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24 de março de 2020

Menos do que honorável


Jason Culver é aristocrático, adequado e muito obcecado pela babá de seus filhos, para seu desgosto.

Ele quer ignorar sua atração, mas parece que não consegue resistir, e quando ele finalmente sucumbe, os resultados são combustíveis ardentes.
Alicia Alton está apaixonada por seu empregador. Não, ela não é da mesma classe, é uma paixão sem esperança, se é que alguma vez existiu, e ela é uma completa tola.
No entanto, ela acha que o desejo supera suas inibições e, além disso, embora o escândalo ocorra no horizonte, ela não pode negar que o homem com quem sonhou seria menos do que honroso.

Capítulo Um

A bola voou pelo gramado e caiu no lago em meio a gritos de riso. Do terraço com vista para o gramado, Jason Culver, o oitavo marquês de Romley, observava o filho tentar mergulhar sem medo de recuperá-la, capturado no último segundo por sua babá atenta. A senhorita Alton levou-o a uma distância segura da água, colocou-o na grama e bagunçou seus cachos escuros em um gesto tranquilizador. Ela começou a tirar os sapatos, as meias e levantar as saias para revelar tornozelos delicados e panturrilhas lisas e entrou para pegar ela mesma a bola errante.
Fascinante.
— É muito cedo para um conhaque?
Deitado em uma cadeira perto de uma mesa de ferro com tampo de vidro, Jason olhou para cima e viu seu irmão mais novo passear pelas lajes. Vincent habilmente equilibrou dois copos em uma mão e segurou a garrafa na outra, um talento que, sem dúvida, veio de muita prática.
Secamente, Jason reconheceu:
— Você deve ter lido minha mente. Na verdade, eu estava pensando que poderia tomar uma bebida forte. Boa tarde, Vince. Está um dia adorável, não é?
— É verdade, mas não é como você percebe o tempo. — Vincent caiu em uma cadeira e derramou o líquido âmbar em dois copos. — Geralmente você fica confinado no seu escritório o dia todo.
— Só estou dando uma pequena parada. Você sempre me disse que eu trabalho demais, então aqui estou, aproveitando alguns minutos de lazer enquanto assisto as crianças brincando ao sol.
Com apenas uma diferença de um ano de idade, eles se conheciam muito bem. Os olhos de Vincent se estreitaram com seu tom agudo e ele tomou um pequeno gole de conhaque.
— Não fique na defensiva. Sei que gerenciar seus diferentes interesses financeiros leva muito tempo e acho que você trabalha nisso com muita diligência. Eu já disse tantas vezes. 

18 de junho de 2019

Sedução nas terras Altas

Sequestrada pelo notório Laird das Terras Altas Ian McCray e mantida prisioneira para troca, Lady Leanna Arlington deveria estar apavorada, mas seu sequestrador a ajudou a escapar de um casamento indesejado. Agora, ela deve persuadir o escocês viril a mantê-la com ele...






Capitulo Um

Os intrusos entraram pela janela, apesar da altura em que se encontrava, bem acima das águas do lago. Sem entender, no início, o que estava acontecendo, Leanna Arlington piscou, percebendo com um sobressalto que seu quarto estava cheio de figuras escuras e de que o que na verdade a acordara era uma mão enluvada pressionada firmemente em sua boca.
— Não. — A ordem foi firme, concisa.
E ela compreendeu, pois algo naquele aviso masculino lhe dizia que o homem debruçado sobre si na penumbra falava muito a sério. Com os olhos arregalados, ela obedientemente lutou contra o desejo de gritar, seu coração começando a correr, seu corpo rígido sob o lençol fino. Estava muito quente e ela usava a camisola mais diáfana, o que parecia lógico quando ela se preparou para dormir, mas agora não era uma boa escolha, especialmente quando o lençol que cobria seu corpo foi arrancado e ela foi erguida e amarrada sem cerimônia. Seus braços foram puxados para trás, a mão implacável ainda sobre sua boca, e ela sentiu laços serem apertados ao redor de seus tornozelos e pulsos, vários homens trabalhando ao mesmo tempo. Um pedaço de pano foi enfiado em sua boca e preso com uma tira em volta da cabeça.
Para seu horror, o homem alto que a despertou a jogou por cima do ombro e voltou para a janela. Lá fora, brilhava estrelas no céu de veludo escuro.
Que o Senhor a ajudasse, a água estava a dezenas de metros. Seu coração, já batendo contra suas costelas, começou a doer e ela começou a lutar pela primeira vez, choramingando através da mordaça.
— Nada de barulho, milady. — As palavras dele pareciam letalmente suaves. — Relaxe, não a deixarei cair.
Relaxar… 

