Viúva e bela, Sara Lawrence prometeu frustrar os planos de seus irmãos, para que se casasse novamente.
Seu primeiro casamento foi um desastre, e ela está determinada a escolher um marido que possa deixá-la à vontade. Mas seus exasperantes, adorados e intrometidos, cinco irmãos mais velhos, estão determinados a protegê-la.
Sara está muito determinada a escolher seu próprio marido, mas possíveis candidatos são poucos em Bath ― até que o escandaloso Nicholas Montrose, o conde de Bridgeton, chega.
Nicholas dá uma olhada em Sara e a quer em sua cama, mas ela, claramente, deseja o casamento, e a felicidade conjugal não está nos planos de Nicholas.
Além disso, Nicholas tem como objetivo estabelecer respeitabilidade, enquanto Sara não se importa se escandaliza a sociedade. Apesar de suas diferenças, ele não consegue resistir à adorável Sara e concorda em ajudá-la em sua busca por um marido flexível.
Os irmãos de Sara ficam irados quando percebem que Nicholas está escoltando Sara pela cidade, e quando eles pegam os dois em uma posição comprometedora, eles exigem que eles se casem.
Nicholas vai desistir de seus modos rispidos para com Sara e, mesmo sem querer, Sara estará disposta a se casar com um homem que, com certeza, será possessivo, e, pior, certamente colocará em risco seu vulnerável coração?
Capítulo Um
Londres, 28 de janeiro de 1815
A única coisa que faltava entre Saraphina Lawrence e Hades era um respeitável leito matrimonial. Dada a escolha dela, ela teria pulado sobre a cama e corrido direto para as chamas, usando nada, além das famosas safiras Lawrence, com os braços abertos para abraçar o calor selvagem. Era uma pena que seus irmãos não saíssem do caminho.
― Malditos todos os homens que interferem ― resmungou ela, olhando melancolicamente pela janela da lenta e penosa carruagem. Os olhos de sua tia se arregalaram na luz incerta que brilhava através dos fios prateados em sua têmpora.
― Eu imploro seu perdão? A resposta da tia Delphi a tudo era fingir que não ouviu e parecer irritantemente inocente. Até agora, ela conquistara um duque que tivera a boa vontade de morrer dentro de doze meses do casamento e uma bela articulação que lhe dava uma quantidade surpreendente de independência. Não que a tia Delphi tenha usado isso.
― Eu disse, ― Malditos todos os homens que interferem, ― repetiu Sara, mais alto.
― Eu tenho sido mal humorada, e você sabe disso. Eu fui arrastada para fora da minha casa para participar do evento social da temporada. E forçada a andar nesta carruagem decrépita. “Como se Marcus tivesse algo diferente do que a melhor carruagem”.
― Somente porque meus irmãos estão decididos a me transformar em algo que eu não sou. Sara franziu o cenho para as sapatilhas brilhantes que espiavam por baixo de suas saias. Elas machucavam horrivelmente, e se ela não estivesse determinada a irritar o tedioso senso de decoro de seus irmãos, ela não teria usado aquelas coisas berrantes.
Ela escorregou os pés e balançou os dedos no ar fresco da noite, ignorando o olhar de desaprovação de Delphi. Embora odiasse sua arrogância, talvez fosse bom que Marcus a tivesse convocado. Já era hora de resolver esse problema de uma vez por todas.
Ela estava além de ouvir conselhos solenes; cada minuto que ela caminhava na fronteira da ruína e desafiava a face impassível da sociedade, a estimulava. Pela primeira vez desde a morte de Júlio, ela se sentiu viva. Viva e livre. Tia Delphi sacudiu a cabeça.
― Você enlouqueceu. Desde que Júlio morreu, você...
― Ele morreu, mas eu não.
Série Rogues