Miles Montgomery é o irmão mais novo da família.
Elizabeth Chatworth, é mais nova de sua família.
Miles ama a todas as mulheres, o que o leva a ter vários filhos bastardos.
Elizabeth não suporta o contato com outro ser humano.
Elizabeth veio a ele como um precioso presente, um anjo nu enrolada em um tapete.
Quando Miles a olha e vê seus olhos verdes e seus cabelos da cor de mel emaranhados, arde de paixão.
Miles a queria... Elizabeth nunca se renderia. Ele era um dos odiados Montgomery e ela uma Chatworth e a guerra de sangue entre suas famílias havia começado em um espiral de violações, assassinatos e traições. Ela fez um juramento de lutar contra esse bonito guerreiro, de resistir ao desejo que ardia em seus olhos, não importava o quanto fosse grande a tentação.
Poderá Miles esquecer o ódio que sente pelos Chatworth e amar Elizabeth? Poderá Elizabeth entregar seu coração ao inimigo de sua família?
Capítulo Um
O sul da Inglaterra Agosto de 1502
Elizabeth Chatworth estava de pé na borda íngreme do penhasco, olhando em direção a um mar de campos de cevada. Lá em baixo, homens aparentemente minúsculos e que pareciam insignificantes caminhavam com foices sobre os ombros, outros cavalgavam em cavalos e outro guiava uma junta de bois.
Mas em realidade, Elizabeth não via estes homens, porque mantinha o queixo muito erguido e sua mandíbula tão fortemente apertada, que parecia que nada poderia lhe fazer mudar o gesto.
Uma quente rajada de vento esteve a ponto de afastá-la da borda, mas ela apoiou firme suas pernas e se negou a mudar de posição. Se o que aconteceu neste dia e o que a esperava não a amedrontava, nenhum vento caprichoso iria movê-la de seu lugar.
Seus olhos verdes estavam secos, mas tinha a garganta obstruída por uma onda de fúria e de lágrimas contidas. Um músculo da mandíbula se contraía e afrouxava enquanto respirava profundamente, tratando de controlar os batimentos de seu coração.
Outra rajada de vento revolveu a cascata emaranhada dos cabelos cor de mel para longe de suas costas e sem que Elizabeth notasse, uma última pérola se desprendeu e escorregou por seu vestido destroçado e sujo, de seda vermelha.
Seus olhos verdes estavam secos, mas tinha a garganta obstruída por uma onda de fúria e de lágrimas contidas. Um músculo da mandíbula se contraía e afrouxava enquanto respirava profundamente, tratando de controlar os batimentos de seu coração.
Outra rajada de vento revolveu a cascata emaranhada dos cabelos cor de mel para longe de suas costas e sem que Elizabeth notasse, uma última pérola se desprendeu e escorregou por seu vestido destroçado e sujo, de seda vermelha.
Os ornamentos que usou para os esponsais de sua amiga estavam em migalhas, sem possibilidades de conserto, seu cabelo solto e ondulante, as bochechas sujas, e tinha as mãos cruelmente atadas atrás das costas.
Elizabeth levantou seus olhos para o céu, sem pestanejar diante da brilhante claridade do dia. Por toda sua vida haviam dito que seu aspecto era angélico, e nunca esteve tão serena, tão parecida com um ser celestial como agora, com seu pesado cabelo enroscando-se no corpo como um manto sedoso e seu traje rasgado que dava a aparência de uma mártir cristã.
Mas os pensamentos de Elizabeth estavam longe da doçura, ou perdão.
— Eu vou lutar até a morte! — Murmurou, olhando para o céu, enquanto os olhos se obscureciam até tomarem a cor das esmeraldas em uma noite de luar. — Nenhum homem me vencerá. Nenhum homem me fará submeter à sua vontade.
— Está rogando ao Senhor, não é? — Chegou-lhe a voz de seu captor, ao lado dela.
Lentamente, como se tivesse todo o tempo do mundo, Elizabeth se voltou para o homem, com um olhar tão frio que este deu um passo atrás. Era um fanfarrão como o odioso homem a quem servia, Pagnell de Waldenham, mas este subordinado era um covarde quando seu amo não estava presente.
John tossiu nervosamente e então corajosamente deu um passo adiante, agarrando Elizabeth pelo cotovelo.
— Pode pensar que é uma grande dama, mas no momento, eu sou seu amo.
Ela o olhou diretamente nos olhos, sem demonstrar a dor que ele estava causando, depois de tudo, já teve sofrimentos mentais e físicos o bastante em toda sua vida.
— Jamais será o amo de ninguém. — Disse calmamente.
Por um momento, a mão de John afrouxou a pressão sobre seu braço, mas imediatamente a empurrou rudemente para frente. Elizabeth quase perdeu o equilíbrio, mas graças a um esforço de concentração, conseguiu manter-se erguida e começou a caminhar.
