Henrietta e Robert seguem com sua apaixonada relação.
Dois temperamentos fortes unidos por um poderoso laço de duas pontas: amor e respeito.
Marjorie, a irmã de Robert, vive com eles e reúne seu amor pela leitura com seu talento para pintar.
William Harvey, o melhor amigo de Robert, se converteu em alguém importante para ela.
A vida no Worthington Hall caminha suave e tranquila, até que um acontecimento inesperado voltará a pôr suas vidas ao avesso.
Capítulo Um
—Esta mulher é impossível!
Lorde Worthington bateu a porta ao sair o que fez tremer as paredes. Subiu sobre Tormenta quase de um salto e se afastou à galope de Worthington Hall como se temesse que o perseguisse o próprio demônio. Marcus moveu a cabeça e, sem saber se ria ou preocupava-se, voltou para seu trabalho.
Sua esposa estava aos pés da escada com os braços estirados em ambos lados do corpo e os punhos apertados. Estava furiosa, mas sabia que não podia demonstrá-lo. Era uma dama.
—O que eram esses gritos? —Marjorie apareceu no alto das escadas esfregando os olhos.
Henrietta se sentiu mortificada ao estar consciente do espetáculo que haviam dado. Subiu correndo e agarrou a sua cunhada pelos ombros acompanhando-a até seu quarto.
—Peço-te desculpas, Marjorie, não deveríamos nos comportar deste modo —disse entrando atrás dela na habitação.
—Como se fosse a primeira vez! —disse Marjorie sorrindo ao sentar-se na cama e olhar a sua cunhada.
Henrietta ficou vermelha, como sempre. Já tinha descartado a possibilidade de livrar-se daquela estúpida debilidade. Imaginava-se tendo oitenta anos e ficando vermelha por qualquer tolice. Sentou-se junto a Marjorie olhando para a porta.
—Não sei como controlar seu gênio —disse.
—Seu gênio? —disse Marjorie surpreendida—. E o teu?
Henrietta a olhou desconcertada.
—Quando passei a viver aqui faz um ano, foi uma pessoa contida, inclusive um pouco enrijecida, nada a ver com a pessoa que é agora —disse a jovem—. Vi-os discutir e não te reprime, irmâzinha.
Henrietta abriu a boca assombrada, mas voltou a fechá-la e meditou sobre isso. Marjorie tinha razão, não se continha quando discutiam, suas forças se mediam em igualdade, algo que violava todas as normas de comportamento de uma esposa. A segurança que tinha, aumentando dia a dia estava fazendo que suas reservas frente aos outros estivessem desaparecendo. Se não tomasse cuidado, qualquer dia discutiria com ele sobre o voto feminino em meio de um jantar com convidados.
Henrietta levou a mão à boca emocionada por aquele descobrimento. Pensou que possivelmente Robert acreditava que lhe tinha perdido o respeito e se sentiu terrivelmente mal.
—Tenho que ir ver seu irmão —disse ficando de pé.
—Agora? —perguntou Marjorie rindo.
Henrietta assentiu.
—Sim, e aproveitarei para perguntar ao senhor Diamond por sua filha, soube que está grávida —disse Henrietta.
—Não me parece boa idéia —respondeu Marjorie ficando de pé—. Por que discutiam sobre a Mary?
—Não era nada, minhas tolices.
Henrietta deu as costas temendo que sua cara falasse por ela, e sentou-se à frente da penteadeira de sua cunhada. Marjorie se aproximou por trás e a abraçou apoiando o queixo em seu ombro. As duas jovens se viram refletidas no espelho. Ambas tinham olhos grandes e expressivos, mas o nariz de Henrietta era menor e afilado e os lábios da Marjorie eram
mais carnudos. Igual aos de seu irmão. No que sim, se assemelhavam muito era na suave pele de cor rosada, que tendia a avermelhar-se quando as violentavam de algum modo.
—Pareço-te bonita, Henrietta? —perguntou Marjorie de repente.
