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26 de agosto de 2019

Doce Tormento

Série Oeste I
Órfã com tenra idade Sarah Kennedy aprendeu a depender unicamente de si mesma, reservando todo o amor para seu irmão menor e para os falcões feridos aos quais cuida e devolve à liberdade. 

Para Case Maxwell, um duro pistoleiro, a vida ensinou que a justiça é cega, a ser um lutador letal e a não amar nada, nem ninguém, que possa morrer, porém quando um enfrentamento com seus inimigos o deixa à beira da morte, se encontrará, como qualquer outra criatura: com os ternos e não desejados cuidados de Sarah. O destino uniu a cuidadora e o guerreiro; duas almas atormentadas por um perigoso presente e pelos amargos fantasmas do passado. Porém, a intensa emoção a qual tanto Case quanto Sarah temem, a paixão que os faz arder, é a única coisa que os pode salvar… e fazer que enfrentem ao maior perigo de todos: o amor. 

Capítulo Um

Inverno de 1868, Território de Utah
— Não se mexa; nem mesmo respire.
O lento e implacável tom daquele homem foi suficiente para congelar Sarah Kennedy em seu lugar. Mesmo que, se aquela voz não tivesse conseguido, o peso do sólido corpo masculino que quase a amassava o teria feito. A jovem não podia se mover nem respirar. Estava de boca para baixo, presa contra a pedra fria do chão de uma caverna na beira de um precipício, embaixo do corpo daquele estranho que a cobria da cabeça aos pés. 
Deus, é enorme, pensou temerosa. Alto e sem um grama de gordura. Muito grande. Inclusive se aquele desconhecido tivesse lhe dado uma oportunidade, teria sido impossível lutar contra ele. No entanto, apesar de seu tamanho, era tão rápido e silencioso quanto um falcão. Até aquele momento, ela não escutara nada que a fizesse suspeitar de alguma presença estranha na pequena caverna onde se escondia. 
O corpo do estranho estava tão frio quanto a pedra que amassava o peito e os quadris de Sarah. Na verdade, ela era plenamente consciente dele, apesar da grossura de suas roupas de inverno. 
A mão direita masculina, grande e enluvada, apertava sua boca de tal modo que não poderia se mover ou tentar mordê-la por mais que tivesse tentado. Não gastou forças em uma inútil luta. Um casamento desastrado lhe ensinara que uma mulher, mesmo jovem e sadia, não possuia muitas oportunidades contra um homem de seu mesmo peso e altura. Além do que, o estranho que a aprisionava estava longe de ter o seu mesmo peso e altura. E aquilo não era o pior. 
Apesar do vento seco do inverno, a mão esquerda de seu captor estava descoberta e segurava um revólver que parecia ter sido muito usado. Então, como se o desconhecido soubesse que Sarah não tentaria lutar contra ele, diminuiu um pouco a pressão da sua mão; o suficiente para deixá-la respirar. Porém não o suficiente para lhe permitir gritar. 
— Não lhe farei mal. — Murmurou ele contra seu ouvido. É um corno, pensou ela. Aquilo era o que de melhor os homens sabiam fazer: ferir as mulheres. Em silêncio, tentou lutar contra o medo e as náuseas que apertavam seu estômago. — Fique tranquila, pequena. — Sussurrou o estranho. — Não maltrato as mulheres, os cavalos, nem os cachorros. Sarah não voltara a ouvir aquele ditado desde a morte de seu pai, e se surpreendeu; até mesmo a fez sentir uma faísca de esperança. 
— Mas, se aqueles Culpeppers reunidos ali embaixo conseguirem pôr as mãos sobre você, — continuou o desconhecido — a farão desejar a morte. E, acredite, suas súplicas serão respondidas, ainda que não tão rápido quanto você desejaria. 
Um calafrio percorreu o corpo de Sarah; um calafrio que nada tinha a ver com a noite de inverno ou a gelada rocha sobre a qual se encontrava. 
— Concorde se me entende. — Ele ordenou. Apesar do educado acento com o qual pronunciou aquelas palavras, sua voz era baixa, lenta, e tinha um fio de aço. Ela fez um gesto afirmativo com a cabeça. — Agora, concorde outra vez se acredita em mim. — Acrescentou ele secamente. O absurdo desejo de rir que a invadiu de repente, a surpreendeu. Histeria, pensou. Seja forte.