— Todo homem é o amo de uma mulher. — Disse John a suas costas. — As mulheres como você simplesmente não perceberam ainda. Tudo o que vai demorar será um homem de verdade que te bata para que aprenda quem é o amo. E pelo que tenho entendido, este Miles Montgomery é o homem para dar o que você precisa.
Ante a menção do nome de Montgomery, Elizabeth tropeçou, caindo de joelhos.
A risada de John foi desproporcionalmente alta, enquanto agia como se tivesse conseguido algum grande feito. Ele ficou parado, observando insolentemente, enquanto Elizabeth lutava para ficar de pé, enrolando as pernas na saia e com as mãos, ainda atadas às costas.
— Está preocupada com Montgomery, não está? — Provocou e a pôs de pé. Por um momento ele tocou sua bochecha, a suave pele de marfim, passando uma suja ponta do dedo sobre seus delicados lábios. — Como pode uma mulher tão adoravelmente linda como você ser tão megera? Poderíamos ser mais amáveis um com o outro, e Lorde Pagnell nunca saberia. Que importância tem quem será o primeiro? Montgomery vai tirar sua virgindade de qualquer maneira, que diferença haveria por um dia ou dois?
Elizabeth juntou saliva dentro da boca e cuspiu no seu rosto com todas suas forças. A brutal bofetada que ele tentou desferir-lhe não chegou ao seu destino, já que ela, mesmo com o corpo muito dolorido, conseguiu desviar agilmente e começar a correr. As mãos amarradas fizeram a velocidade impossível, e John a apanhou com facilidade, agarrando o que restava de sua saia e fazendo-a cair de bruços, no chão.
Cadela suja!
Elizabeth levantou seus olhos para o céu, sem pestanejar diante da brilhante claridade do dia. Por toda sua vida haviam dito que seu aspecto era angélico, e nunca esteve tão serena, tão parecida com um ser celestial como agora, com seu pesado cabelo enroscando-se no corpo como um manto sedoso e seu traje rasgado que dava a aparência de uma mártir cristã.
Mas os pensamentos de Elizabeth estavam longe da doçura, ou perdão.
— Eu vou lutar até a morte! — Murmurou, olhando para o céu, enquanto os olhos se obscureciam até tomarem a cor das esmeraldas em uma noite de luar. — Nenhum homem me vencerá. Nenhum homem me fará submeter à sua vontade.
— Está rogando ao Senhor, não é? — Chegou-lhe a voz de seu captor, ao lado dela.
Lentamente, como se tivesse todo o tempo do mundo, Elizabeth se voltou para o homem, com um olhar tão frio que este deu um passo atrás. Era um fanfarrão como o odioso homem a quem servia, Pagnell de Waldenham, mas este subordinado era um covarde quando seu amo não estava presente.
John tossiu nervosamente e então corajosamente deu um passo adiante, agarrando Elizabeth pelo cotovelo.
— Pode pensar que é uma grande dama, mas no momento, eu sou seu amo.
Ela o olhou diretamente nos olhos, sem demonstrar a dor que ele estava causando, depois de tudo, já teve sofrimentos mentais e físicos o bastante em toda sua vida.
— Jamais será o amo de ninguém. — Disse calmamente.
Por um momento, a mão de John afrouxou a pressão sobre seu braço, mas imediatamente a empurrou rudemente para frente. Elizabeth quase perdeu o equilíbrio, mas graças a um esforço de concentração, conseguiu manter-se erguida e começou a caminhar.
— Todo homem é o amo de uma mulher. — Disse John a suas costas. — As mulheres como você simplesmente não perceberam ainda. Tudo o que vai demorar será um homem de verdade que te bata para que aprenda quem é o amo. E pelo que tenho entendido, este Miles Montgomery é o homem para dar o que você precisa.
Ante a menção do nome de Montgomery, Elizabeth tropeçou, caindo de joelhos.
A risada de John foi desproporcionalmente alta, enquanto agia como se tivesse conseguido algum grande feito. Ele ficou parado, observando insolentemente, enquanto Elizabeth lutava para ficar de pé, enrolando as pernas na saia e com as mãos, ainda atadas às costas.
— Está preocupada com Montgomery, não está? — Provocou e a pôs de pé. Por um momento ele tocou sua bochecha, a suave pele de marfim, passando uma suja ponta do dedo sobre seus delicados lábios. — Como pode uma mulher tão adoravelmente linda como você ser tão megera? Poderíamos ser mais amáveis um com o outro, e Lorde Pagnell nunca saberia. Que importância tem quem será o primeiro? Montgomery vai tirar sua virgindade de qualquer maneira, que diferença haveria por um dia ou dois?
Elizabeth juntou saliva dentro da boca e cuspiu no seu rosto com todas suas forças. A brutal bofetada que ele tentou desferir-lhe não chegou ao seu destino, já que ela, mesmo com o corpo muito dolorido, conseguiu desviar agilmente e começar a correr. As mãos amarradas fizeram a velocidade impossível, e John a apanhou com facilidade, agarrando o que restava de sua saia e fazendo-a cair de bruços, no chão.
Cadela suja!
Série Velvet Montgomery