Alexandra vive por seu trabalho como pesquisadora, até encontrar Gabriel, marquês e espião, e as faíscas voam entre os dois.
Ela decide não vê-lo novamente, e ele, que tem de levá-la para sua cama. E usará qualquer método, mesmo chantagem, se necessário, para levá-la aos seus braços. Imersos em um mistério cheio de mentiras e assassinatos, eles terão que lutar, primeiro para sobreviver e depois para saber o que é mais importante para ambos.
Capítulo Um
Londres, 1852
O corpo jazia imóvel, deitado de lado, sob uma grossa capa de mantas. Na semi escuridão do quarto, iluminada pela luz da lua que entrava pela janela, vislumbrava-se com muita dificuldade uma silhueta. Por acima do lençol, via-se a cabeça de um ancião, coberta por um gorro de dormir. Sua face estava coberta por uma máscara, e debaixo, por uma barba branca, que lhe cobria o resto do rosto. Roncava ligeiramente, indiferente ao estranho, que havia se introduzido em seu quarto uns momentos antes, e que estava imóvel ao lado da cama.
Capítulo Um
Londres, 1852
O corpo jazia imóvel, deitado de lado, sob uma grossa capa de mantas. Na semi escuridão do quarto, iluminada pela luz da lua que entrava pela janela, vislumbrava-se com muita dificuldade uma silhueta. Por acima do lençol, via-se a cabeça de um ancião, coberta por um gorro de dormir. Sua face estava coberta por uma máscara, e debaixo, por uma barba branca, que lhe cobria o resto do rosto. Roncava ligeiramente, indiferente ao estranho, que havia se introduzido em seu quarto uns momentos antes, e que estava imóvel ao lado da cama.
O assassino ergueu o braço direito para esfaquear o corpo adomercido quando o quarto de repente se transformou em um pandemônio de corridas e gritos. Dois homens o derrubaram. Só então, várias lâmpadas a gás foram ligadas simultaneamente.
Quando o delinquente foi mantido no chão, o velho pulou da cama com agilidade imprópria para a idade. Caminhou até o intruso, observando os dois policiais iluminarem seu rosto com uma das lâmpadas, depois virou-se para o inspetor ao lado dele, segurando outra lâmpada.
— Eu lhe disse James! Sabia que era o sobrinho! Deve-me um jantar no “Pomme de Terre”, eu sabia disso! — a mulher, pois claramente o era por sua voz, tirou a barba com um puxão seco, e logo o gorro de dormir. Ficaram alguns restos de cola no queixo, mas, no todo, seu aspecto era normal, estava completamente vestida.
Quando o delinquente foi mantido no chão, o velho pulou da cama com agilidade imprópria para a idade. Caminhou até o intruso, observando os dois policiais iluminarem seu rosto com uma das lâmpadas, depois virou-se para o inspetor ao lado dele, segurando outra lâmpada.
— Eu lhe disse James! Sabia que era o sobrinho! Deve-me um jantar no “Pomme de Terre”, eu sabia disso! — a mulher, pois claramente o era por sua voz, tirou a barba com um puxão seco, e logo o gorro de dormir. Ficaram alguns restos de cola no queixo, mas, no todo, seu aspecto era normal, estava completamente vestida.
O inspetor de polícia, sorria ao vê-la mover-se de um lado a outro com aquela energia, pouco lhe faltava para ficar dando saltos de alegria.
— Está bem, Alexandra, convidarei-te. Embora fosse mais justo que você me convidasse, já que você ganha mais que eu. —queixou- se.
— Oh, não! uma aposta é uma aposta. — agarrou seu revólver debaixo do travesseiro e o meteu na bolsa como se fosse qualquer coisa. Dali tirou um lenço com o qual terminou de limpar os restos de barbicha do queixo — Bom, vou para casa, com um pouco de sorte, minha tia me terá guardado o jantar.
— Não conheci, em minha vida, ninguém, homem ou mulher, que coma tanto como você. — ele a pegou pelo cotovelo — Vamos, eu vou te levar, é tarde. — fez um gesto a um de seus homens, para que se encarregassem do detido. — Vou levar a senhorita Wallace a sua casa, em seguida vou a delegacia de polícia. — Frank, seu segundo em comando, assentiu.
Alexandra seguiu tagarelando pelo caminho, até que subiram no carro, e uma vez dentro, também.
