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9 de fevereiro de 2016

A Aposta






Resistente e suave, doce e atrevida, aqui está uma história de honestidade e humor para qualquer um que já viveu e amou. 

Scotty Gandy sempre foi um jogador que conta com seu charme preguiçoso do sul para encontrar saídas para situações difíceis.
Com a esperança de fazer fortuna, ele abre uma casa de jogos em proffitt, kansas.
Logo, ele se torna um alvo do movimento pela moderadação liderado pela dona da loja de chapéus, ao lado do seu estabelecimento, A encantadora, ainda que volátil Agatha Downing. O dono do saloon e a modista tímida e recatada são inimigos ferozes!
Até que a inocência de uma criança abra os olhos e os corações de um para o outro.

Capítulo Um

1880
Agatha Downing olhou através da janela de sua chapelaria e viu uma pintura a óleo, em tamanho natural, que retratava uma mulher nua atravessando a rua. Ela engasgou e cerrou os punhos ˗ Esse homem de novo! O que tinha acontecido com ele agora? Já não era suficiente que houvesse instalado sua venda de bebidas incentivando homens honestos a esbanjar o dinheiro suado em jogos de azar na porta ao lado? Agora, trazia quadros de mulheres nuas!
Horrorizada, apertou a mão contra o espartilho de barbatanas de baleias e observou o alegre bando de desocupados que caminhava em sua direção. Lançando exclamações entusiasmadas, os homens abriram caminho em meio a empurrões até o Salão Gaiola Dourada carregando a tela sobre os ombros. A rua era larga e lamacenta e eles levaram algum tempo para cruzá-la. Antes que chegassem ao meio do caminho, todos os homens que estavam na calçada juntaram-se a eles uivando, jogando seus chapéus para cima, proporcionando uma ousada homenagem a este nu digno de Rubens. Quanto mais perto chegavam, mais Agatha pressionava o seu espartilho.
A triste figura, com mais de um metro e oitenta, tinha os braços erguidos aos céus, como se quisesse elevar-se… de frente, voluptuosa e nua como um pássaro recém-nascido.
Agatha afastou a vista de tão desagradável espetáculo.
Por todos os deuses! Sem dúvida nenhuma, todos caminhavam em direção contrária ao paraíso! E, ao que parecia, queriam levar as crianças com eles!
Duas crianças viram os arruaceiros e correram para o meio da rua lamacenta para melhor apreciarem o espetáculo.
Agatha abriu a porta de par em par e saiu na calçada, mancando.
─ Perry! Clydell! ─ gritou para os meninos de dez anos ─ Voltem logo para casa! Escutaram?
Os dois se aproximaram e olharam a Srta. Downing que indicava com o dedo a extremidade da rua.
─ Rápido ─ disse ─ ou eu contarei as suas mães.
Perry White virou-se para o amigo Clydell Hottle com expressão infeliz no rosto manchado:
─ É a velha Srta. Downing.
─ Ah, não!
─ Minha mãe compra chapéus com ela.
─ Sim, a minha também ─ lamentou-se Clydell.
Os meninos dirigiram um último olhar curioso para o quadro da dama desnuda e, relutantes, foram embora arrastando os pés.
Mooney Straub, um dos bêbados do grupo, levantou a voz e gritou para eles:
─ Esperem até terem idade suficiente, meninos!
Risos ásperos acompanharam o comentário, e a indignação de Agatha subiu um grau.
Que gentalha. Não passava de dez horas da manhã e Mooney Straub quase não se aguentava em pé. Lá estava também Charlie Yaeger, que tinha esposa e seis filhos vivendo em uma cabana digna apenas para os porcos; e o jovem filho de Cornelia Loretto, Dan, que o vizinho contratou como crupier do jogo de loteria, fato que envergonhou muitíssimo à sua pobre mãe; e o garçom de aspecto feroz, de espessos cabelos brancos que cresciam apenas na metade esquerda de sua cabeça; e o pianista negro de olhos vivazes que pareciam não perder nenhum detalhe; e George Sowers, que há anos havia enriquecido nas minas de ouro do Colorado e que, perdera tudo com a bebida e o jogo. Lá também se encontrava o "cabeça" de todos eles, o responsável por espalhar essa praga perto de Agatha: o homem que todos chamavam de Scottyy.
Agatha instalou-se na escadaria de entrada da taberna e esperou que a brigada do exército de Satanás abrisse caminho por entre o barro primaveril. Quando chegaram à barra de amarrar os cavalos, Agatha abriu os braços:
─ Senhor Gandy, eu protesto!
LeMaster Scotty Gandy levantou uma das mãos para deter os seus seguidores.
─ Um momento companheiros. Parece que teremos companhia.
Voltou-se lentamente e levantou os olhos para a mulher que assomava sobre ele como um anjo vingador. 
Vestia um vestido cinza desbotado. A saia de pregas austríacas, amarrada atrás, havia sido muito apertada. A anquinha posterior apontava para cima, como a coluna vertebral de um gato assustado. Anexado à cintura sob um par de anáguas, que as mulheres usaram do final do século XIX para avolumarem as roupas na parte de trás, mas caindo retas na frente. As "anquinhas" 