18 de junho de 2019

Amante de Outono

Série Oeste I
No frio intenso do outono, corações devastados renascerão.

Retornando ao seu rancho no Wyoming, no final da Guerra Civil, Elyssa Sutton o encontra despojado pelos fora da lei e cobiçado por homens determinados. No entanto, a jovem orgulhosa jura nunca mais abandonar sua casa em Ruby Mountain, embora isso signifique recrutar a ajuda de um estranho e perigoso desconhecido que vive apenas pela vingança. Hunter Maxwell sofreu com a selvageria dos fora da lei e a falta de fé de uma mulher. E não confiará em nenhuma mulher, nem descansará até que os invasores que destruíram sua família paguem por seus crimes. Uma mulher necessitada, um homem sofrido. Agora, com fogo e fúria, devem lutar como alguém que luta por algo querido, alguma coisa perdida... e, por uma paixão que nem sonhavam que poderiam viver.

Capítulo Um

Nevada, outono de 1868
— Ouvi que precisa de um capataz que saiba manejar uma arma. A voz na escuridão surpreendeu Elyssa Sutton, e esperava que seu rosto não mostrasse a centelha de medo que a dominou. 
O desconhecido havia saído do nada, sem aviso prévio, silencioso como uma sombra. Ela olhou para o homem que estava parado na beirada do terraço da casa. 
Era uma silhueta obscura afastada da dourada luz do lampião que emanava através das janelas. Embaixo da aba de seu chapéu, os olhos eram como cristais negros transparentes, sem emoções, assim como a sua expressão. Uma tempestade de inverno seria morna comparada com os olhos daquele homem, pensou Elyssa inquieta, mordendo o lábio inferior. Atrás daquele pensamento veio outro. 
Entretanto, era irresistível, de um modo perigoso. Quase elegante. Ao seu lado, outros homens pareceriam meninos. Elyssa franziu o cenho. Nunca observava os homens de modo especial. Para ela eram apenas esbanjadores filhos dos nobres britânicos, marinheiros, soldados, vaqueiros, cozinheiros, ou foragidos. 
Nos meses desde que Elyssa havia regressado aos Estados Unidos contrariando os desejos de seu tio, encontrara mais de um renegado branco. O S. Ladder era um antigo rancho nas Montanhas Rubi. Aquilo atraia os exploradores, caçadores de tesouros espanhóis, e as caravanas de esperançosos colonos de passagem para o Oregon, e os renegados que se aproveitavam de todos eles. 
Os Culpeppers eram os piores de um infame grupo de foragidos. Se alguém pode fazer frente ao bando dos Culpeppers, é este homem, pensou Elyssa com ironia. A pergunta era: como me descartarei do capataz depois que ele se ocupar dos Culpeppers. 
— Senhorita Sutton? — O forasteiro perguntou, com voz profunda. Quando falou, ele entrou na luz do lampião, como se tivesse percebido o mal-estar dela por não ser capaz de ver seu rosto claramente. 
— Estou pensando. — Elyssa respondeu. Ela deixou o silêncio aumentar enquanto estudava abertamente o forasteiro. Pensou se conseguiria se atrever a aceitar o desafio que ele representava. 
A ideia deixou sua boca seca. Umedeceu os lábios e respirou fundo, depois se concentrou no homem que aparecera na escuridão, em vez de se perguntar pelo temerário impulso que sentia de enfrentar aquele perigoso homem em seu próprio terreno.

 






7 de maio de 2019

Somente Amor

Série Oeste I
Território do Colorado, 1868. 

Após o desaparecimento de sua família, a bela e inocente, Shannon Conner, tenta desesperadamente sobreviver ao gélido inverno na pequena cabana que herdou. Sozinha e desamparada, deverá enfrentar o cruel assédio ao qual é submetida por um grupo de foragidos... e à devastadora atração que sente pelo rígido pistoleiro que arriscará sua própria vida para protegê-la. Rafe Moran, um homem perigoso e implacável, que nunca pensou em se assentar em algum lugar, até conhecer Shannon e sucumbir a doce violência do desejo e da paixão que ela lhe oferece... uma paixão selvagem e sem limites pela qual ele será capaz de perder sua própria alma.