— Este caso era muito importante — lhe olhava com os olhos brilhantes — saiu nos jornais. Agora ninguém pode pôr em dúvida, que posso fazer o mesmo trabalho que um homem — ele assentiu, estava totalmente de acordo com ela. O ancião, que tinha sofrido duas tentativas de assassinato, a contratou, graças em grande parte, a sua amizade com a tia da Alexandra. Ela tinha falado com o James, quando lhe ocorreu a ideia de ficar como isca. Tomou a sério porque já tinha trabalhado com ela um par de vezes antes, e conhecia seu profissionalismo, e que suas ideias, geralmente, eram muito acertadas.
Escutou-a cantarolar olhando pela janela. O fazia ocasionalmente. Quando estava contente.
— E como está o seu irmão?
— Desgostoso! Continua a insistir para que eu pare com isso. Mas eu adoro! — encolheu os ombros — Ele está em St. Ives, mas vem de vez em quando para nos ver. Você me entende verdade James?
— Claro, também gosto do trabalho. — algo no tom de sua voz lhe fez o observar com atenção. Olhou-lhe pela primeira vez à luz essa noite, havia algo diferente nele, era como se lhe ocultasse algo.
— James, o que está errado?
— Eu não sei o que você quer dizer. — encolheu os ombros.
— James… acredito que já nos conhecemos, não me insulte mentindo para mim. Prefiro que você me diga que não pode me dizer. — ele olhou para ela atentamente.
— Se não te contar, acabará por descobrir. Outro dia, meu chefe me chamou para o escritório dele. Recebi ordens para visitar o Marquês de Bute. — Alexandra não conseguiu deixar de estremecer ao escutar o nome. James não era um tolo, ele percebeu.
— Você o viu? — já não estava tão contente.
— Sim, esta manhã. — ele continuou, olhando para ela, como se avaliasse a conveniência de lhe contar tudo. — James por favor!
— Está bem, Alexandra, convidarei-te. Embora fosse mais justo que você me convidasse, já que você ganha mais que eu. —queixou- se.
— Oh, não! uma aposta é uma aposta. — agarrou seu revólver debaixo do travesseiro e o meteu na bolsa como se fosse qualquer coisa. Dali tirou um lenço com o qual terminou de limpar os restos de barbicha do queixo — Bom, vou para casa, com um pouco de sorte, minha tia me terá guardado o jantar.
— Não conheci, em minha vida, ninguém, homem ou mulher, que coma tanto como você. — ele a pegou pelo cotovelo — Vamos, eu vou te levar, é tarde. — fez um gesto a um de seus homens, para que se encarregassem do detido. — Vou levar a senhorita Wallace a sua casa, em seguida vou a delegacia de polícia. — Frank, seu segundo em comando, assentiu.
Alexandra seguiu tagarelando pelo caminho, até que subiram no carro, e uma vez dentro, também.
— Este caso era muito importante — lhe olhava com os olhos brilhantes — saiu nos jornais. Agora ninguém pode pôr em dúvida, que posso fazer o mesmo trabalho que um homem — ele assentiu, estava totalmente de acordo com ela. O ancião, que tinha sofrido duas tentativas de assassinato, a contratou, graças em grande parte, a sua amizade com a tia da Alexandra. Ela tinha falado com o James, quando lhe ocorreu a ideia de ficar como isca. Tomou a sério porque já tinha trabalhado com ela um par de vezes antes, e conhecia seu profissionalismo, e que suas ideias, geralmente, eram muito acertadas.
Escutou-a cantarolar olhando pela janela. O fazia ocasionalmente. Quando estava contente.
— E como está o seu irmão?
— Desgostoso! Continua a insistir para que eu pare com isso. Mas eu adoro! — encolheu os ombros — Ele está em St. Ives, mas vem de vez em quando para nos ver. Você me entende verdade James?
— Claro, também gosto do trabalho. — algo no tom de sua voz lhe fez o observar com atenção. Olhou-lhe pela primeira vez à luz essa noite, havia algo diferente nele, era como se lhe ocultasse algo.
— James, o que está errado?
— Eu não sei o que você quer dizer. — encolheu os ombros.
— James… acredito que já nos conhecemos, não me insulte mentindo para mim. Prefiro que você me diga que não pode me dizer. — ele olhou para ela atentamente.
— Se não te contar, acabará por descobrir. Outro dia, meu chefe me chamou para o escritório dele. Recebi ordens para visitar o Marquês de Bute. — Alexandra não conseguiu deixar de estremecer ao escutar o nome. James não era um tolo, ele percebeu.
— Você o viu? — já não estava tão contente.
— Sim, esta manhã. — ele continuou, olhando para ela, como se avaliasse a conveniência de lhe contar tudo. — James por favor!
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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!