Série Botões de Rosa
Nessa boa sociedade em que se rechaça ao homem imoral, ninguém espera que Drake Wilder abra caminho até a mais elevada nobreza arrastando ao altar uma autêntica dama. Para salvar sua família da ruína, lady Alicia Pemberton aceita casar-se com o escandaloso proprietário de uma casa de jogos. Insiste em que seja um matrimônio puramente de conveniência. Mas Drake tem outros planos para sua adorável esposa: primeiro utilizará Alicia para vingar-se do pai a quem nunca conheceu.
Capítulo Um
Lady Alicia Pemberton se preparou para um ato desesperado. Agarrando-se com força à balaustrada de ferro forjado, dominou sua inquietação e seguiu o mordomo pela grande escada do Wilder Clube, em St. Jame's Street. Seus passos ressoaram através de um amplo vestíbulo com altas colunas brancas e paredes verde escuro, decoradas com pinturas e esculturas. O lugar poderia ter sido uma mansão em Mayfair, mas ela sabia que era uma casa para louvar o inferno do jogo.
A sua esquerda se vislumbrava um salão espaçoso, com poltronas de couro agrupadas e vazias, exceto a ocupada por um homem corpulento absorto no Time de Londres.
No grande aposento da direita, um par de cavalheiros jogava bilhar. Ouviu-se um forte golpe quando uma bola amarela cruzou o pano verde e desapareceu com um ruído surdo na fresta de uma das esquinas da mesa. Os jogadores estavam tão concentrados no jogo que nunca se inteiraram de que uma dama tinha invadido seu exclusivo clube.
Devia ser muito cedo para que tivessem chegado os farristas bêbados.
O elegante cenário fez com que Alicia fosse consciente de seu pobre aspecto; uma jaqueta curta passada de moda com os punhos desfiados, um vestido de musselina azul quase descolorido de tantos lavados, e o chapéu com um ramalhete infantil de fitas brancas mais apropriado para a frívola debutante que foi uma vez. Enterrou suas lembranças; os bons tempos tinham passado e os sonhos de antigamente eram para as jovens de olhos sonhadores, não para uma mulher amadurecida com uma família a que proteger. Uma família com espantosos problemas.
O mordomo se deteve ante uma porta com adornos dourados.
—Não parece do tipo habitual — disse asperamente com um gutural acento escocês.
A voz tirou a Alicia de seus negros pensamentos.
—Desculpe, dizia algo?
—Do tipo de Wilder.
Era um homem gigantesco com um emplastro de couro sobre um olho, que inclinando seu rosto cinzento a submeteu a um escrutínio insolente.
—Se quiser um pequeno conselho, senhora, fará melhor indo-se à sua casa para fazer tricô.
Alicia pensou que o que necessitava conselho, pelo menos em maneiras, era ele.
—Tenho negócios com o senhor Wilder.
—Negócios, né? Seu prazer os obteve sempre grátis, se for isso no que está pensando. Com o formigueiro de mulheres que lhe rodeia não precisa pagar um centavo.
Seu estômago se contraiu apesar de se propor ocultar suas emoções. Eram tão transparentes seus propósitos? Obrigou-se a adotar uma expressão de aristocrática dignidade, e disse:
—O senhor Wilder me espera. Conduza-me até ele imediatamente.
O mordomo encolheu os ombros.
Série Botões de Rosa
1 - Um Fogo no Coração
2 - Seduzida por um Canalha
3 - With All My Heart
4 - One Wild Night
5 - The Wedding Night
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25 de janeiro de 2012
Um Fogo no Coração
Série Botões de Rosa
Michael Kenyon, o marquês do Stokeford, encontra a sua avó em companhia de uma formosa cigana que lhe lê a palma da mão e imediatamente decide, sem nenhum tipo de dúvida, que Vivien é uma caçadora de fortunas.
Capítulo Um
Os Três Botões de Rosa
Devon, Inglaterra
Agosto de 1810
Tenho excelentes notícias: — disse Vivien a seus pais enquanto eles, como todos os ciganos do acampamento, esquentavam-se junto à fogueira depois do café da manhã — decidi me casar.
Lutando para parecer feliz, apertou fortemente o tecido de sua blusa amarela com suas mãos. Pronunciar essas palavras lhe tinha sido mais difícil do que ela tinha imaginado, mas ainda foi mais difícil esforçar-se para ter uma expressão feliz, o sorriso de uma mulher apaixonada.