13 de novembro de 2017

Vento Quente do Sahara

Deslumbrada pelo sonho de explorar uma antiga cidade imersa em séculos de tradição exótica, Lady Sarah Stewart encontra-se enfrentando a morte por um crime que nunca pretendia cometer.

Por sorte, ela tem uma conexão com a família real que pode salvar sua vida.
O príncipe Ahmed nunca superou sua atração sexual pela irmã de seu amigo inglês, William Stewart. Quando a linda Sarah precisa de resgate, ele oferece uma solução que irá resolver o seu dilema e evitar sua luxúria inegável. Casar com uma inglesa é um passo pouco ortodoxo, mas a satisfação que ele encontra quando ela está em sua cama vale a pena, pois sua linda noiva se mostra tão apaixonada quanto é animada. 
Encantados com sua união inesperada, Ahmed e Sarah encontram o paraíso nos braços um do outro e a escuridão no horizonte. Pois seu inimigo planeja uma vingança diabólica sob o sopro do vento quente do Saara...

Capítulo Um

As paredes da poeirenta cela escura irradiavam o desespero dos infelizes que a ocuparam no passado. Minúscula, com nada além de uma fenda alta para a ventilação que deixava entrar uma pequena luz, tinha um chão de pedra sujo e um pequeno catre com um cobertor muito questionável.
Sentindo-se bastante infeliz, Lady Sarah Stewart tentou andar, embora o espaço fosse realmente pequeno demais para fazer outra coisa além de dar alguns passos e se virar, suas saias de seda escovando o chão imundo. 
Aquela manhã ― pensou com descrença sobre suas circunstâncias atuais ― ela tinha tomado café da manhã na cama, se banhado com água perfumada e tinha uma empregada esperando enquanto selecionava um vestido e vestia-se para sua saída na repleta e exótica cidade. 
O contraste entre seu quarto de hotel luxuoso e o local terrível em que estava presa agora era quase inacreditável, especialmente porque não tinha ideia do porquê de ter sido levada para lá, em primeiro lugar. Era difícil dizer quanto tempo passara, mas não havia dúvida de que o horrível interior estava ficando mais escuro, o que significava que ela estava lá por horas e horas.
Por favor, Deus... — Ela rezou com a garganta apertada, uma lágrima quente escorrendo pela bochecha. — Não me deixe passar a noite neste lugar!
Como por resposta, ouviu o raspar de uma chave que fez girar com gratidão as dobradiças que rangiam de protesto quando a porta se abriu. Um guarda ficou lá, parecendo completamente impassível, sua espada brilhante quase tocando o chão. Em qualquer outro momento, ela teria pensado que seu uniforme colorido de túnica e turbante era fascinante, outra indicação de que estava em uma parte completamente diferente do mundo e não na Inglaterra sua terra natal, mas agora mesmo isso a aterrorizava. 
Ele indicou que ela deveria sair, e o fez com prazer, adivinhando por seu gesto que queria que ela o precedesse pelo corredor estreito e úmido. Como isso parecia melhor do que estar trancada, Sarah concordou, ficando com as mãos trêmulas enquanto caminhava pelo corredor desigual e subia as escadas no final.
Depois de um verdadeiro labirinto de corredores semelhantes, ela foi levada para uma grande sala quadrada que tinha uma série de janelas altas que deixavam entrar o brilho do pôr-do-sol. Havia pelo menos dez pessoas na sala, todas as quais se viraram para encará-la em sua entrada. 
A maioria deles era como os homens que a haviam prendido enquanto visitava uma antiga mesquita, usavam roupas escuras e eram barbudos, suas expressões abertamente hostis que faziam com que ela respirasse mais forte. Sentados em cadeiras a uma mesa baixa e longa, eles pareciam estar esperando por alguma coisa.
― Lady Sarah. ― A única pessoa na sala vestida de um estilo mais ocidental era um homem idoso esbelto e de ossos finos que se aproximou dela imediatamente e lhe fez uma referência cortês. ― Eu sou Robert Tulane, o cônsul inglês aqui.
― Onde está minha tia?




