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15 de abril de 2021

A Misteriosa Miss M

 


O submundo do reino, sexo, escândalo e um amor redentor.

A misteriosa Miss M é a fantasia viva de um homem, sedutora, sensual, mascarada. Mas quando Lorde Devlin Steele se encontra responsável por ela — e pela sua filha — ele começa a conhecer a verdadeira Maddy; uma mulher amorosa, apaixonada que afasta os pesadelos da batalha de Waterloo. Mas o soldado aristocrata não pode sustentar sua nova família. Ele só herdará sua fortuna se casando com uma dama adequada — e Maddy está longe de ser adequada. Com os perigos do submundo de Londres se aproximando, como ele poderá proteger a mulher que ama?

Capítulo Um

Londres, setembro de 1812
Madeleine posicionou-se no sofá, ajustando a fina musselina branca de seu vestido e colocou suas mãos enluvadas timidamente em seu colo. A luz dos candelabros, arrumados para iluminar suavemente sua pele, realçava a imagem que ela queria passar. Sua garganta se apertou, e sua pele se arrepiou pela atenção do último homem. Essa vida perversa. Como ela detestava isso.
Ela checou a máscara de penas azuis, artisticamente confeccionada para disfarçar sua identidade sem obscurecer sua compleição jovem ou o intocado rosado de seus lábios cheios. “A misteriosa Miss M” poderia ser qualquer garota no primeiro rubor da feminilidade. Era o artifício de Farley que ela aparecesse, e os homens que frequentavam seu inferno de jogos de elite em Londres apostaram profundamente para ganhar a fantasia de seduzi-la. A fuga poderia estar fora de questão, mas pelo menos a máscara escondia seu rosto e sua vergonha.
Incapaz de permanecer quieta, Madeleine foi até a cama, discretamente dobrada no canto e coberta com lençóis brancos e lavados enfeitados com renda, como um santuário virginal. Ela sentou-se na beirada e balançou as pernas para frente e para trás, imaginando quanto tempo faltava para o próximo cavalheiro ter sua vez. Não demoraria, ela supôs. Ela tomara mais cuidado no banheiro do que o necessário habitual, lavando completamente a lembrança daquela criatura odiosa que não havia partido cedo o bastante para o seu gosto.
Risadas masculinas, profundas e roucas, soaram no cômodo ao lado. Criaturas estúpidas, sentados ao redor de mesas, tão mergulhados em suas cartas quanto em seus copos, apenas esperando por Lorde Farley para afastá-los com suas fortunas. As garotas que circulavam as mesas, hoje vestidas como ela mesma, como as ingênuas do Almack, feitas para atormentar, mas, para alguns poucos, a Misteriosa Miss M era o verdadeiro prêmio. Farley não permitiria que seu prêmio escapasse. Ela aprendera a lição rapidamente. Não havia para onde ela ir.
Vozes soaram fora do quarto, e ela espantou a lembrança de como Farley a havia condenado a esse destino, ou, mais precisamente, como ela mesma havia se condenado.
O próximo homem, felizmente o último, viria logo, e era melhor que ela estivesse pronta. Ela checou os cabelos, arrumando os cachos escuros, feitos no melhor estilo para emoldurar seu rosto, uma fita rosa pálida estava entre eles. Algo bateu contra a porta. Madeleine se afastou da cama e correu para seu lugar no sofá. Uma figura alta e cambaleante, com sua silhueta contra a luz da sala de jogos, apareceu na porta. Ele ficou um momento com a mão na testa. Um soldado. Ele vestia o casaco vermelho do uniforme britânico, enfeitado com revestimentos azuis e dourado, desabotoados para mostrar o linho branco de sua camisa. Se ela fosse um soldado, poderia expulsá-lo dali. Ela poderia subir em sua montaria e galopar tão rápido que poderia quebrar o pescoço. Como ela amaria poder.
O soldado, que parecia ser mais velho do que ela não mais do que cinco anos, balançou quando fechou a porta. Graças ao generoso suprimento de conhaque de Lorde Farley, sem dúvida.
Madeleine suspirou. Ele deveria ser forte, mas não gordo. Com alguma sorte, sua boca não seria suja. Ela odiava bocas fétidas. Com seu porte magro, ele parecia um soldado forte e poderoso.
— Bom Deus! — Ele exclamou, quase tropeçando quando a viu.
— Eu temo não ser Ele, meu senhor. — Ela replicou. As velas iluminaram um belo rosto, sorrindo com tanto bom humor que ela mal conseguia não sorrir de volta.
— Sim, claro que não — Seus olhos verdes piscaram — e felizmente para mim você não é, senhorita...?
— Miss M. 



 

 

19 de janeiro de 2021

O Desamarrar de Miss Leigh

 

Desfigurado em batalha contra as forças de Napoleão, o Capitão Graham Veall tornou-se um recluso, passando meses sozinho em sua propriedade e aparecendo mascarado em público. 