Seus pais trocaram um olhar que indicava mais incredulidade que alegria. Reyna Thorne ficou imóvel segurando uma pilha de pratos de latão, com seus dedos retorcidos pelo reumatismo que padecia desde há algum tempo. Pulika Thorne, um homem de escassa estatura, mas com a compleição de um urso, estava sentado em um caixote colocado de boca para baixo, com sua perna entrevada estirada.
A carruagem azul e amarela, que se encontrava a margem do acampamento, lhes oferecia certa privacidade dentro daquele grupo de ciganos. A pouca distância, as crianças riam e brincavam de correr entre os vardos pintados com suas enormes rodas de madeira, entre os homens deitados junto ao arroio manchado pelo sol, entre as mulheres que mexericavam enquanto recolhiam os pratos e os tachos. A brisa do verão trazia o aroma das especiarias e da comida. Em uma horta próxima, as macieiras estavam carregadas de frutas e seus ramos caíam sobre o muro de pedra que havia juntado ao estreito caminho de terra.
Seu pai tentou ficar em pé com a ajuda de um grosso galho de carvalho. Enquanto o observava, Vivien experimentou um aperto no peito que lhe era familiar e que foi incapaz de controlar. A terrível ferida que tinha sofrido em sua perna no ano anterior tinha reduzido a sua força, embora seu ânimo não se debilitasse. Ainda era capaz de narrar historias fascinantes com um amplo sorriso que deixava ver seus dentes brilhantes. Podia conseguir que Vivien estremecesse de gozo com seus contos e risse com suas brincadeiras até que lhe doesse o corpo.
Mas nesse momento seus olhos não brilhavam. A perplexidade e a preocupação se mostravam em suas feições deterioradas pelo tempo enquanto olhava a sua filha.
— O que disse? Que vai se casar? Mas se o único que a cortejou ultimamente foi Janus...!
Vivien sorriu ainda mais.
— Sim, trata-se de Janus — respondeu, obrigando-se a saborear seu nome quando a única coisa que desejava era cuspi-lo como se fosse um pedaço de maçã verde —. Quer que eu seja a sua esposa. Não é maravilhoso?
Sua mãe deixou escapar um débil som de aflição.
— Oh. Vivi. Esse homem?
— É um idiota fanfarrão — exclamou cansativamente Pulika —. Você mesma disse quando ele se uniu ao nosso acampamento.
— Isso foi antes que eu o conhecesse — disse Vivien suspirando romanticamente — Olha-o. É tão bonito...
Série Botões de Rosa
1 - Um Fogo no Coração
2 - Seduzida por um Canalha
3 - With All My Heart
4 - One Wild Night
5 - The Wedding Night
Michael Kenyon, o marquês do Stokeford, encontra a sua avó em companhia de uma formosa cigana que lhe lê a palma da mão e imediatamente decide, sem nenhum tipo de dúvida, que Vivien é uma caçadora de fortunas.
Capítulo Um
Os Três Botões de Rosa
Devon, Inglaterra
Agosto de 1810
Tenho excelentes notícias: — disse Vivien a seus pais enquanto eles, como todos os ciganos do acampamento, esquentavam-se junto à fogueira depois do café da manhã — decidi me casar.
Lutando para parecer feliz, apertou fortemente o tecido de sua blusa amarela com suas mãos. Pronunciar essas palavras lhe tinha sido mais difícil do que ela tinha imaginado, mas ainda foi mais difícil esforçar-se para ter uma expressão feliz, o sorriso de uma mulher apaixonada.
Seus pais trocaram um olhar que indicava mais incredulidade que alegria. Reyna Thorne ficou imóvel segurando uma pilha de pratos de latão, com seus dedos retorcidos pelo reumatismo que padecia desde há algum tempo. Pulika Thorne, um homem de escassa estatura, mas com a compleição de um urso, estava sentado em um caixote colocado de boca para baixo, com sua perna entrevada estirada.
A carruagem azul e amarela, que se encontrava a margem do acampamento, lhes oferecia certa privacidade dentro daquele grupo de ciganos. A pouca distância, as crianças riam e brincavam de correr entre os vardos pintados com suas enormes rodas de madeira, entre os homens deitados junto ao arroio manchado pelo sol, entre as mulheres que mexericavam enquanto recolhiam os pratos e os tachos. A brisa do verão trazia o aroma das especiarias e da comida. Em uma horta próxima, as macieiras estavam carregadas de frutas e seus ramos caíam sobre o muro de pedra que havia juntado ao estreito caminho de terra.