26 de setembro de 2015

Seu Segredo Pecaminoso

Trilogia Solteiros e Desavergonhados
Prometida a um irmão, e depois casada com outro, Julianne Sutton se vê como um peão em um jogo desconhecido. O novo e enigmático marquês de Longhaven sabe tudo sobre a arte do engano, mas está perplexo com a inocência. Sua nova esposa é confiante, amável e totalmente fascinante. Imagine sua surpresa quando descobre que ela tem segredos próprios. Enquanto ele luta contra um inimigo impiedoso, ele rapidamente aprende que o amor tem um conjunto de regras totalmente diferente.

Capítulo Um 

O erro de cálculo foi fatal. Quando Michael Hepburn se virou, um segundo mais tarde do que o necessário para evitar a facada em cheio, a tênue luz da luz lhe proporcionou uma imagem vaga da figura na penumbra. 
Percebeu que a afiada lâmina atravessou a fina casaca de brocado e sentiu a fria mordida do aço no corpo. Uma dor aguda o invadiu, inclusive quando, de forma reflexa, deu um golpe com o pé e ouviu o som surdo do pontapé. 
O assaltante grunhiu e recuou, cambaleando pelo chão de pedra engordurado, mas não demorou a recuperar o equilíbrio e lançou-se de novo sobre ele. Felizmente, dessa vez Michael não estava desprevenido. Ele se esquivou inclinando o corpo para trás e deixou que o impulso do atacante o aproximasse o suficiente para lhe acertar um gancho de direita. 
Como o beco pestilento estava muito escuro, em vez de acertá-lo em pleno queixo, pegou de mau jeito em um dos lados do pescoço. Ouviu-se um gemido agudo e Michael aproveitou para dar outro pontapé no desconhecido, mas desta vez, na entreperna. Jogo limpo era para quem se podia dar ao luxo da derrota. Isso ele havia aprendido na Espanha. 
Ter uma morte honrosa tudo bem, mas, em sua opinião, viver era muito melhor, e não lhe ocorria nada mais sórdido do que perder a vida em um beco imundo de Londres. 
O atacante conseguiu se esquivar do pontapé, – o que demonstrava que também ele se vira em mais de uma luta suja e havia previsto o golpe, – mas patinou no chão escorregadio e caiu como um saco de batatas. Porém ele perdeu a faca, e enquanto se abaixava para reavê-la, Michael viu a figura se pôr de pé com dificuldade, dar meia volta e sair correndo. 
A própria respiração dele abafou o estrondo dos pés correndo ao bater no chão. Se não fosse pela sensação morna e melada do sangue que ensopava sua roupa, talvez ele tivesse tentado caçar o homem para arrancar-lhe alguma informação. 
— Inferno – resmungou, abrindo a casaca riscada para olhar o ferimento. A camisa branca de linho já exibia um vivo tom de escarlate. Aquele mal parido, fosse lá quem fosse, pretendia causar-lhe dano de verdade. A lâmina devia ter topado com uma costela, por isso, embora o ferimento sangrasse muito, Michael não considerou que fosse grave. 
Ele já havia sido ferido o suficiente para saber quando tivesse chegado o momento. Não obstante, aquele ferimento não podia ter sido mais inoportuno. Tirou o relógio do bolso do colete e semicerrou os olhos para poder ver a hora à escassa luz, procurando ignorar o fedor de lixo que o rodeava. 
Já era muito tarde, mas ele não podia voltar para casa naquele estado porque poderia encontrar alguém ainda acordado. A enorme mansão estava cheia de parentes e convidados de todo tipo. Felizmente, tinha outras opções. Andou até onde o esperava o veículo que havia alugado a preço de ouro. 
A carruagem ducal teria chamado muito a atenção naquele lugar de negócios escusos e de contravenções, e albergues de telhados e portas desmanteladas, indicativos da sordidez do entorno. Certamente ele estava um pouco tonto quando chegou ao veículo. O cocheiro, um homem de rosto afilado e barba desastrosa, alarmou-se ao vê-lo aparecer. 
— Caramba, algum problema, chefe? 
— Está falando do sangue? – perguntou Michael com cinismo. – Os bandidos estão ficando cada vez mais atrevidos. O cocheiro teve a delicadeza de não mencionar o quão tarde da noite era e o bairro de má reputação no qual se encontravam. 
Com uma boa gorjeta, ele se esqueceria do que havia visto. Michael lhe deu um endereço, subiu no velho veículo e se instalou com muito cuidado no assento. O trajeto foi um tanto quanto agitado, mas, felizmente, não muito longo; não demoraram a sair daquele bairro horroroso e chegar a uma parte mais elegante – e segura – de Londres. Tratava-se de uma quinta elegante, mas discreta, nos arredores de Mayfair e, para seu alívio, via-se luz em uma das janelas do andar superior. 
Ele desceu resmungando uma palavra de agradecimento e acrescentou uma quantidade substanciosa ao preço da viagem. 
 — Se me faz o obséquio, esqueça-se de mim e do incidente. A julgar pelo semblante do homenzinho, decerto ele estava pensando que as excentricidades da aristocracia, embora impenetráveis, eram proveitosas e, após assentir com a cabeça, voltou para o assento suspenso, incitou o esquálido cavalo e o coche se afastou com grande estrépito. Apesar da hora, a porta da elegante mansão foi aberta por um homem com uma cicatriz no rosto e semblante impassível. Estava de camisolão e o cabelo escuro alvoroçado, o que indicava que já havia se retirado para dormir. Eram quase da mesma estatura e, embora lhe falasse com respeito, o olhar fixo com o qual olhava para Michael não era sinal de  comedimento. Afastou-se e o convidou a entrar. 
— Senhor Marquês, entre por favor. 