Capítulo Um

Verão de 1868, Echo Basi Território de Colorado
Está assustada. Tem um jeito de andar doce como o mel. As duas ideias assaltaram quase ao mesmo tempo a mente de Rafael Chicote Moran, e não soube decidir o que o atraía primeiro à jovem, o medo ou o seu modo de andar. Esperava que fosse o medo. 
Porém, o calor que correu em suas veias lhe dizia o contrário. Sob as calças puídas e a jaqueta de lã masculina que aquela jovem usava, havia um corpo muito feminino. E sob as costas eretas, o queixo alto e a determinação, existia um medo muito real. Rafe ignorava o que provocava o medo da jovem ou porque lhe importava tanto. 
O que sabia era que descobriria. Permaneceu um momento mais em pé, no barro frio, em frente ao único armazém de Holler Creek, e o gélido vento da montanha atravessou sua grossa jaqueta de lã. A jovem também percebeu porque estremeceu ao passar apressadamente pela imunda porta do estabelecimento. Com os rápidos movimentos de um homem dotado de um ágil e poderoso corpo, Rafe seguiu a misteriosa jovem e entrou no armazém. 
O vento fechou a porta às suas costas com um forte estrépito, porém mal notou devido a concentrar toda sua atenção na jovem, que parou com aquele andar tão seu, doce e levemente oscilante, debaixo de um raio de luz que entrava pela única janela que não estava quebrada e que não havia sido coberta com tábuas. Durante alguns poucos segundos, os olhos femininos percorreram avidamente as pilhas espalhadas de comestíveis não perecíveis, ferramentas e roupas, enquanto seus dedos se fechavam formando um punho envolvendo alguma coisa que levava na mão. 
Como se sentisse o intenso interesse de Rafe sobre sua pessoa, a jovem se virou de repente e o olhou com lindos olhos da cor de um selvagem e outonal céu azul, tão claros e profundos que um homem poderia admirá-los eternamente e nunca achar fim em tal beleza. 
Algumas rebeldes e longas mechas escapavam do chapéu e Rafe viu admirado que possuiam um brilhante tom castanho com reflexos vermelhos e dourados. 
Eu já a vi antes, pensou. Porém aonde? Respirou profundamente e uma longínqua e perturbadora lembrança voltou à sua cabeça. Meu sonho. É a mulher que aguarda em pé à porta de uma cabana, me esperando. 








Série Oeste I

4 - Somente Amor

11 de março de 2019

Somente Você

Série Oeste I
Eve Starr está sozinha no mundo. 

A família que a acolheu quando era uma menina, foi brutalmente assassinada por alguns foragidos que procuravam um mapa que conduzia a uma mina de ouro. Desesperada, encontrou a maneira de se vingar dos dois assassinos e de recuperar o mapa em uma mesa de pôquer. E, sem nada mais para apostar exceto sua inocência, a bonita e experiente jogadora reparte a mão ganhadora com um atraente e perigoso pistoleiro chamado Reno e alheio a todo o ocorrido, que entrara na partida atraído apenas pela beleza da jovem. Quando a requintada tentação cujo corpo ganhara nas cartas foge com o restante de seus lucros, Matthew Reno Moran jura persegui-la e prendê-la, decidido a reclamar tudo o que é seu por direito... incluindo a temperamental mulher a quem ele não se atreve a amar..., mas a quem deseja com toda sua alma. O que não suspeita é que seu destino será unir forças com a fugitiva em uma azarada procura pelo ouro escondido, na qual Eve se apaixonará sem solução pelo duro pistoleiro. 

