20 de outubro de 2018

Esposa Acidental do Duque

Série Duques da Guerra
A senhorita Katherine Ross é uma socialite rica e excêntrica que sabe exatamente o que quer: nem marido, nem filhos, nem luz de velas ou tête-à-tête com o insuportavelmente sem emoção Duque de Ravenwood. 

Ela está convencida de que seu coração é de gelo - até que toca no peito esculpido e cinzelado do Duque. Um lapso de julgamento é tudo o que é preciso para transformar a vida de ambos e virá-la de pernas para o ar ...
O Duque de Ravenwood não é frio e arrogante, mas secretamente romântico que sempre sonhou em se casar por amor. Em vez disso, conhece a Srta. Katherine Ross - uma mulher obstinada e decidida que tem a intenção de desvendar seu mundo cuidadosamente ordenado. Ele não sabe se deve beijá-la ou estrangulá-la. Eles podem sobreviver à companhia um do outro o tempo suficiente para transformar um compromisso em amor?

Capítulo Um

Junho 1816 Londres,Inglaterra

Lawrence Pembroke, Duque de Ravenwood, não podia esperar para fugir do palácio de Westminster. Como de costume, a “curta” reunião da Câmara dos Lordes não havia começado até às quatro da tarde, porque a maioria dos lordes presentes não poderia sair de suas camas até pelo menos dar o início da tarde, em seus relógios.
Ravenwood, no entanto, estava acordado desde o amanhecer. 

Ele não gostava nem de beberrões nem de dançar, e não ficou satisfeito com o que se pretendia ser um debate prático e inteligente sobre a necessidade de uma maior estabilização da moeda no pós-guerra, ter se deteriorado, mais uma vez, para a especulação sobre o recente casamento da Princesa Charlotte, e fofocas alegres sobre a aparição de uma senhorita Katherine Ross, sem máscara, numa das festas de máscaras do Duque de Lambley.
Lambley se safava dessa maneira, porque era um duque. Ele não apenas era a razão pela qual o Parlamento não podia começar a trabalhar em uma hora mais razoável, como o maldito homem estava alegremente contando histórias deliciosas das artimanhas da Srta. Ross. Essa senhorita Ross era prima de Lambley, que, aparentemente, encenara sua façanha para atrair outros aristocratas frívolos a participar de uma paixão igualmente frívola.
Ravenwood não estaria presente. Nunca. 

Além de uma antipatia visceral por multidões e bailes, ele desprezava qualquer comportamento que banalizasse seu título ou a sua integridade.
Nem sequer estaria no Palácio de Westminster até um quarto para a meia-noite, se não tivesse as suas responsabilidades como duque e membro do Parlamento, pelas quais tinha o maior respeito. 

Ele, pelo menos, iria defender seu dever para com a Inglaterra, apesar de certos lordes caprichosos desperdiçarem um tempo precioso com fofocas ociosas. E sairia daqui antes da meia-noite, se humanamente possível. Sua irmã implorou para que parasse para jantar depois da reunião, e Ravenwood dera sua palavra.
Ele se pôs de pé.
— Proponho que formemos um Comitê de Cunhagem para investigar opções e propor não apenas um curso de ação, mas também um cronograma para alcançá-lo.
A conversa parou enquanto dezenas de rostos viravam em sua direção.
Ravenwood manteve seu tom imperioso, seu rosto uma máscara em branco, apesar de seu coração acelerado. Não gostava que o encarassem ainda mais do que não gostava de salas lotadas, mas o dever vinha primeiro. A Câmara dos Lordes precisava de uma babá, mas esta noite deveria se contentar com Ravenwood. A experiência lhe ensinara que a maneira mais conveniente de atingir um objetivo, era comprometer a si mesmo.
Muito bem.
— Quem estiver interessado em se juntar ao comitê fiduciário deve chegar duas horas antes da nossa próxima reunião. Até que uma cadeira possa ser formalmente nomeada, eu irei encabeçar o esforço nesse ínterim. — Ele enviou seu olhar frio e imperioso sobre a câmara. — A menos que um de vocês queira se voluntariar para o lugar?
Claro que não. O punhado de lordes com inteligência e convicção suficientes para se juntar a tal comitê, era brilhante o suficiente para não se voluntariar para administrá-lo. Com certeza, os lordes mais tolos e indolentes estariam ainda na cama na hora marcada, dormindo após outra noite de farra.
Que assim fosse.
Assim que a reunião foi encerrada, Ravenwood saiu do Tribunal para o ar frio da noite. Uma vez sentado dentro da sua imponente carruagem de quatro cavalos, permitiu-se um pequeno suspiro de alívio por ter finalmente um momento de paz.
Mais seis semanas. Isso era tudo. O Parlamento se dispersaria em julho e não seria retomado até o mês de novembro seguinte.
Graças a Deus. Ele caiu contra o encosto. Nada esgotava sua energia e seu espírito com tanta eficiência quanto ser forçado a interagir com multidões de pessoas que não podia compreender nem encurralar.
Lady Amélia era a epítome de uma mulher incapaz de ser encurralada, mas pelo menos a compreendia. Ele não só valorizava sua mente afiada e suas formas de gestão, mas também sentia muita falta de sua presença em sua casa, agora que ela era casada com Lord Sheffield.
Ravenwood nem percebeu o quanto sentira falta dela até receber o seu convite para jantar.
Ele sempre manteve uma natureza silenciosa e reservada, mas sem a irmã sempre a colocar o nariz onde não devia, as únicas palavras que lhe diziam em casa nos dias de hoje eram ‘Sim, Sua Graça’ ou ‘Talvez o colete azul, hoje?’




3 comentários:

Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!