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16 de outubro de 2011

Um Homem que promete

À margem de ser uma das mulheres mais belas da França de 1849, a melhor virtude de Madeleine DuMais é sua inteligência… que põe ao serviço da espionagem britânica. 

Quando seus serviços são requeridos no sul da Inglaterra para desmantelar uma trama de contrabando, Madeleine não duvida em arriscar sua vida pela coroa britânica.
Ao chegar ao pitoresco povo, chamado Winter Garden, Madeleine conhece quem será seu companheiro na luta secreta: Thomas Blackwood, um homem diferente a qualquer que tenha conhecido antes. S
ua Competência, sua atitude silenciosa e o mistério que o rodeia acendem o desejo do Madeleine, que prende e prende até chegar ao vermelho vivo, até converter-se em um ardor desesperado.

Capítulo Um 

Sul da Inglaterra, 1849

O gélido vento de finais de novembro lhe açoitou a face e sacudiu as vaporosas saias do vestido contra suas pernas enquanto Madeleine DuMais desembarcava da carruagem de aluguel no Winter Garden. A jovem respirou fundo para encher os pulmões com o vivificante ar vespertino, fechou os olhos durante um momento enquanto girava o rosto para o sol e se envolvia sob a capa de viagem para proteger-se desse frio ao que não estava acostumada.
Inglaterra. Por fim tinha retornado a Inglaterra. O aroma dos fogos de lenha dos lares e dessa terra rica e fértil não se apagou nem de seus sentidos nem de suas lembranças. O sussurro das árvores e o repico dos cascos dos cavalos com o passar do caminho de cascalho que serpenteava através do povo despertavam tenras lembranças referentes à família, ao lugar ao que pertencia. Esse era o país de seu pai (embora também gostasse de considerá-lo o seu) e, de ter podido escolher qualquer lugar do mundo para viver, teria se instalado ali para o resto de seus dias.
Por desgraça, era francesa, e a vida não era tão singela.
Quando fez um gesto com a cabeça ao chofer, este deixou suas coisas (um par de baús, nada mais) junto a ela a um lado do caminho, e depois retornou ao seu assento para dirigir-se a seguinte parada. O homem não tinha podido aproximar-se mais a casa com a carruagem devido à estreiteza do atalho, e posto que ela não pudesse as levar sem ajuda, suas posses teriam que ficar onde estavam. Não importava. Os baús estavam fechados com chave e Thomas Blackwood, seu novo colega e um homem ao que logo conheceria, poderia ir buscá-los em questão de minutos.
As instruções que tinha recebido no dia anterior eram muito claras. Durante as semanas seguintes trabalharia e viveria na parte sul da cidade, na última casinha da direita: Hope Cottage. De onde se encontrava nesse momento, podia ver a cerca que rodeava a propriedade, uma estrutura que lhe chegaria à altura da cintura e que estava pintada da cor dos narcisos na primavera. Madeleine colocou o folgado capuz sobre a cabeça e colocou as mechas de cabelo que o vento lhe tinha soltado sob o couro escuro. Depois de sujeitar o pescoço da capa na nuca com uma das mãos, utilizou a outra para elevar as saias e recolher a pequena bolsa de viagem antes de começar a avançar pelo Farrset Lane. Essa missão tinha sido toda uma surpresa para ela.

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2 de junho de 2010

Um Amante Indiscreto

Trilogia Duque
Ela era o desejo de cada homem, mas o que deseja é a indiscrição do duque.

Lady Charlotte Hughes leva uma vida dupla, durante o dia é a simples e comedida irmã de um homem dominante que o único desejo é vê-la casada e longe dele.
De noite é a encantadora e intrigante famosa cantora de ópera que deixa loucos de luxúria os homens.
Mas o único homem que ela deseja é Colin Ramsey, Duque de Newarkm, embora o elegante nobre nunca fosse manchar sua reputação por uma mulher como ela. Por isso fica surpreendida quando o duque começa a persegui-la como seus outros admiradores. 
E tentando seduzi-la descobrirá sua verdadeira identidade.
Charlotte se submeterá aos desejos do atraente duque, mas só como esposa, uma proposta que Colin aceita ansiosamente. Mas seu secreto dever com a Coroa irá expor Charlotte a um perigo muito real, e ameaçará a paixão que os une.

