18 de agosto de 2009

O Lobo Domado

Série De Burgh





Ela só tinha uma arma para conquistar aquele homem...a sedução

Forte, corajoso, sempre alerta contra o perigo, Dunstan de Burgh, barão de Wessex, era comparado a um lobo selvagem.
Destemido cavaleiro de mil batalhas, ele não acreditava no amor.
Até o dia em que seu destino cruzou com o de Marion Warenne.
Misteriosa donzela de passado nebuloso e olhar doce, Marion começou a derrubar todas as defesas armadas em torno do coração de Dunstan...

Capítulo Um

Marion conteve a respiração quando viu as imponentes e majestosas paredes de pedra que se erguiam ao longe. Aparentemente era para lá que eles se dirigiam.
As inúmeras torres pa¬reciam muito altas e sólidas, o que aumentava a apreensão dela. O que a aguardava ali?
Quando olhou para os cavaleiros de cabelos pretos que lideravam a caravana ela sentiu a tensão diminuir.
Naquelas semanas de viagem havia passado a confiar nos rapazes que a haviam encontrado desmaiada na estrada. Mas também não tinha outra escolha, porque não podia recorrer a ninguém além deles.
E não se lembrava de nada.
Talvez fosse por causa da pancada na cabeça. Geoffrey, que parecia ser o mais instruído daqueles homens, tinha dito que às vezes um golpe na cabeça podia roubar a memória de uma pessoa.
Marion se via obrigada a acreditar, já que não se lembrava de nada sobre o próprio passado. Tudo o que havia acontecido antes que os irmãos de Burgh aparecessem era um enorme vazio... um vazio aterrador.
Embora ela estivesse viva, respirasse, caminhasse e andasse, era muito misteriosa aquela ausência de passado.
Ao ouvir o canto de uma ave, faci1mente a identificava como um pardal.
Até se lembrava de uma receita para preparar no forno aves maiores, mas como e quando havia aprendido aquilo eram informações que não estavam na memória dela.
O passado parecia ser algo inexistente.
Aqueles homens a chamavam de Marion.
Isso não significava nada para ela, mas eles haviam descoberto o nome inscrito no que pensavam ser o livro de salmos dela.
E a tratavam como uma Lady, argumentando que só uma Lady possuía as coisas com que a haviam encontrado: roupas finas, um espelho, livros, moedas e jóias.
E resolveram levá-la consigo, já que estavam com pressa de voltar para casa e não sabiam quem ela era.
- Vamos, lady Marion! - chamou-a Geoffrey.
Obviamente feliz por finalmente chegar ao destino ele atravessou ao lado dela o enorme portão do castelo, que a essa altura já estava aberto para permitir a entrada dos recém-chegados. Depois ajudou-a a desmontar e Marion riu da ansiedade com que ele a levou para o interior do castelo.
Embora fosse um cavaleiro, um guerreiro, Geoffrey era um homem instruído e bondoso, alguém por quem ela prontamente sentira simpatia.
Quando entrou no salão do castelo, Marion mal conteve uma exclamação de espanto.
O cômodo era de uma enormidade como ela jamais vira.
A luz penetrava pelas janelas altas e arqueadas e havia muitas cadeiras e bancos, uma indicação da riqueza da família de Burgh.
Tudo era grandioso... e muito sujo.
Marion procurou não torcer o nariz quando sentiu o cheiro de comida passada misturado com o de urina de cachorro.
Nem mesmo o vento que entrava pelas janelas era capaz de dissipar aqueles maus odores. Embora não estivesse em pleno gozo das faculdades mentais, ela logo concluiu que aquele castelo carecia de uma castelã.
Aquele pensamento fez com que Marion parasse, sentindo um arrepio na nuca.
Ela poderia realizar a tarefa. Tinha certeza disso, uma certeza que se fazia acompanhar por uma sensação de saudade, de excitação.
Não só poderia realizar o trabalho como também ficaria extremamente feliz com isso.
- Ah! Simon! Geoffrey!


Série De Burgh
1 - O Lobo Domado
2 - O Anel de Noivado
3 - Coração de Guerreira
4 - Uma Visita Inesperada
5 - Um Lorde para Amar
6 - Noviça De Burgh
7 - O Cavaleiro Sombrio/ Reynold De Burgh
8 - O Último De Burg
Série Concluída

10 comentários:

  1. Gostei muito dos De Burgh, especialmente o Dusntan... maravilhoso e sensual demais!!!!!

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  2. Terminei agora de ler o primeiro livro da série. Ameii!!!!
    Agora estou partindo para o próximo. Qual dos de Burgh estará em foco agora? *-*

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  3. sabe como faço para compra -los os romances desta familia de burgh

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    1. São livros de banca, vc acha em banca de jornais, sebos, livrarias.

      bjs

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  4. Usarei uma palavra para definir o livro:
    P E R F E I T O.