Capítulo Um

Canyon City, Colorado Final do verão de 1867 
Sem dinheiro, sem sorte, sozinha e assustada, a jovem a qual todos conheciam como Evening Starr fez a única coisa que lhe ocorreu para conseguir continuar jogando pôquer. Apostou a si mesma. Mas, primeiro, Eve embaralhou as cartas com deslumbrante velocidade, dispondo sutilmente as cartas tal como Donna Lyon lhe ensinara. Enquanto o fazia, tentou não olhar para o bonito forasteiro de cabelos escuros que se sentara em sua mesa sem aviso prévio. Seu aspecto de homem duro e inflexível era inquietante. Com foragidos como Raleigh King e Jericho Slater, qualquer mulher já teria o suficiente. Não precisava de um estranho com um físico imponente que fizesse tremer suas mãos doloridas. Eve respirou secretamente para relaxar e disse com voz controlada: 
— Mão de cinco cartas. Quais são as apostas iniciais? 
— Um momento, jovenzinha. — Raleigh protestou. — Está sem banca. Onde está sua aposta? 
— Aqui sentada. 
— Como? 
— Eu sou a aposta, senhor King. 
— Está apostando a você mesma? — Perguntou o foragido incrédulo. Reno Moran não precisou perguntar. Já havia lido a determinação na postura feminina quando se sentou e pegou suas cartas. Na verdade, fora a combinação do brilho tranquilo de seus olhos e os lábios levemente trêmulos que o haviam atraído do outro extremo da sala. Qualquer coisa que acontecesse, sabia que a mulher que estava à sua frente falava muito seriamente. 
— Sim. — Eve olhou as joias e as moedas sobre a mesa em frente a cada um de seus oponentes na partida e acrescentou: — Valho tanto quanto qualquer coisa que esteja em jogo neste momento. Após dizer aquilo, deu um brilhante sorriso sem sombra de humor e continuou embaralhando. 
O silêncio se estendeu da mesa de pôquer a todo o salão, seguido quase no instante por uma avalanche de sussurros quando os que observavam a partida começaram a perguntar uns aos outros se tinham ouvido bem. Os murmúrios indicaram a Reno que muitos deles desejaram a jovem, mas que nenhum havia conseguido. Um cínico sorriso alterou a fina linha que seus lábios perfeitamente cinzelados traçavam. Não havia nada diferente naquela jogada em particular. 
Com curiosidade, Reno passeou o olhar das mãos que embaralhavam as cartas, para o rosto da mulher que havia posto em jogo seu próprio corpo. No interior do escuro salão, seus olhos haviam adquirido uma estranha cor âmbar que contrastava com a luz do lampião que se refletia em seus cabelos castanhos avermelhados. 
O corte de seu vestido era bastante recatado, mas estava confeccionado com uma seda vermelha para deixar um homem interrogando como seria desabotoar todos os reluzentes botões negros que mantinham a peça em seu lugar, e acariciar a sedosa pele que havia sob o tecido. 
A direção que seus pensamentos tomavam irritou Reno. Se passaram muitos anos desde que ele fora provocado e enganado por uma das melhores professoras da arte da sedução que as mulheres utilizavam. E se alguma coisa ficara bem clara para ele, era que nunca mais deixaria aquilo voltar a acontecer. Olhando para Reno, Slater remexeu as pérolas e as moedas de ouro que acabara de ganhar de Eve. 
— Imagino que isto se igualará ao seu anel, — espetou — e vale muito mais que esse seu diário. — Acrescentou, dirigindo-se a Raleigh. 
— Não sabe o que diz!








Série Oeste I


4 de fevereiro de 2019

Somente Minha

Série Oeste I
Para fugir de um casamento arranjado Jessica Charteris, envolve o homem cujas lembranças ela guarda em seu coração, seu velho amigo Wolfe Lonetree. 

Ele é o único homem em quem confia e o adora... E não hesita em forçá-lo a um casamento que ele não deseja. Contrariado, Wolfe se vê arrastado por aquela temperamental e mimada dama inglesa, então impõe uma condição para aceitar o casamento: deverão viver no selvagem oeste americano. Wolfe sabe que aquela áspera e dura vida no oeste americano não é como a vida que a mimada Jessi levava... E espera que a dureza daquelas terras a convença a aceitar a anulação do casamento e voltar à Inglaterra. Mas ele não conhece Jessi a fundo e não sabe do que ela é capaz, e Jessi não conhece Wolfe, nem seu endiabrado temperamento... Duas personalidades vulcânicas condenadas a se destruírem ou a se entenderem.