Seu pai tentou ficar em pé com a ajuda de um grosso galho de carvalho. Enquanto o observava, Vivien experimentou um aperto no peito que lhe era familiar e que foi incapaz de controlar. A terrível ferida que tinha sofrido em sua perna no ano anterior tinha reduzido a sua força, embora seu ânimo não se debilitasse. Ainda era capaz de narrar historias fascinantes com um amplo sorriso que deixava ver seus dentes brilhantes. Podia conseguir que Vivien estremecesse de gozo com seus contos e risse com suas brincadeiras até que lhe doesse o corpo.
Mas nesse momento seus olhos não brilhavam. A perplexidade e a preocupação se mostravam em suas feições deterioradas pelo tempo enquanto olhava a sua filha.
— O que disse? Que vai se casar? Mas se o único que a cortejou ultimamente foi Janus...!
Vivien sorriu ainda mais.
— Sim, trata-se de Janus — respondeu, obrigando-se a saborear seu nome quando a única coisa que desejava era cuspi-lo como se fosse um pedaço de maçã verde —. Quer que eu seja a sua esposa. Não é maravilhoso?
Sua mãe deixou escapar um débil som de aflição.
— Oh. Vivi. Esse homem?
— É um idiota fanfarrão — exclamou cansativamente Pulika —. Você mesma disse quando ele se uniu ao nosso acampamento.
— Isso foi antes que eu o conhecesse — disse Vivien suspirando romanticamente — Olha-o. É tão bonito...
Série Botões de Rosa
1 - Um Fogo no Coração
2 - Seduzida por um Canalha
3 - With All My Heart
4 - One Wild Night
5 - The Wedding Night
22 de janeiro de 2012
Perverso Demais para Amar
Ele é Ethan Sinclair, o sexto Conde do Chasebourne, o mais notório de todos os libertinos, e, considerado o melhor amante da Inglaterra.
Ela é Miss Jane Mayhew, uma engenhosa solteirona, amiga de infância de Ethan.
Quando Jane descobre uma menina abandonada em sua porta, que pode ser filha do Conde, decide que fará o que for necessário para que ele assuma sua responsabilidade.
No entanto, as coisas mudam e ambos desejam ficar com a menina e para tanto se enfrentam e transformam-se.
Capítulo Um
Abril 1816, Wessex, Inglaterra
Jane Mayhew abriu a porta do quarto e se deteve em seco. Diante de seus olhos se desenvolvia a pior das cenas: sob os lençóis o senhor do lugar estava nu, ou isso é o que ela supôs. Tinha que estar, assim como a mulher que lançava gemidos de prazer a seu lado.
A entrada inoportuna de Jane interrompeu seus movimentos. O homem se virou aborrecido, a o lençol deslizou, e a luz da manhã fez brilhar seu musculoso torso.
— Maldição! É você Jane? Que diabos quer?
A intrusa sustentou seu olhar sem pestanejar.
— Lorde Chasebourne — disse — preciso falar com o senhor imediatamente.
— E sobre o que, Por Deus? Sua casa pegou fogo?
— Não Milorde. Trata-se de algo da maior importância.
— Mais tarde. Volte dentro de uma hora.
Sua mão deslizou sob o lençol e sua acompanhante começou a rir e a mover-se sem nenhum pudor.
Jane não se deixou intimidar.
— Milorde, não me moverei até que não me tenha escutado. A sós.
Para demonstrar sua determinação, e também porque suas pernas fraquejavam, sentou-se com dignidade em uma cadeira laqueada em ouro, colocando o guarda-chuva empapado entre suas botas de cano longo cheias de barro.
Nunca teria se acreditado capaz de tanta audácia, seu natural acanhamento que a impelia à leitura e a contemplação, tinha desaparecido.
Ethan Sinclair, sexto Conde do Chasebourne, e Jane Mayhew se conheciam desde a infância. Ele sempre tinha sido arrogante, mal-educado e adorava provocar às garotas. Era um incorrigível mulherengo.
Ele a olhou fixamente. No silêncio que seguiu só se ouvia o tic tac do relógio e o ruído da chuva nos vidros. Por fim deu uma palmada nas nádegas da mulher que estava em sua cama.
— Até agora linda. Continuaremos depois.
— Mas Ethan...
— Não discuta.
