Ela jurou resistir à tentação!
Celeste D’Orleau viajou para Dunborough a fim de investigar o assassinato da irmã.
Ao reencontrar Gerrard, o herói de sua infância, ela começa a ter fantasias proibidas.
Gerrard usa toda a sua força de vontade para resistir ao desejo que sente pela bela e inocente Celeste. Depois de tanto lutar para restaurar sua reputação, ele não seduziria uma freira!
Porém, conforme a missão de Celeste os deixa mais próximos, fica claro que essa paixão é mais forte do que qualquer voto!
Capítulo Um
Inglaterra, 1214
Caía a noite fria de novembro, mas dentro do salão de sir Melvin, o calor e a luz afastavam a baixa temperatura, proporcionando abrigo para a moça vestida num hábito de freira. Celeste viajara durante dias e agora aproveitava o conforto.
Havia uma lareira central e vários tocheiros alinhados nas paredes de pedra. A mesa principal, no tablado num dos cantos do salão, estava coberta por uma toalha e em cima dois candelabros ostentavam velas de cera de abelha. Celeste e o rechonchudo e próspero sir Melvin estava sentados à mesa. Atrás dele, havia uma tapeçaria de cavaleiros e damas bem-vestidos passeando no campo.
A esposa, a calma e eficiente lady Viola, estava sentada do lado esquerdo dele. Criados, homens e mulheres circulavam por entre as mesas do salão, onde estavam o mordomo, o sacerdote, serventes, chefes dos criados e guardas da casa, servindo a refeição da noite.
O sacerdote tinha certa idade e, para Celeste, lembrava o Matusalém. Assim que ele terminou as orações, as criadas trouxeram as bandejas com grossos bifes de carne. Cestas de pão estavam espalhadas na mesa e os cálices de bronze refletiam a luz das velas.
— O senhor foi muito gentil ao me oferecer pousada e uma refeição tão farta — agradeceu Celeste ao anfitrião com toda a sinceridade.
— Estamos encantados com a sua presença aqui, irmã — disse sir Melvin com um sorriso largo. — Encantados!
— Vamos providenciar uma escolta para acompanhá-la pelo resto da viagem — ofereceu lady Viola.
— Sou muito grata a vocês, mas a viagem não será longa — respondeu Celeste. — Devo chegar em Dunborough amanhã.
— Você vai a Dunborough? — Sir Melvin ficou tão surpreso quanto se ela tivesse anunciado que estava feliz a caminho do inferno. — Mas o que você… — Ele olhou para a esposa, deu uma tossidela e continuou: — Ah, Dunborough? Conheço sir Roland. Ele e lady DeLac, noiva dele, hospedaram-se aqui vindos do castelo DeLac a caminho de Yorkshire.
Celeste alcançou uma cesta de pão e se serviu de um pedaço.
— Sir Roland é o lorde de Dunborough e está casado? — perguntou ela, esforçando-se para esconder o espanto.
— O pai e o irmão dele morreram há pouco tempo e ele se casou recentemente — explicou lady Viola.
Celeste não tinha motivos para não acreditar, mas mesmo assim não conseguia imaginar.
— Ele é um homem extraordinário… extraordinário — comentou sir Melvin, pegando uma faca para cortar um pedaço de carne, que uma criada bem-vestida havia colocado diante dele. — Mas um pouco sério demais para meu gosto, no entanto eu não sou a noiva. Nosso estábulo pegou fogo quando eles estavam aqui e ela perdeu todos os bens de seu dote. Ele nunca pediu remuneração pela perda.
— Foi ele que liderou o grupo que apagou o fogo — observou lady Viola.
— Ele não está em Dunborough agora — prosseguiu sir Melvin, sem saber o quanto deixava Celeste aliviada com a informação. — Ele está em DeLac porque…
Lady Viola tocou no braço do marido, balançando a cabeça.
— Bem, este não é um assunto adequado quando temos visita.
Celeste ficou curiosa para saber onde Roland teria ido e por que, mas não devia se importar com aquilo. O assunto que ela precisava tratar não era com o lorde de Dunborough.
— Você já esteve em Dunborough antes? — perguntou sir Melvin.
— Eu morava lá até entrar para o convento — admitiu ela.
— Ah!
Série Prêmio de Cavaleiro
1 - O Castelo do Lobo
2 - A Noiva do Cavaleiro
2.5 - Kind Eyes and a Lion Heart
3 - A Inocente e o Canalha