Desfigurado em batalha contra as forças de Napoleão, o Capitão Graham Veall tornou-se um recluso, passando meses sozinho em sua propriedade e aparecendo mascarado em público.
No entanto, Graham está determinado a não abrir mão dos prazeres da vida para sempre… Especialmente o deleite do toque de uma mulher. Ele dificilmente esperava que a virginal Senhorita Margaret Leigh respondesse ao seu anúncio de companhia feminina, achando que ele procurava uma dama de companhia. Ainda assim, a filha do vigário empobrecido é uma tentação surpreendente que ele não pode ignorar. Sua proposta? Que ela viva com ele por dois meses como sua amante em troca de apoiá-la e a seu irmão pelo resto de suas vidas. Mas Margaret tem um segredo. Graham uma vez salvou sua vida quando criança e ela sonhou com ele desde então. Enquanto ele desperta seu desejo, ela almeja aliviar suas feridas internas – entretanto, apenas dois meses com seu herói danificado podem não ser o suficiente… Há algo sobre um herói que se sente muito machucado para ser amado que sempre toca meu coração. Tal herói precisa de uma heroína que veja o homem abaixo da superfície. Não é isso que todos nós queremos? Sermos amados pela pessoa que somos na nossa essência? Espero que você goste – O desamarrar de Miss Leigh – minha homenagem ousada para O Fantasma da Ópera e todas as histórias da Bela e a Fera. Este conto está ligado a minha história – Justine e o Nobre Visconde – na antologia Os Diamantes de Welbourne Manor. Para Patty Suchy, que sempre me disse que eu adoraria o filme O Fantasma da Ópera. Ela estava tão certa!
Capítulo Um
Londres, junho de 1812, Mil lanternas ardiam nos olmos, colunatas, fontes, cascatas e pórticos, enquanto multidões de todos os tipos compunham esta noite de baile de máscaras em Vauxhall Gardens. Em meio a essa maravilha, o coração de Margaret Leigh bateu mais forte. Ela estava aqui para encontrar um cavalheiro, um homem que pagaria por sua companhia. — Tem certeza de que deseja fazer isso, Maggie? — A testa de seu
primo estava franzida.
— Não é de todo adequado. Ela inclinou-lhe um olhar divertido. — Você falando de decoro. Henry tinha sido o flagelo da família. Filho de um professor e sobrinho de um vigário, Henry correu para se juntar a uma companhia de teatro, quando sua barba tinha apenas começado a crescer. Agora, havia pouca família restante
para condená-lo, apenas Margaret e seu irmão mais novo. Henry balançou a cabeça e acenou com a mão.
— Bem, eu não posso me permitir prazer ou decoro no momento. Henry apertou os lábios em simpatia. Vestindo chifres na cabeça e calça e casaco verdes justos, sua expressão não parecia nada além de cômica. Margaret abafou uma risada. Henry estava vestido como Puck em uma fantasia do Covent Garden Theater, onde ele executava peças pequenas. Para Margaret, ele havia emprestado um traje de fada, um vestido rosa
pálido, as saias feitas em tantas camadas de seda que ela parecia flutuar enquanto andava. Era com certeza o vestido mais bonito que ela já tinha usado.
— Aqui estamos. — Henry parou nos camarotes de jantar ao longo da South Walk. Margaret, a filha de um vigário empobrecido, e seu primo Henry, um ator sem renome, seriam convidados do Duque de Manning. Para as festividades, o duque havia alugado vários camarotes, decorados com flores e grinaldas de sedas coloridas. Os camarotes já pareciam cheios de pessoas. A maioria dos cavalheiros usavam capas negras , mas as mulheres usavam uma variedade de trajes, desde rústicos vestidos de leiteiras até elaborados trajes de princesas egípcias. O cavalheiro havia combinado que o encontro com Margaret ocorresse entre os amigos do duque. Margaret deu a Henry um sorriso triste.
— Se nossos pais pudessem nos ver agora. Seu primo riu. — Eu os imagino rolando coletivamente em seus túmulos. Quase posso ouvir seu pai. — Ele fez um gesto dramático como se estivesse pregando num púlpito — “… Eu vos escrevi para não fazer companhia, se algum homem, que se chama irmão, for um fornicário…” Lágrimas picaram os olhos de Margaret.
— Você soa como ele. Henry ficou sério. — Meu talento para a imitação. O pai de Margaret tinha morrido de uma apoplexia súbita, não mais que dois meses antes e a dor ainda a superava em momentos imprevistos. Ele tinha sido o último dessa geração. Eles eram órfãos agora, pensou Margaret. O olhar solidário de Henry voltou, mas ele rapidamente sorriu e apertou-lhe no braço. — Ouso dizer que seu pai iria considerar o Duque de Manning uma companhia imprópria para você. — Assim como seu amigo.
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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!