Inglaterra, 1826
Para salvar a amiga, ela terá de entrar na toca do lobo...
Depois de três anos tentando arrumar namorado, Gracie não conheceu nenhum cavalheiro que fizesse seu coração palpitar. Então começou a sonhar com uma vida de aventuras, como ver o sol se pôr atrás das pirâmides do Egito e dançar em meio às ruínas na Grécia. Antes, porém, ela precisa ajudar uma amiga a se safar de um noivo indesejável...
Melly foi prometida em casamento a Dominic Wolfe, que receberá por herança uma vasta propriedade no dia em que se tornar chefe de família. Quando ela pede ajuda a Gracie para escapar do casamento, esta decide atuar como uma acompanhante enfadonha e insossa, na visita da amiga ao noivo. Mas algumas surpresas aguardam as duas jovens... Para começar, Dominic é o homem mais charmoso e atraente que Grace já viu na vida, e parece estar mais interessado nela do que na noiva! E Grace começa a achar cada vez mais difícil continuar representando seu papel...
Capítulo Um
Shropshire, Inglaterra, 1826
Dominic Wolfe cavalgava para dentro da aldeia levando o coração pesado pelo desejo de vingança. A toda velocidade em seu garanhão branco, chamava a atenção das pessoas, mas mantinha-se indiferente ao interesse geral. Saltou do animal diante da taverna e para lá se dirigiu. Uma cadela branca, de manchas pretas, o seguiu, exausta.
Três senhores idosos se sentavam no banco do lado de fora, à sombra de uma árvore. Uma criança magra e em farrapos veio atendê-lo aos gritos:
— Posso ajudar, senhor? Pegar-lhe uma cerveja, talvez? Ou água para seu cavalo? Para seu cachorro?
Ele se voltou, deixando ver sua alta estatura.
— Que estrada devo pegar para chegar ao Castelo de Wolfestone?
— O castelo, senhor? Mas o sr. Eades se foi há...
— Ei, Billy Finn, não incomode o cavalheiro com boataria da aldeia! — exclamou um homem corpulento que surgiu e afastou o garoto com um safanão. Abrindo um sorriso ao recém-chegado, ofereceu:—Uma bebida, senhor? Tenho cerveja boa, fresca. Ou, se preferir, a comida é ótima. Minha mulher faz uma torta de carne deliciosa!
Capítulo Um
Shropshire, Inglaterra, 1826
Dominic Wolfe cavalgava para dentro da aldeia levando o coração pesado pelo desejo de vingança. A toda velocidade em seu garanhão branco, chamava a atenção das pessoas, mas mantinha-se indiferente ao interesse geral. Saltou do animal diante da taverna e para lá se dirigiu. Uma cadela branca, de manchas pretas, o seguiu, exausta.
Três senhores idosos se sentavam no banco do lado de fora, à sombra de uma árvore. Uma criança magra e em farrapos veio atendê-lo aos gritos:
— Posso ajudar, senhor? Pegar-lhe uma cerveja, talvez? Ou água para seu cavalo? Para seu cachorro?
Ele se voltou, deixando ver sua alta estatura.
— Que estrada devo pegar para chegar ao Castelo de Wolfestone?
— O castelo, senhor? Mas o sr. Eades se foi há...
— Ei, Billy Finn, não incomode o cavalheiro com boataria da aldeia! — exclamou um homem corpulento que surgiu e afastou o garoto com um safanão. Abrindo um sorriso ao recém-chegado, ofereceu:—Uma bebida, senhor? Tenho cerveja boa, fresca. Ou, se preferir, a comida é ótima. Minha mulher faz uma torta de carne deliciosa!
O estranho o ignorou, falando com o menino:
— Qual estrada devo tomar?
O pequeno, que dava água à cadela, olhou para o dono da estalagem e apontou para a bifurcação que se podia ver dali.
— Por ali. Do lado direito. Não há como errar. O dono do lugar olhou feio para o menino.
— Não há ninguém...
Mas o estranho o interrompeu jogando uma moeda de prata ao garoto e se afastou, tornando a montar.
— O que ele pode querer no castelo? — O estalajadeiro cocou a cabeça, vendo-o tomar a direção indicada pela criança.
O mais velho dos dois senhores do banco assentiu.