Sua cunhada a observou e um enorme sorriso se desenhou em seus lábios.
—É preciosa, Marjorie.
Série Worthington Hall
William Harvey, o melhor amigo de Robert, se converteu em alguém importante para ela.
A vida no Worthington Hall caminha suave e tranquila, até que um acontecimento inesperado voltará a pôr suas vidas ao avesso.
Capítulo Um
—Esta mulher é impossível!
Lorde Worthington bateu a porta ao sair o que fez tremer as paredes. Subiu sobre Tormenta quase de um salto e se afastou à galope de Worthington Hall como se temesse que o perseguisse o próprio demônio. Marcus moveu a cabeça e, sem saber se ria ou preocupava-se, voltou para seu trabalho.
Sua esposa estava aos pés da escada com os braços estirados em ambos lados do corpo e os punhos apertados. Estava furiosa, mas sabia que não podia demonstrá-lo. Era uma dama.
—O que eram esses gritos? —Marjorie apareceu no alto das escadas esfregando os olhos.
Henrietta se sentiu mortificada ao estar consciente do espetáculo que haviam dado. Subiu correndo e agarrou a sua cunhada pelos ombros acompanhando-a até seu quarto.
—Peço-te desculpas, Marjorie, não deveríamos nos comportar deste modo —disse entrando atrás dela na habitação.
—Como se fosse a primeira vez! —disse Marjorie sorrindo ao sentar-se na cama e olhar a sua cunhada.
Henrietta ficou vermelha, como sempre. Já tinha descartado a possibilidade de livrar-se daquela estúpida debilidade. Imaginava-se tendo oitenta anos e ficando vermelha por qualquer tolice. Sentou-se junto a Marjorie olhando para a porta.
—Não sei como controlar seu gênio —disse.
—Seu gênio? —disse Marjorie surpreendida—. E o teu?
Henrietta a olhou desconcertada.
—Quando passei a viver aqui faz um ano, foi uma pessoa contida, inclusive um pouco enrijecida, nada a ver com a pessoa que é agora —disse a jovem—. Vi-os discutir e não te reprime, irmâzinha.
Henrietta abriu a boca assombrada, mas voltou a fechá-la e meditou sobre isso. Marjorie tinha razão, não se continha quando discutiam, suas forças se mediam em igualdade, algo que violava todas as normas de comportamento de uma esposa. A segurança que tinha, aumentando dia a dia estava fazendo que suas reservas frente aos outros estivessem desaparecendo. Se não tomasse cuidado, qualquer dia discutiria com ele sobre o voto feminino em meio de um jantar com convidados.
Henrietta levou a mão à boca emocionada por aquele descobrimento. Pensou que possivelmente Robert acreditava que lhe tinha perdido o respeito e se sentiu terrivelmente mal.
—Tenho que ir ver seu irmão —disse ficando de pé.
—Agora? —perguntou Marjorie rindo.
Henrietta assentiu.
—Sim, e aproveitarei para perguntar ao senhor Diamond por sua filha, soube que está grávida —disse Henrietta.
—Não me parece boa idéia —respondeu Marjorie ficando de pé—. Por que discutiam sobre a Mary?
—Não era nada, minhas tolices.
Henrietta deu as costas temendo que sua cara falasse por ela, e sentou-se à frente da penteadeira de sua cunhada. Marjorie se aproximou por trás e a abraçou apoiando o queixo em seu ombro. As duas jovens se viram refletidas no espelho. Ambas tinham olhos grandes e expressivos, mas o nariz de Henrietta era menor e afilado e os lábios da Marjorie eram
mais carnudos. Igual aos de seu irmão. No que sim, se assemelhavam muito era na suave pele de cor rosada, que tendia a avermelhar-se quando as violentavam de algum modo.
—Pareço-te bonita, Henrietta? —perguntou Marjorie de repente.
Sua cunhada a observou e um enorme sorriso se desenhou em seus lábios.
—É preciosa, Marjorie.
Série Worthington Hall