Ela desceu da cama a contragosto e vestiu um penhoar rosa que recolheu do tapete. Seus seios eram visíveis através do tecido transparente.
Jane baixou a cabeça com pudor, com os cantos dos olhos viu como a mulher lançava um beijo em direção a Ethan antes de desaparecer movendo provocativamente os quadris.
Embora Jane desaprovasse a conduta dessas mulheres fáceis e despreocupadas, que não tinham escrúpulos na hora de compartilhar a cama com um homem, às vezes as invejava, já que eram bonitas. Ela se considerava muito magra. Queria poder parecer-se com essas magníficas criaturas com seus longos cabelos dourados, lábios vermelhos e carnudos e cintura de vespa! Sacudiu a cabeça, essas idéias eram absurdas. Por nada do mundo teria querido seduzir a esse miserável. Pensar que uma vez acreditara-se apaixonada por Ethan Sinclair a mortificava. Não o via fazia anos, embora ele não tinha mudado, a opinião dela sobre ele tinha piorado.
Ela é Miss Jane Mayhew, uma engenhosa solteirona, amiga de infância de Ethan.
Quando Jane descobre uma menina abandonada em sua porta, que pode ser filha do Conde, decide que fará o que for necessário para que ele assuma sua responsabilidade.
No entanto, as coisas mudam e ambos desejam ficar com a menina e para tanto se enfrentam e transformam-se.
Capítulo Um
Abril 1816, Wessex, Inglaterra
Jane Mayhew abriu a porta do quarto e se deteve em seco. Diante de seus olhos se desenvolvia a pior das cenas: sob os lençóis o senhor do lugar estava nu, ou isso é o que ela supôs. Tinha que estar, assim como a mulher que lançava gemidos de prazer a seu lado.
A entrada inoportuna de Jane interrompeu seus movimentos. O homem se virou aborrecido, a o lençol deslizou, e a luz da manhã fez brilhar seu musculoso torso.
— Maldição! É você Jane? Que diabos quer?
A intrusa sustentou seu olhar sem pestanejar.
— Lorde Chasebourne — disse — preciso falar com o senhor imediatamente.
— E sobre o que, Por Deus? Sua casa pegou fogo?
— Não Milorde. Trata-se de algo da maior importância.
— Mais tarde. Volte dentro de uma hora.
Sua mão deslizou sob o lençol e sua acompanhante começou a rir e a mover-se sem nenhum pudor.
Jane não se deixou intimidar.
— Milorde, não me moverei até que não me tenha escutado. A sós.
Para demonstrar sua determinação, e também porque suas pernas fraquejavam, sentou-se com dignidade em uma cadeira laqueada em ouro, colocando o guarda-chuva empapado entre suas botas de cano longo cheias de barro.
Nunca teria se acreditado capaz de tanta audácia, seu natural acanhamento que a impelia à leitura e a contemplação, tinha desaparecido.
Ethan Sinclair, sexto Conde do Chasebourne, e Jane Mayhew se conheciam desde a infância. Ele sempre tinha sido arrogante, mal-educado e adorava provocar às garotas. Era um incorrigível mulherengo.
Ele a olhou fixamente. No silêncio que seguiu só se ouvia o tic tac do relógio e o ruído da chuva nos vidros. Por fim deu uma palmada nas nádegas da mulher que estava em sua cama.
— Até agora linda. Continuaremos depois.
— Mas Ethan...
— Não discuta.
Ela desceu da cama a contragosto e vestiu um penhoar rosa que recolheu do tapete. Seus seios eram visíveis através do tecido transparente.
Jane baixou a cabeça com pudor, com os cantos dos olhos viu como a mulher lançava um beijo em direção a Ethan antes de desaparecer movendo provocativamente os quadris.
Embora Jane desaprovasse a conduta dessas mulheres fáceis e despreocupadas, que não tinham escrúpulos na hora de compartilhar a cama com um homem, às vezes as invejava, já que eram bonitas. Ela se considerava muito magra. Queria poder parecer-se com essas magníficas criaturas com seus longos cabelos dourados, lábios vermelhos e carnudos e cintura de vespa! Sacudiu a cabeça, essas idéias eram absurdas. Por nada do mundo teria querido seduzir a esse miserável. Pensar que uma vez acreditara-se apaixonada por Ethan Sinclair a mortificava. Não o via fazia anos, embora ele não tinha mudado, a opinião dela sobre ele tinha piorado.
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