— Você nunca teve bons olhos para coisa alguma, Mort Fairclough. Não o reconheceu?
— Pois se nunca o vi antes!
— Não notou seus olhos? Castanho-claros e frios. Com olhos assim e cabelos negros como carvão, está claro que só pode ser um Wolfe de Wolfestone!
Algumas pessoas já tinham se aproximado, e um murmúrio de susto se fez ouvir. Uma moça comentou, ainda vendo o cavalo ao longe, levantando atrás de si uma onda de poeira:
— Ah, ele é, sem dúvida, muito bonito! Adoro homens , grandes, com esse ar de seriedade, de maldade até. Adoraria saber se é assim tão mau de verdade...
— Pois estou mais interessado em que tipo de Wolfe ele é — continuou o ancião. — Tem havido senhores naquele castelo por mais de seiscentos anos, e existem apenas duas espécies deles: bons ou maus. E o destino de nossa aldeia depende disso.
Como naquele momento todos tinham se reunido em torno dele, o velhinho continuou, sempre assentindo, muito devagar:
— Só temos tido maus Wolfe desde que a maioria de vocês nasceu, mas quando eu era rapaz... Aquele senhor era bom! O melhor. Por isso fico imaginando como será esse aí.
— Acho que ele vai ser bom. — Billy Finn sorriu, cheio de confiança, apertando com força a moeda em sua palma.
O dono da taverna o olhou de soslaio ao opinar:
— Ser mão aberta não significa ser bom, rapazinho. O velho lorde era perdulário quando lhe interessava, mas ruim como uma cobra. — E, com desprezo, cuspiu para o lado.
Uma idosa que saiu de entre a multidão também teve sua vez de se manifestar:
— Devemos esperar a Dama de Cinza.
Série Irmãs Merridew— Qual estrada devo tomar?
O pequeno, que dava água à cadela, olhou para o dono da estalagem e apontou para a bifurcação que se podia ver dali.
— Por ali. Do lado direito. Não há como errar. O dono do lugar olhou feio para o menino.
— Não há ninguém...
Mas o estranho o interrompeu jogando uma moeda de prata ao garoto e se afastou, tornando a montar.
— O que ele pode querer no castelo? — O estalajadeiro cocou a cabeça, vendo-o tomar a direção indicada pela criança.
O mais velho dos dois senhores do banco assentiu.
— Você nunca teve bons olhos para coisa alguma, Mort Fairclough. Não o reconheceu?
— Pois se nunca o vi antes!
— Não notou seus olhos? Castanho-claros e frios. Com olhos assim e cabelos negros como carvão, está claro que só pode ser um Wolfe de Wolfestone!
Algumas pessoas já tinham se aproximado, e um murmúrio de susto se fez ouvir. Uma moça comentou, ainda vendo o cavalo ao longe, levantando atrás de si uma onda de poeira:
— Ah, ele é, sem dúvida, muito bonito! Adoro homens , grandes, com esse ar de seriedade, de maldade até. Adoraria saber se é assim tão mau de verdade...
— Pois estou mais interessado em que tipo de Wolfe ele é — continuou o ancião. — Tem havido senhores naquele castelo por mais de seiscentos anos, e existem apenas duas espécies deles: bons ou maus. E o destino de nossa aldeia depende disso.
Como naquele momento todos tinham se reunido em torno dele, o velhinho continuou, sempre assentindo, muito devagar:
— Só temos tido maus Wolfe desde que a maioria de vocês nasceu, mas quando eu era rapaz... Aquele senhor era bom! O melhor. Por isso fico imaginando como será esse aí.
— Acho que ele vai ser bom. — Billy Finn sorriu, cheio de confiança, apertando com força a moeda em sua palma.
O dono da taverna o olhou de soslaio ao opinar:
— Ser mão aberta não significa ser bom, rapazinho. O velho lorde era perdulário quando lhe interessava, mas ruim como uma cobra. — E, com desprezo, cuspiu para o lado.
Uma idosa que saiu de entre a multidão também teve sua vez de se manifestar:
— Devemos esperar a Dama de Cinza.
1 - Inadequado mas Irresistível
2 - O Homem Perfeito
3 - Um Estranho em Minha Vida
4 - Amante Cigano
Série Concluída