    Para quem ama os históricos como eu, este é o tipo do romance indispensável. Já li e reli várias vezes e cada vez o acho melhor. Toda a série é muito boa, mas, prefiro os três primeiros, sendo O Lobo Domado o meu favorito, sou apaixonada pelo Dunstan e a mocinha também é ótima.
    Leiam e curtam um dos melhores romances históricos de banca que existe.


    Beijos e não esqueçam de comentar depois, para confirmar que estou correta.

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  5. O LOBO DOMADO – gostaria de prender este lobo bem prendido pra tirar a teimosia do ‘bixo’.

    Dunstan de Burgh- é de longe um dos homens mais teimoso que já conheci nos históricos. Credo cruz Maria e José... O homem não entende ou não quer compreender que a nossa mocinha que FICAR longe das Terras dela por instinto de sobrevivência? Não entende que NÃO DAR UMA CHANCE para que ela explique é algo que toda pessoa de bom senso e racional é o que faz? Até mesmo quando nossa mocinha recupera a memoria e tenta explicar ele supõe que é mentira, truque! Vai ser teimoso assim no raio que o parta em 5.... depois distribuo pras zamigas. Mas é uma pena que ele não sofreu nenhum ‘tiquim’ pra deixar a teimosia. Até mesmo quando decide casar com Marion só faz uma COMUNICADO: Vamos casar e ponto final. Eu..heim! E um lobo mesmo.

    Marion Warenne – as supostas fugas de nossa mocinha é irritante. Mas quem não tentaria sabendo que sua vida estava em risco? O problema é a falta de técnica pra fuga e o faro aguçando do lobo para acha-la. Ela é uma boa heroína e tem seu lado cômico. As desculpas que ela dá para cada fuga me fez rir. E o dedidinho no peito musculoso do lobo é boa...kkkk

    Abro espaço pro PAPAI De Burg – meu Deus! Como gosto de homem mais maduro...experiente. E este papi é tudo de bom. O homi sabe se locomover...falar...ser expressivo. Amei o papi da alcateia. Posso ficar com ele meninas?

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  6. Assustada com o som da grande porta dupla se abrindo, Marion ergueu os olhos do bordado para ver um gigante atravessando o vestíbulo. O recém-chegado se vestia como um cavaleiro e se fazia acompanhar por outros com roupas similares, mas nenhum tinha, o porte do que seguia na frente.
    Deus misericordioso, como aquele homem era gran¬de... Parecia até maior do que os irmãos de Burgh, que eram mais altos do que o pai. Mas quem era ele? Quem poderia invadir o vestíbulo do castelo como se estivesse na própria casa, marchando com tanta arrogância?
    Até que Marion achou ver algo conhecido naquela figura. Aquele homem tinha uma graça natural de movimentos, embora fosse gigantesco como nenhum outro que ela conhecesse. O formidável guerreiro retirou o elmo e sacudiu os cabelos muito pretos. Então não houve mais dúvidas.
    Dunstan.
    Por alguns instantes Marion permaneceu sentada, observando com interesse o recém-chegado. Embora os irmãos falassem com freqüência do primogênito de Campion, Dunstan vivia em terras próprias e era. primeira vez que ela o via. E logo a curiosidade se transformou em admiração. Pelas feições daquele homem, era possível ver que se tratava de uma pessoa franca. Mesmo assim, ninguém, ninguém jamais s referira a Dunstan usando a palavra franqueza.
    O mais velho dos irmãos de Burgh era o homem mais belo que Marion jamais vira. Embora muito alto, mais até do que Simon, carregava com naturalidade todo aquele peso. Parecia um predador, uma fera ameaçadora, mas Marion não se sentia intimidada diante daquele figura formidável. Na verdade se espanta por sentir o coração batendo mais depressa. O que guardava na memória abrangia um período muito Curto e não se lembrava de ter se sentido tão impressionada ao ver os ombros largos e as pernas musculosas de um homem.
    Mas não era só isso que a afetava. Os cabelos q caíam nos ombros dele tinham a cor das asas de corvo. O rosto era de traços fortes, com queixo quadrado e lábios... Ah, os lábios tinham um desenho perfeito, nem muito cheios nem muito finos. Marion engoliu em seco.