Capítulo Um

St. Joseph, Missouri, primavera de 1867
― Serei razoável, milorde. Não havia pensado em despedir Betsy nem os serventes. 
― Não sou seu lorde. Sou um bastardo, lembra-se? 
― Noto que minha memória melhora por momentos. ― Jessica murmurou. ― Ai! Está me apertando. 
― Então deixe de se mexer tanto. Ainda restam mais de vinte botões e são tão pequenos como ervilhas. Maldição! 
No que um estúpido ignorante pensava ao fazer um vestido que não permite que uma mulher se vista sozinha? Nem tirá-lo. E aquilo era o pior. Wolfe sabia que chegaria o momento em que precisaria desabotoar todos aqueles brilhantes botões negros, e cada um deles revelaria mais pele quente e perfumada, e a mais delicada lingerie de renda. 
Era uma elfo que mal chegava ao seu queixo e, no entanto, o fazia cair de joelhos de puro desejo. Suas costas eram tão suaves e elegantes quanto à de uma bailarina, graciosa como uma chama; uma chama que o fazia arder. 
― Sinto muito. ― Jessica sussurrou com tristeza quando as palavras de seu esposo abrasaram seus ouvidos. 
― Eu esperava... ― Maldição, deixe de murmurar. Se você tem algo a dizer, diga, e deixe de lado esse estúpido costume aristocrático de falar em voz baixa, que faz com que um homem se veja obrigado a se inclinar para ouvir. 
― Pensei que se alegraria em me ver. ― Jessica continuou com total sinceridade. ― Não ficamos juntos desde que trocamos os votos, faz meses. E nem mesmo me perguntou como foi à travessia, nem sobre a viagem de trem no qual cruzei o continente, nem... 
― Disse-me que não se queixaria se eu a deixasse sozinha. ― Wolfe a interrompeu, cortante. ― Por acaso o está fazendo, agora, lady Jessica? Ela lutou contra a onda de tristeza que a invadia. 
Não foi assim que imaginara seu reencontro com Wolfe. Ansiara cavalgar com ele pelo grande deserto americano sobre inquietos cavalos puro-sangue. 
Desejara com todas as suas forças, que chegassem aqueles longos dias de cômodos silêncios e animadas conversas que recordava de suas viagens anteriores, aquelas fogueiras noturnas sob o brilhante e limpo céu americano. Mas, sobretudo, desejara voltar a ver Wolfe. 
― Quando recebi a carta onde você me pedia que me reunisse aqui com você, ― replicou ― pensei que tivesse superado seu ressentimento. 
― Ressentimento.








Série Oeste I


25 de novembro de 2018

Somente Sua

Série Oeste I
Olho por olho. Irmã por irmã.

Willow Moran ficou completamente sozinha depois da devastação causada pela Guerra da Secessão. 
Fugiu da Virgínia e se dirigiu para o Oeste, à procura de seu irmão Matthew que estava atrás do ouro nas Montanhas Rochosas. Para chegar até ele, Willow contrata Caleb Black como guia, um antigo explorador do exército. Trata-se de um homem tão selvagem, imprevisível e justiceiro como o próprio Oeste. 
Juntos iniciam uma dura viagem cheia de perigos na qual Willow não consegue evitar se apaixonar perdidamente por Caleb. Sabe que o orgulhoso e enigmático homem é seu destino, e se entrega a ele com uma paixão sem limites. O que ela desconhece é que Caleb a está utilizando em sua vingança pessoal contra Matthew. Havia jurado matá-lo por ser o causador da sedução e morte de Rebecca, sua jovem irmã. Mas Willow desperta uma necessidade tão feroz em Caleb, que será capaz de derrotar o próprio diabo para fazê-la sua. É um homem dividido entre o dever e o amor, porque sabe que quando levar a cabo sua vingança, perderá Willow. Além de também ter seduzido a inocente irmã de seu inimigo.