16 de fevereiro de 2010

Série Lessons In Love

1 - A Aposta
Inglaterra, lição de amor

No passado, o notório visconde Dare seduzira Georgiana Halley e roubara sua inocência...
Somente para ganhar uma aposta! Mas agora ele iria pagar caro.
O plano era simples: ela usaria cada artimanha sedutora que conhecia, com o intuito de conquistar o coração de Dare, para depois parti-lo!
Porém, aqueles olhos azuis mais uma vez tentavam Georgiana a ceder ao desejo... e quando ele a surpreendeu com um pedido de casamento, ela hesitou: estaria Dare enganando-a de novo, ou dessa vez poderia ser amor verdadeiro?

Capítulo Um

Lady Georgiana Halley observou lorde Dare entrar no salão de baile e perguntou-se por que as solas das botas lustrosas do visconde não esfumaçavam, já que o homem caminhava pelas trilhas do inferno.
O restante dele certamente ardia em chamas enquanto, moreno e diabolicamente sedutor, dirigia-se às salas de jogos. Ele nem sequer notou quando Elinor Blythem lhe deu as costas.
— Eu odeio aquele homem — Georgiana murmurou.
— Como disse? — lorde Luxley perguntou, empreendendo os passos da quadrilha.
— Nada, milorde. Estou pensando em voz alta.
— Pois então partilhe seus pensamentos comigo, lady Georgiana. — Luxley tocou a mão dela, virou-se e desapareceu atrás da srta. Partrey antes de voltar novamente a encará-la. — Nada me agrada mais que o som de sua voz.
Exceto, talvez, o ouro que tilinta em minha bolsa. Georgiana suspirou. Ela se tornava cada vez mais intolerante.
— Está apenas sendo gentil, milorde.
— Essa é uma impossibilidade no que lhe diz respeito, milady.Quando deram outra volta no salão, ela notou que Dare saía de seu campo de visão.
Provavelmente o devasso ia fumar um charuto com seus amigos igualmente libertinos.
A presença do visconde havia estragado a noite agradável.
Como fora sua tia quem organizara a soirée, não podia imaginar quem o convidara.
Seu parceiro de dança se juntou a ela outra vez.
Georgiana presenteou o garboso barão com um sorriso determinado.
Tinha de eliminar o diabólico Dare de seus pensamentos.
— Está muito disposto esta noite, lorde Luxley.
— A senhorita me inspira — o barão disse.
A dança terminou. Enquanto o barão pegava um lenço no bolso, Georgiana avistou Lucinda Barrett e Evelyn Ruddick juntas à mesa de refrescos.
— Obrigada, milorde — Georgiana agradeceu e fez uma cortesia antes que ele a convidasse para um passeio pelo salão. — Milorde me exauriu. Poderia me dar licença?
— Eu... E claro, milady.



2 - Adorável Pecador


Sedutor ou seduzido?...

O marquês de St. Aubyn é conhecido por "Saint",
mas está bem longe de ser um "santo".
Evelyn Ruddick sabe que deve evitá-lo a qualquer custo, mas ela quer muito ajudar as crianças do orfanato do qual Saint é o presidente do conselho.
Está determinada a ensinar o arrogante e atraente marquês a arte de se tornar um cavalheiro exemplar, mas isso não será nada fácil, até porque a simples proximidade daquele homem a faz desejar inverter os papéis para que ele lhe ensine a arte da sedução...
A ideia de colaborar para o projeto de Evelyn é absurda para Saint, porém aquela jovem linda e teimosa se recusa a desistir!
Sendo assim, o que mais resta a um libertino que se preze além de seduzir a formosa dama?
O problema é que Saint logo descobre que é ele quem está sendo seduzido pela pureza e inocência da encantadora Evelyn.
A tentação de viver uma ardente paixão nos braços dela será capaz de realizar o impossível e corrigir aquele adorável pecador?...

