O tenente Philip Kempton e Anna Tremayne se apaixonam durante uma idílica quinzena de verão.
Quando ele é convocado para retornar ao navio, Anna promete esperar por ele. Enquanto ele está no mar, ela se casa com outra pessoa.
Agora ela está viúva e ele é o capitão Kempton. Quando se reencontrarem, conseguirão deixar de lado a traição e reacender seu amor?
Capítulo Um
Capítulo Um
23 de dezembro de 1814, Wiltshire
O capitão Philip Kempton estremeceu ao desmontar em frente ao Blue Bell Inn. Ele estava cavalgando há horas e suas costas e pernas doíam. Ele não deveria ter ficado surpreso ‒ o que esperava depois de passar a maior parte dos últimos dez anos no mar? Isso também lhe serviu bem. Ele mal mencionou a possibilidade de cavalgar até Beechgrove quando sua mãe começou a lamentar sobre o tempo frio, o estado das estradas e como ele ficaria muito mais confortável se pegasse emprestado o cabriolé. Já irritado pela maneira como ela o pressionou a aceitar o convite da tia Beth e do tio Thomas, ele manteve-se firmou e insistiu que no cavalo caçador de seu pai seria a maneira mais confortável de fazer a viagem. E ele conseguira ficar sem um valete por uma década, obrigado; o homem de seu tio poderia fazer qualquer coisa necessária durante a temporada festiva.
Então, ali estava ele, ainda a uma hora de viagem de seu destino, com um traseiro que nem um banho quente acalmaria, e dedos das mãos e dos pés dormentes pelo ar frio. A noite ficaria ainda mais fria, ele pensou enquanto olhava para o céu claro, seu azul-claro já se tornando um tom mais escuro. Estaria escuro quando ele chegasse, mas a lua estava quase cheia e iluminaria seu caminho. Uma hora gasta descongelando na estalagem faria pouca diferença. O cavalo também merecia um descanso.
Ele entrou na estalagem, esperando que seus músculos doloridos não transparecessem na maneira como ele se movia. A passagem de lajes de pedra lá dentro estava escura, mas uma porta estava entreaberta e Philip entrou no calor e no barulho da taverna. O ar estava denso com cheiros de fumaça de madeira, cerveja derramada e corpos sujos, as risadas eram estridentes.
— O que posso fazer por você, senhor? — O senhorio se aproximou e levantou a voz para se fazer ouvir acima do burburinho.
Philip esfregou o rosto, o barulho e o cheiro quase o fizeram se arrepender de sua decisão de parar ali. Mas se aquecer não era sua única razão para parar – ele ainda estava
debatendo se deveria simplesmente dar meia-volta e voltar para casa. Ele poderia pensar em alguma desculpa e enviá-la para a tia Beth.
— Senhor?
Ele estava ali agora, então poderia muito bem comer. — Cerveja. E uma refeição quente.
— Muito bem, senhor. Temos um ensopado de peixe, ou torta de carne. O cozinheiro pode fazer outra coisa, se quiser, mas você terá que esperar um pouco.
— Torta de carne vai servir bem. — Estava muito barulhento ali para pensar. — Você tem uma sala particular que seja aquecida?
O homem assentiu. — O fogo está aceso no quarto do outro lado do corredor, senhor. Mando sua comida para lá, posso?
— Sim, por favor.
A sala estava mobiliada apenas com algumas mesas e cadeiras, e um assento de espaldar alto perto da lareira. Philip jogou mais algumas toras no fogo e ficou de costas para as chamas, as mãos atrás dele como se ainda estivesse no tombadilho do Penelope. Seus dedos estavam quentes e formigando quando o senhorio apareceu, uma empregada com uma bandeja carregada atrás dele.
— Vai longe, senhor? — disse o homem enquanto a empregada preparava um prato com uma enorme fatia de torta nadando em molho, um prato de vegetais e uma caneca de cerveja.
— Delfont Abbas, — disse Philip.
— Lugar agradável; eu venho de lá. Addison, no Delfont Arms, faz uma cerveja fina. Quase tão boa quanto a minha, — ele acrescentou, com uma piscadela.
— Ficarei hospedado em Beechgrove, mas sem dúvida encontrarei tempo para testar sua recomendação.
— Amigo da família, senhor?
— Kempton é meu tio. — Philip sentou-se, seu estômago roncando de antecipação.