Capítulo Um

Londres, Inglaterra, fevereiro de 1861.
Colin Ramsey, o distinto terceiro duque de Newark, levava três anos e meio apaixonado por Lottie English.
Bom, o mais provável era que esse não fosse seu verdadeiro nome, e é obvio não foram apresentados formalmente. Não obstante, essa parte dela que tanto o fascinava quando a via cantar nos cenários jamais se afastava de seus pensamentos e, conforme suspeitava seguiria sendo o núcleo de suas fantasias eróticas até que exalasse seu último fôlego...
Ou até que se deitasse com ela.
E essa era a imagem que tinha em mente quando entrou no magnífico Royal Italian Opera House de Covent Garden e se fez a solene promessa de que essa noite falaria com ela por fim.
Tinha tentado apresentar-se ante ela em duas ocasiões penetrando entre os bastidores depois de suas atuações, mas ela tinha conseguido evitá-lo: depois de inclinar-se ante o público que a adorava pela última vez tinha abandonado o teatro a toda pressa e se afastou em uma carruagem de aluguel para lugares desconhecidos sem que ele conseguisse alcançá-la.
Esse era o mistério de Lottie English e a razão, supunha Colin, pela qual a diva ocupava seus sonhos e suas fantasias.
Ninguém sabia nada dessa mulher, além de que era uma das maiores sopranos da Inglaterra.
Essa noite, como sempre, desfrutaria de sua interpretação de Susanna nas núpcias de Fígaro, de Mozart, mas não tentaria apresentar-se ante ela depois da atuação como tinha feito outras vezes.
Essa noite a pegaria despreparada durante o intervalo. Era improvável que se negasse a receber o duque de Newark.Seguro de si mesmo, Colin se sentia tão entusiasmado como um garoto de escola enquanto observava seus amigos: Samson Carlisle, duque de Durham, e sua flamejante esposa, Olivia, que bebiam champanha no centro do vestíbulo do teatro.
Como era de esperar, toda as pessoas que conhecia pessoalmente tinha chegado a inteirar-se com o tempo dos libidinosos sentimentos que alimentava pela encantada Lottie, e todos achavam muito divertido..., o bastante para ficar embasbacado de vez em quando, algo que sem dúvida fariam também essa noite.
A magia da iminente atuação impregnava o ar quando Colin inclinou a cabeça para saudar umas quantas damas que lhe fizeram uma reverência enquanto atravessava o cheio vestíbulo iluminado pelos lustres de cristal e os candelabros das paredes. 
Essa noite usava um traje formal; tinha escolhido seu melhor traje de seda negra com gola e punhos de veludo, uma camisa branca com babados vincados, um colete cinza escuro e uma gravata combinando presa por um alfinete de ônix.
Penteou o cabelo para trás e se colocou umas gotas de água de colônia almiscarada. Lottie English merecia o melhor.


Trilogia Duque
1 - Doce Pecado
2 - Um Romance Escandaloso
3 - Um Amante Indiscreto
Trilogia Concluída

1 de junho de 2010

Um Romance Escandaloso

Trilogia Duque
O escandalosamente atraente Samson Carlisle não é o falso nobre ao que Lady Olívia estava perseguindo... 
Mas sim o amante que fervorosamente deseja.Quando Lady Olivia Shea é abandonada em sua noite de núpcias, jura que perseguirá seu marido e lhe exigirá a herança que lhe roubou. 
Não muito depois, o encontra cara a cara em um baile em Londres.
Só que o homem a quem ela desafia não é Edmund Carlisle, mas sim seu irmão gêmeo, Samson Carlisle, Duque de Durham.
Samson mesmo tendo desconfiança das mulheres, decide ajudar à bela herdeira angla — francesa a descobrir o paradeiro de seu irmão.
Assim traçam um plano: Samson se fará passar por Edmund e retornará com Olivia a Paris, onde a jovem é proprietária de uma loja de perfumes.
Entretanto, a viagem estará cheia de perigos que podem destruir o crescente amor entre Samson e Olivia.


