16 de novembro de 2018

Jonathan e Amy

Série Windham


O viúvo Jonathan Dolan sabe como trabalhar duro, ganhar dinheiro e amar a sua filha Georgina, mas seus humildes antecedentes irlandeses não o prepararam para o desafio de atrair Amy Ingraham, a governanta elegante e gentil de Georgina.

Amy mostra um tímido prazer com as propostas de Jonathan, quando um primo distante aparece e afirma que Amy é obrigada a se casar com ele.
Jonathan deve ser inteligente, determinado e, acima de tudo, honroso se quiser ganhar não apenas a mão de Amy, mas o respeito de uma sociedade que está disposta a julgá-lo duramente.

Capítulo Um

— Um cavalheiro não faz avanços em direção a uma mulher em seu emprego.
Jonathan Dolan resmungando e andando de um lado para o outro, aproximou-se das janelas de seu escritório, onde ele podia observar sua filha colhendo flores nos jardins dos fundos. Sua governanta estava sentada perto, o nariz em um livro, um spaniel ofegando aos seus pés.
— Um cavalheiro não faz avanços em direção a uma mulher em seu emprego.
Essa declaração se tornou o Décimo Primeiro Mandamento pessoal de Jonathan, mas não era mais palatável com a ênfase adicionada.
— Um maldito cavalheiro, não deve fazer avanços em direção à governanta de sua filha, não importa quão amável, bem formada, de boa pronúncia, gentil, encantadora e... Maldito inferno.
Um lacaio aproximou-se do lindo quadro no jardim e, antes que a Srta. Ingraham pudesse se virar e olhar para a casa, Jonathan afastou-se das janelas. Não faria bem a ela saber que estava olhando embora ela concluísse que ele estava apenas sendo um pai vigilante.
E ele era um pai vigilante, também um pai apaixonado e amoroso, mas não apenas isso.
Ele era, além disso, um homem rico em seu auge que não tinha uma esposa com quem compartilhar sua vida ou suas paixões. Um homem que enterrou sua amada esposa há quase cinco anos e estava observando sua vida marchar, uma noite solitária seguida por outra. Um homem que tinha suportado bastante daquela vida, um sujeito agora determinado a pôr em prática um plano que, se fosse bem sucedido, melhoraria suas circunstâncias incomensuravelmente.
E lançá-lo numa escuridão insondável se falhasse.
Ele contemplou a ideia de beber uma saudável dose de bom uísque irlandês, mas se a Srta. Ingraham chegasse perto o suficiente para ele sentir o cheiro de sua fragrância de limão, ela sentiria o cheiro do álcool em sua respiração.
— Sr. Dolan?
Amy Ingraham estava na porta do escritório, a imagem de boa aparência inglesa: uma sombra mais alta que a média, cabelos loiros puxados para trás num coque arrumado, olhos cinzentos complementados por um vestido azul-celeste vários anos fora de moda. A inteligência naqueles olhos era tão atraente para Jonathan quanto as curvas preenchendo o vestido.
— Srta. Ingraham, por favor, entre. Georgina parece estar gostando do passeio.
— O dia está muito bonito para manter a criança em suas aulas sem descanso, e o cão também precisa de uma visita ocasional aos jardins.
Ela permaneceu na porta, o local tendo significado simbólico. Amy Ingraham, neta de um visconde, mas não da família nem serva na casa de Jonathan, destacava-se em pairar em espaços limítrofes.
— Sente-se, Srta. Ingraham. — Apontou para o sofá perto da lareira, em vez de uma das cadeiras de costas retas de frente para sua mesa. Quando ela atravessou a sala, ele fechou a porta atrás dela.
Seu queixo erguido.
— Sr. Dolan.
Apenas seu nome, mas crepitando com rigidez e repreensão.
— O que eu tenho que discutir é privado e respeita os melhores interesses de Georgina. Posso oferecer-lhe um chá?
Ela se abaixou até a beira do sofá.
— Aceito um chá. Apenas chá.


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