Trilogia Solteiros e Desavergonhados
1 - Meu Lorde Escândalo
2 - Um Erro Inconfessável
3 - Seu Segredo Pecaminoso
Trilogia Concluída

29 de agosto de 2015

Meu Lorde Escândalo

Trilogia Solteiros e Desavergonhados
Sem medo do escândalo

Uma jovem debutante encontra um libertino na varanda da sua alcova. 
Não só a reputação dele se interpõe entre ambos, mas também a antiga inimizade entre as duas famílias, que porá à prova esse amor.
Por que será que a jovem lady Amélia Hathaway só se interessa pelas empreitadas difíceis? 
Por que, dentre todos os jovens da alta sociedade londrinense, ela teve que se fixar em lorde Alexander St. James, tão famoso pelos heroísmos de guerra quanto pelo desprezo que tem pelas regras sociais e os compromissos sentimentais?
Agora Amélia já pode dar nome ao misterioso ladrão que, à noite, surpreendeu-a na varanda do quarto dela e lhe roubou um beijo. 
Lorde Alexander, o filho mais novo do duque de Berkeley, é um vulgar delinquente? Isso é, com efeito, impossível.
O jovem e atraente aristocrata colocou novamente sua reputação em perigo por causa de uma mulher. Mas desta vez se trata de uma mulher muito especial, e quase que a única capaz de obrigá-lo a fazer algo que, em princípio, não quer: sua avó. A velha senhora precisa recuperar um objeto ligado ao passado da família, e essa chave abrirá o coração de Amélia e Alexander.

