talise mudou para o inglês, o que só fez com que o que ela dizia soasse muito pior. —Vou deixar você esfregando panelas com sua avó durante o próximo ano! Ela terminou com a ameaça, respirando fundo.
Antes que ela pudesse começar a falar com eles novamente, Noah deu um passo à frente e envolveu-a em um abraço, beijando o topo de sua cabeça. —Sentimos muito, mãe—, ele respondeu, lançando a Ewan um olhar de —é melhor você pedir desculpas também.
—Sim, sinto muito, tia Talise. Não quisemos dizer nada com isso — ele mentiu.
Talise fez uma careta para ambos, depois bufou antes de ceder aos seus encantadores esforços de afeto e sorriu.
—Cuidado para que isso não aconteça novamente. — Quando ela se virou e foi embora, o pai de Noah, Robbie MacDonald, se aproximou e passou os braços em volta da cintura de Talise.
— Você sabe que eles vão fazer isso de novo — disse ele enquanto se afastava.
—Sim, sei, mas espero que minhas palavras os impeçam de se matarem por causa do que acreditam ser amor, quando é apenas a luxúria que impulsiona suas ações imprudentes.
— Sim, admito que eles estão pensando com as bolas e não com a cabeça, mas não acho que seja apenas desejo pelo nosso Noah. Ele não é do tipo que age, então é uma moça, como você bem sabe.
—Sim, eu sei, mas me preocupo com ele. Você sabe o que vi em minhas visões.
—Sim, eu sei…





Série Highlanders Perversos
1- Jogo Perverso do Highlander
2- O Desejo Perverso do Highlander
3- A Profecia Perversa do Highlander
4- O Destino Perverso do Highlander
Série concluída

18 de março de 2025

Doce Traição


Paixão e segredos mortais…
Fugindo das tropas britânicas, o espião da Guerra Revolucionária Americana Ryan Sutton força Emily Nevins a escondê-lo em sua fazenda inglesa. Mas Emily já guarda segredos que podem significar sua morte se forem descobertos. No entanto, à medida que a longa noite avança, a atração aumenta e eles cedem à paixão inesperada, certos de que nunca mais se verão…
Decepção e desejo…
Um encontro casual na sociedade londrina desperta memórias acaloradas da noite sensual que passaram juntos. Eles começam uma dança inebriante de suspeita e desejo. Embora simpatize com os colonos em dificuldades, Emily não pode confiar num espião traidor que pode expor as suas perigosas intrigas. E Ryan arrisca a própria vida ao confiar em uma mulher a par de sua verdadeira lealdade. Mas eles são incapazes de negar a necessidade um do outro, mesmo quando os segredos de Emily estão prestes a ser expostos e o laço no pescoço de Ryan fica mais apertado.
Traição e amor…
E agora alguém descobriu os segredos de ambos. O preço do silêncio? Traição. Das suas causas, do seu amor, do seu futuro. No final, vidas serão perdidas e sacrifícios feitos. A escolha deles é impossível. O que eles entregarão: suas vidas... ou seus corações?

Capítulo Um

Costa sudeste da Inglaterra, abril de 1779
A noite, com lua nova e chuva constante, foi feita para o roubo. O vento crescente emitia um gemido que abafava o rangido dos molinetes tensos num mar turbulento e abafava o sussurro de vozes furtivas. Homens honestos estariam em casa, em suas camas. Mulheres honestas também. Mas não Emily Nevins.
Ela estava frente a frente com o capitão Jacques Reynard, gritando acima do vento e mascarando seu medo com uma medida extra de desafio. — Você deu sua palavra de que traria vinho. Tenho comprador para vinho, mas não consigo encontrar mercado para tantas rendas.
Os pálidos olhos azuis do homenzinho se estreitaram e seus lábios se contraíram em um rosnado. Ele se inclinou para frente em um esforço para intimidá-la e estava fazendo um bom trabalho. — Moutard! Você deve estar grata pelo que eu trago para você, não?
— Não. Ela se manteve firme, ignorando o firme puxão de advertência de sua criada em sua manga e a queimação de medo em seu estômago. Se ela não estivesse tão desesperada, ela não estaria aqui. Reynard era francês. O inimigo do seu país. Um contrabandista implacável conhecido pela perfídia. — Nosso acordo foi por vinho, capitão Reynard. E eu, senhor, preciso do dinheiro que a bebida vai trazer... até amanhã. Meu comprador tem dinheiro para isso, mas não precisa de rendas.
Com as palmas para cima, Reynard deu-lhe um encolher de ombros tipicamente gaulês. — Eu tenho o que tenho. Esta noite tenho rendas, não vinho.
Ela cairia para o fim da rota do contrabandista se recusasse a entrega e não podia se dar ao luxo de perder seu lugar privilegiado. Tampouco tinha condições de pagar por rendas que não conseguiria vender até amanhã.
— Sim ou não? Não tenho tempo a perder. Cada minuto ancorado é outro para a sua Marinha se aproximar.
Ela calculou a dificuldade de Reynard de se desfazer da renda contra seu próprio desespero. — Eu... eu aceito, — ela concedeu. — Mas não pelo seu preço. Vinte libras pelo lote, capitão.
— Bufff! Posso conseguir o dobro disso!
— Não essa noite. Se quiser descarregar e voltar para La Havre, terá que aceitar minha oferta.
— Sacre bleu! Ele olhou para o céu com um suspiro dramático, alheio à chuva que escorria por seu pescoço. — Você conduz a barganha, Anglaise. Inglesa.
Tomando a angústia do contrabandista como aceitação de seus termos, ela acenou para Simon Bart, o homem magro atrás dela segurando a pistola de pederneira de seu pai em punho. — Pague ao homem, Simon.
Ela pegou a pistola enquanto Simon enfiava a mão no bolso e tirava uma bolsa contendo o cada vez menor estoque de dinheiro e contava as moedas na mão do contrabandista.
— Voilá! — exclamou Reynard, seus lábios recuando em um sorriso que revelou dentes amarelados. — Agora eu sou o homem rico. Eu faço para você o empréstimo, não? Você terá dinheiro para suas necessidades, hein?
Emily ficou surpresa com tal oferta. — Você me faria um empréstimo?
— Mais oui. Negócios, não é isso? Você paga a usura.
Simon, com quase um metro e oitenta de altura, inclinou-se sobre o ombro dela e sussurrou em seu ouvido. — Senhorita Emily, é melhor não fazer um acordo com o diabo francês. Isso me assusta, senhorita.
Sua empregada, Bridey Sullivan, concordou, sussurrando: — Ele é astuto, senhorita.
Reynard fez uma careta para eles. — Ela já fez o acordo com o diabo, Sr. Bart. — Tenha cuidado, para que o diabo não venha cobrar, hein?