No entanto, Graham está determinado a não abrir mão dos prazeres da vida para sempre… Especialmente o deleite do toque de uma mulher. Ele dificilmente esperava que a virginal Senhorita Margaret Leigh respondesse ao seu anúncio de companhia feminina, achando que ele procurava uma dama de companhia. Ainda assim, a filha do vigário empobrecido é uma tentação surpreendente que ele não pode ignorar. Sua proposta? Que ela viva com ele por dois meses como sua amante em troca de apoiá-la e a seu irmão pelo resto de suas vidas. Mas Margaret tem um segredo. Graham uma vez salvou sua vida quando criança e ela sonhou com ele desde então. Enquanto ele desperta seu desejo, ela almeja aliviar suas feridas internas – entretanto, apenas dois meses com seu herói danificado podem não ser o suficiente… Há algo sobre um herói que se sente muito machucado para ser amado que sempre toca meu coração. Tal herói precisa de uma heroína que veja o homem abaixo da superfície. Não é isso que todos nós queremos? Sermos amados pela pessoa que somos na nossa essência? Espero que você goste – O desamarrar de Miss Leigh – minha homenagem ousada para O Fantasma da Ópera e todas as histórias da Bela e a Fera. Este conto está ligado a minha história – Justine e o Nobre Visconde – na antologia Os Diamantes de Welbourne Manor. Para Patty Suchy, que sempre me disse que eu adoraria o filme O Fantasma da Ópera. Ela estava tão certa! 

Capítulo Um 

Londres, junho de 1812,  Mil lanternas ardiam nos olmos, colunatas, fontes, cascatas e pórticos, enquanto multidões de todos os tipos compunham esta noite de baile de máscaras em Vauxhall Gardens. Em meio a essa maravilha, o coração de Margaret Leigh bateu mais forte. Ela estava aqui para encontrar um cavalheiro, um homem que pagaria por sua companhia. — Tem certeza de que deseja fazer isso, Maggie? — A testa de seu 
primo estava franzida.
— Não é de todo adequado. Ela inclinou-lhe um olhar divertido. — Você falando de decoro. Henry tinha sido o flagelo da família. Filho de um professor e sobrinho de um vigário, Henry correu para se juntar a uma companhia de teatro, quando sua barba tinha apenas começado a crescer. Agora, havia pouca família restante 
para condená-lo, apenas Margaret e seu irmão mais novo. Henry balançou a cabeça e acenou com a mão.
— Bem, eu não posso me permitir prazer ou decoro no momento. Henry apertou os lábios em simpatia. Vestindo chifres na cabeça e calça e casaco verdes justos, sua expressão não parecia nada além de cômica. Margaret abafou uma risada. Henry estava vestido como Puck em uma fantasia do Covent Garden Theater, onde ele executava peças pequenas. Para Margaret, ele havia emprestado um traje de fada, um vestido rosa
pálido, as saias feitas em tantas camadas de seda que ela parecia flutuar enquanto andava. Era com certeza o vestido mais bonito que ela já tinha usado.
— Aqui estamos. — Henry parou nos camarotes de jantar ao longo da South Walk. Margaret, a filha de um vigário empobrecido, e seu primo Henry, um ator sem renome, seriam convidados do Duque de Manning. Para as festividades, o duque havia alugado vários camarotes, decorados com flores e grinaldas de sedas coloridas. Os camarotes já pareciam cheios de pessoas. A maioria dos cavalheiros usavam capas negras , mas as mulheres usavam uma variedade de trajes, desde rústicos vestidos de leiteiras até elaborados trajes de princesas egípcias. O cavalheiro havia combinado que o encontro com Margaret ocorresse entre os amigos do duque. Margaret deu a Henry um sorriso triste.
— Se nossos pais pudessem nos ver agora. Seu primo riu. — Eu os imagino rolando coletivamente em seus túmulos. Quase posso ouvir seu pai. — Ele fez um gesto dramático como se estivesse pregando num púlpito — “… Eu vos escrevi para não fazer companhia, se algum homem, que se chama irmão, for um fornicário…” Lágrimas picaram os olhos de Margaret.
— Você soa como ele. Henry ficou sério. — Meu talento para a imitação. O pai de Margaret tinha morrido de uma apoplexia súbita, não mais que dois meses antes e a dor ainda a superava em momentos imprevistos. Ele tinha sido o último dessa geração. Eles eram órfãos agora, pensou Margaret. O olhar solidário de Henry voltou, mas ele rapidamente sorriu e apertou-lhe no braço. — Ouso dizer que seu pai iria considerar o Duque de Manning uma companhia imprópria para você. — Assim como seu amigo.


17 de fevereiro de 2012

Rosa E Espinhos



Homem resoluto. 