Capítulo Um

O perigo parecia fazer parte daquele homem. Moreno, forte e com um semblante sombrio, preenchia a entrada do hotel, e um poder mal reprimido irradiava de sua quietude. Ao avançar, o movimento de seus músculos recordava mais os de um predador do que os de um cavalheiro. Meu Deus, pensou Willow Moran ao observar que aquele homem avançava a grandes passos para ela, através do vestíbulo do recém construído Hotel Denver Queen. Não pode ser Caleb Black, o íntegro militar que o senhor Edwards encontrou para me levar até meu irmão. 
A súbita desilusão de Willow não se evidenciou em seus olhos cor de avelã ou em sua postura. Não retrocedeu nem um centímetro, apesar do súbito e frenético palpitar de seu coração. A Guerra da Secessão lhe ensinara que quando uma mulher não podia correr ou se esconder, devia ficar em seu lugar com tanta dignidade quanto pudesse…, além de ocultar uma derringer2 de dois tiros em um bolso especial de sua saia. Saber que contava com o peso do aço frio entre as sedosas dobras reconfortou Willow, como já fizera tantas vezes no passado. Segurando a pequena arma, olhou para o desconhecido moreno que se aproximava. 
O que viu dele a curta distância não a tranquilizou, em absoluto. Sob a sombra do chapéu negro de abas largas, uma gelada inteligência observava o mundo com olhos da cor do whisky. — Senhora Moran? Sua voz era tão intensamente masculina quanto a barba incipiente e o bigode que, em vez de disfarçar, acentuavam as fortes faces de seu rosto. No entanto, não era uma voz áspera, mas profunda, suave, potente, como um rio a meia noite fluindo para um mar invisível. Uma mulher poderia se afogar naquela escura voz, naqueles olhos castanhos, no poder que se agitava debaixo da controlada superfície do homem. — Sim, sou a senhori…eh, a senhora Moran. — Willow disse, sentindo uma onda de calor avermelhar as maçãs do rosto enquanto pronunciava a mentira. Seu sobrenome, sim,
era Moran, mas não era casada. — Você vem para me levar até o senhor Black?
A voz de Willow soou muito rouca, ofegante, mas não conseguiu evitar. Já era difícil tentar fazer o ar passar através da sua garganta repentinamente apertada, quando o impacto masculino do desconhecido desceu sobre ela em uma maré escura, pressionando-a.
— Eu sou Caleb Black.
Willow se obrigou a sorrir.
— Perdão, não o reconheci. Pela descrição do senhor Edwards, esperava um cavalheiro mais velho. Ele está com você?
Houve uma ênfase mal perceptível na palavra cavalheiro, que a maioria dos homens não teria notado, mas Caleb Black sim. Sua boca se converteu em uma linha um pouco curva que só uma pessoa caridosa teria chamado de sorriso, enquanto assinalava com o polegar sobre seu ombro.
— Lá fora, naquelas montanhas, senhora Moran, um cavalheiro tem menos utilidade que um punhado de areia. Mas não espero que uma boa dama sulista como você compreenda.
Todos sabemos a importância que vocês, os virginianos, dão aos modos elegantes. — Caleb olhou além dela, para a larga porta no fundo do vestíbulo. 

— A viúva Sorenson e Eddy nos esperam lá.








Série Oeste I

1- Somente Sua 
2- Somente Minha

6 de julho de 2010

Proibido

Série Medieval

Segundo uma antiga profecia, a bela e inocente Amber estava obrigada a levar uma vida isolada e solitária.

Se não o fizesse, uma terrível maldição cairia sobre ela.
Mas quando conhece Duncan de Maxwell, um dos mais duros e poderosos guerreiros de toda a Inglaterra, a jovem se apaixona irremediavelmente dele.
Desafiando os intuitos da profecia que a marcou desde seu nascimento, Amber se entregará por inteiro ao homem que chegou a ela de entre as sombras.
Um homem que a conduzirá pelos mais selvagens e escuros atalhos da paixão.
Um homem que lhe arrebatará seu coração, seu corpo... sua alma.
Juntos deverão fazer frente a maldições, ódios e vinganças para lutar por seu amor. Um amor eterno sem princípio nem fim.
Um amor que perdurará por sempre.
Um amor... proibido.