Capítulo Um

Londres, Inglaterra, finais de março de 1860.
Tinham passado quatro meses da última vez que tinha estado com uma mulher, e talvez um ano desde que acariciasse a uma cujo nome recordasse.
Essa noite, entretanto, tinha a intenção de procurar-se companhia fossem quais fossem as circunstâncias.
Necessitava um escarcéu entre os lençóis mais que nunca.
Por desgraça, a circunstância a superar era que na festa de apresentação em sociedade do Beatrice, uma prima longínqua, só havia damas de bom berço que flertavam com dissimulação, riam pelo baixo e se pavoneavam frente a ele embelezadas com ricos vestidos em todos os tons do arco íris.
Era uma dessas típicas festas às que se via obrigado a assistir, a primeira da temporada, e a oferta de fêmeas dispostas a solucionar seu problema era, mas bem escassa.
A ausência absoluta de presença feminina em sua vida de um tempo a essa parte era sem dúvida um pouco patético, em especial para ele: Samson Carlisle, o distinto, libertino e escandaloso quarto duque de Durham.
Ou isso lhe havia dito. Os que pensariam os descarados de seus amigos se averiguassem essa recente despreocupação pelo gênero feminino? Tinha uma reputação infame que manter. É obvio ninguém o conhecia em realidade tão bem como acreditava. Nem sequer seus melhores amigos. E assim devia ser.
Apoiado contra uma enorme coluna de mármore com volutas em bronze e ouro que estava situada no extremo oposto ao da escada principal, Sam bebia com calma um uísque bastante mau enquanto contemplava a derrota da pista de baile.
Desde sua avantajada posição podia apreciar a maior parte do salão de baile e passar mais ou menos despercebido.
Aborrecia as festas. Em realidade desprezava tudo aquilo que o convertesse no centro de atenção, e ocorria que, dado que quase sempre era o indivíduo com o título de maior fila em qualquer ato social e também o mais rico, estava acostumado a ter a muitas pessoas revoando a seu redor.
Em algumas ocasiões resultava do mais óbvio, mas em outras não.
Os cavalheiros queriam lhe fazer propostas de negócios, as jovens inocentes riam como tolas enquanto suplicavam seu interesse com o olhar e as damas casadas paqueravam de maneira sutil ou lhe faziam descarados convites que ele sempre, sempre, rechaçava.
Se havia algo que tinha aprendido bem a seus trinta e quatro anos era que nunca, em nenhuma circunstância, devia confiar-se em uma mulher casada.


Trilogia Duque
1 - Doce Pecado
2 - Um Romance Escandaloso
3 - Um Amante Indiscreto
Trilogia Concluída

31 de maio de 2010

Doce Pecado

Trilogia Duque
Faz muito tempo que Vivian está longe da vida de Londres.

Até a sombra de um escândalo voltar na forma de chantagem:
Ou recupera um manuscrito de Shakespeare ou todo mundo vai saber o que ela está determinada a esconder de todos.
Para salvar sua honra, Vivian tem apenas um caminho: desonrar-se com o Duque de Trent, famoso por sua negra reputação e suspeito de ter assassinado sua esposa, mas também o que possui o cobiçado manuscrito.
Faz muito tempo que Vivian está longe da vida de Londres.
Até a sombra de um escândalo voltar na forma de chantagem: ou recupera um manuscrito de Shakespeare ou todo mundo vai saber o que ela está determinada a esconder de todos.
Para salvar sua honra, Vivian tem apenas um caminho: desonrar-se com o Duque de Trent, famoso por sua negra reputação e suspeito de ter assassinado sua esposa, mas também o que possui o cobiçado manuscrito.

Capítulo Um

Sul de Cornwall, julho de 1856
Vivian observou fixamente a nota escrita à mão: «Sua excelência deseja…».
Com um sorriso malicioso, pensou o quanto lhe agradava que ele a desejasse… Entretanto, somente o tinha visto uma vez, de longe, e considerar semelhante idéia era o mais escandaloso.
Dobrou a nota sem dedicar nem um pensamento absurdo a mais e a guardou no enorme bolso do blusão de trabalho.
Teria as orquídeas preparadas, seu maior orgulho entre as flores que cultivava, em alguns dias, tal e como tinha solicitado seu mordomo.
Aquele seria um trabalho remunerado, ou melhor, dizendo, uma obra de arte remunerada, como todos os anos nessa época.
Uma vez mais, satisfaria o pedido formal e estereotipado de flores frescas que tinha feito o reservado duque de Trent; umas flores que utilizava para adornar os ambientes de sua propriedade costeira, a qual se estendia vários quilômetros sobre a colina ocidental com vista para península de Lizard.
E esse ano, como todos outros, faria todo o possível para dar uma olhada nesse enigmático homem que tinha conseguido escapar da forca pelo assassinato de sua esposa.
-Senhora Rael-Lamont?
Vivian deu um pulo ao escutar seu nome e se voltou apressada para a porta que havia entre sua casa e o jardim, onde sua governanta a contemplava com uma expressão indecifrável em seu envelhecido e enrugado rosto; ao que parecia não lhe importava absolutamente que sua senhora estivesse sonhando acordada ao invés de estar plantando.
-O que ocorre, Harriet? - perguntou em seguida.
A mulher vacilou e limpou as mãos no avental.
-Veio uma… pessoa para vê-la. Um homem. Um… É um dos atores da companhia shakespeariana que atua no Cosgroves este verão.
Vivian reprimiu o impulso de abrir a boca.
- Há um ator aqui?
Harriet baixou a voz.
- Disse que se chama Gilbert Montague.