Jameson Flynn tinha uma missão. 
Nada o impediria de cumpri-la... Até que, certa noite, nos jardins de Vauxhall, uma mulher o fez recordar o mundo 
deixado para trás... 
A linda voz, a graça e a sensualidade de Rose 0'Keefe a transformaram numa sensação entre os homens em busca de prazer. 
Mas quanto tempo se passará até sua honra ser comprometida? 
O homem que pode consagrar ou destruir a carreira de Flynn deseja Rose como amante. 
Em breve, Flynn terá que decidir o que tem mais valor em sua vida: o sucesso ou o amor. 


Capítulo Um 


Londres, julho de 1817. 


Os jardins de Vauxhall não eram o lugar que Jameson Flynn escolheria para passar a noite, mas seu patrão, o marquês de Tannerton, exigia sua presença. 
Para Flynn, Vauxhall era apenas uma fachada. Simples estruturas de madeira, pintadas, imitando templos gregos e pavilhões chineses. 
Os convidados, igualmente falsos, usavam máscaras para dissimular o fato de que possuíam títulos, eram ricos e respeitáveis, ou patifes, ladrões e damas de péssima reputação. 
— Coma mais presunto. — Tannerton ofereceu-lhe o prato com finas fatias de presunto, uma iguaria de Vauxhall de sabor duvidoso. Rico como Creso, Tanner — como gostava de ser chamado — comia com entusiasmo, como se jantasse na Carlton House e não em um camarote em Vauxhall. 
Flynn rejeitou a oferta, mas aceitou o áraque, uma forte mistura de rum e especiarias, que redimia, em termos, Vauxhall. 
Era raro Tanner buscar a companhia de Flynn, que não alimentava ilusões. 
Era secretário, não amigo dele. 
Olhando-os, seria difícil dizer quem era o marquês. 
Flynn orgulhava-se da aparência: cabelo castanho-escuro, sempre penteado, casaco preto e calça bem cortada. 
Tanner, poucos anos mais velho e mais claro, era menos cuidadoso com a aparência, com frequência dando a impressão de ter acabado de desmontar do cavalo. 
Flynn colocou a caneca na mesa. 
— Com que propósito me trouxe aqui, sir? Quando vai me informar? — Tanner riu e tirou do bolso do casaco um pedaço de papel. Estendeu-o para Flynn.
— Veja isto, por favor. Era um programa anunciando um concerto de música instrumental e vocal, com a participação de uma certa Srta. Rose 0'Keefe, a nova flor dos jardins, naquele mês de julho, à noite, em Vauxhall. 
Flynn devia ter adivinhado. Uma mulher. 
Desde seu retorno de Bruxelas, Tanner retomara sua habitual busca por prazer, independente da forma. Ou melhor, independente da mulher. 
E havia muitas mulheres dispostas a satisfazê-lo, devido à sua reputação de generosidade com as amantes, cumulando-as de presentes, casas e uma mesada anual ao perder o interesse. Normalmente, saía com atrizes, dançarinas e cantoras. 
— Continuo sem entender. Suponho que tenha interesse nessa Srta. 0'Keefe, mas em que posso ser útil? — Normalmente, Flynn envolvia-se nas negociações financeiras com as chères amies de Tanner quando chegava a hora do congé. 
Afinal, Tanner tinha aversão a cenas. 
Os olhos de Tanner acenderam, animados. — Você precisa me ajudar a conquistar a jovem. 
Flynn quase engasgou com o áraque. — Eu? Desde quando precisa de minha ajuda nesses assuntos? 
Tanner inclinou-se. — Essa é excepcional. Ninguém ouvira falar dela antes do verão. Uma noite, apareceu no palco do teatro e cantou. Comentam que ela voltou a cantar no Baile de Máscaras. De qualquer modo, essa dama não é fácil de ser conquistada. 
Flynn fitou-o com expressão cética. 
Tanner prosseguiu: — Pomroy e eu fomos ouvi-la outro dia. Nossa única intenção, para falar a verdade, era conhecê-la. — Riu e tomou um grande gole da bebida. — O pai toma conta dela e de seus interesses. Não consegui nem entregar meu cartão. Havia uma quantidade enorme de homens desleixados ao seu redor. 
Flynn imaginou o aristocrata marquês tentando passar entre os tipos que assediavam as artistas de Vauxhall. 
— E o que deseja de mim? 
Tamer inclinou-se ansioso: — Minha idéia é a seguinte: você descobre um jeito de chegar ao pai dela e negociar a meu favor. — Sacudiu a cabeça, como se concordasse consigo mesmo. — Você tem o dom da diplomacia, eu, não.
Flynn suspeitava que a negociação se resumisse em perguntar o preço e a dama cederia, mas guardou a opinião para si próprio. 
Agiria como um representante. 
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