17 de dezembro de 2011

Romance Em Alto Mar





Desiludida e atormentada, Crisa concorda em casar com o Senhor Silas P. Vanderhault, um influente milionário americano, a fim de salvar o seu pai, Sir Robert Royden, profundamente endividado e ameaçado de prisão. 


Porém, na noite do casamento, o seu marido entra em estado de coma, do qual nunca chegará a recuperar. 


Alguns meses depois, ao receber a herança, Crisa transforma-se numa das mulheres mais ricas da 


América, mas, para todos os efeitos, continua presa, pelo seu dinheiro, à Mansão dos Vanderhault, em Nova Iorque, onde se vê rodeada de familiares decididos a não a deixarem regressar a Inglaterra. 
Crisa consegue adivinhar que eles pretendem, a todo o custo, casá-la com um membro da família, e se vê envolvida, no alto mar, com um homem gravemente ferido por um assassino. 


Capítulo Um 


 1896 
 Crisa dirigiu-se à janela e olhou a Quinta Avenida. 
Não via o tráfego que passava lá em baixo, nem as casas de pedra castanha, enormes e feias, que se erguiam em frente da majestosa Mansão creme, de pedra calcária. 
Tinha sido construída à semelhança dos graciosos Castelos do Vale do Loire por Silas P. Vanderhault, por ocasião do seu primeiro casamento. 
Em vez disso, ela só via uma velha casa Senhorial. Fora a habitação dos Royden em Huntingdonshire, desde que Jaime criara o título de Baronete. 
Estava necessitando de obras urgentemente, os tijolos vermelhos precisava ser pintados, a madeira das empenas tinham apodrecido e faltavam vários vidros nas janelas. 
No entanto, para Crisa seria sempre o mais belo lugar do Mundo. 
As saudades que sentia doíam como se tivesse uma ferida no coração. 
Agora, perdera tanto a Mansão como o seu pai, e o pior é que sentia que tinha perdido, também, a juventude. 
Às vezes pensava que, naquela atmosfera tão luxuosa, naquelas ruas apinhadas e na agitação permanente de Nova Iorque, tinha envelhecido de um dia para o outro. 
Na verdade, celebrara os seus dezenove anos ainda na semana anterior. 
Dezenove anos apenas! 
No entanto, parecia que tinha vivido dezenove séculos, desde que casara com Silas P. Vanderhault. 
Fora a terceira esposa de um dos homens mais ricos da América. 
Ainda parecia mentira, a tal ponto custava a acreditar que tanto ele como o seu pai estavam mortos. 
Recordava-se perfeitamente do dia em que tudo acontecera.
Tinha saído sozinha, a cavalo. Desde a morte da mãe que o seu pai, como se não suportasse permanecer dentro da casa em que tinham sido tão felizes, ia constantemente a Londres.
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