Capitulo Um

“Chegará a você por entre as sombras”.
As palavras da terrível profecia ressoaram na mente de Amber enquanto contemplava o poderoso corpo, nu e inerte, que Erik tinha colocado a seus pés.
As chamas das velas voaram como se tivessem vida, avivadas pelo vento frio do outono que entrava pela porta aberta da cabana.
A luz e as sombras brincavam sobre o corpo do desconhecido, destacando a fortaleza de suas costas e de seus ombros.
Em seu cabelo negro resplandecia a agua da neve derretida e em sua pele brilhavam gotas de chuva.
Amber sentiu no mais profundo de seu ser o estremecimento que atravessou o homem que estava no chão. Em silêncio, olhou Erik.
Os grandes olhos cor de âmbar da jovem estavam cheios de perguntas que não ousava formular.
Era melhor assim, pois o jovem lorde não saberia dar as respostas. Quem podia contar algo era o corpo inerte do desconhecido que tinha encontrado no lugar sagrado.
— Conhece? — perguntou Erik.
— Não.
— Acredito que está enganada. Leva sua marca. — Sem dizer mais nada, seu amigo da infância virou o desconhecido. A luz das velas e os fios de água derretida percorriam o musculoso torso, mas não foi a contundência daquele corpo nu que provocou o afogado grito de Amber.
Na intensa escuridão do pêlo que percorria o amplo peito daquele homem, reluzia uma pequena parte de âmbar pendurando em uma corrente.
Tomando cuidado de não tocá-lo, Amber se ajoelhou ao lado do desconhecido e aproximou uma das velas para estudar o talismã. Mostrava elegantes signos rúnicos que indicavam que o portador estava sob a proteção dos druidas.
— Vire o pendente — sussurrou a jovem.
Com um ágil gesto, Erik seguiu suas instruções. Na outra cara, dispostas em forma de cruz, várias palavras em latim proclamavam a glória de Deus e suplicavam seu amparo para o portador do talismã.
Tratava-se de uma oração cristã muito habitual entre os cavalheiros que lutavam contra os sarracenos pelo domínio da Terra Santa.
Amber suspirou aliviada ao perceber que o desconhecido não era nenhum feiticeiro maligno que tinha chegado as conflituosas terras da fronteira entre a Inglaterra e Escócia para ameaçar seus habitantes. Pela primeira vez, viu-o como um homem e não como um inimigo.
Ao observá-lo com atenção, sentiu-se impactada por sua imponente presença física.
A única concessão à delicadeza eram suas espessas pestanas e a suave curva de seus lábios. Era incrivelmente atraente e seu corpo parecia o de um guerreiro. Sua pele mostrava golpes recentes, cortes e arranhões que se confundiam com as antigas cicatrizes de batalhas e reforçavam sua aura de força e poder.
Embora não possuísse mais do que o talismã, Amber não tinha a menor dúvida de que aquele homem era alguém poderoso.
— Onde o encontrou? — quis saber.
— No Círculo de Pedra.
Ao escutar aquilo, ela levantou a cabeça.
— Como disse? — inquiriu, sem dar crédito.
— Ouviu bem

Série Medieval
1 - O Indomável
2 - Proibido
3 - Feiticeira
Série Concluída

O Indomável

Série Medieval

O perigoso e enigmático Dominic, o Sabre retorna à Inglaterra repleto de glórias e riquezas obtidas nas Cruzadas, para reclamar sua recompensa: a formosa dama saxã que lhe foi destinada pelo rei.

Entretanto, lady Margaret de Blackthorne, apanhada em uma rede de ódio, não pode ceder ante o invasor normando.
Mas o que não imagina é que vai ser submetida sem piedade a uma implacável sedução por parte do feroz guerreiro, em que ambos perderão seu coração e… também sua alma.
Juntos deverão enfrentar às traições que lhes rodeiam e liderar a batalha mais importante de suas vidas.
Uma batalha em que terão que lutar pela violenta paixão que lhes une, e… por seu amor.

Capítulo Um

Primavera no reino do Henry I , Norte da Inglaterra,
O eco produzido por um corno de guerra atravessou o dia, anunciando a chegada do próximo senhor do castelo de Blackthorne.
Como atraída pelo som, uma escura silhueta começou a condensar-se em meio da névoa...
Um cavalheiro vestido com cota de malha sobre um enorme garanhão.
O animal e o cavaleiro pareciam um só ser, indivisível, selvagem, no qual a masculinidade, potente, feroz, rugia através de seu sangue como uma tormenta.
— Dizem que é um selvagem, milady - murmurou a viúva Eadith.
— O mesmo se diz de todos os normandos - respondeu Meg a sua donzela, com fingida calma—. Mas ele não tem por que ser assim.
Eadith emitiu um som que poderia ter sido uma risada afogada.
— Sim, milady.
A prova está no jeito como seu prometido cavalga para nós com arnadura, no lombo de um cavalo de batalha. Sopram ventos de guerra.
— Não haverá nenhuma guerra - afirmou Meg, cortante—. Essa é a razão pela qual me casarei... Para acabar com o derramamento de sangue.
— Não se engane. É mais provável que tenha lugar uma guerra antes das bodas - profetizou a serva, com evidente satisfação—. Malditos normandos! Oxalá, morressem todos!
— Silêncio - ordenou Meg em voz baixa—. Não quero ouvir falar de nenhuma guerra.
Eadith apertou os lábios, mas não falou mais sobre o tema.
De pé ante uma janela alta do castelo, oculta à vista por uma cortina parcialmente fechada, Meg procurou ao longe a comitiva que deveria ter acompanhado o guerreiro, que logo se converteria em seu marido.
Nada se moveu depois do cavalo de batalha, exceto a densa neblina que serpenteava por cima dos campos, apesar de que o som do corno se fez ouvir de novo no bosque que se estendia além das terras cultivadas da fortaleza.
Sem mostrar nenhum temor, o corcel e o cavalheiro se faziam cada vez mais visíveis ao aproximar-se do castelo.
Não tinha motivo que se apressassem depois do ameaçador guerreiro, nem apareceu nenhum escudeiro que guiasse os cavalos de batalha ou animais de carga com armas e artefatos de guerra.
Contra o habitual naqueles casos, Dominic, o Sabre, se aproximava do castelo saxão acompanhado unicamente pelo agudo som do corno de guerra.
— É o diabo feito homem... —murmurou Eadith, benzendo-se—. Se estivesse em seu lugar não me casaria com ele.
— Mas não está em meu lugar.
— Que Deus lhe proteja!