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  7. Já conhecia os outros irmãos de Burgh, todos belíssimos exemplares masculinos, mas nenhum havia pro¬vocado nela sensações como as de agora. Os rapazes mereciam dela afeição, carinho, amizade, mas Dunstan...
    Finalmente ele olhou para ela e Marion deu-se conta de que estava negligenciando seus deveres de castelã. Então pôs-se de pé, deixando cair no chão o bordado.
    - Arthur! - ela disse, com a voz meio trêmula, chamando um criado que ia passando. - Traga vinho o comida para lorde Dunstan.
    Dito isso Marion se abaixou para apanhar o bordado, mas Dunstan se antecipou nisso. Surpresa com aquilo ela olhou para a mão que entregava o tecido preso nos bastidores. Era a mão de um guerreiro, forte e calejada, mas segurava o bordado com leveza e graça. Marion corou, como se estivesse olhando para uma parte íntima do corpo dele, e rapidamente ergueu os olhos para o rosto de Dunstan.
    Ele não estava sorrindo, mas também não mostrava uma expressão de desagrado. Talvez por isso Marion tinha se sentido encorajada a sorrir.
    - São verdes! - ela murmurou, agradavelmente surpresa.
    O quê?
    voz de Dunstan era grave, bem de acordo com o com dele, e o som provocou um arrepio em Marion.
    - Os seus olhos - ela explicou. - Eles são dife¬rentes dos seus irmãos. Eu sempre quis ter olhos ver¬des, e não castanhos.
    Os olhos de Dunstan eram de um verde profundo pouco comum, como uma floresta densa e carregada de mistério.
    Parecendo confuso ele moveu a cabeça para o lado e olhou para ela com curiosidade.
    - Quem é você?
    - Marion - ela respondeu, erguendo-se.
    Quando os dois ficaram de pé Marion precisou le¬vantar a cabeça para olhá-lo nos olhos.
    - Marion de quê?
    - Não tenho outro nome.
    Marion disse aquilo com naturalidade e até sorriu.
    - Então é uma visitante no castelo? ,
    - Sou uma hóspede - ela o corrigiu.
    Uma visitante logo estaria de partida, algo que Ma¬rion não tinha intenção de fazer.
    Nesse instante Arthur retornou e pôs sobre a mesa, cerveja e comida para os recém-chegados. Marion agra¬deceu ao criado com um gesto de cabeça e voltou-se novamente para Dunstan, que continuava a olhá-la com curiosidade.
    - Quando você chegou ao castelo de Campion? - ele quis saber.
    Marion abriu mais o sorriso. Talvez aquele homem estivesse pensando que ela havia afugentado o pai e os seis irmãos dele para usurpar poderes no castelo. No mínimo achava que ela exorbitava os direitos de uma simples hóspede.

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  8. - Há seis meses, meu senhor. E é difícil acreditar que só agora o estou conhecendo. Não acha que passou muito tempo sem vir visitar seu pai?
    Um brilho de desagrado passou pelos olhos de Duns¬tan, algo próprio de quem não gostava de ser censurado.
    - Minhas terras me mantêm ocupado, minha se¬nhora - ele respondeu, com certa rispidez. - Agora, espero que me dê licença.
    Dito isso Dunstan fez uma reverência com a cabeça e voltou-se para se juntar aos acompanhantes. Marion quase estendeu a mão para retê-lo pelo braço. Queria ficar com ele por mais tempo, conhecê-lo melhor, mas percebeu que, infelizmente, aquela vontade. Existia apenas de Parte dela. O pouco interesse demonstrado por Dunstan não passava da natural curiosidade.
    Mas por que ele deveria sentir algo além disso? Ela não era nenhuma beldade da corte, nenhuma dama sofisticada. Além disso, era baixinha e já havia passado da idade de se casar. Pela primeira vez desde que havia chegado ao castelo de Campion, Marion não se sentia em casa.
    Retomando o bordado ela procurou se concentrar no intrincado desenho e esquecer os olhos verdes de Duns¬tan de Burgh, mas a toda hora o olhava furtivamente. Agora ele estava sentado à outra extremidade da com¬prida e alta mesa, em torno da qual também se sen¬tavam os demais homens. Assim sendo, só era possível ver os ombros largos e os movimentos da cabeça de cabelos pretos... mas isso já era até demais, depen¬dendo das reações de quem o olhasse.
    Marion sempre sentira vontade de conhecer o pri¬mogênito de Campion, mas agora desejava que ele fos¬se embora logo. Não devia se deixar dominar por sen-sações próprias de uma jovenzinha ao se ver diante de um homem atraente. As vezes se perguntava se já havia existido algum homem na vida dela. Não con-seguia se lembrar, mas pelo que estava sentindo agora não podia ter existido ninguém como Dunstan de Burgh.

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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!