26 de abril de 2016

Magia Roubada

Série Guardiões
Nos escuros bosques da Inglaterra do século XVIII se trava um combate encoberto dos olhos dos homens. 

Simon, membro da estirpe de magos conhecida como os Guardiões, enfrenta o renegado Drayton. 
Mas o poder deste último é muito grande e só a intervenção de uma estranha jovem, Meg, salva Simon de uma morte certa. 
Meg não tem consciência de seu passado nem de sua verdadeira natureza, já que seus poderes, sua personalidade e até mesmo sua beleza, foram reprimidos durante anos através de um feitiço para servir os escuros interesses de Drayton. 
Quando está perto dela, Simon descobre pela primeira vez a magia mais antiga e poderosa que existe: a paixão. Mas para poder desfrutar de seu inesperado amor, antes terão que deter as maquinações do mago escuro, em uma apaixonante aventura onde se conjugam o mistério, a magia e o romance. 
Meg não lembra de nada da sua vida antes que Lorde Drayton a encontrasse no bosque. Sua inteligência, sua forte personalidade e sua vontade própria estão submetidas desde então pelo poder do feiticeiro. 
Um poder capaz de ocultar sua autêntica beleza e fazer que os demais a vejam como uma jovem feia e comum. 
Ela nem mesmo suspeita que possui um enorme dom mágico, um poder que Drayton aprendeu a utilizar e a única razão porque a mantém viva. Até que o encontro com outro mago, Simon, consegue que o malefício se quebre. 
Duas emoções vêm então inquietar a alma da jovem: o desejo de vingança contra o homem que a atormentou durante anos e o poderoso impulso do amor, junto daquele que lhe devolveu sua verdadeira natureza. 

Capítulo Um

Monmuthshire, 1748 
Como Conde Falconer, Simon Malmain viajava escoltado por carruagens, cocheiros e, sobretudo, seu valete. Como o encarregado de fazer cumprir a lei do Conselho dos Guardiões, viajava sozinho, como uma escura sombra na noite.
O céu estava coberto de nuvens, perfeito para as manobras secretas. Ia vestido de negro e levava o cabelo loiro escondido debaixo do tricórnio. E não porque temesse Lorde Drayton, cujos poderes eram menos impressionantes que suas ambições, mas porque um caçador astuto não deixava nada ao azar.
Tinha deixado o cavalo em um prado para poder se aproximar do castelo de Drayton com a maior discrição possível. Havia estado vigiando o castelo à distância e conversado com um antigo criado que partiu porque temia por sua alma. 
O senhor estava em casa, fazia pouco que tinha retornado de uma viagem a Londres, onde ocupava um cargo no governo. Simon tinha cogitado a possibilidade de se enfrentar com ele na cidade, mas logo acabou decidindo por este lugar mais remoto. Se ocorresse uma batalha mágica, quanto menos gente fosse afetada, melhor.
O castelo se levantava acima de uma colina rochosa circundada pela curva de um rio que levava até Severn. A construção original tinha sofrido reformas e ampliações ao longo dos séculos, mas seguia assentada na imponente colina que repelia ataques. Teria custado muito aos soldados penetrar no castelo. À Simon, não.
Encontrou-se com o primeiro obstáculo no alto da colina. Era um escudo de proteção surpreendentemente eficaz. Drayton deve ter praticado bastante. Simon começou a desenhar uma série de símbolos com uma mão. No campo energético, se abriu um buraco com forma humana. Simon o cruzou e o fechou, deixando-o intacto. Ainda que pudesse ter se livrado dos vigias no mesmo instante, não queria colocar Drayton de sobreaviso.
O obstáculo seguinte foram as portas fechadas. Por sorte, tinha uma porta lateral que dava acesso ao castelo e que ficava bem escondida pela abundante vegetação. O feitiço que protegia a fechadura não resultou em nenhuma complicação para Simon. Silenciou o ranger da porta e a fechou atrás de si sem fazer ruído. Seria melhor deixá-la sem passar o trinco. Supôs que não teria que sair correndo, ainda que nunca considerasse nada como certo. Os Guardiões encarregados de fazer cumprir a lei que faziam suposições, tinham muitas poucas possibilidades de morrer na cama.
Oculto detrás da sombra da parede, usou seus sentidos mágicos para estudar o pátio. Tinha um par de guardas entediados vigiando a partir da torrezinha que havia em cima das portas de acesso ao castelo. Em uma Inglaterra em período de paz, aquilo demonstrava que Drayton era um homem desconfiado. Sem dúvida, o produto de uma consciência culpada.
Antes de entrar, observou a torre do tributo. A essa hora, a maioria dos criados estavam dormindo nos desvãos ou nos estábulos, um edifício separado atrás do castelo. 
Enrugou o nariz com desagrado quando percebeu a energia daquela propriedade. Era intensa, corrupta, com a maioria dos seus habitantes prisioneiros do medo e da brutalidade. 
Sentiu a inquieta e mais limpa energia de uma jovem, talvez uma donzela muito jovem. Simon supôs que a pobre logo teria motivos de sobra para amaldiçoar seus pais por tê-la posto para trabalhar sob o mando de Drayton. Pode ser que até mesmo estivesse literalmente submetida a ele. Outra razão a mais para enfrentá-lo antes de que pudesse fazer mais danos.
Em um canto do segundo andar, havia uma sala iluminada e Simon percebeu que Drayton estava ali trabalhando. Sua energia estava tranquila, não tinha se dado conta que alguém havia entrado no seu castelo.
Protegendo-se com um feitiço de invisibilidade, cruzou o pátio e subiu pelas escadas da torre de tributo. 
Os guardas da torre não reagiram, se o viram, foi só como uma sombra.

Série Guardiões
0.5 - Casamento Alquímico
1 - O Beijo do Destino
2 - Magia Roubada
3 - Feitiço de casamento
Série concluída


Um comentário:

  1. Eu amo esse blog,e vou lê essa esse serie parece q é muito interessante .meninas parabéns pelos livros maravilhosos bjos

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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!