16 de julho de 2012

A Dama e o Libertino

O senhor do vício...

Quintus MacLachlann é do tipo arrogante que jamais se desculpa.
Quando recebe a missão de fingir estar casado a fim de sé infiltrar na sociedade de Edimburgo, ele saboreou a chance de ser o marido de Esme, que, embora belíssima, o detesta. ... e a senhora da virtude?
Esme não esconde sua profunda antipatia pelo desonrado libertino.
Ele é a última pessoa no mundo que ela consideraria se casar, simular um casamento ou qualquer outra coisa.
Mas ser forçada a atuar como esposa de um homem tão sedutor quanto ele pode criar sentimentos reais de desejo...

Capítulo Um

Londres Fevereiro, 1817
Esme McCallan andava impacientemente de um lado para o outro no escritório de advocacia em Staple Inn.
De trás da porta fechada, podia ouvir as vozes sussurradas e passos de clientes chegando para se reunirem com outros advogados.
Alguns dos passos eram tão ligeiros quanto os de Esme, outros lentos, arrastados e derrotados.
Nenhum deles pertencia ao seu irmão.
Esme detestava esperar, como Jamie sabia muito bem, todavia já eram quase 3h30 de uma tarde gelada e úmida, e Jamie ainda não chegara lá para encontrá-la, embora tivesse sido ele quem marcara o horário.
Só havia uma coisa que podia irritá-la mais e... 
Aconteceu. Quintus MacLachlann entrou no escritório sem ao menos bater à porta antes.
É claro que ela não o ouvira aproximar-se; o homem se movia tão silenciosamente quanto um gato.
Vestindo um casaco de lã marrom, colete azul, camisa branca aberta no colarinho e calça bege larga, alguém poderia facilmente presumir que ele era filho de camponeses e ganhava seu sustento lutando boxe.
Apenas sua voz e seus modos prepotentes de lorde sugeriam que ele era alguma outra coisa.
Se não a verdade: que era o filho imoral e renegado de um nobre escocês, e que desperdiçara todas as vantagens que sua família rica e posição haviam lhe proporcionado.
— Onde está Jamie? — perguntou ele com aquela combinação de arrogância e familiaridade que ela achava particularmente irritante.
— Eu não sei — replicou Esme enquanto se sentava na beirada da pequena cadeira preta e oval que seu irmão mantinha para clientes.
Ela alisou uma prega no colo de seu casaco de pele marrom e ajustou sua touca sem adornos, de modo que esta ficasse mais propriamente centrada em seus cabelos castanhos. — Isso não se parece com ele — observou MacLachlann desnecessariamente enquanto se recostava contra as prateleiras que guardavam os livros de advocacia de Jamie. 
— Ele ia encontrar alguém? 
— Eu não sei — repetiu ela, silenciosamente censurando-se por sua ignorância. — Não estou informada de todos os compromissos que meu irmão faz. 
Os lábios carnudos de MacLachlann se curvaram num sorriso insolente, e seus olhos azuis brilharam com divertimento.
— O quê? A mãe galinha não sabe sobre cada passo que seus pintinhos dão? 
— Não sou mãe de Jamie, e uma vez que Jamie é um homem adulto, com uma cabeça boa e uma educação que ele não desperdiçou, então não, eu não controlo todos os passos dele. 
Suas palavras não produziram efeito sobre o perdulário, que continuou sorrindo como um tolo. 
― Não? Bem, Jamie não está com uma mulher, de qualquer forma, a menos que ela seja uma cliente. Ele nunca se dá ao luxo desse tipo de coisa durante o dia. 
Os lábios de Esme se apertaram. 
— Então há mais alguma coisa que a mãe galinha não sabe, certo? — falou MacLachlann com uma risada que a fez se sentir como se tivesse entrado em algum tipo de estabelecimento onde todas as espécies de indecência ocorriam... Provavelmente o tipo de lugar que MacLachlann mais frequentava, talvez até mesmo o lugar onde passava todas as suas noites. 
— A vida privada de meu irmão não é da minha conta — disse ela, sentando-se ainda mais ereta e dando a MacLachlann um olhar cáustico. — Se eu estivesse por dentro de todos os assuntos de Jamie, saberia por que ele contratou um malandro como você. 
O brilho nos olhos azuis de MacLachlann revelou outro tipo de fogo. 
— Isso teve a intenção de machucar, docinho de coco? — perguntou ele, enfatizando seu sotaque irlandês e usando uma expressão para chamá-la que ela odiava com todas as suas forças. — Em caso positivo, você não teve sucesso. Já fui insultado de maneiras que curvariam os dedos de seus pés dentro de botas de sola grossa.
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Um comentário:

Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!