— Ah, então você deve ser o Capitão Kempton. Addison e eu temos acompanhado suas ações nos jornais. Você teve uma luta esplêndida contra os Frogs, senhor. — Sim, bem…
O capitão Philip Kempton estremeceu ao desmontar em frente ao Blue Bell Inn. Ele estava cavalgando há horas e suas costas e pernas doíam. Ele não deveria ter ficado surpreso ‒ o que esperava depois de passar a maior parte dos últimos dez anos no mar? Isso também lhe serviu bem. Ele mal mencionou a possibilidade de cavalgar até Beechgrove quando sua mãe começou a lamentar sobre o tempo frio, o estado das estradas e como ele ficaria muito mais confortável se pegasse emprestado o cabriolé. Já irritado pela maneira como ela o pressionou a aceitar o convite da tia Beth e do tio Thomas, ele manteve-se firmou e insistiu que no cavalo caçador de seu pai seria a maneira mais confortável de fazer a viagem. E ele conseguira ficar sem um valete por uma década, obrigado; o homem de seu tio poderia fazer qualquer coisa necessária durante a temporada festiva.
Então, ali estava ele, ainda a uma hora de viagem de seu destino, com um traseiro que nem um banho quente acalmaria, e dedos das mãos e dos pés dormentes pelo ar frio. A noite ficaria ainda mais fria, ele pensou enquanto olhava para o céu claro, seu azul-claro já se tornando um tom mais escuro. Estaria escuro quando ele chegasse, mas a lua estava quase cheia e iluminaria seu caminho. Uma hora gasta descongelando na estalagem faria pouca diferença. O cavalo também merecia um descanso.
Ele entrou na estalagem, esperando que seus músculos doloridos não transparecessem na maneira como ele se movia. A passagem de lajes de pedra lá dentro estava escura, mas uma porta estava entreaberta e Philip entrou no calor e no barulho da taverna. O ar estava denso com cheiros de fumaça de madeira, cerveja derramada e corpos sujos, as risadas eram estridentes.
— O que posso fazer por você, senhor? — O senhorio se aproximou e levantou a voz para se fazer ouvir acima do burburinho.
Philip esfregou o rosto, o barulho e o cheiro quase o fizeram se arrepender de sua decisão de parar ali. Mas se aquecer não era sua única razão para parar – ele ainda estava
debatendo se deveria simplesmente dar meia-volta e voltar para casa. Ele poderia pensar em alguma desculpa e enviá-la para a tia Beth.
— Senhor?
Ele estava ali agora, então poderia muito bem comer. — Cerveja. E uma refeição quente.
— Muito bem, senhor. Temos um ensopado de peixe, ou torta de carne. O cozinheiro pode fazer outra coisa, se quiser, mas você terá que esperar um pouco.
— Torta de carne vai servir bem. — Estava muito barulhento ali para pensar. — Você tem uma sala particular que seja aquecida?
O homem assentiu. — O fogo está aceso no quarto do outro lado do corredor, senhor. Mando sua comida para lá, posso?
— Sim, por favor.
A sala estava mobiliada apenas com algumas mesas e cadeiras, e um assento de espaldar alto perto da lareira. Philip jogou mais algumas toras no fogo e ficou de costas para as chamas, as mãos atrás dele como se ainda estivesse no tombadilho do Penelope. Seus dedos estavam quentes e formigando quando o senhorio apareceu, uma empregada com uma bandeja carregada atrás dele.
— Vai longe, senhor? — disse o homem enquanto a empregada preparava um prato com uma enorme fatia de torta nadando em molho, um prato de vegetais e uma caneca de cerveja.
— Delfont Abbas, — disse Philip.
— Lugar agradável; eu venho de lá. Addison, no Delfont Arms, faz uma cerveja fina. Quase tão boa quanto a minha, — ele acrescentou, com uma piscadela.
— Ficarei hospedado em Beechgrove, mas sem dúvida encontrarei tempo para testar sua recomendação.
— Amigo da família, senhor?
— Kempton é meu tio. — Philip sentou-se, seu estômago roncando de antecipação.
— Ah, então você deve ser o Capitão Kempton. Addison e eu temos acompanhado suas ações nos jornais. Você teve uma luta esplêndida contra os Frogs, senhor. — Sim, bem…
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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!