20 de janeiro de 2020

Chefe das Terras Altas

Saga das Terras Altas/ Família Murray
Responsável por proteger seus irmãos mais novos de seu pai abusivo, Bethoc Matheson não está em posição de resgatar outra alma na Escócia.

Mesmo assim, quando ela vê um homem sangrando e à beira de se afogar, é exatamente o que ela faz, mantendo-o em segurança numa caverna onde ela pode voltar dia após dia para cuidar de suas feridas.
Sir Callum MacMillan mal pode acreditar que uma moça tão delicada quanto Bethoc pudesse salvá-lo das garras da morte. Mas ele reconhece as marcas reveladoras de um punho agressivo em sua pele, e ele sabe que ela tem a alma de uma lutadora apesar de sua composição delicada. 
Criado para ser um protetor dos fracos pelo membro do clã Murray, Callum preferia ser ele a salvá-la - e salvá-la ele irá. Se ele primeiro conseguir sobreviver ao ataque traiçoeiro que o levou aos braços irresistíveis dela...
Bethoc se entregou ao beijo de Callum. Ela odiava admitir isso, mas foi por isso que ela veio. Sentia falta da sensação de estar em seus braços, da alegria que sentia ao beijá-lo. Era um prazer que permanecia em seus pensamentos muito depois que ela saia do lado dele. 
No momento em que ele se afastou, ela mal conseguia recuperar o fôlego e descansou a cabeça contra o peito dele. Agradou-lhe ouvir o seu coração bater forte e que a respiração estivesse ofegante, como se ele também estivesse tendo dificuldades.
Callum massageou suas costas e Bethoc sorriu. Era bom apenas deitar-se enrolada ao lado dele e ser acalentada. Ela realmente não precisava ser acalentada, mas gostava demais para se mover...

Capítulo Um

Ele precisava colocar a cabeça acima da água. Callum lutava para subir, cada movimento enviava uma dor enorme por seu corpo. Seus pulmões estavam a ponto de explodir quando ele conseguiu. Apesar da dor que o tomava, ele parou um momento para recuperar o fôlego e olhar em volta.
A praia parecia estar a quilômetros de distância, embora Callum soubesse que isso não era verdade, era apenas uma ilusão. Ele podia se lembrar vagamente dos homens que o jogaram ao mar. Ignorando seus gritos, eles o pegaram pelos braços e pernas e o balançaram algumas vezes antes de soltarem seu corpo. Callum sabia que não estava longe da praia, mas a dor latejante em sua perna lhe dizia que seria um longo e difícil caminho chegar lá. A água não aliviava a dor.
Rangendo os dentes, ele tentou nadar de volta para a praia. A dor dilacerou sua perna e ele reprimiu um grito, sibilando entre dentes cerrados. Ele virou de costas e deixou sua perna machucada simplesmente cair. Seus braços não estavam em melhor forma, mas eles não estavam quebrados e ele usou-os para impulsionar-se para frente. Muito devagar. Então seu pé tocou o chão, agonia rasgou sua perna e ele se atrapalhou. Callum soltou uma maldição trêmula quando se levantou novamente. A dor realmente era demais. Ele não pensava mais que conseguiria alcançar a praia.
— Meu Deus — ele murmurou, deitado na água com uma perna inútil pendurada embaixo dele.
Apenas mais algumas braçadas, ele disse a si mesmo. Apenas mais algumas braçadas e poderia desmoronar em terra firme e pensar no que faria a seguir. Cada movimento que fazia teria-o feito gritar se ele não estivesse apertando o maxilar. Ele não sabia o que havia sido feito com sua perna, além de quebrá-la, mas agora estava determinado a dar uma olhada. Depois disso, uma vez que estivesse totalmente recuperado de seus ferimentos, ele faria os bastardos que fizeram isso com ele pagar caro.
No momento em que suas mãos alcançaram o fundo, sem que sua cabeça afundasse na água, Callum se virou e usou-as para se levantar na margem. Ele desistiu quando estava com metade do corpo fora da água, seus braços cedendo e o derrubando no chão. Um grunhido baixo escapou quando o lado de seu rosto bateu em uma pedra, mas ele não se moveu, não conseguia se mover. Callum pensou em checar a perna para ver o tamanho do estrago, mas estava exausto. Fechou os olhos e, enquanto se perguntava onde estava, desmaiou.
Bethoc Matheson estremeceu e amaldiçoou enquanto caminhava, cada hematoma que seu pai lhe dera protestando contra seus movimentos. Ela suspeitava que trazer a pequena Margaret não ajudaria, mas a menina precisava de algum tempo longe da brutalidade do pai, da mortalha de infelicidade que pairava sobre a casa. O homem piorava a cada dia. Bethoc sonhava em ir embora, mas havia um problema: para onde ela deveria ir?








Um comentário:

  1. Parabéns, Jenna! Adorei a sinopse e o primeiro capítulo. Não vejo a hora de continuar a leitura. Amo os Murray.

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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!