4 de fevereiro de 2019

Somente Minha

Série Oeste I
Para fugir de um casamento arranjado Jessica Charteris, envolve o homem cujas lembranças ela guarda em seu coração, seu velho amigo Wolfe Lonetree. 

Ele é o único homem em quem confia e o adora... E não hesita em forçá-lo a um casamento que ele não deseja. Contrariado, Wolfe se vê arrastado por aquela temperamental e mimada dama inglesa, então impõe uma condição para aceitar o casamento: deverão viver no selvagem oeste americano. Wolfe sabe que aquela áspera e dura vida no oeste americano não é como a vida que a mimada Jessi levava... E espera que a dureza daquelas terras a convença a aceitar a anulação do casamento e voltar à Inglaterra. Mas ele não conhece Jessi a fundo e não sabe do que ela é capaz, e Jessi não conhece Wolfe, nem seu endiabrado temperamento... Duas personalidades vulcânicas condenadas a se destruírem ou a se entenderem.

Capítulo Um

St. Joseph, Missouri, primavera de 1867
― Serei razoável, milorde. Não havia pensado em despedir Betsy nem os serventes. 
― Não sou seu lorde. Sou um bastardo, lembra-se? 
― Noto que minha memória melhora por momentos. ― Jessica murmurou. ― Ai! Está me apertando. 
― Então deixe de se mexer tanto. Ainda restam mais de vinte botões e são tão pequenos como ervilhas. Maldição! 
No que um estúpido ignorante pensava ao fazer um vestido que não permite que uma mulher se vista sozinha? Nem tirá-lo. E aquilo era o pior. Wolfe sabia que chegaria o momento em que precisaria desabotoar todos aqueles brilhantes botões negros, e cada um deles revelaria mais pele quente e perfumada, e a mais delicada lingerie de renda. 
Era uma elfo que mal chegava ao seu queixo e, no entanto, o fazia cair de joelhos de puro desejo. Suas costas eram tão suaves e elegantes quanto à de uma bailarina, graciosa como uma chama; uma chama que o fazia arder. 
― Sinto muito. ― Jessica sussurrou com tristeza quando as palavras de seu esposo abrasaram seus ouvidos. 
― Eu esperava... ― Maldição, deixe de murmurar. Se você tem algo a dizer, diga, e deixe de lado esse estúpido costume aristocrático de falar em voz baixa, que faz com que um homem se veja obrigado a se inclinar para ouvir. 
― Pensei que se alegraria em me ver. ― Jessica continuou com total sinceridade. ― Não ficamos juntos desde que trocamos os votos, faz meses. E nem mesmo me perguntou como foi à travessia, nem sobre a viagem de trem no qual cruzei o continente, nem... 
― Disse-me que não se queixaria se eu a deixasse sozinha. ― Wolfe a interrompeu, cortante. ― Por acaso o está fazendo, agora, lady Jessica? Ela lutou contra a onda de tristeza que a invadia. 
Não foi assim que imaginara seu reencontro com Wolfe. Ansiara cavalgar com ele pelo grande deserto americano sobre inquietos cavalos puro-sangue. 
Desejara com todas as suas forças, que chegassem aqueles longos dias de cômodos silêncios e animadas conversas que recordava de suas viagens anteriores, aquelas fogueiras noturnas sob o brilhante e limpo céu americano. Mas, sobretudo, desejara voltar a ver Wolfe. 
― Quando recebi a carta onde você me pedia que me reunisse aqui com você, ― replicou ― pensei que tivesse superado seu ressentimento. 
― Ressentimento.








Série Oeste I


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