13 de novembro de 2017

Vento Quente do Sahara

Deslumbrada pelo sonho de explorar uma antiga cidade imersa em séculos de tradição exótica, Lady Sarah Stewart encontra-se enfrentando a morte por um crime que nunca pretendia cometer.

Por sorte, ela tem uma conexão com a família real que pode salvar sua vida.
O príncipe Ahmed nunca superou sua atração sexual pela irmã de seu amigo inglês, William Stewart. Quando a linda Sarah precisa de resgate, ele oferece uma solução que irá resolver o seu dilema e evitar sua luxúria inegável. Casar com uma inglesa é um passo pouco ortodoxo, mas a satisfação que ele encontra quando ela está em sua cama vale a pena, pois sua linda noiva se mostra tão apaixonada quanto é animada. 
Encantados com sua união inesperada, Ahmed e Sarah encontram o paraíso nos braços um do outro e a escuridão no horizonte. Pois seu inimigo planeja uma vingança diabólica sob o sopro do vento quente do Saara...

Capítulo Um

As paredes da poeirenta cela escura irradiavam o desespero dos infelizes que a ocuparam no passado. Minúscula, com nada além de uma fenda alta para a ventilação que deixava entrar uma pequena luz, tinha um chão de pedra sujo e um pequeno catre com um cobertor muito questionável.
Sentindo-se bastante infeliz, Lady Sarah Stewart tentou andar, embora o espaço fosse realmente pequeno demais para fazer outra coisa além de dar alguns passos e se virar, suas saias de seda escovando o chão imundo. 
Aquela manhã ― pensou com descrença sobre suas circunstâncias atuais ― ela tinha tomado café da manhã na cama, se banhado com água perfumada e tinha uma empregada esperando enquanto selecionava um vestido e vestia-se para sua saída na repleta e exótica cidade. 
O contraste entre seu quarto de hotel luxuoso e o local terrível em que estava presa agora era quase inacreditável, especialmente porque não tinha ideia do porquê de ter sido levada para lá, em primeiro lugar. Era difícil dizer quanto tempo passara, mas não havia dúvida de que o horrível interior estava ficando mais escuro, o que significava que ela estava lá por horas e horas.
Por favor, Deus... — Ela rezou com a garganta apertada, uma lágrima quente escorrendo pela bochecha. — Não me deixe passar a noite neste lugar!
Como por resposta, ouviu o raspar de uma chave que fez girar com gratidão as dobradiças que rangiam de protesto quando a porta se abriu. Um guarda ficou lá, parecendo completamente impassível, sua espada brilhante quase tocando o chão. Em qualquer outro momento, ela teria pensado que seu uniforme colorido de túnica e turbante era fascinante, outra indicação de que estava em uma parte completamente diferente do mundo e não na Inglaterra sua terra natal, mas agora mesmo isso a aterrorizava. 
Ele indicou que ela deveria sair, e o fez com prazer, adivinhando por seu gesto que queria que ela o precedesse pelo corredor estreito e úmido. Como isso parecia melhor do que estar trancada, Sarah concordou, ficando com as mãos trêmulas enquanto caminhava pelo corredor desigual e subia as escadas no final.
Depois de um verdadeiro labirinto de corredores semelhantes, ela foi levada para uma grande sala quadrada que tinha uma série de janelas altas que deixavam entrar o brilho do pôr-do-sol. Havia pelo menos dez pessoas na sala, todas as quais se viraram para encará-la em sua entrada. 
A maioria deles era como os homens que a haviam prendido enquanto visitava uma antiga mesquita, usavam roupas escuras e eram barbudos, suas expressões abertamente hostis que faziam com que ela respirasse mais forte. Sentados em cadeiras a uma mesa baixa e longa, eles pareciam estar esperando por alguma coisa.
― Lady Sarah. ― A única pessoa na sala vestida de um estilo mais ocidental era um homem idoso esbelto e de ossos finos que se aproximou dela imediatamente e lhe fez uma referência cortês. ― Eu sou Robert Tulane, o cônsul inglês aqui.
― Onde está minha tia?




2 comentários:

Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!