Capítulo Um

O beco no qual lorde Alexander St. James tinha posto os pés estava sujo e fedia a ranço; estava quase convencido de que, se caísse do parapeito, aterrissaria sobre uma ratazana de bom tamanho. Como esmagar roedores escorregadiços não estava entre os seus passatempos favoritos, agarrou-se com mais força e calculou a distância que o separava do próximo telhado, que pareciam tão distantes quanto Londres de Edimburgo, mas na realidade, devia estar a poucos metros apenas.
— Que diabo há com você? – sussurrou uma voz na escuridão. – Salte de uma vez. Isto foi ideia sua!
— Eu não vou saltar – replicou, pois não estava disposto a confessar que tinha pavor de altura.
Estava assim desde aquela fatídica noite na qual havia salvado a altíssima muralha da cidadela de Badajoz com Forlorn Hope. Ainda se lembrava da chuva fina, das escadas abarrotadas de homens e do imenso vazio negro lá embaixo...
— Eu sei que foi ideia minha – resmungou.
— Então, creio que, salvo se lhe apetecer dar um passeio pela prisão de Newgate, – coisa que, por certo, a mim não, – você vai concordar comigo que precisa agir, porque o alvorecer está prestes a raiar.
A prisão de Newgate. Alex não gostava de espaços fechados tanto quando de altura. Depois do que lhe contara a avó há alguns dias, quis ter uma imaginação menos fértil. Ser trancafiado numa cela miserável era a última coisa que queria no mundo, mas, pelos seres queridos – filosofou explorando o vazio – teria que assumir riscos, e ele adorava a avó.
Esse pensamento o inspirou o suficiente para cobrir a distância e pousar com uma pancada seca do outro lado, com precário equilíbrio sobre as pequenas tábuas cobertas de fuligem. O companheiro lhe fez um sinal com a mão e, agachado, iniciou a lenta peregrinação até a próxima casa.
A lua era uma forma oblonga um tanto coberta pelas sombras das nuvens, perfeita aquela luz para se esconder, embora dificultasse a visão. Dois becos depois, com os respectivos saltos correspondentes e angustiosos, chegaram ao destino, e se soltaram da varanda que dava para um pequeno jardim cercado por muros.
Michael Hepburn, marquês de Longhaven, saltou primeiro e caiu de pé, mantendo o equilíbrio como um bailarino, o que fez Alex se perguntar, pela enésima vez, qual era a função do amigo no Ministério da Defesa.
— O que os seus espiões averiguaram sobre a distribuição da casa?
Michael examinou o lugar na penumbra através dos vidros das portas.
— Neste momento eu podia estar no nosso clube, saboreando um bom conhaque.
— Não reclame – murmurou Alex. – Você vive à base deste tipo de intriga. Felizmente a fechadura é simples. Não vou demorar a abri-la.
Com efeito, dali a pouco as portas se abriram com um forte rangido que incomodou os ouvidos de Alex, que tomou a iniciativa e se infiltrou no quarto às escuras, registrando com um olhar as formas difusas de uma grande cama com dossel e um armário. Sobre a cama jazia algo branco e, inspecionando de perto, viu que era uma camisola debruada com requintadas rendas, e a colcha estava afastada. Aquela peça virginal fez com que ele se sentisse um intruso, e – que diabos! 

Trilogia Solteiros e Desavergonhados
1 - Meu Lorde Escândalo
2 - Um Erro Inconfessável
3 - Seu Segredo Pecaminoso
Trilogia Concluída

4 de agosto de 2012

Um Erro Inconfessável

Trilogia Solteiros e Desavergonhados

Foi um erro inconfessável, uma noite de paixão que decidiram esquecer, até que um diário que deveria ter permanecido escondido volta a uni-los.
Luke, visconde de Altea, retornou da guerra da Espanha disposto a divertir-se como só fazem os cavalheiros solteiros.
Madeleine é uma jovem viúva e mãe exemplar que despreza profundamente a vida que o visconde leva.
Despreza sua frivolidade e sobretudo não perdoa a distância que impôs entre ambos depois de uma inesquecível noite de paixão.
Mas agora Madeleine precisa de alguém como Luke, acostumado a mover-se entre as pessoas de classe baixa, porque está convencida de ter matado um homem cujo cadáver jaz em sua saleta.
Sabe que só ele pode salvá-la.
O que impulsionou à bela Madeleine a atacar o nobre que foi visitá-la? Um diário.
Um diário que ela nem sequer escreveu e que jamais deveria ter saído do quarto conjugal e em cujas páginas seu falecido marido descrevia com detalhes a arte do erotismo que compartilhou com sua esposa durante o pouco tempo que desfrutou do casamento.
Um diário que arrastará Luke e Madeleine para um território familiar e ao mesmo tempo inesperado, infestado de perigos imprevistos e sensações inesquecíveis...