Trilogia Duque
1 - Doce Pecado
2 - Um Romance Escandaloso
3 - Um Amante Indiscreto
Trilogia Concluída

24 de abril de 2010

Encantos Ocultos - Adele Ashworth



Aborrecida de pretendentes pomposos,
a senhorita Natalie Haislett deseja viver uma história de amor e aventuras.

Suspira pelo misterioso Cavalheiro Negro: um ladrão inglês que lhe roubou o coração a distancia com suas legendárias proezas.

Para lhe conhecer, Natalie deve recorrer, embora a contra gosto, à única pessoa que conhece famoso cavalheiro: Jonathan Drake, um don juán exímio que a cortejou anos atrás.
Jonathan aceita acompanhá-la a França, onde corre rumores que se esconde o Cavalheiro Negro.
Para limpar toda sombra de dúvida, viajam como se fossem um casal casado, compartilhando intimidades que desembocam na amizade, e beijos que despertam uma fome insaciável...
Quando começam a produzir-se roubos a seu redor, Natalie já está apanhada na rede de desejo tecida pelo homem de seus sonhos.

Inglaterra, 1842
—Esmeraldas.
Ela piscou.
—Dizia algo?
O homem esboçou um débil sorriso.
—Estava pensando, senhorita Haislett, que nesta esta pista de baile, sob a luz de milhares de velas, seus olhos cintilam como esmeraldas.
Ela tragou saliva com nervosismo e lhe olhou fixamente aos olhos.
A voz do homem era tão profunda e sonora, quase acariciadora, que de repente sentiu um arrebatamento de intenso acanhamento, um sentimento que a senhorita Natalie Haislett, de Sherborne, não tinha experimentado nunca antes em presença de ninguém.
—Obrigado — sussurrou ela, e baixando o olhar a cravou nos botões de marfim da camisa do homem.
Ele continuou sorrindo, mas não disse nada mais enquanto a fazia girar rapidamente pela pista ao compasso da valsa.
Natalie não era capaz de entender a causa da inquietação que sentia, pois, em resumidas contas, aquele era o baile de disfarces de seu pai, e o cavalheiro em questão, nada mais que um hóspede convidado que lhe tinha pedido gentilmente que bailasse com ele.
Tinha-o visto antes em diversas ocasiões, embora nunca se dirigissem a palavra.
Mas nesta ocasião o homem parecia ter reparado especialmente nela, e a tinha observado com atenção, diria-se que com excessivo interesse, e o interesse de um homem tão atrativo a tinha deixado sem fôlego.
—Eu gostaria de vê-la sem a máscara.
As palavras, ditas com voz rouca e suave ao mesmo tempo, sobressaltaram-na até fazer que levantasse o olhar uma vez mais.
Com aquele espesso arbusto cabelo quase negro, um corpo alto e duro e uns olhos de um cinza azulado do mais cativantes, o homem resultava irresistivelmente atrativo.
Natalie ficou olhando o de marco em marco durante vários segundos, ao cabo dos quais respondeu em voz baixa:
—Eu gostaria de vê-lo sem a sua. — E depois de jogar uma prudente olhada ao redor, inclinou-se para ele e sussurrou audazmente. — Reúna-se comigo fora, no jardim de flores, debaixo da galeria sul, dentro de quinze minutos.
O homem inclinou ligeiramente a cabeça e entrecerrou os olhos depois da seda negra.
—Fala a sério, Natalie?
A inesperada utilização sem permissão de seu nome de batismo fez que ela recordasse, dito no sentido mais estrito da expressão, sua delicada situação.
—Se... acaba-me de ocorrer que seria um bom lugar para falar em privado.

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