Série Medieval
1 - O Indomável
2 - Proibido
3 - Feiticeira
Série Concluída

Feiticeira

Série Medieval

Simon "O Leal" tinha jurado não voltar a amar, pois o amor debilita os grandes guerreiros. 

Seu casamento que já estava acertado com uma formosa herdeira Normanda, seria para ele um dever, e nada mais. Mas é mais que o dever o que inflama seu sangue a primeira vez que vê Ariane…
Ariane só tinha conhecido desafeto por parte dos homens… e uma traição tão profunda, que virtualmente aniquilou sua alma.
Sem desejar a nenhum homem, sem confiar em homem algum, falando unicamente através da triste canção que toca com sua harpa, Ariane aceita Simon sendo uma noiva reticente…
Simon e Ariane se casam para levar a paz às terras em conflito, mas o casamento não basta por si só. Simon sabe que deve ensinar Ariane o que é a paixão, e ela, em troca, deve lhe ensinar a confiar de novo.
E ambos devem sucumbir a doce violência do feitiço do amor… ou morrer…

Capítulo Um

Outono no reino do Rei Henry I.
Castelo do Círculo de Pedra, lar de lorde Duncan e lady Amber, nas terras da fronteira ao norte da Inglaterra normanda.
— O que será — sussurrou Ariane para si mesma — bodas ou velório?
A jovem observou a adaga em suas mãos, mas não recebeu resposta alguma, salvo o reflexo da luz das velas que deslizava como sangue sobre a lâmina.
Enquanto olhava o sangue fantasmal, a pergunta ressoou de novo no silêncio de sua mente.
Bodas ou velório?
A resposta que finalmente chegou não lhe serviu de alívio.
Não importa. Só são palavras diferentes para um mesmo fim.
Dos altos muros do castelo do Círculo de Pedra, o vento soprava anunciando o inverno.
Ariane não ouvia seu lúgubre lamento.
Não ouvia nada, exceto os ecos do passado, o momento em que sua mãe tinha depositado a adaga coalhada de jóias nas pequenas mãos de sua filha.
Em sua mente, ainda podia ver o escuro brilho das ametistas e sentir o frio peso da prata.
As palavras de sua mãe tinham sido ainda mais gélidas:
«O inferno não possui um castigo maior que um casamento não desejado.
Usa isto antes de ter que se deitar junto a um homem ao qual não ame».
Infelizmente, a mãe de Ariane não tinha vivido o suficiente para lhe ensinar como usar a arma, ou contra quem.
De quem devia ser o velório, do noivo ou da noiva?
Deveria suicidar-me ou deveria matar Simon, cujo único crime é ter concordado em casar comigo devido à lealdade que sente por seu irmão, lorde Dominic, senhor da fortaleza de Blackthorne?
Lealdade.
Um tremor ofegante percorreu Ariane, fazendo com que sua túnica de uma viva cor dourada e nata estremecesse como se estivesse viva. Deus, oxalá tivesse sido abençoada com uma lealdade semelhante por parte de minha família!
O escuro pesadelo voltou, ameaçando romper o muro que Ariane tinha construído a seu redor. Sombria, afastou seus pensamentos da noite em que tinha sido traída, primeiro por Geoffrey o Justo e, depois, por seu próprio pai.
A folha da adaga feriu ligeiramente a mão de Ariane, indicando que a segurava com muita força.
Distante, perguntou-se o que sentiria se a arma se cravasse profundamente em sua carne.
Com toda segurança, não podia ser pior que seus pesadelos.
— Ariane, viu mi... Oh!, que adaga tão extraordinária


Série Medieval
1 - O Indomável
2 - Proibido
3 - Feiticeira
Série Concluída