Capítulo Um

Um ano depois.
― Eu realmente gostaria que você não criasse caso por tão pouco. — Evelyn Ruddick deu um passo para trás, afastando-se do irmão. — Lucinda Barrett e eu somos amigas desde que debutamos juntas.
Victor venceu a distância que os separava. Seu tom de voz demonstrava aborrecimento.
— Desfrutem dessa amizade em qualquer outra festa. O pai dela não tem direito nem a um voto no Parlamento, e hoje à noite eu preciso que você converse com lady Gladstone.
— Não gosto dela — Evie murmurou, resmungando quando Victor a segurou pelo braço, evitando que ela se afastasse outra vez.
— Ela bebe uísque como um homem.
— E o marido dela é um proprietário influente em West Sussex. Ser um pouco mais tolerante é um preço pequeno em troca de um assento na Casa dos Comuns.
— Fala isso porque não será em você que ela vai soltar o bafo de bebida. Victor, eu vim aqui esta noite para dançar e conversar com minhas...
Ele franziu a testa e a interrompeu.
— Você veio aqui hoje porque eu a acompanhei. E só fiz isso porque queria que me ajudasse na minha campanha.
Ambos sabiam que ela perderia a discussão antes mesmo de iniciá-la. Evie era capaz de jurar que Victor permitia que debatesse com ele apenas para colocá-la em seu devido lugar mais vezes.
— Oh, droga! Eu preferia que você ainda estivesse na índia.
— Eu também. Agora, vá, antes que uma das Plimpton chegue até ela primeiro.
Armando-se de um sorriso educado e amigável, Evelyn abriu caminho por entre os convidados em busca da mais recente fonte de possíveis votos para o irmão. O apego de lady Gladstone ao uísque não era o único problema.
Trinta anos mais nova que o marido, a viscondessa tinha hábitos piores do que a bebida.
E Evelyn escutara rumores de que um deles estava ali naquela noite.



3 - O Segredo de Carroway




Londres, 1816

Lições de Amor
Com suas duas melhores amigas casadas e felizes, Lucinda Barrett percebe que não pode mais adiar suas aulas de amor. 

O homem que ela espera ensinar precisa ser alguém que não mexa com seu coração, e esse alguém, definitivamente, não é Robert Carroway! O atraente e reservado herói de guerra é complicado demais, sempre evitando os círculos sociais de Londres e suas frivolidades. Ainda assim, é uma agradável surpresa quando ele se oferece para ajudar Lucinda na missão de corrigir e preparar para o casamento um outro nobre, mais adequado. 
O problema é Lucinda conseguir resistir ao incrível feitiço dos olhos azuis de Robert e à sua sensualidade, que a deixa sem fôlego. Lucinda quer um marido, não um amante apaixonado e irresistível, capaz de abalar o seu mundo com um único beijo! 

Capítulo Um

— Não, você não trapaceou, Evie, e espero que pare de dizer que sim. — Lucinda Barret, exasperada com a amiga, ajeitou-se melhor no largo peitoril da janela.
— Eu sei, minha intenção era ensinar um cafajeste, e acabei me casando com ele. — Preocupada, Evelyn levantou-se, foi em passos longos ao refúgio de Lucinda e voltou.
— Há menos de dois meses eu era a reles e insípida Evelyn Ruddick, e agora sou a marquesa de St. Aubyn. Nem posso acreditar...
— Você não era reles e insípida, Evie. — Georgiana entrava apressada na sala íntima, acenando para o mordomo fechar a porta. — E não se desculpe, porque eu, além de estar atrasada para o chá, também me casei com o objeto de minhas aulas.
— Não precisa se desculpar por nenhum dos dois casos, Georgie. — Lucinda sorriu, divertida.
Georgiana sorriu de volta, acenou para Evelyn sentar-se no sofá e se acomodou a seu lado.
— Pode ser, mas há pouco mais de um ano eu teria fuzilado quem sugerisse que eu iria me casar com Tristan Carroway. E agora eis-me aqui, lady Dare, a dois meses de pôr mais um Carroway no mundo.
— Quem sabe será menina? — Evelyn ria.
— Isso que não compensa as outras desvantagens. — Georgiana moveu-se, pouco à vontade. — Nunca vou entender a valentia da mãe de Tristan: fez mais quatro varões depois de já ter feito um! Se não fossem as tias dele, eu seria absoluta minoria.
E mesmo assim elas me abandonaram... Foram para as águas termais de Bath.
— Por falar nos irmãos Carroway... — Lucinda começou, enigmática, pois enfim se decidira a contar seus planos às amigas. — Vocês sabiam que o tenente Bradshaw Carroway vai voltar para Londres?
— Eu sabia. O navio chega a Brighton no fim de se¬mana. Ele espera ser indicado para um novo posto nas Índias Ocidentais. Logo onde!


Série Lessons In Love
1 - A Aposta
2 - Adorável Pecador
3 - O Segredo de Carroway
Série Concluída