Comentário revisora Joelma: Raramente gosto de um luvinha, dos mocinhos para ser mais exata.
Esse livro, no entanto, me surpreendeu. Gostei especialmente da mocinha, viúva, bem resolvida, que sabe o que quer e não tem medo de enfrentar as consequências para ter o que quer e mesmo tendo sofrido ao perder o marido não tem medo de entregar seu coração novamente e lutar por esse amor.
Ah, tem uma história paralela que acontece com a irmã do mocinho e um primo que tem momentos muito bons.

Capítulo Um

Londres, 1816
Morada de Satã
O assunto se resolveu com um duelo à antiga, sem pistolas nem espadas.
“É culpa minha e só minha”, dizia-se Luke Daudet, visconde de Altea, que ultimamente se mostrava mais inquieto e temerário que nunca tanto com as mulheres quanto nas cartas.
 Pelo visto, sua reputação o precedia. Chegou o momento de pagar por seus erros.
—Sete mil é uma soma de meninos, não de homens. O desafio foi proferido discretamente, mas todos os presentes pareciam ter ouvido.
O homem que tinha na sua frente sorriu.
—Quer dar mais emoção, milord? Restam duas cartas para fechar a mão… por que não subimos um pouco a aposta? Se tiver você coragem, claro. O que lhe parece se fizermos uma aposta à parte você e eu, Altea? O fogo da esplêndida lareira de mármore estava muito forte, a julgar pelo calor sufocante naquela sala mal ventilada.
As grossas cortinas de veludo cheiravam a colônia, tabaco e brandy derramado.
O silêncio se propagava como a névoa em um cemitério; ouvia-se apenas o intenso crepitar da madeira de fundo.
Até os criados uniformizados deixaram de passear com suas bandejas de taças para ficar imóveis na penumbra, contemplando o desenrolar da cena.
“Maldição. Em que grande confusão eu me meti.” Haveria uma forma diplomática de escapar daquela situação insustentável? Ele duvidava, uma vez que, pensando bem, tudo aquilo era fruto irremediável de sua recente entrega ao mais absoluto desenfreio.
Procurando não demonstrar o menor entusiasmo, Luke se limitou a sorrir condescendente.
—De quanta emoção estamos falando? —perguntou cordialmente.
—De muita mais. O que me diz milord? Estefan, o crupier, esperava com suas longas mãos imóveis e as cartas suspensas sobre a castigada toalha de mesa.
Os olhos frios e escuros daquele observador mudo, sempre vestido de preto, impávido e quase tão animado quanto um cadáver, pareciam mostrar uma faísca de interesse, e suas finas sobrancelhas pretas se elevavam curiosas.
Na Morada de Satã não havia limites.
Era célebre por acolher apostas que faziam vacilar até aos mais ricos, um lugar no qual aristocratas e comerciantes se misturavam sem dramas.
Para entrar, bastava ter dinheiro. Luke era rico, embora não fosse o único de seu status naquela sala cheia de fumaça.
—Gostaria de saber o que você considera “uma soma de homens”, senhor. —Luke elevou os ombros com indolência.
Em algum lugar, alguém soltou uma gargalhada nervosa.
Albert Cayne, de meia-idade e bem vestido, assentiu com um aceno brusco. Era um homem corpulento, de olhos vivos e escuros, e o rosto cheio.
Exceto pelo rubor de seu já corado semblante, parecia um cara tranquilo e seguro.
—Por mais visconde que você seja, milord, tentar esgueirar-se assim não está certo. Tudo o que tenho eu mesmo ganhei e, se tiver vontade de investir uma boa soma em uma aposta, eu o farei. O que lhe parece vinte mil ao mais afortunado? “Vinte mil?” Por uma carta? Admirava a coragem daquele homem insensato. A mesa que havia a suas costas, onde se jogava trinta e quarenta, parou de fingir interesse por seu próprio jogo e a sala inteira se viu inundada de repente por um forte murmúrio.
“Abandone.” “Não. Fique. Não seja covarde.” Com uma levíssima inclinação de cabeça, ele aceitou a aposta.
Quando o boato se espalhasse pelas altas esferas londrinas, ele pensou com tristeza enquanto erguia a mão em um gesto deliberadamente lânguido para pedir uma carta, a metade das mães preocupadas em encontrar um bom marido para suas jovens filhas o poria em sua lista negra.
Bom, dava no mesmo. Não tinha interesse em casar.
Escandaloso, nobre e rico era uma boa combinação, embora ao suprimir “rico” se transformasse imediatamente em pouco mais que um cavaleiro e um preguiçoso.
Qualquer homem disposto a dilapidar tão alegremente uma soma semelhante de seus bens terrenos em um jogo de azar não era um bom partido.
Podia permitir-se perder, mas devia admitir que a extravagância o assustasse, assim como seus motivos para realizá-la.
Não o perturbava que algumas senhoritas a menos se abanassem ao vê-lo.
O que realmente o preocupava era o que poderiam pensar sua mãe e suas irmãs.
Isso, ele pensou com certa amargura enquanto levantava a carta, a olhava e voltava a deixá-la sobre a mesa, não era algo que alguém pudesse confessar quando se achava na pior casa de jogo clandestino de toda a Inglaterra.
Cayne também pegou uma carta, e o silvo do suspiro coletivo no momento em que a guardou soou como um balde de água jogado sobre as brasas.
Seu sorriso era enigmático, seu olhar firme.
Mais uma carta.

