Uma indiscrição foi só o começo...
O leve excesso de uma noite — oh, está bem, ele estava muito, muito bêbado — é o motivo pelo qual Stephen Parker-Roth se vê obrigado a se casar e assim evitar um escândalo.
Ainda que sua “indiscrição” seja adorável, uma beleza ruiva sob um horrível chapéu fora de moda.
Mas em seguida começa a se sentir satisfeito por seu compromisso com essa excelente candidata a esposa — e por antecipar as travessuras que vão realizar antes do casamento...Lady Anne Marston há muito tempo não pensa em nada que tenha a ver com a ideia de casamento.
Esse é o preço que tem que pagar pelos erros de seu passado. Mas uma breve conversa com um atraente patife, não deveria ter provocado que se visse envolvida em um compromisso falso.
Mesmo que ele tivesse lhe dado esse impressionante beijo...em plena luz do dia...ao lado da casa da maior bisbilhoteira de Londres.
Agora, encurralada entre o segredo e a mentira, Anne tem que encontrar a maneira de se afastar desse sedutor e enlouquecedor homem, antes que Stephen descubra a verdade — ou perca o coração para ele...
Capítulo Um
Stephen Parker-Roth aterrissou em uma grande poça. Barro e água salpicaram no ar, empapando suas calças, manchando seu casaco e sujando seu rosto. Limpou uma mancha da face com uma área intacta de sua gravata e franziu o cenho para o autor do desastre em sua vestimenta.
— Você tem uns modos deploráveis, senhor.
Com a língua pendurada, o malfeitor piscou. Olhava Stephen sem nenhum sinal de estar envergonhado.
— Isto não teria acontecido se não estivesse muito, muito bêbado, sabe?
O indivíduo inclinou a cabeça para um lado.
— Duvida de mim, senhor? — Stephen se inclinou para frente e apontou com o dedo o grande animal para enfatizar seu ponto. — Aviso, sou um homem extremamente perigoso. Ganhei lutas de Borneou à Buenos Aires ou à Boston. Mais de um canalha lamentou o dia em que seu caminho cruzou com o meu.
O cachorro latiu sonoramente e apoiou a cabeça sobre as patas dianteiras. Suas patas traseiras seguiam levantadas, movendo a cauda como uma bandeira em uma forte tormenta.
Stephen relaxou o bastante para coçar as orelhas da criatura.
— Ah, bem, não vou fazê-lo pagar por sua ignorância sobre mim. Não é mais que um... — franziu o cenho. — Não, não pode ser um cachorro vira-lata... está muito limpo. Porque está vagando sozinho pelo Hyde Park? — Os dedos de Stephen encontraram uma coleira enterrada entre o pelo do cachorro, e então notou a corrente que arrastava pela grama. — Oh não, não está só. O que fez com seu dono, cavalheiro?
As orelhas do cachorro levantaram. A agradável e incrivelmente sedutora voz de uma mulher, gritou.
— Harry!
— Ou dona... — Stephen se encontrou falando com o ar. Harry já estava saltando pela grama e se dirigia até uma figura que estava a uns cem metros de distância. Stephen entrecerrou os olhos por causa do sol. A mulher usava um enorme chapéu e um vestido que parecia um saco de batatas enorme.
Uma lástima. Uma voz que evocava lençóis desfeitos e braços e pernas entrelaçados, não deveria pertencer a alguém com esta aparência ridícula.
A mulher se inclinou para recolher a corrente e Harry começou rapidamente a rebocá-la de novo até ele.
Melhor seria que Stephen se levantasse, é o que faria um cavalheiro. Se pôs de pé, ainda que isto não fizesse que o barro desaparecesse. MacInnes teria uma apoplexia quando o visse. Nunca entenderia porque seu criado pessoal, que não pestanejava quando tinha que cuidar de sua vestimenta no Amazonas ou nas selvas da África, ficava tão insuportável como um maldito almofadinha quando chegavam na costa da Inglaterra.
Oh. A mudança para esta posição vertical não estava fazendo nada bem a ele. Se agachou, apoiando as mãos nos joelhos e engoliu várias vezes até que a paisagem deixou de dar voltas e sua última refeição permaneceu em seu estômago. Seria de extrema falta de educação, cumprimentar esta senhora soltando seu conteúdo digestivo em cima de seus sapatos.
— Harry! Não corra!
Mesmo aguda e sem fôlego, sua voz lhe enviou um tremor de prazer que o percorreu inteiro. Stephen se inclinou um pouco para proteger qualquer óbvia evidência de seu interesse.
Controla tua luxúria!
A mulher poderia ter dentes de coelho e hálito de alho ou estar desdentada e ter oitenta anos.
Ele levantou a vista. Bom, não oitenta. Ela se movia muito rápido para ser tão mais velha.
O chapéu horrível deslizou de sua cabeça enquanto a observava. Ah!
Série Nobres Apaixonados
1 - O Duque Apaixonado
2 - O Barão Apaixonado
2.5 - O Lorde Apaixonado
3 - O Marquês Apaixonado
4 - O Conde Apaixonado
5 - O Visconde Apaixonado
6 - O Cavalheiro Exposto
6.5 - Príncipe Apaixonado
7 - O Rei Apaixonado
Série Concluída
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!