Trilogia Solteiros e Desavergonhados
1 - Meu Lorde Escândalo
2 - Um Erro Inconfessável
3 - Seu Segredo Pecaminoso
Trilogia Concluída

30 de janeiro de 2012

Lições De Sedução






Nenhuma dama de verdade deveria ter lições com uma cortesã… 

Brianna, a jovem esposa de Colton Northfield, quinto duque de Rolthven, é a encarnação da noiva perfeita. 

O que diria então a sociedade se a vissem com uma cópia dos conselhos de lady Rothburg, as lições de cabeceira de uma cortesã? 
Quando sua inocente esposa se transforma de repente em uma desavergonhada na cama, o recatado duque fica completamente atônito com seus poderes de sedução. Seguir o conselho de uma cortesã poderia trazer problemas… mas levará Brianna a conseguir seu maior desejo: o amor de seu marido? 

Comentário revisora Ana Júlia: O livro é leve, gostoso de se ler, sem muitas emoções. Uma recém casada que tenta através dos conselhos de uma ex cortesã conquistar seu marido e a melhor amiga desta que usa seus conselhos para conquistar o cunhado da amiga... Duas mocinhas que sabem o que querem e conseguem... 


Capítulo Um 


Os homens desejam nos entender, mas só em um sentido muito abstrato. 

Segundo eles, a volatilidade de nossas emoções nos converte em criaturas muito complicadas para poder nos compreender totalmente. 
Devo admitir que até certo ponto eles tem razão. 
Os homens enfrentam à vida de um modo muito direto. Algo que nos convém lembrar em nosso proveito. As mulheres, por sua vez, entendem-se muito bem entre si. 
“Do capítulo intitulado Sua realidade frente a nossas ilusões” 
O sol da tarde penetrava através das cortinas e seus raios caiam sobre o luxuoso tapete. As vidraças estavam abertas para os jardins e o aroma das rosas em flor perfumava o ar. Rebecca Marston, sentada na frente de Brianna, levantou uma sobrancelha. 
 —Parece estranha, Bri — disse com ar suspeito. — Está escutando a conversa pelo menos? 
 —Eu penso o mesmo — interveio Arabella Smythe, condessa de Bonham. 
Pequena e bonita, ela estava sentada em uma poltrona de tapeçaria requintada, com sua cabeleira de ébano preso em um recatado coque na nuca e a mesma pergunta escrita em seus encantadores olhos escuros. 
— Parece muito distraída. —Serio? — para Brianna pareceu impossível fingir inocência e pôs-se a rir. 
Suas amigas, reunidas na sala informal de Arabella para tomar o chá e conversar, tinham muita razão. 
Já fazia um tempo que perdera o fio do bate-papo sobre as últimas tendências da moda. 
A noite anterior havia sido um... Êxito. 
Ela inclusive a qualificaria de revelação. 
Como diabos podia pensar nisso sem sorrir? Bem, era impossível. 
 —Sim. Estranha como um gato que comeu o canário. 
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3 de junho de 2011

Uma Proposta Indecente



Uma ousada aposta entre dois homens dará lugar a uma deliciosa história de amor bem pouco convencional…
É o boato da cidade. 


Em plena Regência, dois aristocratas londrinos, o Duque de Rothay Nicholas Manning e o Conde de Manderville Derek Drake, atraentes e conquistadores, se desafiam para saber qual deles é o melhor amante.
Mas que mulher de beleza, inteligência e discernimento seria juíza de tal concurso?
A notícia que se alastra com rapidez chega aos ouvidos da atraente, mas fria e distante viúva Lady Caroline Wynn, a última mulher que alguém pudesse esperar que desse um passo à além.
Entretanto, movida pela curiosidade e com a promessa dos homens em manter sua identidade em segredo decide participar do desafio e se converter no secreto objeto de desejo que decidirá qual dos cavalheiros tem mais finura entre os lençóis.
Para surpresa de todos, entretanto, o que começa como uma proposta imoral se converte em uma lição impressionante de amor eterno.

Comentário revisora Ceila: A história é uma delicia.
A famosa aposta acaba por por trazer à luz os traumas e os desacertos dos personagens. Depois de ser etiquetada como frígida pelo sádico marido, Em sua viuvez Caroline veste a personagem fria e distante, ciente de que nunca mais se casaria. Quando teve a coragem de intermediar aaposta, depois da aceitação do Duque diabólico e o Conde Anjo e a promessa deles em manter sigilo quanto a sua identidade, ela teve a chance única de saber se nunca seria uma verdadeira mulher, ela podia testar a libido nas mãos dos dois mais experientes libertinos de toda a Londres.
Mas o que era somente para acontecer em uma noite com cada amante foi claramente afastado pelo decreto do Duque.
Ele só a aceitava em seu leito se fosse por uma semana.
E nesta semana...

Capítulo Um

— Isto é interessante.
Nicholas murmurou pegando o conhaque e vertendo uma generosa medida na taça de cristal que estava perto.
Afastou a garrafa a um lado com um golpe seco e examinou de novo o pergaminho que tinha na mão.
Retornar a Londres depois de uma dura, porem vitoriosa jornada hípica havia lhe deixado de excelente humor, tanto pela vitória como pela celebração depois.
Refugiar-se em seu escritório parecia o adequado.
Era em muitos sentidos seu santuário, embora passasse um excessivo tempo trabalhando ali.
O escritório lhe recordava seu pai; talvez devido a um sentimentalismo que não admitiria a ninguém, não havia mudado absolutamente nada.
O piso estava coberto com o mesmo tapete, descolorido por causa do sol que entrava em diagonal pela janela e a mesa continuava tão abarrotada como antes.
Os livros nas estantes de carvalho situadas junto ao suporte da lareira emanavam um familiar aroma úmido, de papel amarelado e couro ligeiramente puído.
— O que é interessante? Algo relacionado com as corridas?
A sua frente, Derek Drake, o Conde de Manderville, arqueou a sobrancelha de cor clara e se ajeitou na poltrona.
Como de costume, ele estava vestido na última moda, com uma roupa cinzelada que se adaptava perfeitamente a sua figura esbelta.
Cruzou as polidas botas de cano alto enquanto se reclinava.
Seu rosto atraente mal refletia uma leve curiosidade.
— Hoje seus cavalos se superaram, Nick.Acho que isso não é uma maldita surpresa. Nem me importa. Ganhei uma pequena soma na última corrida porque você me disse que Satã estava em forma. Obrigado pela dica.

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